Operação da PF alcança financiadores do 08/01 e mira quatro frentes de investigação dos ataques golpistas
Sede da Polícia Federal em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Polícia Federal desencadeou
na manhã desta terça-feira a 26ª fase da Operação Lesa Pátria, focada em
desbaratar os financiadores e fomentadores dos ataques golpistas ocorridos em 8
de janeiro, que resultaram em prejuízos estimados em R$ 40 milhões aos cofres
públicos. Em uma ação que abrange oito estados brasileiros, são cumpridos 18
mandados de busca e apreensão.
Os alvos da operação foram identificados em diversas
regiões do país, com buscas realizadas nos estados do Rio Grande do Norte,
Santa Catarina, Pará, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins e Mato
Grosso do Sul. A autorização para as medidas foi concedida pelo ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, além das buscas, a PF
determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. A
estimativa é que os danos ao patrimônio público cheguem a R$ 40 milhões, fruto
das atividades ilícitas empreendidas pelos suspeitos.
As investigações desta fase da operação foram desdobradas
em quatro frentes. Uma delas visa identificar os possíveis autores intelectuais
dos ataques, com foco especial nas ações do ex-presidente Jair Bolsonaro. Outra
frente busca mapear os financiadores e organizadores logísticos dos eventos,
incluindo o acampamento e o transporte de apoiadores para Brasília.
A terceira linha de investigação
concentra-se nos vândalos responsáveis pela depredação de prédios na capital
federal, cujas condutas estão sendo individualmente identificadas pelos
investigadores. Por fim, a quarta frente investiga a conduta de autoridades
omissas durante os eventos de 8 de janeiro, que, ao facilitarem a atuação dos
golpistas, contribuíram para os danos causados à ordem pública e ao patrimônio
nacional.
“Eu fiquei muito preocupada com as
pessoas que eu ofendi. Isso me deixou muito chateada”, disse a apresentadora
(Foto: Reprodução)
A apresentadora Regina Volpato
pediu desculpas por uma declaração feita nos stories no último final de semana
que desagradou muitos internautas. Tudo começou quando ela foi
questionada em uma caixa de perguntas no Instagram por um seguidor sobre
conselhos amorosos.
“Apaixonado por um boy que me contou depois de três vezes
que é HIV positivo! Como continuar”, questionou um seguidor.
“Você vai continuar com uma pessoa que te ocultou uma informação
como essa?”, respondeu a jornalista. “Que pelo menos usasse e pedisse para você
usar preservativo. Não é uma pessoa para você continuar”.
Ela pediu desculpas para as pessoas que teria ofendido,
“por conta da minha ignorância e da falta de informação”, começou a
apresentadora.
“Eu apaguei o vídeo e quem me conhece sabe que não sou de apagar
conteúdo quando erro, pois prefiro assumir o erro. No entanto, no caso desse
vídeo, era mais do que erro.”
“Foi preconceito, desinformação”, declarou. “Enfim, eu
pratiquei uma coisa que nem sabia o nome, algo que se chama sorofobia. Então,
de verdade, eu peço desculpas e já busquei informações sobre o assunto. Preciso
agradecer pelo tom extremamente respeitoso com que as pessoas me chamaram
atenção”.
Sorofobia é um termo que se refere ao
medo, aversão ou discriminação contra pessoas soropositivas, ou seja, aquelas
que vivem com HIV/AIDS. Esse termo é usado para descrever atitudes negativas,
estigma e preconceito que algumas pessoas podem ter em relação às pessoas
soropositivas, muitas vezes baseadas em falta de conhecimento, desinformação ou
ideias errôneas sobre como o HIV/AIDS é transmitido. A sorofobia pode resultar
em exclusão social, discriminação no local de trabalho, acesso limitado aos
serviços de saúde e outros problemas enfrentados pelas pessoas soropositivas. O
combate à sorofobia é fundamental para promover a igualdade, o respeito e o
acesso universal aos direitos humanos das pessoas vivendo com HIV/AIDS
Operação Escafandria, da Polícia Federal,
cumpre 38 mandados no RS, SC e PR contra grupo especializado em enviar cocaína
nas caixas de mar de navios de carga
(Foto: China Daily via REUTERS)
APolícia
Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16) a Operação Escafandria, visando
desmantelar uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de
drogas por meio marítimo, utilizando o Porto de Rio Grande, em Santa Catarina,
como rota. Em uma ação conjunta com a Receita Federal, a Marinha e a Brigada
Militar, os agentes cumprem 12 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e
apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Desde 2022, a investigação vinha sendo conduzida após a
obtenção de informações sobre as atividades ilícitas de um grupo com
integrantes de Rio Grande, Santa Catarina e Paraná, todos envolvidos no tráfico
de drogas a partir do porto em Santa Catarina, revela reportagem do Metrópoles. Após meticulosas
diligências, descobriu-se que a quadrilha empregava mergulhadores para ocultar
cocaína na caixa de mar das embarcações, um compartimento situado abaixo da
linha d'água, utilizado para diversas funções relacionadas à navegação.
O grupo utilizava esse método para enviar grandes quantidades de
cocaína para o exterior, sendo que uma remessa de 198 quilos da droga foi
interceptada pela Guardia Civil da Espanha, em agosto de 2023, no Porto de Las
Palmas. O navio em questão havia partido do Porto de Rio Grande, confirmando as
suspeitas das autoridades sobre a rota utilizada pela quadrilha.
Além das ações realizadas no território nacional, a
operação conta com a cooperação policial internacional, com participação da
Europol e da Polícia da Alemanha, visando cumprir mandados de prisão em
território estrangeiro. O nome "Escafandria" foi escolhido em
referência ao equipamento de mergulho utilizado pelos criminosos para esconder
a droga nos navios.
Entre os vetos a serem derrubados estão o
que diminuiu em R$ 5,6 bi as emendas parlamentares de comissão e o que
inviabilizou um cronograma com liberação desses recursos
Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Agência Senado)
Na iminência de uma
nova sessão no Congresso, prevista para a próxima quinta-feira (18), a
perspectiva é de que o governo federal enfrente mais uma série de reveses. Com
vetos do presidente Lula (PT) em pauta, há uma expectativa de que medidas sejam
derrubadas pelos parlamentares, relata o jornalO Globo. Entre os vetos em questão,
destaca-se aquele que reduziu em R$ 5,6 bilhões as emendas parlamentares de
comissão, além do que inviabilizou um cronograma para a liberação desses
recursos indicados pelos congressistas. Tal cenário de atrito é ainda exacerbado
pela falta de diálogo entre figuras-chave, como o presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).
Diante desse contexto, uma ala do governo cogita solicitar
o adiamento da sessão desta semana, enquanto líderes buscam fechar acordos
sobre quais vetos serão submetidos à votação. Contudo, até o momento, não houve
consenso sobre o tema, alimentando especulações sobre a possibilidade de
cancelamento da sessão.
A pressão pela realização da sessão é especialmente intensa
entre os deputados, que veem na definição de emendas uma oportunidade para
atender suas bases eleitorais, sobretudo em um ano marcado por eleições
municipais. A expectativa é que a Câmara aprove um cronograma de liberação de
recursos até o primeiro semestre, visando beneficiar municípios.
A data da sessão do Congresso, anunciada pelo presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não foi oficialmente marcada, o que
contribui para o clima de incerteza em relação aos temas que serão debatidos.
Líderes das duas casas legislativas devem se reunir a partir desta terça-feira
(16) para discutir uma pauta que possa conciliar os interesses das diferentes
correntes políticas representadas.
No entanto, permanecem dúvidas quanto à inclusão de determinados
vetos na pauta, como o que restringe as "saidinhas" de presos,
demanda pressionada pela oposição. Outros temas pendentes incluem vetos
relacionados ao processo de autorização para agrotóxicos, à Lei Orgânica das
Polícias Militares e à reserva de recursos para programas habitacionais em
cidades menores.
O governo também enfrenta desafios em relação à pauta do
Senado, com a expectativa de votação, ao menos em primeiro turno, da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) que trata da criminalização do porte de drogas.
Tal medida contrasta com os interesses da base de esquerda do governo,
ampliando ainda mais o cenário de tensões e incertezas no ambiente político
nacional.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
Uma massa de ar frio de origem polar vai
causar o primeiro frio de outono
(Foto: Marcelo Camargo/ Abr)
Fim da onda de calor:
uma frente fria vai trazer a massa de ar frio continental e forma na
terça-feira, 16 de abril, entre o Brasil, o Uruguai e a Argentina. Os
efeitos desta massa polar serão sentidos gradualmente em vários estados do
Brasil entre a noite do dia 16 de abril e a segunda-feira, 20 de abril. As
informações são do ClimaTempo.
Na Região Sul, o frio acentuado acontece entre os dias 17
e 20 de abril e poderá gear na serra do Rio de Grande do Sul, de Santa Catarina
e do sul do Paraná. Na região Sudeste, as quedas da temperatura ocorrerão entre
18 e 20 de abril. Na Região Centro-Oeste, entre os dias 17 a 20 de abril.
Não há condições para geada no Sudeste e
nem no Centro-Oeste.
O presidente Lula está pessoalmente
debruçado sobre o tema e determinou neste mês a criação de um grupo de trabalho
para propor um novo programa energético capaz de reduzir a conta
(Foto: ABR)
O governo do
presidente Lula (PT) está empenhado em encontrar soluções para garantir alívios
nas contas de energia elétrica no país a partir de 2025, segundo a Folha de S. Paulo. Após a publicação de
uma medida provisória (MP) visando a diminuição em até 5% das tarifas ainda
neste ano, membros do governo estimam a necessidade de até R$ 35 bilhões anuais
para reduzir a tarifa a partir do próximo ano.
As discussões internas revelam que uma das propostas em
consideração é a utilização de recursos do Orçamento da União para essa
finalidade. No entanto, essa abordagem enfrenta resistência por parte do
Ministério da Fazenda, que busca manter a trajetória de melhoria nas contas
públicas.
O dilema se agrava diante do esgotamento das alternativas
convencionais para a redução das tarifas, mesmo considerando os potenciais
benefícios para a economia como um todo. A MP recentemente assinada por Lula,
apesar de proporcionar uma diminuição imediata nas contas, poderá gerar um
efeito rebote, pressionando as tarifas nos próximos anos. Isso se deve ao
adiantamento de recursos a serem pagos pela Eletrobras, retirando assim parte
dos recursos disponíveis para reduções futuras.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
(PSD-MG), enfatizou a complexidade do desafio em manter as tarifas em níveis
mais baixos nos anos seguintes, destacando a necessidade de uma abordagem
constante para reduzir os preços.
Além da utilização dos recursos da Eletrobras, o governo está
revisando os subsídios existentes na conta de luz. Essa revisão está sendo
discutida amplamente entre os ministros Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Rui
Costa (PT), da Casa Civil, embora ainda não haja uma definição sobre quais
itens serão alvo das mudanças.
Segundo Silveira, o processo de revisão dos subsídios é
uma tarefa que requer coragem, dado o histórico de inclusão de subsídios na
conta do consumidor sem uma análise aprofundada de seus impactos.
Entre as ideias em consideração para obtenção dos recursos
necessários está a ampliação das exceções ao teto de gastos, que poderia abrir
espaço orçamentário para a redução das tarifas. Outra possibilidade é a
utilização de recursos provenientes do setor petrolífero.
O tema da energia tem sido objeto de atenção pessoal por
parte do presidente Lula, que recentemente determinou a criação de um grupo de
trabalho dedicado a propor um novo programa energético capaz de reduzir as
contas de luz por meio de medidas estruturais.
Fonte: Brasil com informações da Folha de S. Paulo
Marcos Vinicius Paulino, de 27 anos, foi preso depois de
cometer o feminicídio
(Foto: Reprodução EPTV)
Marcos Vinicius
Paulino, de 27 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (15), depois de
cometer feminicídio contra a própria esposa, Tatiéle de Cássia dos Reis
Gonçalves, de 38 anos. O crime ocorreu em Caconde (SP). As informações
são do portal G1.
O suspeito alega que
teve relações sexuais com a mulher, na noite do domingo (14), quando ela mordeu
o dedo dele da mão esquerda. Ele não teria gostado, e esperou a esposa dormir,
informou a Segundo informações da Polícia Civil.
O delegado
João Delfino de Souza relata que a ação foi covarde: "Após ela se
trocar e voltar para cama e dormir, ele desferiu um golpe de faca no pescoço e
no tórax dela, a matando".
Bahia e Fluminense protagonizam um choque de tricolores, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (16) na Arena Fonte Nova, em Salvador. A Rádio Nacional transmite o confronto ao vivo.
Após empatar em 2 a 2 com o Bragantino, no último sábado (13), o técnico Fernando Diniz deve poupar algumas peças em relação à equipe que entrou em campo no estádio do Maracanã na estreia do Tricolor no Brasileiro. A tendência é que os veteranos Felipe Melo e Marcelo ganhem descanso, enquanto o zagueiro Manoel, que acaba de se recuperar de uma lesão, pode receber uma oportunidade na equipe titular. Outras opções para posição são Felipe Andrade e Antônio Carlos.
Assim, a expectativa é de que o Fluminense comece a partida com: Fábio; Samuel Xavier, Manoel (Felipe Andrade ou Antônio Carlos), Martinelli e Diogo Barbosa; André, Lima e Ganso; Marquinhos, Arias e Cano.
De qualquer forma o técnico Fernando Diniz sabe que terá que trabalhar mais para melhorar o aproveitamento da defesa de sua equipe nas jogadas pelo alto, em especial após os dois gols de cabeça que o Tricolor sofreu do Bragantino: “Vamos ajustar para evitar gol de cabeça. A primeira coisa é evitar bola parada e evitar cruzamento, depois ter uma área bem preenchida e ficar muito atento para que os gols não saiam”.
O Bahia também chega à partida com problemas na defesa. Além disso, ainda busca a sua primeira vitória na competição, após derrota de 2 a 1 para o Internacional, no Beira Rio, em sua estreia no Brasileirão.
“Em alguns casos, realmente, é uma falta de atenção [que permite sair os gols dos adversáris do Bahia]. No jogo contra o Inter considero que foram lances atípicos. Mas é uma preocupação que sempre temos. Quando faço as trocas, por exemplo, tento manter um padrão com dois zagueiros, além de um atacante que tenha bom porte físico, para que possamos nos defender da bola aérea. Mas, mesmo assim, estamos sofrendo”, afirmou o técnico Rogério Ceni sobre as falhas defensivas de sua equipe.
Para o jogo com o Fluminense a expectativa é de que o Bahia entre em campo com: Marcos Felipe; Arias, Kanu, Cuesta e Rezende; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly; Thaciano e Oscar Estupiñán.
Transmissão da Rádio Nacional
A Rádio Nacional transmite Bahia e Fluminense com a narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz, plantão de Bruno Mendes e reportagem de Rodrigo Ricardo. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:
Relações bilaterais podem ser
fortalecidas em toda as esferas
Gustavo Petro e Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva viaja nesta terça-feira (16) para a Colômbia onde, no dia seguinte
dará início a uma agenda de encontros que inclui reunião com o presidente
colombiano, Gustavo Petro.
De acordo com o Palácio do Planalto, entre os temas a
serem abordados pelos dois presidentes estão as agendas de comércio e
investimentos, desenvolvimento sustentável e cooperação amazônica, programas
sociais, direitos humanos e agricultura familiar.
Em entrevista para detalhar a viagem presidencial, o diretor do
Departamento de América do Sul do Itamaraty, ministro João Marcelo Galvão de
Queiroz, destacou que os dois países “têm importante contingente de povos
afrodescendentes, indígenas e, da parte de seus governantes, prioridade
atribuída ao fortalecimento desses setores na sociedade. Ao mesmo tempo, são
dois governos que compartilham visões muito semelhantes no que se refere à
dimensão amazônica e sobre integração sul-americana e regional, de maneira mais
ampla”, informa a Agência Brasil. .
O Brasil é o terceiro maior parceiro comercial da
Colômbia. Em 2023, foram comercializados entre os dois países US$ 6,1 bilhões.
As exportações brasileiras alcançaram US$ 3,8 bilhões e as colombianas, US$ 2,3
bilhões. Há, segundo o governo federal, mais de 70 empresas brasileiras
instaladas na Colômbia.
Os dois países devem fortelecer as
relações bilaterais em todos os campos e o papel de ambos no contexto
sul-americano.
Alexandre Freitas disparou ataque racial em sua rede social
A 28ª Vara Federal do
Rio de Janeiro condenou, dias atrás, o ex-deputado estadual Alexandre Freitas,
a pagar R$ 30 mil de indenização por uma postagem racista feita em suas redes,
em 2020. As informações são de Ancelmo Gois, no Globo.
O ataque racial
ocorreu quando Freitas foi questionado: "Mas deputado, o que você acha das
pessoas de bem portando fuzil?"
Ele respondeu :
"Hummm, depende qual a cor?"
Expulso em 2021 do
Partido Novo, ele xingou publicamente João Amoedo, um dos fundadores e
ex-presidente nacional do Novo. O ex-parlamentar era um dos quadros da sigla
que se destacava como apoiador de Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247 com informações de Ancelmo Gois, no jornal O Globo
Ação desta etapa visa a identificação de
participantes que financiaram, fomentaram e promoveram os ataques do dia 8 de
janeiro de 2023
(Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)
Nota da Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (16/4) a 26ª fase
da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram,
fomentaram e promoveram os fatos ocorridos em 8/1/2023, em Brasília/DF, quando
o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram
invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os
imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.
Ao todo, foram expedidos 18 mandados judiciais de busca e
apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, nos estados do Rio Grande do Norte
(1); Santa Catarina (1); Pará (4); São Paulo (1); Minas Gerais (3); Espirito
Santo (4); Tocantins (1) e Mato Grosso do Sul (3).
Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores
dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio
público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de
abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano
qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e
deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em curso, e a
Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número
de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas.
Os sem-terra já pleiteavam trocas em chefias do órgão, que é responsável por gerir os processos de regularização de assentamentos
Em meio às trocas de farpas entre Arthur Lira e Alexandre Padilha, o governo exonerou hoje Wilson César de Lira Santos — primo do presidente da Câmara — do cargo de superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Alagoas.
Segundo informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, lideranças do MST já vinham defendendo a saída de César de Lira do posto. Os sem-terra pleiteiam trocas em chefias do órgão, que é responsável por gerir os processos de regularização de assentamentos — a família de Lira é ligada ao agronegócio, um dos principais entraves para a reforma agrária.
Na semana passada, trabalhadores rurais vinculados a diferentes movimentos sociais ocuparam a sede do Incra em Alagoas e o prédio só foi desocupado após o grupo conseguir agendar reuniões com o governo federal para tratar do tema.
O MST quer que José Ubiratan Resende Santana, servidor de carreira do Incra lotado no estado, substitua César de Lira.
Cesar de Lira foi nomeado para o Incra ainda no governo Temer. Passou incólume pela era Bolsonaro. E, com a ajuda do primo, manteve-se firme e forte no Lula 3. Até que o Palácio do Planalto resolveu rifá-lo. Aguarda-se agora a reação do presidente da Câmara.
Fonte: Agenda do Poder com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo
As joias eram presentes de Estado e não poderiam ser vendidas como bens privados
A Polícia Federal detectou indícios de que o general Mauro Cesar Lourena Cid usou a estrutura do escritório de Miami da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) no esquema de venda de joias dadas de presente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, informa o colunista do portal UOL Aguirre Talento.
O general Cid é pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A PF passou a investigar o general no caso das joias após descobrir, em diálogos de WhatsApp, que ele ajudou o filho na negociação desses itens nos Estados Unidos. O general Cid foi indicado por Bolsonaro para comandar o escritório da Apex em Miami em 2019 e permaneceu no posto até o dia 3 de janeiro de 2023, quando foi demitido pelo novo governo.
Procurada, a defesa do general Cid não quis se manifestar.
Para aprofundar as suspeitas envolvendo a atuação do general, a PF colheu na semana passada os depoimentos de três funcionários da Apex Miami, que estavam em Brasília para dar esclarecimentos em uma investigação interna aberta pela agência.
O foco dos depoimentos à Polícia Federal foi o caso das joias. Os investigadores questionaram os funcionários se o general Cid usou o escritório da agência para guardar os itens durante as negociações para vendê-los nos Estados Unidos. A investigação também apura se recursos da agência foram usados pelo general Cid para pagar despesas de pessoas externas ao quadro da Apex.
Outro ponto abordado nos depoimentos foi a participação do general Cid no acampamento golpista no quartel-general do Exército, em Brasília. O UOL revelou no último dia 2 que o general usou a estrutura da agência e viajou a Brasília bancado pela Apex no período em que esteve no acampamento, em dezembro de 2022.
A Polícia Federal investiga a venda das joias sob suspeita de terem sido desviadas do patrimônio público brasileiro. Os itens foram dados de presente ao então presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato. Mauro Cid levou diversos itens de luxo para os Estados Unidos no final de dezembro de 2022, quando acompanhou Bolsonaro em sua viagem para o país. Investigadores da PF irão na próxima semana aos Estados Unidos para realizar as últimas diligências, em conjunto com o FBI (o equivalente à polícia federal norte-americana), e concluir o caso.
A Apex não é um órgão estatal, mas funciona como uma pessoa jurídica de direito privado abastecida com recursos do sistema S. Por isso, é auditada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e tem que prestar contas à corte.
Visto de trabalho e celular da agência
Apesar de demitido no início de janeiro, o general continuou usando por alguns meses o telefone celular corporativo da Apex e seu passaporte oficial com visto de trabalho para a agência. Esse período de janeiro de 2023 foi justamente quando ele auxiliou Mauro Cid na venda das joias, conforme demonstram as mensagens obtidas pela PF.
O uso dos equipamentos oficiais da Apex Miami foi discutido pelos funcionários em diálogos de um grupo de WhatsApp, obtidos pelo UOL. Eles apontam indícios de que o telefone celular da Apex foi usado para fotografar as joias. O UOL também obteve acesso aos registros de entrada e saída dos EUA feitos pelo general Cid com o passaporte oficial de trabalho da Apex, o que confirma sua utilização no ano de 2023.
Amigo do então presidente Jair Bolsonaro, de quem foi contemporâneo na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), o general Cid foi nomeado em seu governo para comandar o escritório da Apex em Miami. Por causa dessa designação, o Itamaraty solicitou ao governo dos Estados Unidos a concessão de um visto de trabalho pelo período entre agosto de 2019 e julho de 2024.
O general Cid recebeu o visto do tipo A2, concedido pelos EUA aos funcionários vinculados ao governo brasileiro. Esse visto foi registrado em um passaporte oficial do general, um tipo especial de passaporte concedido a funcionários do governo brasileiro para missões no exterior. Não se trata do mesmo tratamento recebido pelos diplomatas.
De acordo com o histórico de viagens registrado pelo governo dos EUA, o general Cid deixou os Estados Unidos em 26 de novembro de 2022 e retornou ao país em 11 de dezembro do mesmo ano. Foi nesse período que ele esteve no acampamento do quartel-general do Exército, em Brasília, como revelou o UOL.
Ainda usando o visto de trabalho da Apex, o general Cid deixou os EUA no dia 24 de janeiro e retornou em 3 de fevereiro. Permaneceu no país até 13 de março, quando deixou Miami para retornar ao Brasil, de acordo com os registros de imigração.
Ao constatar que o visto de trabalho do general ainda estava ativo, a atual gestão da Apex pediu ao Itamaraty que realizasse o cancelamento desse visto.
‘Aumentar as exportações de joias’
Os próprios funcionários da agência disseram, nas mensagens do grupo de WhatsApp do escritório de Miami, que o general resistiu a devolver seu celular à Apex e usou o aparelho para fotografar as joias. De acordo com funcionários, ele usou o aparelho até o mês de março de 2023.
Um dos diretores do escritório, Fernando Spohr, enviou ao grupo a notícia sobre a busca e apreensão contra o general, no dia 11 de agosto de 2023. Rinelli, então, comenta que o próximo lugar a ser alvo seria o escritório da Apex em Miami. Após a divulgação de fotos das joias, nas quais era possível ver a imagem do general Cid no reflexo das joias, Rinelli diz que era possível ver que o telefone usado pelo general para fazer as fotos pertencia à Apex — e ele em posse do aparelho mesmo após sua demissão do cargo, em janeiro de 2023.
Michael Rinelli (12h54): Dá para reconhecer até o telefone na foto.
Catiane (12h55): Telefone da Apex?
Michael Rinelli (13h02): Eu acho que o próprio, aquele que ele não queria devolver, mas a Paola trancou ele na sala e não deixou sair enquanto ele não entregou o telefone
Michael Rinelli (13h09): kkk
Citada na mensagem, Paola Buono é integrante da área de recursos humanos do escritório da Apex de Miami.Ele, em seguida, ironiza o envolvimento do general Cid na venda das joias nos Estados Unidos.
Michael Rinelli (13h09): O general atendeu plenamente as metas de aumentar as exportações brasileiras de relógios e obras de arte para os Estados Unidos
Rinelli, Spohr e Paola foram os três funcionários da Apex ouvidos pela PF na semana passada.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornalista Aguirre Talento, no UOL
Corte dará decisão final de cassação de mandato do senador; recurso ainda não foi levado ao tribunal
O ministro Floriano Azevedo será o relator do processo de cassação de Sergio Moro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informa a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO. Azevedo é alinhado ao presidente da corte, Alexandre de Moraes, que foi o principal articulador de sua nomeação para o tribunal eleitoral, no ano passado.
A notícia não é boa para Moro, já que o ex-juiz e seu entorno consideram que os ministros ligados a Moraes têm mais chances de se posicionarem pela perda de mandato do senador. Moro foi vitorioso na primeira instância por 5 votos a 2 e o recurso ainda não foi levado ao TSE, que dará a decisão final sobre o caso.
A escolha de Floriano Azevedo para relatar a ação não é casual. Como o ministro já foi o relator de um primeiro recurso enviado ao TSE com origem no Paraná, mesmo estado onde corre o processo de Moro, o Código Eleitoral estabelece que ele assuma o processo. “A distribuição do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior, previnirá a competência do relator para todos os demais casos do mesmo município ou Estado”, diz o texto.
Aquela ação tratou de um recurso do Ministério Público Federal do Paraná sobre o candidato ao cargo de deputado estadual Dirceu Moraes, que pediu votos nas redes sociais com o uniforme da Polícia Militar, o que é vedado por lei. O órgão pediu e remoção da propaganda eleitoral das redes do candidato.
Fonte: Agenda do Poder com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo