Professores se mobilizam por reajustes salariais e revogação de medidas restritivas impostas pelo governo de Jair Bolsonaro
Os docentes das
universidades e institutos federais iniciam uma greve nesta segunda-feira (15).
Eles reivindicam um aumento salarial de 22%, que seria distribuído em três
parcelas iguais de 7,06% cada.
Em contrapartida, o governo federal propôs aumentar o
auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1000, além de um aumento de 51% no valor
per capita da Saúde Suplementar e um reajuste na assistência pré-escolar, que
passaria de R$ 321 para R$ 484,90.
Entretanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior (Andes-SN) não apenas exige o reajuste salarial, mas também
solicita que os benefícios sejam equiparados aos dos servidores do Legislativo
e do Judiciário. Adicionalmente, o sindicato reivindica a revogação de atos
normativos estabelecidos durante gestões governamentais anteriores.
"Necessitamos de uma reorganização da carreira dos
professores e de se ter um grande revogaço de medidas restritivas de direitos,
de caráter regressivo, que foram implementados nos últimos anos, de natureza
previdenciária, que tiraram direitos e afetam diretamente a aposentadoria,
medidas que inibem o exercício do direito de greve, entre outras tantas",
disse Gustavo Seferian, presidente da Andes e professor de direito da UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais), conforme citado pela Folha de S. Paulo.
Em comunicado oficial, o Ministério da Educação (MEC) declarou
que suas equipes estão ativamente envolvidas nas negociações nacionais, bem
como nas mesas de negociação específicas para técnicos e docentes,
estabelecidas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
(MGI). Além disso, o MEC participa da mesa setorial dedicada a discutir as
condições de trabalho.
"O MEC vem enviando todos os esforços para buscar
alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo
franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal
promoveu reajuste de 9% para todos os servidores", diz a nota do governo
do presidente Lula.
Instituições ligadas à Andes que anunciaram greve nesta segunda-feira:
- Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG);
- Instituto
Federal do Piauí (IFPI);
- Universidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
- Universidade
Federal de Brasília (UnB)
- Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF)
- Universidade
Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Universidade
Federal de Pelotas (UFPel)
- Universidade
Federal de Viçosa (UFV)
- Universidade
Federal do Cariri (UFCA)
- Universidade
Federal do Ceará (UFC)
- Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES)
- Universidade
Federal do Maranhão (UFMA)
- Universidade
Federal do Pará (UFPA)
- Universidade
Federal do Paraná (UFPR)
- Universidade
Federal do Sul da Bahia (UFSB)
- Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
- Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Já estão em greve:
- FURG
(Universidade Federal do Rio Grande, desde o dia 8
- IFRS
(Instituto Federal do Rio Grande do Sul – campus de Rio Grande), desde o
dia 8
- IFSULDEMINAS
(Instituto Federal do Sul de Minas Gerais), desde o dia 10
Com deflagração/indicativo de greve após 15/4:
- Centro
Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)
- Instituto
federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – campi Alvorada, Canoas, Osório,
Porto Alegre, Restinga, Rolante e Viamão;
- Universidade
Federal de Sergipe (UFS);
- Universidade
Federal de Uberlândia (UFU);
- Universidade
Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Com indicativo/construção de greve aprovada sem data de deflagração:
- Universidade
Federal de Itajubá (UNIFEI)
- Universidade
Federal da Paraíba (UFPB)
- Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE)
- Universidade
Federal do Piauí (UFPI)
- Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
- Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
- Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Em estado de greve:
- Universidade
Federal da Grande Dourados (UFGD)
- Universidade
Federal de São João del-Rei (UFSJ)
- Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
- Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
- Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM)
- Universidade
Federal do Pampa (Unipampa)
- Universidade
Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
- Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT)
Fonte:
Brasil 247