quarta-feira, 10 de abril de 2024

Prefeituras recebem primeiro FPM de abril ao longo desta quarta-feira, 10. Apucarana recebeu pouco mais de R$ 2,2 milhões

Ao longo desta quarta-feira, 10 de abril, as prefeituras recebem o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do mês. O valor deve somar R$ 7.048.486.254,81. Contudo, o montante fica em R$ 5.638.789.003,85 com a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Esse decêndio é parte da arrecadação dos Impostos sobre Produtos Industrializados e de Renda (IPI e IR) entre os dias 20 a 30 do mês anterior.

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), a primeira transferência do mês está 4,2% maior que o valor repassado em abril passado, que fechou em R$ 6,7 milhões. Por conta da inflação, o resultado positivo fica menos expressivo, apenas 1,04% a mais. O mesmo ocorre com o acumulado de janeiro até agora, os R$ 60,8 milhões transferidos são 12,68% maiores que os R$ 60,6 milhões repassados no mesmo período de 2023. Ao retirar o efeito da inflação, o crescimento real do fundo é de 8,18%.

A arrecadação da base de cálculo do FPM cresceu R$ 1,3 bilhão no primeiro decêndio de abril de 2024, passando de R$ 30,1 bilhões para R$ 31,3 bilhões. Os economistas da CNM explicam que o fator preponderante para o crescimento de 4,2% do FPM foi “a expansão de R$ 787 milhões do IRPF [Imposto de Renda de Pessoas Físicas], relativo aos recolhimentos do imposto na fonte do capital e do trabalho, e da expansão de R$ 700 milhões do IRPJ [Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas], obtido a partir do lucro das grandes empresas”.

Em 2024, a base do FPM cresceu em R$ 6,8 bilhões, e o IRRF sobre o trabalho e os rendimentos do capital foram responsáveis por R$ 4,6 bilhões do resultado. Contudo, por se tratar de ano eleitoral e pela previsão de agravamento da crise financeira, a CNM recomenda aos prefeitos um rigoroso controle das finanças municipais. A entidade acompanha o cenário econômico nacional, e alerta para a expectativa de crescimento moderado do fundo, no máximo, ao contrário do ocorrido entre 2021 e 2022.

    Confira o levantamento completo AQUI!

Fonte: Agência de Notícias da CNM

‘Pessoas de bem sabem que liberdade de expressão não é liberdade de agressão, misoginia e defesa de tirania’, diz Moraes, alvo de ataques de Musk (veja o vídeo)

 Moraes é relator de inquéritos que investigam atentados contra a democracia e s disseminação de conteúdo falso para minar as instituições

Na sessão desta quarta-feira (10) do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros abordaram os ataques do bilionário Ellon Musk, dono do X (antigo Twitter), à Corte Suprema. Sem citar o nome de Musk, Alexandre de Moraes frisou que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão”. Ele foi um dos alvos de Musk, que defendeu seu impeachment e ameaçou não cumprir as determinações do tribunal constitucional.

Moraes é relator de inquéritos que investigam atentados contra a democracia e s disseminação de conteúdo falso para minar as instituições. O ministro já determinou que o X suspendesse contas de usuários investigados por divulgação de fake news e discursos de ódio.

“Tenho absoluta convicção de que o Supremo Tribunal Federal, a população brasileira, as pessoas de bem sabem que liberdade de expressão não é liberdade de agressão. Sabem que liberdade de expressão não é liberdade para a proliferação do ódio, do racismo, misoginia, homofobia. Sabem que liberdade de expressão não é liberdade de defesa da tirania”, afirmou Moraes.

O primeiro a falar na sessão foi o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes. Ele disse que as redes ainda têm servido de ambiente para ataques de pessoas inconformadas com o fato de a democracia prevalecer no país.

“O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais. Sem pretender pessoalizar o debate nem fatos concretos que podem ser objeto de deliberação por parte do tribunal, acredito que as manifestações veiculadas na rede social X, antigo Twitter, apenas comprovam a necessidade que o Brasil, de uma vez por todas, regulamente de modo mais preciso o ambiente virtual, como de resto ocorre com grande parte dos países democráticos europeus”, afirmou o ministro.

Segundo o decano, o atual marco civil da internet, que disciplina o setor, “tem se revelado muitas vezes inapropriado a impedir abusos de toda sorte”. Ele defendeu uma regulação mais clara.

“Nesse sentido, há muito tempo estou convicto que, apenas com a elaboração de uma nova legislação, será possível estabelecer com mais segurança os direitos e deveres de todos aqueles que se disponham a atuar na internet, sem que haja espaço para agressões, mentiras, golpismos e outros males que têm assolado o país nos últimos anos”, argumentou.

Com informações do g1 e do UOL

Em referência a Musk, Lula diz que onda de extrema direita permite que empresário ‘ouse falar mal’ do STF (assista ao vídeo)

 “Estamos diante de uma questão muito séria, tanto em nosso país quanto no mundo, que é a escolha entre vivermos em um regime democrático ou nos entregarmos ao extremismo e à xenofobia”, declarou Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou em discurso, nesta quarta-feira (10), que o crescimento do extremismo abre espaço para interferências externas, como o caso de um “empresário americano” que se atreve a criticar a Corte brasileira e os ministros do país.

Embora não tenha mencionado explicitamente o nome de Elon Musk, o comentário de Lula foi interpretado como uma indireta ao empresário, que, apesar de ser sul-africano, possui cidadania norte-americana e recentemente tem contestado decisões da Justiça brasileira, desafiando decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estamos diante de uma questão muito séria, tanto em nosso país quanto no mundo, que é a escolha entre vivermos em um regime democrático ou nos entregarmos ao extremismo e à xenofobia”, declarou Lula.

Ele destacou o avanço do extremismo de extrema direita, que, segundo ele, permite que empresários estrangeiros critiquem livremente as instituições brasileiras e o povo brasileiro, mesmo sem terem contribuído para o desenvolvimento do país.

Na terça-feira (9), o presidente brasileiro já havia feito uma crítica indireta às atividades de empresas espaciais, como a SpaceX, de Elon Musk, sugerindo que tais bilionários deveriam direcionar seus recursos para a preservação do planeta Terra.

“Hoje, vemos pessoas que desconsideram os impactos do desmatamento e das queimadas no nosso planeta. Muitos não compreendem a importância das florestas para a qualidade de vida no nosso vasto planeta, onde não há para onde fugir”, ressaltou Lula.

Ele concluiu reforçando a necessidade de investimentos na preservação ambiental e no bem-estar da população, destacando que os recursos financeiros dos bilionários devem ser empregados para aprimorar as condições de vida no próprio planeta Terra.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Câmara aprova retorno de seguro obrigatório de veículos

 

Seguro obrigatório para proprietários de veículos, que passará a se chamar SPVAT, mantêm a Caixa Econômica Federal como única gestora do fundo de pagamento de indenizações

Carros novos
Carros novos (Foto: Reprodução/TV Globo)


Reuters - A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (9) novas regras para o retorno do seguro obrigatório para proprietários de veículos, que pela proposta passará a se chamar SPVAT, mantendo a Caixa Econômica Federal como única gestora do fundo de pagamento de indenizações, informou a Agência Câmara.

A forma anterior da obrigação era chamada de DPVAT, que vinha sendo operada pela Caixa Econômica Federal de forma emergencial desde 2021, depois que o governo de Jair Bolsonaro resolveu extinguir em 2020 o instrumento que ressarce vítimas de colisões de veículos terrestres.

Antes da extinção do DPVAT, o seguro era administrado por um consórcio de seguradoras privadas.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23, do Poder Executivo, será enviado agora ao Senado, afirmou a agência, que citou que o fundo do DPVAT deixou de pagar pedidos de indenização a partir de novembro por esgotamento dos recursos.

Pelo texto, os novos prêmios poderão ser temporariamente cobrados em valor maior para quitar os sinistros ocorridos até a vigência do SPVAT. Os valores para equacionar o déficit do DPVAT serão destinados ao pagamento de indenizações, inclusive decorrentes de ações judiciais, para provisionamento técnico e para liquidar sinistros e quitar taxas de administração desse seguro, afirmou a agência.

Os deputados aprovaram a inclusão de penalidade no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) equivalente a multa por infração grave no caso de não pagamento do SPVAT, cuja quitação voltará a ser exigida para licenciamento anual, transferência do veículo ou sua baixa perante os órgãos de trânsito.

A transferência de recursos da arrecadação com o seguro para o Sistema Único de Saúde (SUS) deixará de ser obrigatória, passando de 50% para 40% do dinheiro a fim de custear a assistência médico-hospitalar das vítimas de veículos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Rogério Correia: 'Brazão vai obstruir a investigação do caso Marielle se não continuar preso' (vídeo)

 

De acordo com o parlamentar, 'a ultradireita acha que bandido bom é bandido solto'

Rogério Correia (mais destaque), Chiquinho Brazão e Marielle Franco
Rogério Correia (mais destaque), Chiquinho Brazão e Marielle Franco (Foto: Câmara dos Deputados I Divulgação I Midia Ninja)

 

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) alertou nesta quarta-feira (10) para um eventual prejuízo das investigações do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) se o deputado Chiquinho Brazão (ex-União Brasil-RJ) continuar solto.

"Brazão vai obstruir a investigação do caso Marielle se não continuar preso. Ele não pode continuar solto. O Brasil não pode se calar", afirmou o parlamentar em discurso na Câmara dos Deputados. "E agora? A ultradireita vai continuar tentando votar a saidinha do Brazão? Bandido bom, pra eles, é bandido solto para continuar obstruindo a justiça".

O deputado Brazão foi preso no mês passado após ser apontado por investigadores da Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora, morta por integrantes do crime organizado em março de 2018 na região central do município do Rio. Também foram presos Domingos Brazão, irmão do parlamentar e ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.

Investigadores apuram se o crime foi motivado por causa da atuação parlamentar de Marielle contra a exploração imobiliária de milicianos na capital fluminense. A ex-vereadora denunciava a violência cometida por policiais nas favelas e criticava a atuação de milícias nas periferias.

A ex-parlamentar foi morta em um lugar sem câmeras na região central do Rio. Os milicianos perseguiram por cerca de três a quatro quilômetros o carro onde ela estava.

Algumas pessoas foram presas. Uma delas foi o ex-policial militar Élcio Queiroz, que admitiu ter dirigido o veículo de onde partiram os tiros contra Marielle. De acordo com o delator, outro ex-PM, Ronnie Lessa, que também está detido, foi o responsável pelos disparos.

Segundo a Polícia Federal, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que está preso, atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar. Queiroz disse que o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, assassinato em 2021, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle.

O delator Élcio Queiroz afirmou que o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha", foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que trabalham com peças de carros.

Fonte: Brasil 247

União Brasil vota contra prisão preventiva de Chiquinho Brazão

 

O deputado Chiquinho Brazão (RJ) é suspeito de ser um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ)

Danilo Forte
Danilo Forte (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

 

Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que analisa a manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (RJ), suspeito de ser um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), o partido União Brasil votou a favor da soltura do investigado nesta quarta-feira (10).

O deputado Danilo Forte (União-CE) foi quem anunciou a decisão da legenda, argumentando que a manutenção da prisão preventiva de um parlamentar poderia fragilizar “a estrutura jurídica do país”. Ele também defendeu uma reforma no Código Penal e disse que a bancada seguiria uma linha de “legalidade” e “garantismo penal”.

O União Brasil é o partido de origem de Chiquinho Brazão. No mês passado, a sigla havia expulsado o parlamentar após surgirem informações sobre o suposto envolvimento de Brazão no crime.

Com a votação do parecer pela CCJ, a prisão preventiva do investigado passa para análise no Plenário da Câmara, que terá a palavra final. Para manter a prisão, será necessário o voto da maioria absoluta, ou seja, o apoio de 257 deputados.

Fonte: Brasil 247 com informações de Congresso em Foco

 

Banco Santander pede apreensão de bens de Jair Renan, filho "04" de Bolsonaro, por dívida de R$ 360 mil

 

Jair Renan Bolsonaro é acusado pelo suposto uso de documentos falsos para conseguir empréstimos bancários

Jair Renan Bolsonaro
Jair Renan Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube/Leo Dias)


O banco Santander solicitou à Justiça a apreensão de bens de Jair Renan Bolsonaro, filho “04” de Jair Bolsonaro (PL), pelo não pagamento de uma dívida de R$ 360 mil. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o pedido de apreensão de bens foi feito à Justiça nesta segunda-feira (8), como parte de uma ação de cobrança extrajudicial no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF).

A dívida é o ponto central de uma denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) que foi aceita pelo TJ-DF. As acusações contra Jair Renan incluem lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica. A defesa alega que ele propôs um acordo com o banco para resolver a questão.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), Jair Renan Bolsonaro teria falsificado as informações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia para obter um empréstimo bancário. No entanto, a dívida não foi quitada, levando o banco a iniciar uma ação para cobrar os devedores.

Os advogados do Santander solicitaram à Justiça a realização de uma pesquisa de bens através do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud) para garantir o pagamento da dívida. Além disso, incluíram o endereço de Jair Renan em Balneário Camboriú, Santa Catarina, para que ele seja notificado. No entanto, as tentativas de localizá-lo no estádio Mané Garrincha, em Brasília, sede da empresa, foram infrutíferas.

O apartamento de Jair Renan em Balneário Camboriú é avaliado em mais de R$ 1,3 milhão e está alugado. O apartamento tem 98 metros quadrados, suíte e sacada com churrasqueira, e está localizado a 100 metros da praia. Segundo a reportagem, a certidão de inteiro teor do apartamento aponta que o imóvel “está em nome do advogado Bruno Luís Cardoso e do seu pai, Wanderlei Cardoso. Ambos são bolsonaristas, fizeram campanha para o ex-presidente, e doaram R$ 1 mil cada para Jorge Seif (PL-SC) na campanha a senador em 2022”.

O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, afirmou que já foi proposto um acordo financeiro com o Santander. “O Renan tem poucas coisas além das roupas do corpo. É uma pessoa simples que, com pouca idade, foi vítima de um golpe que será esclarecido no curso do processo. Além disso, encaminhamos uma proposta de acerto com o banco, dentro das modestas possibilidades que tem”, disse o advogado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

 

Liberdade de expressão não é liberdade de agressão, diz Moraes


Ministro reforça que redes sociais não podem ser usadas ilicitamente


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira (10) que a "liberdade de expressão não é liberdade de agressão".

Declaração do ministro foi feita após as recentes postagens nas quais o empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, antigo Twitter, sugeriu que iria desobedecer a ordens judiciais emitidas contra a plataforma na investigação da Corte que trata da atuação de milícias digitais contra a democracia brasileira.

No início da sessão desta tarde, Moraes disse que as redes sociais não podem ser usadas para fins ilícitos. O ministro também disse que "alguns alienígenas" tomaram conhecimento da coragem da Justiça no Brasil. Além de proprietário da X, Musk também é dono da Space X, empresa de lançamento de foguetes ao espaço.

"O STF, a população brasileira e as pessoas de bem sabem que liberdade de expressão não é liberdade de agressão. Liberdade da expressão não é liberdade para proliferação do ódio, do racismo e da homofobia. Sabem que liberdade de expressão não liberdade de defesa da tirania. Talvez alguns alienígenas não saibam, mas passaram a aprender e tiveram conhecimento da coragem e seriedade do Poder Judiciário brasileiro", afirmou.

Durante a sessão, o ministro Gilmar Mendes defendeu a regulamentação das redes sociais. Para o ministro, as declarações de Elon Musk comprovam a necessidade da regulamentação do funcionamento das plataformas.

"Acredito que as manifestações veiculadas na rede social X apenas comprovam a necessidade de que o Brasil, de uma vez por todas, regulamente de modo mais preciso o ambiente virtual, como, de resto, ocorre com grande parte dos países democráticos europeus", disse Mendes.

O presidente do STF também se manifestou e citou que o modelo de negócios das plataformas incentiva a "difusão do mal".

"Por trás da alegação de liberdade de expressão, o que existe é um modelo de negócios que vive do engajamento. O ódio, a mentira, o ataque às instituições trazem mais engajamento do que o discurso moderado, que a notícia verdadeira", completou.

Entenda o caso

No último sábado (6), o bilionário Elon Musk, dono da rede social X e da fabricante de veículos elétricos Tesla, iniciou uma série de postagens criticando o ministro Alexandre de Moraes e o STF.

Ele usou o espaço para comentários do perfil do próprio Moraes no X para atacá-lo. Em uma mensagem de 11 de janeiro, postada por Moraes para parabenizar o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski por assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Musk questionou: “Por que você exige tanta censura no Brasil?”.

Em outra postagem, ainda no sábado, Musk prometeu “levantar” [desobedecer] todas as restrições judiciais, alegando que Moraes ameaçou prender funcionários do X no Brasil. No domingo, dia 7, Musk acusou Moraes de trair “descarada e repetidamente a Constituição e o povo brasileiro”.

Sustentando que as exigências de Moraes violam a própria legislação brasileira, Musk defendeu que o ministro renuncie ou seja destituído do cargo. Pouco depois, ele recomendou aos internautas brasileiros utilizarem uma rede privada virtual (VPN, do inglês Virtual Private Network) para acessar todos os recursos da plataforma bloqueados no Brasil.

No próprio domingo, o ministro Alexandre de Moraes determinou a inclusão do multibilionário entre os investigados do chamado Inquérito das Milícias Digitais (4.874), que apura a atuação criminosa de grupos suspeitos de disseminar notícias falsas em redes sociais para influenciar processos político. 

Fonte: Agência Brasil

Milei usa fake news no X, de seu aliado Elon Musk, para enganar os argentinos sobre queda na inflação

 O presidente argentino Javier Milei, aliado do extremista de direita Elon Musk, tem recorrido às fake news para ludibriar o povo argentino

Javier Milei
Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

 

O presidente ultraliberal e de extrema-direita da Argentina, Javier Milei, referenciou um perfil falso na internet durante uma entrevista na noite de terça-feira (9), onde discutia a queda da inflação.

“A taxa de inflação vai despencar, eu previ isso. Passamos de uma variação de preços de +5,22% para -4,52%”, afirmou Milei. Durante a entrevista, ele utilizou como exemplo os dados fornecidos pelo perfil chamado Jumbot, na rede social X. 

O presidente argentino ainda mencionou que a suposta queda ocorreu devido às medidas tomadas desde que assumiu o cargo. No entanto, o que Milei não antecipou foi que horas após as declarações, o mesmo perfil publicaria uma mensagem afirmando que os cálculos postados não eram reais.

O autor do perfil, que conta com 25 mil seguidores, não revelou a própria identidade. Em publicação, ele afirmou que as postagens eram apenas parte de um experimento social. O perfil realizava publicações sobre supostas variações diárias no preço da cesta básica desde 18 de março.

Na semana passada, o ministro da economia, Luis Caputo, também mencionou o perfil. O chefe da pasta utilizou dados falsos da mesma fonte para relatar a desaceleração dos preços em abril.

Fonte: Brasil 247 com informações de O Globo

CNJ marca julgamento de correição da 13ª Vara de Curitiba para o dia 16

 Correição, que pode gerar investigação criminal contra Moro, foi conduzida pelo ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, enquanto corregedor-geral de Justiça

O ex-juiz suspeito Sergio Moro
O ex-juiz suspeito Sergio Moro (Foto: Agência CNJ | Agência Senado)


ConJur - O presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luís Roberto Barroso, incluiu na pauta da próxima terça-feira (16/4) do CNJ o julgamento da correição feita na 13ª Vara Federal de Curitiba. O processo analisa as condutas do ex-juiz Sergio Moro e da juíza Gabriela Hardt na “lava jato”.

Hardt pode receber sanções disciplinares. Como Moro não é mais juiz, o CNJ pode enviar notícia-crime ao Ministério Público Federal para dar andamento a uma investigação criminal contra ele.

A correição foi conduzida pelo ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, enquanto corregedor-geral de Justiça.

Nesta terça-feira (9/4), Moro obteve uma vitória em outra frente de batalha quando, por 5 votos a 2, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná negou o pedido de cassação do seu mandato de senador e da decretação de sua inelegibilidade. A corte entendeu que não ficou provado que os gastos de pré-campanha do político do União Brasil desequilibraram a disputa para o Senado.

PARADEIRO INCERTO E NÃO SABIDO - O relatório final da correição mostrou que não foi feito inventário para indicar onde foram guardados todos os itens apreendidos, como obras de arte, e não foi possível identificar uma série de bens e recursos, entre eles os confiscados no exterior.

O resultado parcial da correição extraordinária, divulgado em agosto de 2023, já demonstrava a bagunça da 13ª Vara. A conclusão é de que houve uma “gestão caótica” no controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados com o Ministério Público e homologados pelo então juiz Sergio Moro.

Por meio desses acordos, o grupo de procuradores da “lava jato” recolheu e repassou à Petrobras R$ 2,1 bilhões entre 2015 e 2018, com autorização da 13ª Vara Federal, a título de ressarcimento pelos desvios praticados.

Esses valores permitiram à Petrobras, que era investigada por autoridades americanas, firmar acordo no exterior, segundo o qual o dinheiro que seria devido fora do Brasil acabaria investido na criação de uma fundação com o objetivo de organizar atividades anticorrupção.

Um outro levantamento, dessa fez feito pelo Tribunal de Contas da União, identificou irregularidades na destinação de valores obtidos em acordos de leniência na ordem de R$ 22 bilhões. Segundo o TCU, o dinheiro foi movimentado sem que houve qualquer preocupação com transparência.

Em julgamento de setembro, o ministro Bruno Dantas, presidente do TCU, lembrou a tentativa da “lava jato” de Curitiba de criar um fundo bilionário com dinheiro da Petrobras, a ser administrado pelos próprios procuradores, para investir no que chamavam de “projetos de combate à corrupção”. Também disse que o TCU deve frear a transferência de patrimônio do Estado para viabilizar interesses de agentes públicos.

“A grande verdade é que nós temos promotores e procuradores espalhados pelo Brasil que viraram verdadeiros gestores públicos. E o pior: sem a responsabilidade que os gestores públicos têm. O que está acontecendo é a transferência de patrimônio do Estado brasileiro para a gestão de agentes da lei. É disso que nós estamos tratando nesta tarde”, disse na ocasião.

TRIANGULAÇÃO - O acordo assinado entre a Petrobras e os procuradores da “lava jato” para criação da tal fundação permitiria ao grupo de procuradores gerir recursos bilionários. Em troca, a estatal repassaria informações confidenciais sobre seus negócios ao governo norte-americano.

O dinheiro que foi enviado à Petrobras pela “lava jato” apenas para voltar como investimento em uma fundação de combate à corrupção faz parte dos R$ 3,1 bilhões que, em contas superestimadas pelo MPF curitibano, seriam “devolvidos aos cofres públicos”.

Já o acordo assinado entre a Petrobras e os procuradores da “lava jato” para criação da tal fundação permitiria ao grupo de procuradores gerir recursos bilionários. Em troca, a estatal repassaria informações confidenciais sobre seus negócios ao governo norte-americano.

Para viabilizar esse trânsito de dinheiro, o então juiz federal Sergio Moro instaurou um procedimento de ofício com a justificativa de que os valores depositado em contas judiciais “estavam sujeitos a remuneração não muito expressiva”. E ao faze-lo, segundo o CNJ, desrespeitou a lei.

Moro não justificou a existência de algum grau de deterioração ou depreciação ou mesmo a dificuldade para a sua manutenção, como exige o artigo 144-A do Código de Processo Penal. Nem que a destinação imediata era necessária “para preservação de valor de bens”, como prevê ao artigo 4º-A da Lei 9.613/1998.

Assim, o dinheiro de acordos e leniências foi para contas judiciais vinculadas a quem não era parte na representação criminal. Esses valores foram tratados como “ressarcimentos cíveis” pelo juízo criminal, sem observância do critério legal de decretação de perda.

O repasse a Petrobras foi feito sem qualquer indício de que a empresa havia corrigido ou eliminado os problemas internos que haviam permitido a a ocorrência dos crimes apurados pela “lava jato” e enquanto a mesma ainda era investigada pelo Ministério Público de São Paulo e por autoridades americanas.

Isso foi possível porque todas as apurações cíveis a respeito da “violação dos deveres de administração, gestão temerária ou fraudulenta” da Petrobras foram centralizadas na grupo de procuradores de Curitiba e acabaram arquivadas em razão de prescrição.

FALTOU ZELO - Outro indício de falta de zelo da Justiça Federal paranaense no sistema lavajatista está no fato de acordos de colaboração, de leniência e de assunção de compromissos serem homologados sem apresentação das circunstâncias da celebração e sem as bases documentais das discussões ocorridas entre as partes.

As cláusulas desses documentos prestigiavam a Petrobras, a “lava jato” e a intenção de criar uma fundação privada. Além disso, termos e minutas desses acordos foram discutidos com e avaliados pelo organismo Transparência Internacional, que por anos agiu como sócia dos lavajatistas.

A prévia da correição também destaca o esforço e interlocução dos procuradores de Curitiba junto às autoridades americanas para destinar valores oriundos do acordo firmado com a Petrobras aos interesses lavajatistas.

Um dos exemplos citados é da leniência da Braskem. “Em princípio, constatou-se que os valores apontados obedeceram a critérios de autoridades estrangeiras, o que soa como absurdo, teratológico”, diz o relatório.

Fonte: Brasil 247

 


Lula lança programa Minha Casa Minha Vida Rural e Entidades que terá R$ 11,6 bi para 112 mil moradias

 Programa de habitação irá beneficiar mais de 440 mil pessoas em áreas rurais e urbanas

(Foto: ABR | Ricardo Stuckert/PR )

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), junto com o ministro das Cidades, Jader Filho, irá anunciar, nesta quarta-feira (10), a seleção de mais de 112,5 mil moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) nas modalidades Rural e Entidades em todo o Brasil. O programa prevê investimentos de R$ 11,6 bilhões e visa beneficiar mais de 440 mil pessoas em áreas rurais e urbanas, incluindo comunidades tradicionais, como quilombolas e povos indígenas, bem como famílias organizadas pelos movimentos de luta por moradia, com uma atenção especial para grupos mais vulneráveis, como mulheres chefes de família e famílias em áreas de risco.

No âmbito do MCMV Entidades, foram selecionadas 443 propostas de 206 Entidades Organizadoras (EO) vinculadas aos movimentos de luta por moradia. Por outro lado, no MCMV Rural, foram escolhidas 2.105 propostas de 1.137 Entidades Organizadoras, abrangendo não apenas movimentos de luta por moradia, mas também organizações representativas de agricultores e trabalhadores rurais, além de entidades públicas locais.

O número de unidades habitacionais selecionadas superou em mais de 140% a meta inicialmente proposta, refletindo o compromisso do presidente Lula em contratar 2 milhões de novas moradias até 2026 e atender à demanda represada pela interrupção do MCMV nos últimos anos.

MCMV Rural - No MCMV Rural, mais de 75 mil moradias foram selecionadas, representando um aumento de 150% em relação à meta inicial estabelecida. Este investimento previsto de até R$ 5,6 bilhões visa não só à produção, mas também às melhorias nas unidades habitacionais, com o objetivo de reduzir o déficit habitacional e oferecer mais dignidade às famílias que residem em áreas rurais.

Uma das principais inovações do MCMV Rural é a redução da participação financeira das famílias para 1% do valor do investimento, com isenção para aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Programa Bolsa Família ou que enfrentam situações de emergência ou calamidade. Desde sua recriação em 2023, o programa tem buscado não apenas construir novas unidades habitacionais, mas também melhorar as existentes por meio de kits predefinidos.

Desde 2009, o MCMV Rural já contratou mais de 212 mil moradias e entregou mais de 188 mil em todo o Brasil. Desde 2023, foram entregues mais de 2,9 mil moradias e autorizadas as retomadas de mais de 1,4 mil habitações com aporte suplementar de recursos.

MCMV Entidades - O processo seletivo do MCMV Entidades, iniciado em julho de 2023, culminou na seleção de 443 propostas de 206 Entidades Organizadoras, abrangendo mais de 37 mil moradias distribuídas em 269 municípios e presentes em 22 estados brasileiros. Isso representa um investimento estimado de cerca de R$ 6 bilhões e a possibilidade de beneficiar mais de 148 mil pessoas.mil pessoas.

Fonte: Brasil 247