O
prazo para envio da quantia foi fixado em 30 dias. A AGU (Advocacia-Geral da
União) não informou se o dinheiro já foi depositado
Os 82 milhões que estavam bloqueados em contas ligadas ao
ex-prefeito de São Paulo e ex-deputado federal Paulo Maluf, 92, serão
devolvidos aos cofres públicos, após a justiça da Suíça determinar a devolução
do dinheiro;
O prazo para envio da quantia foi
fixado em 30 dias. A AGU (Advocacia-Geral da União) não informou se o dinheiro
já foi depositado.
De
acordo com o jornalFolha de
S.Paulo, o montante se soma a outros R$ 220 milhões
devolvidos por Maluf e sua família aos cofres públicos após condenação por
desvio de verba na construção da avenida Água Espraiada, em São Paulo.
Moraes determinou, na noite deste domingo
(7), a abertura de um inquérito contra o empresário Elon Musk por obstrução à
Justiça
Elon Musk, seguiu na
noite deste domingo (7) com suas ameaças contra o STF (Supremo Tribunal
Federal). O dono da rede X sugeriu que usuários usem um recurso conhecido como
VPN (rede privada virtual, em português), que permite navegar de maneira oculta
e contornar alguma proibição judicial.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou, na noite deste domingo (7), a abertura de um
inquérito contra o empresário Elon Musk por obstrução à Justiça e incitação ao
crime. Além disso, Moraes incluiu o bilionário sul-africano no inquérito das
fake news por "dolosa instrumentalização criminosa da provedora da rede
social X [da qual Musk é dono]". A rede era conhecida anteriormente como
Twitter.
A decisão também determina que a rede social não desobedeça as
ordens judiciais contra ela impostas. Musk havia anunciado que não obedeceria
uma ordem do Judiciário brasileiro que ordenava o bloqueio de contas
disseminadoras de fake news na plataforma. Em resposta, na nova decisão, Moraes
afirma que aplicará multa diária de R$ 100 mil por perfil não bloqueado e
atribuirá a responsabilidade pela desobediência aos responsáveis legais pelo X
no Brasil.
As VPNs são usadas para contornar restrições
geográficas, permitindo acessar conteúdos que podem estar bloqueados em
determinadas regiões. Por exemplo, se um serviço de streaming de vídeo só
estiver disponível em determinados países, você pode usar uma VPN para parecer
que está conectado a partir de um desses países e assim acessar o conteúdo.
MEI significa Microempreendedor
Individual. É uma categoria empresarial criada no Brasil para formalizar
trabalhadores autônomos
O governo Lula dá mais um passo
para inclusão social: o novo programa de crédito para microempresários irá
incluir a possibilidade de beneficiários do Bolsa Família captarem
financiamentos e se formalizarem como Microempreendedores Individuais (MEIs).
MEI significa Microempreendedor Individual. É uma
categoria empresarial criada no Brasil para formalizar trabalhadores autônomos,
como cabeleireiros, manicures, vendedores ambulantes, entre outros pequenos
empresários. O MEI permite que esses profissionais se formalizem como pequenos
empresários, obtendo um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) e acesso a
benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, auxílio-doença, entre
outros, além de facilidades como abertura de conta bancária empresarial, acesso
a crédito e emissão de notas fiscais. Para ser MEI, o faturamento anual não
pode ultrapassar o limite estabelecido pelo governo e o empresário deve exercer
uma das atividades permitidas pela categoria.
De acordo comO Globo, além das duas pastas, o programa está sendo
desenhado pelo Ministério do Empreendedorismo e Microempresa, comando por
Márcio França, ex-ministro dos Portos e Aeroportos, e pelo Ministério do
Desenvolvimento Social. Segundo auxiliares de Lula, o presidente concorda que o
empreendedorismo pode ser a chance para beneficiários do Bolsa Família
conseguirem sair do programa. Além de aumentar a arrecadação da Previdência
Social que teve déficit de R$ 306 bilhões em 2023.
Ex-presidente considera líquida e certa
sua condenação pelo STF
As afirmações feitas
por Elon Musk no sábado (6/4), acusando Alexandre de Moraes de promover censura
no Brasil, estão sendo consideradas pelo círculo do ex-presidente Jair
Bolsonaro para serem utilizadas em uma ação na Organização dos Estados
Americanos (OEA), segundoreportagem do
Metrópoles.
O empresário está fornecendo apoio à campanha liderada
pelos apoiadores de Bolsonaro, que visa levar o caso de Moraes para tribunais
internacionais. Esta iniciativa busca chamar a atenção internacional para o que
eles veem como uma ação tirânica em andamento.
O núcleo de Bolsonaro acredita que Moraes exerce influência
significativa sobre os outros membros do STF, o que torna a condenação do
ex-presidente, que enfrenta múltiplos inquéritos, praticamente certa.
Para este fim, Flávio Bolsonaro e Nikolas Ferreira estão
elaborando uma petição à Comissão de Direitos Humanos da OEA, que incluirá as
declarações de Musk. Allan dos Santos, um blogueiro foragido do STF que
atualmente reside nos Estados Unidos, já prestou depoimento à OEA criticando
Alexandre de Moraes.
Serguei se passava por integrante do
corpo diplomático da embaixada de seu país em Brasília
Abin (Agência
Brasileira de Inteligência) descobriu um espião da Rússia, identificado como
Serguei Alexandrovitch Chumilov, em atuação em território nacional. De acordo
com investigações, ele se passava por integrante do corpo diplomático da
embaixada de seu país em Brasília.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o homem, que
saiu do Brasil, tinha um objetivo em mente: atuar para cooptar brasileiros como
informantes. Entre as estratégias empregados estava o uso de bolsa de estudos e
programas de intercâmbio na Rússia, como forma de atrair estudantes e
acadêmicos de determinadas áreas.
A Abin declarou ao jornal que não
nega nem comenta casos de contraespionagem. O Itamaraty afirmou que monitora,
mas "não comenta publicamente casos dessa natureza por seu caráter
sigiloso".
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
Ex-juiz suspeito é investigado por abuso de poder econômico
nas eleições
O julgamento que pode
levar à cassação do mandato do senador Sérgio Moro, do partido União Brasil,
será retomado nesta segunda-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
Moro está sendo investigado por suposto abuso de poder econômico e caixa dois
durante as eleições de 2022. Até o momento, o placar do julgamento está
empatado, com um voto a favor da cassação e outro contra.
O debate sobre o caso
será reiniciado com o voto da desembargadora Cláudia Cristina Cristofani. O
relator do processo, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, manifestou-se
contra a cassação de Moro, destacando a falta de evidências que comprovem as acusações
de abuso de poder econômico. Falavinha argumentou que as despesas de
pré-campanha de Moro foram compatíveis e que não houve ilegalidades
comprovadas.
Por outro lado, o
desembargador José Rodrigo Sade votou a favor da cassação, alegando que houve
um claro abuso no caso, que comprometeu a lisura do pleito eleitoral. Sade
afirmou que Moro investiu mais recursos do que os demais candidatos, gerando um
desequilíbrio na disputa eleitoral. Ele ressaltou a importância de manter a
isonomia do pleito e destacou a existência patente do abuso de poder econômico,
segundo reporta o jornalista Fausto Macedo, do
Estado de S. Paulo.
Futuro do comando da estatal pode ser
decidido hoje
O encontro previsto entre o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, para discutir a situação da Petrobras no domingo à noite, foi adiado e
reagendado para segunda-feira às 18h. Inicialmente programada para ocorrer no
Palácio da Alvorada, a reunião foi cancelada pela assessoria da Presidência,
sem confirmação do motivo pelo qual Lula não pôde comparecer. Esperava-se
também a presença de outros ministros como Paulo Pimenta (Secom), Rui Costa
(Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Nos últimos dias, a possível mudança na gestão da
Petrobras tem sido um tópico de destaque na mídia. Especula-se sobre a
substituição do atual presidente, Jean Paul Prates, pelo presidente do BNDES,
Aloizio Mercadante, embora a Petrobras tenha refutado qualquer conhecimento
sobre tal decisão. Rumores indicavam que Lula teria manifestado sua disposição
de demitir Prates, conformereportagem do
Valor, mas essas informações não foram oficialmente confirmadas.
"Amanhã me reunirei com o presidente
da Anatel para avaliar quais medidas podem ser tomadas contra a grave
ameaça", anunciou
"Não aceitaremos
interferência estrangeira que venha conspirar contra a nossa democracia! A
decisão do ministro Alexandre de Moraes de incluir Elon Musk no inquérito das
milícias digitais, tem nosso total apoio. Toda e qualquer medida necessária para
defender a democracia deve ser tomada com a máxima urgência! Também precisamos
avançar com celeridade na votação do PL 2630, de relatoria do amigo Orlando
Silva. E mais: amanhã me reunirei com o presidente da Anatel para avaliar quais
medidas podem ser tomadas contra a grave ameaça representada pelas decisões e
declarações recentes do dono do X. Talvez essa notícia seja uma surpresa para
bilionário mimado que serve aos interesses do neofascismo, mas, no Brasil,
ainda vigoram as leis brasileiras", escreveu o senador Randolfe Rodrigues,
líder do Congresso Nacional, em suas redes sociais.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou, na noite deste domingo (7), a abertura de um
inquérito contra o empresário Elon Musk por obstrução à Justiça e incitação ao
crime. Além disso, Moraes incluiu o bilionário sul-africano no inquérito das
fake news por "dolosa instrumentalização criminosa da provedora da rede
social X [da qual Musk é dono]". A rede era conhecida anteriormente como
Twitter.
A decisão também determina que a rede
social não desobedeça as ordens judiciais contra ela impostas. Musk havia
anunciado que não obedeceria uma ordem do Judiciário brasileiro que ordenava o
bloqueio de contas disseminadoras de fake news na plataforma. Em resposta, na
nova decisão, Moraes afirma que aplicará multa diária de R$ 100 mil por perfil
não bloqueado e atribuirá a responsabilidade pela desobediência aos
responsáveis legais pelo X no Brasil.
Ao todo, o final de semana definiu 15
campeonatos. Ainda restam 12 em aberto, confira a lista
O domingo de futebol trouxe
novos campeões estaduais pelo Brasil. Ao longo do dia, Palmeiras, Flamengo,
Atlético-MG, Vitória e Atlético-GO alegraram suas torcidas com os títulos dos
torneios da elite do futebol de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia
e Goiás, respectivamente.
O Verdão bateu
o Santos por 2 a 0 no Allianz Parque e reverteu a desvantagem de 1 a 0 que
havia trazido da Vila Belmiro. Já o Mengão apenas
carimbou a faixa, batendo o Nova Iguaçu por 1 a 0 depois de já ter encaminhado
a taça na partida de ida, quando venceu por 3 a 0. O Galo,
por sua vez, enfrentou parada duríssima contra o rival Cruzeiro, mas saiu
vitorioso por 3 a 1, após um empate no jogo de ida, por 2 a 2.
Na Bahia, o Vitória precisou
de apenas um empate por 1 a 1 na Fonte Nova, diante do maior rival, o Bahia EC,
para conquistar o título. O jogo de ida havia terminado em 3 a 2, com uma
surpreendente virada do Leão da Barra, que perdia por 2 a 0. Já em Goiás, o Atlético Goianiense não perdoou o Vila
Nova e venceu por 3 a 1, mesmo já tendo triunfado na partida de ida, fora de
casa, com um 2 a 0.
Com isso, já há definição neste fim de semana, ao todo, de
15 campeonatos estaduais. Ainda restam, agora, de acordo com o portal ge:
Campeonato
acreano (primeira fase)
Amapaense
(semifinal)
Amazonense
- final - Amazonas x Manaus
Capixaba
- final (o jogo de ida foi Rio Branco VN 1 x 2 Rio Branco-ES)
Maranhense
(semifinal)
Paraense
- final (o jogo de ida foi Remo 0 x 2 Paysandu)
Paraibano
- final (o jogo de ida foi Sousa 0 x 0 Botafogo-PB)
Participarão do encontro Fernando Haddad
(Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Paulo
Pimenta (Secom)
O presidente Lula (PT) convocou
uma reunião com ministros para as 20h de hoje (7) a fim de discutir a situação
da Petrobras, após uma semana de especulações acerca da distribuição de
dividendos extraordinários e de uma eventual troca no comando da estatal. A informação sobre a reunião foi
noticiada pela Coluna do Estadão.
Participarão do encontro extraordinário os ministros
Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa(Casa
Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Paulo Pimenta (Secom). Vale
apontar que Silveira tem tido embates com o atual presidente da petrolífera,
Jean Paul Prates, por divergências quanto aos rumos da condução da empresa.
A convocação foi feita de última hora,
mas já era esperada desde sexta-feira (5), quando o presidente orientou sua equipe a ficar
de sobreaviso para uma reunião sobre a Petrobras neste fim de semana.
Em publicação nas redes sociais, o deputado classificou o lawfare contra o presidente como "a maior farsa jurídica de nossa história"
Por Lindbergh Farias, no X - Há
6 anos Lula era preso na maior farsa jurídica de nossa história. Era mais um
capítulo do golpe contra nossa democracia, que se iniciou com o impeachment sem
crime de Dilma Rousseff.
A prisão política, que durou 580 dias, pavimentou o
caminho para a ascensão da extrema direita ao poder. Lutamos incansavelmente
para atestar a inocência de Lula na campanha histórica #LulaLivre. Orgulho
imenso de estar do lado certo da história e de ver Lula novamente presidente da
República.
Ainda falta Moro e Dallagnol pagarem por seus crimes e
passarmos a limpo todas as falcatruas da Farsa Jato. Que nunca mais a Justiça
seja usada como instrumento de perseguição política. Viva Lula! Viva a
democracia!
Presidente
do PT também defendeu a regulação das redes sociais
Por Gleisi Hoffmann, no
X –Ao atacar o ministro
Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o bilionário
Elon Musk ameaça diretamente o estado de direito democrático e as instituições
do nosso país.
Sua demonstração de arrogância serve
à campanha de mentiras de Jair Bolsonaro contra o Judiciário brasileiro e
configuram ingerência totalmente descabida na vida política e na democracia em
nosso país.
A ofensiva truculenta
do dono do “X” é mais uma evidência de que as plataformas devem se submeter a
regulamentação muito clara, como ocorre em outros países, para que deixem de
servir à propagação de mentiras e campanhas de ódio.
O ministro Alexandre
de Moraes, o TSE e o STF recebem nossa solidariedade e reconhecimento pelo
importante papel que têm desempenhado na defesa dos direitos e garantias
constitucionais contra quem os ataca.
Ex-procurador lavajatista participou de evento realizado por
alunos brasileiros de Harvard e do MIT e gerou reações negativas da plateia;
entenda
O ex-procurador da Lava Jato e
deputado federal cassado Deltan Dallagnol recebeu críticas e vaias da plateia
durante um painel na Brazil Conference, evento realizado por alunos brasileiros
de Harvard e do MIT em Cambridge, nos Estados Unidos,informa a Folha de S. Paulo.
Em um contexto de ataques do
empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), e o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Dallagnol manifestou apoio
a Musk, alegando que as recentes ações judiciais no Brasil configuram censura
prévia e violações à liberdade de expressão, comparando o país a um
"perfil ditatorial".
"As contas não
podem ser censuradas e conteúdos ideológicos que não são criminosos e não são
ilegais não podem ser censurados. Isso vem acontecendo no Brasil, isso é
absolutamente errado, equivocado, isso é um absurdo. Isso nos aproxima de
países com perfil ditatorial, quando o que nós queremos é viver em uma
verdadeira democracia", disse.
Contudo, o ponto mais
controverso da intervenção de Dallagnol foi quando ele defendeu a religião como
um valor político. Ao justificar sua posição, ele afirmou que sua fé cristã
guia seus princípios de vida e seu trabalho, e ainda afirmou que demonstrar rejeição
a essa postura "é preconceito de natureza religiosa".
A
fala do lavajatista despertou vaias e reações negativas da plateia, as quais
ele mesmo reconheceu em declaração à Folha. As vaias ainda se intensificaram
quando Dallagnol afirmou ser contra o direito ao aborto, como um exemplo de sua
posição religiosa.
Sobre a regulação das big techs, ele
menciona que é possível que o tema seja julgado no Supremo, dada a inação do
Congresso
O presidente do
Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, avalia que o STF precisa
responder às investidas antidemocráticas após os atos golpistas do dia 8 de
janeiro. Barroso destaca a importância de reagir adequadamente para dissuadir
novos comportamentos ilícitos.
Em entrevistaao
Globo, Barroso enfatiza que a democracia é um regime político onde a
divergência é absorvida de maneira civilizada e institucional, não
necessariamente um regime de consenso. Ele ressalta que o país vive um momento
de repacificação institucional e que é natural que existam visões diferentes
entre o Congresso e o Supremo.
Sobre a revisão do foro privilegiado, Barroso reforça que é
papel do Supremo interpretar a Constituição e que é normal o tema ser discutido
no Congresso. Quanto à reprovação ao trabalho do STF, ele destaca que o mérito
do tribunal não pode ser aferido por popularidade.
Questionado sobre a investigação da suposta trama
golpista, Barroso responde que não pode antecipar opiniões e enfatiza a
importância da Justiça reagir adequadamente para evitar comportamentos
similares no futuro. Sobre a regulação das big techs, ele menciona que é
possível que o tema seja julgado no Supremo, dada a inação do Congresso.
Quanto à questão de responsabilização de empresas de mídia por
divulgar falsas acusações, Barroso assegura que o STF é um defensor da
liberdade de expressão, atuando contra qualquer tipo de censura.
Sobre a Lava-Jato, ele reitera sua posição contra a
corrupção e aponta erros e acertos no processo. E em relação à paridade de
gênero nos tribunais, Barroso destaca a importância da questão e sua esperança
de que haja mais mulheres no STF no futuro.
Vários caminhões de ajuda humanitária entraram hoje no Sul de Gaza pelo cruzamento de Rafah com o Egito com multidões correndo atrás
Israel fez neste domingo (7) uma desocupação parcial de suas tropas do Sul da Faixa de Gaza depois de seis meses de uma guerra devastadora no território e diante de forte pressão internacional.
A decisão foi tomada devido ao esgotamento de todas as operações de inteligência e combate na região, ressaltou fonte do Exército, negando que tenha sido resultado da exigência feita pelo presidente dos Estados Unidos ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Segundo a agência de notícias Reuters, um porta-voz militar afirmou que apenas uma brigada permanece na região.
“Hoje, domingo, 7 de abril, a 98ª Divisão de Comando das Forças de Defesa de Israel concluiu sua missão em Khan Yunis. A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e se preparar para operações futuras”, afirmou o Exército em comunicado enviado à agência de notícias AFP.
Ainda segundo o oficial, a saída de Khan Yunis permitirá que os palestinos deslocados voltem para suas casas depois de se abrigarem em Rafah. Ele esclareceu, no entanto, que uma “força significativa” continuará operando em outros lugares do território palestino sitiado, capaz de “conduzir operações precisas baseadas em inteligência”.
— Nossa missão era desmantelar a Brigada Khan Yunis do Hamas, e fomos bem-sucedidos nisso —afirmou. — Nossa segunda missão era devolver os reféns, e não conseguimos. A operação no complexo hospitalar de al-Shifa contribuiu para a decisão de mudar nossa percepção em relação aos combates no sul da Faixa.
Em um futuro próximo, as Forças Armadas planejam designar três divisões para a fronteira de Gaza, a partir das quais as forças do exército poderão se deslocar para a Faixa sempre que necessário, disse o oficial. As forças também ficarão estacionadas no Kibbutz de Kissufim, na fronteira com Gaza, informou o jornal israelense Haaretz.
Para Netanyahu, Israel está a apenas “um passo da vitória” e prometeu que não haverá trégua nos combates até que o Hamas liberte todos os reféns.
— Não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns. Isso simplesmente não acontecerá — disse o premier israelense ao seu Gabinete, enfatizando que “Israel está pronto para um acordo”, mas “não está pronto para se render”.
A retirada parcial das tropas israelenses do sul da Faixa de Gaza é provavelmente para que seu efetivo possa “descansar e se recondicionar”, em vez de uma movimentação para uma nova operação, declarou a Casa Branca neste domingo.
Os ataques aéreos continuaram a bombardear Khan Yunis e Rafah durante a noite, segundo testemunhas oculares.
A notícia da retirada parcial veio no dia em que se esperava que as negociações para uma trégua e um acordo de libertação de reféns fossem retomadas no Cairo.
O chefe da CIA, Bill Burns, e o primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, se juntarão às autoridades egípcias para conversações indiretas a partir deste domingo entre as delegações israelense e do Hamas, informou o jornal egípcio al-Qahera News.
Netanyahu há muito tempo ameaçava uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, gerando preocupação global, inclusive do principal aliado de Israel, os Estados Unidos.
Cerca de 1,5 milhão de palestinos estão amontoados na área da fronteira egípcia, muitos vivendo em barracas. Dezenas de pessoas deixaram Rafah a pé, em carros e em carroças de burro e retornaram a Khan Yunis neste domingo, após a retirada israelense, segundo imagens da AFP.
Na quinta-feira, o presidente Joe Biden ameaçou pela primeira vez condicionar o apoio dado a Israel à adoção pelo governo de Netanyahu de medidas tangíveis para responder à catástrofe humanitária em Gaza. No primeiro telefonema entre os dois líderes após a morte de sete trabalhadores humanitários em um ataque israelense no enclave palestino, o americano subiu o tom. O democrata também aumentou o tom e pediu que o premier chegasse a um “cessar-fogo imediato” no território palestino, refletindo uma “grande frustração” com o governo do Estado judeu, segundo a Casa Branca.
“O presidente Biden enfatizou que os ataques aos trabalhadores humanitários e a situação humanitária geral são inaceitáveis”, informou a Casa Branca em um comunicado.
A declaração foi a mais incisiva emitida pela Casa Branca nos seis meses de guerra entre Israel e o Hamas, ressaltando a crescente frustração do presidente com Netanyahu, que desafiou a pressão americana para reduzir o sofrimento dos civis em Gaza. Foi a primeira vez também que Biden sugeriu que os EUA poderão condicionar sua assistência a Israel, um importante aliado no Oriente Médio.
Neste domingo, vários caminhões de ajuda humanitária entraram no sul de Gaza pelo cruzamento de Rafah com o Egito, com os motoristas buzinando enquanto multidões corriam atrás deles, segundo imagens da AFP TV
Israel enfrentou uma tempestade de indignação internacional pela morte de sete trabalhadores humanitários da organização beneficente de alimentos World Central Kitchen, sediada nos EUA, em um ataque aéreo em Gaza no dia 1º de abril.
Muhammad Yunis, de 51 anos, palestino e pai de seis filhos no norte de Gaza, disse à AFP que os 2,4 milhões de habitantes do território precisam desesperadamente de um alívio dos bombardeios e do sofrimento.
— Já se passou meio ano e os bombardeios e a fome continuam — disse o homem de Beit Lahia, que agora é uma paisagem de prédios destruídos. — Ver os corpos magros de nossos filhos nos tira a alma. Sinto-me impotente e humilhado. O bombardeio, a morte e a destruição não são suficientes? Ainda há corpos sob os escombros. Podemos sentir o mau cheiro.
A chefe da UNICEF, Catherine Russell, destacou que mais de 13 mil crianças estariam entre os mortos.
“Casas, escolas e hospitais em ruínas. Professores, médicos e humanitários foram mortos. A fome é iminente”, disse ela no X, antigo Twitter, no sábado. “O nível e a velocidade da destruição são chocantes. As crianças precisam de um cessar-fogo AGORA”.
A guerra de Gaza teve início em 7 de outubro com um ataque de combatentes do Hamas que resultou na morte de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo dados israelenses. Integrantes do Hamas e da Jihad Islâmica também fizeram mais de 250 reféns, e 129 permanecem em Gaza, incluindo 34 que o exército diz estarem mortos.
A ofensiva de retaliação de Israel matou pelo menos 33.175 pessoas em Gaza, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas. Vastas áreas de Gaza foram transformadas em terreno baldio repleto de escombros, com sua população presa em uma terrível crise humanitária em meio ao cerco israelense.
Gaza tem recebido apenas ajuda esporádica por meio de uma travessia rodoviária com o Egito, lançamentos aéreos e dois carregamentos marítimos, e as agências de ajuda alertam que as entregas estão muito aquém das necessidades urgentes
A maioria dos hospitais de Gaza está fora de ação e o maior deles, al-Shifa, é “agora uma concha vazia com sepulturas humanas”, disse o diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.