quarta-feira, 3 de abril de 2024

“Fora, Lula” e ex-advogado de Dallagnol: de quem é o próximo voto no julgamento de Moro

 

José Rodrigo Sade. Foto: reprodução

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) retomará o julgamento das ações solicitando a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil) nesta quarta-feira (3). A nova sessão começará com o voto do desembargador José Rodrigo Sade, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo no início deste ano.

Em dezembro passado, o Ministério Público Federal se manifestou pela cassação de Moro, sustentando que houve o abuso de poder econômico. Nos bastidores, a vaga do ex-juiz já era, inclusive, disputada em uma espécie de pré-campanha eleitoral.

Embora tenha sido indicado pelo chefe do Executivo, Sade seguia a uma página no Instagram intitulada “fora, Lula”, quando foi selecionado para o cargo em fevereiro, conforme informações do Globo.

A página "Fora Lula" seguida por Sade — Foto: ReproduçãoA página “Fora Lula” seguida por Sade — Foto: Reprodução

Antes de ingressar na Corte eleitoral, onde assumiu o papel de julgar Moro, Sade atuou como advogado de Deltan Dallagnol, ex-procurador da Operação Lava-Jato em Curitiba. Na última segunda-feira (1°), o desembargador solicitou vista após o relator Luciano Carrasco Falavinha Souza manifestar-se contra a cassação do mandato do ex-juiz.

Após Sade, os desembargadores Claudia Cristina Cristofani, Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e Sigurd Roberto Bengtsson, presidente da Corte, também proferirão seus votos.

Nas redes sociais, Sade mantém um perfil discreto, com uma conta privada no Instagram com cerca de mil seguidores na época de sua indicação. Ele seguia uma variedade de políticos de diferentes orientações ideológicas, incluindo as contas oficiais de Lula e Moro. Dallagnol, seu ex-cliente, não estava entre os perfis seguidos pelo desembargador.

Além disso, Sade seguia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e membros de sua família, como a ex-primeira-dama Michelle, o senador Flavio, o vereador Carlos, o deputado federal Eduardo e sua esposa Heloisa. Ele também acompanhava páginas não oficiais relacionadas ao ex-presidente, como Bolsonaro Caipira e Bolsonaro TV.

Os perfis na órbita de Bolsonaro seguidos por Sade — Foto: Reprodução
Os perfis do clã Bolsonaro seguidos por Sade — Foto: Reprodução

Outros ex-ministros que se tornaram senadores, como Damares Alves (Republicanos) e Marcos Pontes (PL), também estavam entre as figuras associadas ao ex-presidente na lista de perfis seguidos por Sade.

Quem é José Rodrigo Sade?

Quando Sade ingressou como juiz substituto no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em janeiro de 2022, indicado por Bolsonaro, seu pequeno currículo divulgado pela Corte revelou que ele era sócio de um renomado escritório de advocacia em Curitiba, onde liderava o setor de Contencioso Estratégico.

O magistrado também possui pós-graduação em Direito Contemporâneo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e frequentou a Harvard Law School como aluno ouvinte.

Atuando como membro substituto no tribunal regional paranaense, Sade julgou diversas ações ligadas à prestação de contas, incluindo o caso de descumprimento da apresentação dos gastos de campanha de 2020 do Partido Social Democrático (PSD) dentro do prazo estabelecido.

TRE-PR marca para 6 de março a posse do desembargador eleitoral José Rodrigo Sade e define datas de julgamentos que exigem quórum completo — Tribunal Regional Eleitoral do ParanáJosé Rodrigo Sade. Foto: reprodução

Embora Moro enfrente acusações de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação na eleição de 2022, em um caso considerado mais sério, as questões sobre controle financeiro durante o período anterior ao pleito estão em destaque.

Durante suas deliberações, o juiz destacou que “a presença de omissões de arrecadações e gastos nas contas parciais, quando corrigidas na apresentação da versão final da contabilidade, constituem irregularidades formais e geralmente não são suficientes para a desaprovação das contas, merecendo apenas ressalvas”.

No âmbito do TRE-PR, Sade chegou a se declarar impedido de avaliar casos relacionados a Deltan, que concorreu a deputado federal naquele ano e posteriormente foi eleito e cassado pelo TSE. O ex-procurador atuou como coordenador da Operação Lava-Jato em Curitiba, liderada pelo então juiz Sergio Moro.

Sade defendeu Deltan em um processo privado de indenização por danos morais, que não estava relacionado ao campo eleitoral. Nesse caso, o ator José de Abreu foi condenado a pagar R$ 41,8 mil ao ex-parlamentar por danos morais decorrentes de ofensas pessoais postadas no Twitter. Além disso, o advogado representou o ex-jogador de vôlei Giba em 2018 em ações envolvendo o pagamento de pensão alimentícia.

Fonte: DCM

Promotor que chamou advogada de “galinha” é denunciado ao Conselho Nacional do MP


Francisco Santiago e Sarah Quinetti em audiênciaFrancisco Santiago ofendeu a advogada criminalista Sarah Quinetti – Reprodução

O promotor Francisco Santiago insultou a advogada criminalista Sarah Quinetti Pironi, chamando-a de “galinha garnizé” e insinuando que ela faria um “striptease” durante uma sessão no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realizada em 26 de março.

As ofensas proferidas pelo membro do Ministério Público de Minas (MPMG) foram registradas na transcrição da audiência, cuja ata foi obtida pelo GLOBO, e resultaram em uma denúncia apresentada contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Os conselheiros Rodrigo Badaró e Rogério Varela, representantes da categoria da advocacia no CNMP, protocolaram a denúncia, solicitando à Corregedoria do órgão que afaste Santiago de suas funções como promotor durante a investigação sobre sua conduta. Até o momento desta reportagem, o CNMP não divulgou informações sobre o andamento interno da denúncia.

O incidente ocorreu durante um confronto entre os dois no Tribunal do Júri em Belo Horizonte, durante o julgamento de um caso de homicídio que foi adiado após a confusão. A juíza Marcela Oliveira Decat de Moura cancelou a sessão conturbada e remarcou uma nova audiência para junho.

Fonte: DCM

“Pastora do OnlyFans” pede que evangélicos parem de ver seus nudes: “Falsos moralistas”


Ana Akiva. (Foto: Reprodução)

 A ex-pastora Ana Akiva, que agora atua como modelo e ganha dinheiro com conteúdo adulto no OnlyFans e Privacy, pediu para seus fiéis pararem de acessar seus nudes e vídeos sensuais.

Ela denunciou a hipocrisia dos fiéis que repudiam a pornografia publicamente, mas consomem seu conteúdo em segredo, chegando até mesmo a compartilhar seus desejos mais íntimos com ela.

Nas redes sociais, Ana fez um apelo direto, rejeitando a presença de pessoas hipócritas em seu perfil no OnlyFans e destacando comportamentos contraditórios de líderes religiosos: “São falsos moralistas. Eles repudiam a pornografia e nudez na frente das pessoas, dão lição de moral na igreja, mas no fundo estão ali me vendo sem roupa. E mais: a maioria tem fetiche em confessar comigo. Contar seus desejos mais obscuros e receber penitências picantes. É estranho, bizarro, mas real. Tem até mulheres”, disse.

A ex-pastora também revelou estar enfrentando assédio por parte de líderes da igreja, que estariam fazendo propostas indecentes na plataforma, e anunciou que cancelará as assinaturas deles se persistirem no comportamento hipócrita: “Não quero dinheiro sujo, de pessoas vazias, mentirosas e pecadoras. Parem de ver meus nudes”.

Fonte: DCM

PR: Júri decidirá se há causa política no crime em que bolsonarista matou petista

 

Marcelo Arruda e Jorge Guaranho. Foto: reprodução

O júri popular marcado para a quinta-feira (4) do caso envolvendo o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu (PR), em julho de 2022, irá determinar se houve motivação política. Com informações do UOL.

O Ministério Público do Paraná solicitará a condenação por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum. Ao acusar o policial penal, a Promotoria destacou como motivação fútil as “preferências político-partidárias antagônicas dos envolvidos” e afirmou que o réu colocou a vida de outras pessoas em perigo ao disparar.

De acordo com a denúncia do MP, Guaranho proferiu a frase “petista vai morrer tudo” antes de disparar. O atirador cometeu o crime após invadir uma festa temática do PT do guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava seu aniversário de 50 anos. Se o júri acatar a denúncia de homicídio qualificado, a pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão. Se for considerado homicídio simples, o réu pode ser condenado de 6 a 20 anos.

Fonte: DCM com informações do UOL

Planalto paralisa emendas de deputado suspeito de mandar matar Marielle

 Chiquinho Brazão foi preso no final de março com o irmão Domingos Brazão e o ex-delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa

O governo Lula (PT) determinou que seus ministérios segurem as emendas individuais indicadas pelo deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso por suspeita de ter mandado matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) em 2018.

O recado foi passado aos colegas pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). A orientação do Planalto é para não apressar o que já foi empenhado e muito menos o que ainda nem foi.

Só em 2024, o parlamentar indicou R$ 37,8 milhões em emendas para sete pastas e para a Presidência. Nenhum real foi empenhado ainda.

Brazão foi preso no final de março com o irmão Domingos Brazão e o ex-delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. Eles foram acusados de planejar o assassinato da vereadora.

Os irmãos foram transferidos para Campo Grande e Porto Velho, após terem ficado no complexo penitenciário federal da Papuda, em Brasília. A ordem foi do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que é o relator do caso. Brazão foi expulso do União Brasil no dia da prisão.

Para onde iria o dinheiro

Brazão indicou R$ 37,8 milhões para o Rio em 2024. A maior fatia, R$ 10,6 milhões, foi para custear serviços de assistência hospitalar e ambulatorial. As indicações da saúde foram na modalidade de transferência especial fundo a fundo, ou seja, o valor vai direito para o estado. Há ainda indicações para envio de recursos para educação, direitos humanos, mulheres, esporte e cultura.

O governo ainda precisa pagar R$ 6,9 milhões das emendas de Brazão empenhadas em 2023. Os dados são do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento). Os recursos mais robustos foram sugeridos para projetos de “promoção e defesa dos direitos humanos” nos ministérios das Mulheres e dos Direitos Humanos.

A indicação dos valores é o primeiro passo para que um parlamentar envie dinheiro para o seu estado. A próxima etapa é o empenho, quando o recurso é reservado. Só depois ele vai para a próxima fase, quando é realmente pago.

As emendas individuais, indicadas por Brazão, são impositivas. O governo é obrigado a pagar os montantes que cada parlamentar indicar no Orçamento. O valor total para a modalidade em 2024 é de R$ 25 bilhões.

O calendário sugerido pelo governo Lula prevê o pagamento de R$ 20,5 bilhões em emendas parlamentares até junho. A proposta atende a uma demanda dos congressistas para irrigar suas bases antes das eleições municipais, em outubro. Pela legislação eleitoral, fica proibida a transferência dos recursos a partir de 30 de junho.

A liberação dos recursos para estados e municípios depende dos ministérios. No caso das transferências especiais, conhecidas como emendas Pix, o Ministério da Fazenda autoriza o pagamento.

Resposta silenciosa

A sugestão em forma de ordem é vista como uma resposta “silenciosa e prática” de Lula ao caso. O presidente, que tem a irmã de Marielle, Anielle Franco, como ministra da Igualdade Racial, não comentou ou comemorou o caso publicamente desde as prisões.

Com a decisão, o governo dá um passo para desinchar — e se desvincular do governo — as iniciativas do parlamentar, sem fazer alarde. Em encontro com parlamentares mulheres logo após as prisões, explicou que evitou tratar do assunto “para não fazer espetáculo”.

Lula tem dito a pessoas próximas que a parte do governo já foi feita: avançar nas investigações, estacionadas desde 2018. A resolução do assassinato era ainda uma promessa indireta da gestão, que reforçava a “independência da Polícia Federal”.

Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

Ação de comunicação do governo terá viagens de Lula pelo país, foco em obras e aproximação com evangélicos: ‘Fé no Brasil’

 Rio de Janeiro foi primeiro estado visitado; Pernambuco e Ceará serão os próximos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda interna por vários estados brasileiros desde esta terça-feira (2). O primeiro local visitado foi o Rio de Janeiro.

Ao longo das visitas, Lula também promove campanha de comunicação com foco em obras e com slogan ‘Fé no Brasil’, com objetivo de se aproximar dos evangélicos.

Entre os evangélicos, o índice de desaprovação de Lula ainda é alto.

Embora a estratégia seja a mesma, a mensagem da campanha será regionalizada, de acordo com a particularidade de cada estado.

A partir da passagem do presidente, a campanha em cada localidade vai durar uma semana.

Nesta terça, no Rio de Janeiro, Lula se encontrou com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), durante cerimônia de inauguração do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) Tech, em Niterói.

Na sequência, o presidente se encontrou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), no anúncio do início das obras de dragagem do Canal de São Lourenço, também em Niterói.

Nesta semana, Lula ainda lança campanhas em Pernambuco e no Ceará.

Na quinta-feira (4), em Arcoverde (PE), o presidente participa da inauguração da Estação Elevatória de Água Bruta Ipojuca e da Adutora do Agreste Pernambucano, no trecho entre Belo Jardim e Caruaru.

Depois, no mesmo dia, vai a Goiana (PE) participar da inauguração de uma fábrica de medicamentos da Hemobrás.

No dia seguinte, sexta-feira (5), o Lula estará em Iguatu (CE) para a assinatura da ordem de serviço para a implantação do Ramal do Salgado, que levará água da transposição do Rio São Francisco a 54 cidades cearenses. Além disso, visitará obras da Ferrovia Transnordestina.

‘Fé no Brasil’

A nova campanha de comunicação terá o lema “Fé no Brasil”, escolhido pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, é um movimento de aproximação do eleitorado religioso, especialmente os evangélicos, segmento mais alinhado com a oposição.

Em paralelo, o plano do governo é tentar destacar a entrega de obras e de projetos como forma de esfriar a polarização política que domina o país.

O ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT), tem se reunido com os ministérios para que as campanhas das pastas relacionadas a entregas tenham relação com o novo slogan. A ideia é que cada pasta use o seu contrato publicitário para realizar as ações de marketing.

Esta é a quarta etapa da estratégia de comunicação do governo.

  • No início de 2023, o lema foi “O Brasil Voltou”, em referência aos projetos que estavam sendo relançados.
  • No segundo semestre de 2023, com a aprovação de medidas econômicas no Congresso, entrou em ação o mote “O Brasil no Rumo Certo”.
  • No final daquele ano, a percepção de que a polarização persistia fez o governo lançar a campanha “Um só povo, um só país.”
  • Agora, no início de 2024, “Fé no Brasil” mira na aproximação com os religiosos do país, especialmente os evangélicos.

A proposta é vincular o novo lema aos projetos do governo, como o Pé de Meia, na Educação; o Plano Safra, na Agricultura; o Minha Casa Minha Vida, nas Cidades; entre outros.

O Planalto espera que os ministros atuem como porta-vozes dessa nova estratégia de campanha.

Aliados de Lula já tentaram convencê-lo da necessidade de ações mais enfáticas em direção a lideranças evangélicas, como um encontro com pastores, mas o presidente e a primeira-dama, Janja da Silva, resistem a essa ideia.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Terremoto mais forte dos últimos 25 anos deixa ao menos 9 mortos e mais de 800 feridos em Taiwan

 Fenômeno pode levar tsunami para Japão e Filipinas

O terremoto que atingiu o litoral leste de Taiwan nesta quarta-feira (3/4) deixou pelo menos nove mortos e mais de 800 feridos, informou a autoridade nacional de proteção civil. Os dados sobre sua magnitude variam de 7,2 a 7,5, de acordo com a fonte.

O sismo ocorreu por volta de 9h (22h da terça-feira em Brasília). Seu epicentro situou-se cerca de 25 quilômetros a sudeste de Hualien, a uma profundidade de 15,5 quilômetros, segundo a Administração Central de Meteorologia (CWA) taiwanesa.

O Corpo de Bombeiros do país registrou a queda de pelo menos 26 edifícios, mais da metade dos quais na região de Hualien, no leste. As autoridades relataram que dois cidadãos alemães estariam presos num túnel no parque nacional de Taroko, sem mais detalhes sobre seu estado.

O diretor do Centro Sismológico de Taipei, Wu Chien-fu, explicou tratar-se do “terremoto mais forte dos últimos 25 anos” que atingiu a ilha “próximo da terra e pouco profundo”, sendo “sentido em todo o país e nas ilhas próximas”.

“O público deve prestar atenção às advertências e mensagens relevantes, e estar preparado para evacuação sismológica”, aconselhou.

O terremoto de 1999 em Taiwan

Em setembro de 1999, um abalo sísmico de magnitude 7,6 fez 2.400 vítimas no país. Situado perto de duas placas tectônicas, o país insular sofre atividade sísmica regular. As autoridades alertaram para a possibilidade de novos tremores nos próximos dias.

As Filipinas haviam expedido avisos de “altas ondas de tsunami” e se preparado para evacuar as áreas litorâneas, mas suspenderam o alarme. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) também cancelou o alerta de tsunami para suas ilhas do sul.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, declarou-se pronto a prestar toda assistência necessária a Taiwan, seu “vizinho através do oceano”. O Japão registra cerca de 1.500 abalos por ano. O mais notável, de magnitude 9,0, em março de 2011, resultou no desastre nuclear de Fukushima, totalizando 18,5 mil mortos ou desaparecidos.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Ramagem comunica ao PL saída de comissão do Congresso que investiga ‘Abin paralela’

 PF citou fato de deputado fazer parte da CCAI para pedir seu afastamento do mandato, mas STF negou

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL Alexandre Ramagem decidiu deixar a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso, em meio às investigações que miram a chamada “Abin paralela” do governo de Jair Bolsonaro. A participação dele no colegiado foi usada pela Polícia Federal (PF) para pedir seu afastamento do mandato parlamentar, o que foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A saída da CCAI foi confirmada por Ramagem à reportagem. Ele nega qualquer relação entre a decisão de desligamento e as investigações e diz que “precisará se dedicar à campanha do Rio ao longo deste ano”. 

Entretanto, a pressão para que ele deixasse o posto era grande até mesmo entre seus correligionários. O líder da oposição no Congresso, senador Rogério Marinho (PL-RN), chegou a defender publicamente a sua saída “por uma questão de equidade”.

— Precisarei me dedicar à campanha à Prefeitura do Rio e, por este motivo, avisei às lideranças do PL que deixarei a CCAI e passarei a ser suplente das comissões de Segurança e Constituição e Justiça, das quais sou membro titular — afirmou.

Questionado sobre o desenrolar das investigações da PF sobre a Abin paralela, o bolsonarista disse que “uma coisa não tem nada a ver com a outra e que não temia esta correlação”. 

Apesar de o programa “First Mile” — software espião fornecido por Israel — ter sido contratado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos últimos dias da gestão de Michel Temer, sua utilização se deu quase que exclusivamente no período em que Ramagem esteve na diretoria do órgão. A Polícia Federal investiga se, nesse período, a ferramenta foi utilizada para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários de Bolsonaro. O vereador Carlos Bolsonaro (PL) é suspeito de ter sido um dos destinatários das informações levantadas de forma clandestina, o que ele nega. Ramagem também refuta irregularidades, mas foi alvo de operação da PF relacionada ao tema em janeiro deste ano. 

O inquérito apontou que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços da agência de inteligência para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da própria Polícia Federal. 

Comissão passa ao largo

Dos 513 deputados e 81 senadores, apenas seis de cada Casa podem participar dos trabalhos da CCAI, que se reúne em encontros secretos e recebe documentos sigilosos. O colegiado, do qual Ramagem seguiu fazendo parte, entretanto, pouco deu atenção a suspeitas de uso indevido da estrutura da Abin para monitorar alvos durante o governo de Jair Bolsonaro. Dos 11 requerimentos aprovados pelo colegiado ao longo do ano passado, apenas dois tinham relação com o assunto. A maior quantidade (quatro) foi relativa aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Revelada no mês de março, a utilização indevida do FirstMile só foi abordada em reunião do colegiado dois meses depois, em maio, quando o atual diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, participou de audiência para prestar esclarecimentos sobre “a compra de aparatos e programas de espionagem”. Depois, voltou ao assunto apenas em outubro, quando aprovou requerimento para ter acesso a documentos do inquérito da Polícia Federal que investiga se a estrutura da agência foi usada para espionar desafetos de Bolsonaro.

Apesar de a PF ter citado o fato de Ramagem fazer parte da CCAI para pedir seu afastamento do mandato, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse não ver necessidade para a medida, mas deixou aberta a possibilidade caso o deputado “volte a utilizar suas funções para interferir” no curso das investigações.

A permanência de Ramagem na CCAI causava incômodo até mesmo entre os seus correligionários. O senador e líder da oposição no Congresso, Rogério Marinho, afirmou durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que achava melhor que Ramagem deixasse o posto “por uma questão de equidade”, já que o PL contesta a participação do ministro Alexandre de Moraes na ação que investiga os atos golpista de 8 de janeiro por suposta suspeição. Desta forma, a presença do deputado na CCAI, que investigava a Abin paralela, poderia sugerir interpretação similar.

— A materialização dessa investigação se deu recentemente, ele é um parlamentar eleito em pleno exercício de suas atividades. (…) Ele deverá tomar uma decisão a respeito do tema. Na minha opinião, até por uma questão de equidade, acho que ele deveria se afastar da CCAI, como o ministro Alexandre de Moraes deve se afastar dessa investigação, para que haja imparcialidade nesse processo — afirmou Marinho.

Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Anielle diz que seu projeto é ser eleita senadora para dar continuidade ao sonho de Marielle

 

Ministra da Igualdade Racial declarou apoio ao prefeito Eduardo Paes

 

Anielle Franco e Lula

 Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, tomou a decisão de se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT) em um evento ocorrido nesta terça-feira, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante esse evento, Anielle expressou sua disponibilidade para apoiar a reeleição de Eduardo Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro pelo PSD, desde que o PT faça uma aliança com ele. Contudo, a ministra negou que essa movimentação esteja vinculada à tentativa de ocupar a vice-prefeitura na chapa de Paes. Em vez disso, ela revelou o desejo de concorrer ao Senado em 2026, um cargo que sua irmã, Marielle Franco, assassinada em 2018, também almejava.

Durante a entrevista concedida ao jornal O Globo, Anielle Franco destacou que sua decisão de se filiar ao PT não está ligada apenas à próxima eleição, mas sim à trajetória política dela e de sua irmã, que datam de antes do trágico assassinato de Marielle. Ela ressaltou a importância do PT para a democracia e enfatizou que já se sentia em casa no partido há muito tempo.

Embora tenha sido cogitada como possível vice na chapa de Eduardo Paes, Anielle Franco afirmou que está satisfeita com sua posição como ministra e que seu foco atual está no fortalecimento de mulheres negras na política institucional. Ela preferiu não comentar sobre a possibilidade de ocupar o cargo de vice-prefeita, deixando essa decisão para o presidente do partido e para o próprio Paes.

Ao ser questionada sobre a relação entre o PT e a possível candidatura de Paes, Anielle Franco destacou a importância do combate à violência e ao projeto de morte na cidade do Rio de Janeiro. Ela expressou confiança na capacidade do presidente Lula e do partido de tomar a melhor decisão nesse sentido.

Sobre a investigação do assassinato de sua irmã, Anielle Franco evitou condenar a família Brazão, apontada como suspeita de envolvimento no crime. Ela celebrou os avanços na investigação desde a entrada da Polícia Federal no caso, destacando que é fundamental seguir trabalhando com fatos concretos para garantir uma resposta adequada à sociedade brasileira.

Por fim, Anielle Franco expressou confiança no trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público, destacando que é necessário seguir lutando pelos interesses do povo do Rio de Janeiro e do Brasil como um todo. Ela enfatizou a importância de disputar espaços políticos para combater a violência e garantir um futuro melhor para todos.

Fonte: Brasil 247

Turquia e Brasil seguem como principais importadores de diesel da Rússia

 

Antes de o embargo total da UE ser implementado em fevereiro de 2023, a Europa era o maior comprador da Rússia

(Foto: Paulo Whitaker - Reuters)


Reuters - A Turquia e o Brasil se mantêm como os principais importadores de diesel e gasóleo da Rússia por via marítima desde que as sanções da União Europeia proibiram a importação de produtos refinados russos, segundo dados de fontes do mercado e da LSEG.

Antes de o embargo total da UE ser implementado em fevereiro de 2023, a Europa era o maior comprador da Rússia.

De acordo com os dados da LSEG, a Rússia exportou cerca de 1,47 milhão de toneladas de diesel e gasóleo para a Turquia em março, após 1,2 milhão de toneladas no mês anterior.

As importações brasileiras da Rússia caíram no mês passado para cerca de 0,5 milhão de toneladas, ante 0,63 milhão de toneladas em fevereiro.

Comerciantes disseram que a queda foi resultado de uma redução sazonal na demanda e da ampla oferta de combustível russo nos meses anteriores.

O Brasil também importou cerca de 0,7 milhão de toneladas de diesel da Argélia, Kuwait, Holanda e EUA em março, depois de 0,45 milhão de toneladas em fevereiro, segundo dados da LSEG.

As exportações de diesel dos portos russos para os países africanos caíram no mês passado para 0,73 milhão de toneladas, de 0,84 milhão de toneladas em fevereiro. Líbia, Tunísia, Senegal, Gana e Egito estavam entre os principais importadores, de acordo com os dados de remessa.

Enquanto isso, cerca de 0,5 milhão de toneladas de diesel carregadas em março no porto báltico de Primorsk, na Rússia, ainda não têm destino final.

No total, as exportações russas de diesel e gasóleo por via marítima caíram em março 4% em relação a fevereiro, para cerca de 3,6 milhões de toneladas, segundo cálculos da Reuters baseados em dados da LSEG e de fontes do mercado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Funcionários da embaixada da Hungria são demitidos por suposto vazamento de imagens de Bolsonaro

 

Desligamento ocorre após vídeos da estadia do ex-presidente na representação diplomática vazarem na imprensa, agravando sua situação jurídica

Carro de Bolsonaro entrando na Embaixada da Hungria em Brasília
Carro de Bolsonaro entrando na Embaixada da Hungria em Brasília (Foto: Reprodução)


A embaixada da Hungria demitiu pelo menos dois funcionários brasileiros. A medida teria sido tomada em decorrência do vazamento de imagens que registraram a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro nas instalações da embaixada, ocorrida entre os dias 12 e 14 de fevereiro. De acordo com reportagem da CNN, os funcionários desligados tinham acesso à central de monitoramento em tempo real da embaixada, embora não haja comprovação direta de sua participação no vazamento..

Quatro dias antes da visita à embaixada, Bolsonaro fora obrigado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a entregar seu passaporte à Polícia Federal, em meio a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe do 8/01.

A presença de Bolsonaro na embaixada, interpretada como uma tentativa de evitar uma possível prisão preventiva, levantou questões adicionais. A defesa do ex-presidente negou qualquer temor de prisão preventiva e rejeitou a especulação de que a visita tinha como objetivo solicitar asilo político. Segundo os advogados de Bolsonaro, a estadia tinha como propósito manter contatos com autoridades húngaras, país liderado por Viktor Orbán, aliado político do ex-presidente.

O ministro Alexandre de Moraes deu prazo para que a Procuradoria-Geral da República emitisse um parecer sobre as informações prestadas por Bolsonaro nesse caso. Até a sexta-feira (5), espera-se um posicionamento oficial sobre o assunto.

A Embaixada da Hungria ainda não se manifestou sobre as demissões.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN 

Viúva de Marielle pede anulação de honrarias a acusados de envolvimento na morte da ex-vereadora

 

Irmãos Brazão, suspeitos de mandar matar a ex-vereadora, foram agraciados com a mais alta distinção da Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco
Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Marielle, o documentário | Mídia NINJA)


A vereadora Mônica Benício, líder da bancada do PSOL na Câmara Municipal do Rio, e viúva da ex-vereadora Marielle Franco (Psol), apresentou nesta terça-feira (2), pedido de revogação das medalhas Pedro Ernesto concedidas a Domingos e Chiquinho Brazão, destaca o jornal O Globo. Estas honrarias representam o mais alto reconhecimento concedido pelo legislativo carioca.

Domingos e Chiquinho Brazão encontram-se no epicentro das investigações como suspeitos de terem orquestrado o assassinato da ex-vereadora. Ambos permanecem detidos preventivamente por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

"É inaceitável que os envolvidos nesse crime covarde sigam homenageados pela mesma casa de leis que perdeu Marielle Franco. Para eles apenas a vergonha e a desonra", afirmou Mônica.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo