Dados são do Boletim Anual de Recursos e
Reservas da ANP
Agência Brasil - Em 2023,
houve aumento de 6,98% nas reservas provadas de petróleo em comparação a 2022.
Também houve aumento de 3,81% no volume relativo ao somatório de reservas
provadas e prováveis e de 2,26% no somatório das provadas, prováveis e
possíveis. Os dados são do Boletim Anual de Recursos e Reservas da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As reservas provadas correspondem à quantidade de petróleo
ou gás natural que a análise de dados de geociências e engenharia indica com
razoável certeza como recuperáveis comercialmente, na data de referência do
Boletim Anual de Recursos e Reservas. Quando são usados métodos
probabilísticos, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou
maior que a estimativa deverá ser de pelo menos 90%.
Nas prováveis, a probabilidade de que a quantidade recuperada
seja igual ou maior que a soma das estimativas das reservas provada e provável
deverá ser de pelo menos 50%. No caso das reservas possíveis, a probabilidade
de que a quantidade recuperada seja maior ou igual à soma das estimativas das
reservas provada, provável e possível deverá ser de pelo menos 10%.
Foram declarados pelas empresas contratadas para
exploração e produção no Brasil 15,894 bilhões de barris de petróleo de
reservas provadas; 22,779 bilhões de barris de reservas provadas mais
prováveis; e 27,531 bilhões de barris de reservas provadas, prováveis e
possíveis.
Dessa forma, o índice de reposição de reservas provadas de
petróleo foi de 183,54%, representando cerca de 2,278 bilhões de barris em
novas reservas. O índice de reposição de reservas indica a relação entre o
volume apropriado e o volume produzido no período considerado.
Posição do
Brasil: Segundo a ANP, as mudanças ocorridas
no volume das reservas de petróleo e gás natural brasileiras são devidas à
produção realizada durante o ano, às reservas adicionais oriundas de novos
projetos de desenvolvimento, declarações de comercialidade e revisão das
reservas dos campos por diferentes fatores técnicos e econômicos.
Segundo o geólogo e professor Jorge Picanço Figueiredo, do
Instituto de Geociências e de Engenharia do Petróleo da Escola Politécnica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a posição do Brasil no cenário
internacional em reservas provadas não é tão significativa. “Os Estados Unidos
têm 68,8 bilhões de reservas provadas, Rússia tem 107,8 bilhões, Arábia
Saudita, 297 bilhões, o Iraque, 145 bilhões, o Irã, 157 bilhões, a Venezuela,
303 bilhões”, disse, acrescentando que o óleo do Brasil é de boa qualidade.
O professor lembra que o Brasil produz 3,5 milhões de
barris de petróleo por dia. “Em 365 dias, produzimos 1,27 bilhão por ano. A
gente produz um campo gigante por ano. Nossa produção é alta, está muito acima
daquilo que nós consumimos. Nós consumimos em torno de 2,5 milhões de barris
por dia. Esse 1 milhão de barris a mais é vendido no mercado externo”.
Figueiredo destaca que o petróleo ainda
vai ser a principal matriz energética nos próximos 50 anos. “O mundo consome
105 milhões de barris de petróleo por dia. O Brasil consome 2,5 milhões. Nós
contribuímos com 3,4% da produção mundial”.
Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil