Apesar de ser considerada foragida, ela trabalhava na Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Igualdade Racial de São João do Meriti
A ex-deputada federal Almerinda Filgueiras de Carvalho, de 72 anos, foi presa na manhã desta segunda-feira (1º)em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela foi capturada por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e estava foragida.
Sua prisão ocorreu no interior do gabinete da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Igualdade Racial de São João de Meriti, onde ocupava o cargo de secretária.
A ação policial é resultado da Operação Sanguessuga, também conhecida como Máfia das Ambulâncias. As investigações tiveram início em 2006 com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso composto por parlamentares e empresários que manipulavam licitações para a compra de ambulâncias em prefeituras de pelo menos 20 estados brasileiros.
Almerinda foi sentenciada a cumprir 9 anos de reclusão. Ela foi conduzida à Delegacia de Polícia Federal em Nova Iguaçu e será submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, antes de ser encaminhada ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
O condomínio onde Jair Bolsonaro e outros seis deputados bolsonaristas moram, em Brasília, foi palco de protestos realizados pelo Levante Popular da Juventude nesta segunda-feira (1º).
Os ativistas de esquerda promoveram uma manifestação em referência aos 60 anos do golpe militar de 1964. Os alvos das manifestações de hoje são identificados pelo grupo como “personalidades da extrema-direita que articularam a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023”.
Foram exibidos cartazes na entrada do condomínio Ville de Montagne, localizado no Jardim Botânico, área nobre da capital. A pista que leva ao local também foi marcada com inscrições afirmando que “aqui mora um golpista”.
Condomínio Ville de Montagne, localizado no Jardim Botânico. Foto: Divulgação
Os protestos também se estenderam às residências de seis deputados: Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, Clarissa Tércio, André Fernandes, Silvia Waiãpi, Pedro Lupion e Marcelo Álvaro Antônio.
Clarissa, Fernandes e Silvia estão sob investigação em inquéritos abertos no STF por supostamente incitarem o movimento golpista de 8 de janeiro.
As manifestações do Levante Popular da Juventude, que ocorreram em dez estados, também tiveram como alvo o ruralista Antônio Galvan, investigado no Supremo por incentivar atos antidemocráticos, e a sede do União Brasil em Roraima.
Brazão está preso em presídio federal por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL)
A juíza da 2ª Vara de Fazenda Pública da Capital, Georgia Vasconcelos, determinou a suspensão do pagamento em dinheiro das férias não gozadas pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Domingos Brazão, entre 2017 e 2022. Nesse período, ele ficou afastado do tribunal por suspeita de fraude e corrupção.
A medida judicial vem após o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) apresentar uma ação popular requerendo a anulação da concessão de R$ 581 mil referente às férias acumuladas.
Domingos Brazão é apontado pela Polícia Federal como suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido há seis anos. Tanto Domingos Brazão quanto seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, estão presos em penitenciárias federais.
A decisão da Justiça foi proferida em caráter liminar, visto que o pagamento estava prestes a ser efetuado pelo TCE. A juíza Georgia Vasconcelos, em sua determinação, estipulou um prazo de 24 horas para que o tribunal fosse intimado com urgência, sob pena de responsabilização criminal do servidor responsável pelo cumprimento da decisão.
Domingos Brazão e outros conselheiros foram temporariamente presos em 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio. Por ordem judicial, eles foram afastados de suas funções, mas puderam retornar ao tribunal em 2021, após decisões favoráveis no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo ainda está em tramitação na Justiça.
Tomás Paiva consultou ministro do Supremo para saber se havia informações comprometedoras contra o atual chefe do Estado-Maior
O ministro Alexandre de Moraes tem se destacado como o principal interlocutor do comandante do Exército, general Tomás Paiva, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Bela Megale, em muitos casos, são os próprios contatos iniciados pelo general que buscam o magistrado em busca de informações sobre membros das Forças Armadas envolvidos em investigações, bem como para esclarecer dúvidas relacionadas ao cumprimento de ordens judiciais.
Um dos contatos mais recentes abordou informações preliminares sobre a promoção de um militar dentro do Exército. Especificamente, tratou-se da nomeação do general Richard Nunes para o segundo posto mais alto da instituição, o de chefe do Estado-Maior. Antes de tomar uma decisão final, Tomás Paiva consultou Moraes, uma vez que o nome do general surgiu durante as investigações do caso Marielle.
Richard Nunes ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro em 2018, período em que a vereadora foi assassinada. Segundo relatório da Polícia Federal, ele teria sido responsável por indicar o delegado Rivaldo Barbosa para chefiar a Polícia Civil, apesar de não ter sido uma indicação do setor de inteligência da corporação.
Rivaldo encontra-se preso sob acusação de planejar o assassinato de Marielle, supostamente a mando dos irmãos Brazão.
Diante da inclusão do nome do general Richard Nunes no documento, o comandante do Exército procurou o ministro Alexandre de Moraes para discutir sua intenção de promovê-lo. Durante a conversa, deixou claro que, caso houvesse informações comprometedoras sobre Nunes, reconsideraria sua escolha. Moraes indicou que poderia prosseguir com a nomeação.
Essa não foi a única consulta realizada pelo comandante do Exército ao magistrado. Sempre que surgem dúvidas sobre como proceder com relação às ordens do STF envolvendo militares investigados, Tomás Paiva busca orientação junto ao ministro.
Uma das diretrizes estabelecidas pelo general, por exemplo, diz respeito aos membros das Forças Armadas que foram presos. Esses indivíduos são obrigatoriamente afastados de suas funções e enviados para casa. Já os investigados que não foram detidos, mas foram alvo de medidas como busca e apreensão, são realocados para outras posições, mas permanecem ativos na instituição.
Advogado ressaltou que, mesmo que haja um
movimento contra o desembargador Sigurd Bengtsson, isso não surtirá efeito:
"é um homem honesto, magistrado seguro"
O advogado Roberto Bertholdo,
em publicação na rede social X nesta segunda-feira (1), denunciou uma suposta
pressão realizada pela "turma" do ex-juiz suspeito e atual senador
Sergio Moro (União) contra o desembargador Sigurd Bengtsson, presidente do
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, a fim de evitar um voto decisivo pela
cassação no julgamento
que ocorre hoje.
"Muito experiente na arte do terrorismo, a turma de
Moro iniciou um movimento em Curitiba para tentar emparedar o presidente do TRE
do Paraná", escreveu o advogado. "Acontece que algumas previsões
estariam a indicar que inicialmente poderia ocorrer um empate de 3 a 3 no
julgamento que se inicia hoje e, em acontecendo isto, exigiria o voto de
Minerva do desembargador Sigurd Bengtsson, para definir o resultado final do
juízo", explicou.
Bertholdo, então, afirmou que jornalistas
e assessorias de imprensa "têm recebido investidas com informações de que
o presidente do TRE será “trucidado” caso vote contra Moro". Ele disse que
foi procurado por quatro jornalistas renomados com o seguinte questionamento:
“você acha que o presidente será trucidado em Curitiba caso vote contra Moro?
Isso fará com que ele mude a sua convicção?”
"A Lava Jato fez isso contra Teori Zavascki e contra uma
série enorme de outras autoridades. Este foi um método terrorista que se
repetiu muitas vezes na Lava Jato e se repete agora e quer atingir o presidente
do TRE com uma indevida pressão, só que desta vez vai se virar contra o próprio
Moro. Aquela famosa frase, ainda do século XVIII, “Ainda existem juízes em
Berlim”, servirá também para Curitiba", analisou o advogado.
Por fim, Bertholdo concluiu que, mesmo que haja pressão,
ela não surtirá efeito: "fiquem seguros, pois todos no Paraná sabem que o
presidente do TRE, o desembargador Sigurd, é um homem honesto, um magistrado
seguro, independente, tecnicamente, muito preparado e acima de tudo, preocupado
em realizar a Justiça".
Decisão desarma estratégia de Moro de
apelar ao TSE. Compromisso do colegiado é devolver o caso na sessão seguinte
para acelerar o processo. Resultado deve sair até 8/04
Antes mesmo do
início do tão aguardado julgamento que pode levar à cassação do mandato do
senador Sergio Moro (União Brasil-PR), os juízes do Tribunal Regional Eleitoral
do Paraná (TRE-PR) adotaram uma medida prévia para acelerar o desfecho do caso.
De acordo com informações da jornalista Malu Gaspar,
do jornal O Globo, o acordo foi estabelecido antes mesmo do carnaval, durante
uma reunião na qual os juízes também decidiram não ter acesso prévio ao voto do
relator, Luciano Carrasco Falavinha, mantendo seu entendimento em absoluto
sigilo até o momento.
O regimento interno do TRE-PR prevê que cada juiz pode requerer
vista de um caso por até 20 dias. No entanto, em uma tentativa de evitar
prolongamentos, os integrantes do tribunal concordaram que, se algum magistrado
solicitar vista, o processo será devolvido imediatamente para julgamento na
sessão seguinte.
O presidente do TRE, desembargador Sigurd Bengtsson,
confirmou o compromisso de agilidade durante a sessão de abertura do julgamento
nesta segunda-feira (1). "Considerando o princípio da celeridade, ficou
estabelecido que o julgamento será feito em três dias. Se houver vista (hoje),
(o julgamento) continuará na próxima quarta. Se quarta-feira tiver vista,
continuará na próxima segunda. Se na segunda tiver, continuará dia 9. A
intenção é que no dia 8 de abril concluamos esse julgamento", declarou
Bengtsson.
A decisão do colegiado desarma a
estratégia da defesa de Moro, que planejava recorrer ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) em junho, vislumbrando uma conjuntura mais favorável após a
saída do ministro Alexandre de Moraes do tribunal.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo
A mudança na
economia argentina deve acontecer somente após as eleições legislativas de 2025
O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou em
entrevista à "CNN en Español" neste domingo (31) que a dolarização da
economia do país só deve ocorrer após as eleições legislativas do meio de 2025.
“Não creio
que chegaremos lá antes das eleições legislativas do próximo ano, mas o
objetivo continua a existir", disse o mandatário.
Milei havia
declarado que a dolarização só aconteceria quando o governo limpasse o balanço
do banco central e fizesse uma reforma no sistema financeiro da
Argentina.
Dois meses
após o governo de Milei assumir o mandato, a Argentina registrou a maior
inflação do mundo. Em fevereiro deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor
alcançou 276,2% no acumulado em 12 meses.
Servidores federais que atuam na área de educação iniciarão, a partir de quarta-feira (3), uma greve nacional por tempo indeterminado que, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), contará com a adesão de mais de 230 unidadesde ensinoem pelo menos 18 unidades federativas.
Coordenador geral do Sinasefe, David Lobão diz que a greve abrangerá professores e funcionários técnico-administrativos dos Institutos federais de mais de 600 campi; Colégio Pedro II; Instituto Nacional de Educação de Surdos; Instituto Benjamin Constant; bem como colégios e escolas federais vinculadas ao Ministério da Defesa.
Além de uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, os servidores pedem também reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes; a revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”; bem como a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Aprovada durante rodadas de assembleias realizadas desde o dia 18 de março em 29 seções sindicais, a greve será nacional e por tempo indeterminado, conforme informado no dia 28 de março documento protocolado junto aos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Defesa e da Educação, bem como ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
Governo
Contatado pela Agência Brasil, o Ministério da Gestão informou que, em 2023, viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio-alimentação.
“Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos”, destacou a pasta, ao acrescentar que, no segundo semestre de 2023, iniciou debate sobre reajuste para o ano de 2024.
Ainda de acordo com o ministério, como parte desse processo foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras.
“A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para a execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal”, informou o ministério.
No caso específico da carreira de técnicos-administrativos educacionais, dois ministérios (o da Gestão e o da Educação) criaram grupo de trabalho para tratar da reestruturação do plano para cargos técnico-administrativos em educação.
No dia 27 de março, o relatório final do grupo foi entregue à ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, para servir de “insumo” para a proposta de reestruturação de carreira que será apresentada na mesa de negociação.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná iniciou, há pouco, em Curitiba, o julgamento dos processos que podem levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato.
Serão julgadas duas ações protocoladas pelo PT e pelo PL na Justiça Eleitoral. Os partidos acusam Moro de abuso de poder econômico por supostos gastos irregulares no período de pré-campanha em 2022.
Em dezembro ao ano passado, o Ministério Público Eleitoral (MPE) do Paraná defendeu a cassação do mandato do senador. No entendimento dos procuradores, houve uso "excessivo de recursos financeiros" no período que antecedeu a campanha eleitoral oficial em 2022.
Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. Em seguida, deixou o partido e passou a fazer campanha para o Senado. Segundo a acusação, houve "desvantagem ilícita" em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos "altos investimentos financeiros” feitos antes de Moro se candidatar ao Senado.
Foram citados gastos de aproximadamente R$ 2 milhões com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos e consultorias.
Caso o mandato de Sergio Moro seja cassado, caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. No entanto, se a possível condenação for mantida, novas eleições para o Senado deverão ser convocadas no Paraná.
Durante a tramitação do processo, a defesa do senador negou as irregularidades e ressaltou que as acusações têm “conotação política”. Para a defesa, gastos de pré-campanha à Presidência não podem ser contabilizados na campanha para o Senado, uma vez que um cargo é de votação nacional e o outro somente no Paraná.
Advogados solicitam alterações nas
medidas cautelares impostas ao ex-chefe da polícia do Rio de Janeiro e à sua
esposa, investigados no caso do assassinato de Marielle Franco
A defesa do
ex-delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de estar envolvido no planejamento do
assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, submeteu ao Supremo Tribunal
Federal (STF) um pedido de revisão das medidas cautelares impostas ao réu e à
sua esposa, Érika Andrade de Almeida Araújo, destaca a CNN.
Os advogados requereram ao ministro Alexandre de Moraes o
desbloqueio de duas contas-salário do delegado e uma modificação no horário de
recolhimento domiciliar noturno atribuído à esposa.
Érika Andrade de Almeida Araújo, alvo de busca e apreensão
durante a operação que culminou na prisão de Rivaldo, é apontada como
responsável pela utilização de empresas para lavar dinheiro proveniente dos
supostos crimes cometidos pelo ex-delegado. Ela também é investigada por
envolvimento em organização criminosa e corrupção passiva.
Os advogados argumentam que o bloqueio das contas-salário
de Rivaldo afeta a subsistência da família, visto que tais recursos são
indispensáveis para o sustento básico. "Não almejamos a liberação de
outros ativos, apenas a verba essencial para garantir o mínimo necessário à
família dos investigados, em respeito aos princípios da presunção de inocência
e dignidade humana", afirmam os defensores.
Além disso, a defesa contesta o horário
estabelecido para o recolhimento domiciliar de Érika. Segundo os advogados, a
instalação da tornozeleira eletrônica pela Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária do Rio estabeleceu 22h como o horário-limite,
porém, Érika precisa buscar sua filha na faculdade nesse horário.
Quase 90% da população brasileira admite ter acreditado em conteúdos falsos. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva e obtida com exclusividade pela Agência Brasil. Segundo o levantamento, oito em cada dez brasileiros já deu credibilidade a fake news. Mesmo assim, 62% confiam na própria capacidade de diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo.
Sobre o conteúdo das notícias falsas que acreditaram, 64% era sobre venda de produtos, 63% diziam respeito a propostas em campanhas eleitorais, 62% tratavam, de políticas públicas, como vacinação, e 62% falavam de escândalos envolvendo políticos. Há ainda 57% que afirmaram que acreditaram em conteúdos mentirosos sobre economia e 51% em notícias falsas envolvendo segurança pública e sistema penitenciário.
O instituto ouviu 1.032 pessoas com 18 anos de idade ou mais entre os dias 15 e 20 de fevereiro. Na opinião de 65% dos entrevistados, as notícias falsas são distribuídas com a ajuda de robôs e inteligência artificial. A cada dez pessoas, oito reconhecem que há grupos e pessoas pagas para produção e disseminação de notícias falsas.
O maior risco da desinformação para 26% da população é a eleição de maus políticos, enquanto 22% acreditam que o perigo maior e atingir a reputação de alguém e 16% avaliam como maior problema a possibilidade de causar medo na população em relação a própria segurança. Há ainda 12% que veem como maior risco prejudicar os cuidados com a saúde.
Ingenuidade e vergonha
Ser enganado por uma notícia falsa gera um sentimento de ingenuidade para 35% das pessoas, 31% ficam com raiva e 22% sentem vergonha.
Um quarto da população (24%) afirma já ter sido acusado de espalhar informações falsas por pessoas que têm uma visão de mundo diferente.
O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, defende medidas educativas como forma de combater a disseminação de conteúdos mentirosos. “Para enfrentar essa questão, há um desafio para as instituições públicas de formular estratégias que incluam a promoção da educação midiática e a verificação rigorosa das fontes de informação, para fortalecer a comunicação do país e garantir que a população receba informações precisas e confiáveis”, afirma.
Filipe Martins e a namorada, Anelise. Foto: Divulgação/Instagram
Durante a operação Tempus Veritatis, que resultou na prisão de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência durante o governo Bolsonaro, agentes da Polícia Federal (PF) descobriram materiais e documentos que levantam questões sobre o processo eleitoral, exercem pressão sobre as Forças Armadas e incluem informações sobre adversários políticos, como o deputado federal André Janones (Avante-MG). Com informações da revista Veja.
Os documentos estavam armazenados no celular da namorada de Martins, Anelise Hauagge, que ocupou um cargo comissionado no Ministério das Comunicações entre janeiro de 2021 e janeiro de 2023. Embora não seja investigada, ela estava presente durante a busca e teve seu dispositivo submetido a uma análise preliminar, conforme registrado em relatório pelos agentes. A operação, denominada Tempus Veritatis, ocorreu em 8 de fevereiro.
Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais, é alvo de investigação da PF por sua “posição de destaque nas questões jurídicas” e na elaboração de pareceres que poderiam respaldar ações para reverter o resultado das eleições de 2022.
Segundo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, Martins apresentou a Bolsonaro, em novembro de 2022, um documento com uma lista de “considerandos” que apontavam interferências do Judiciário durante o governo e propunham a prisão de ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes.
Esse documento teria sido compartilhado por Bolsonaro, posteriormente, com os três comandantes das Forças Armadas.
O texto identifica pessoas que estariam inseguras e duvidosas sobre as eleições de 2022, citando um suposto desequilíbrio no processo. Também questiona a segurança das urnas eletrônicas e solicita, de forma “pacífica” mas “implorando”, a intervenção de um “poder moderador neutro” para investigar e restabelecer a credibilidade da democracia brasileira.
Encerra-se com o alerta de que, se persistirem as dúvidas sobre as eleições, “não haverá ambiente de unificação no país”. O documento é datado de 5 de novembro de 2022.
Namorada bloqueou o aparelho
Segundo os agentes, Anelise bloqueou o aparelho e se recusou a fornecer a senha quando foi informada de que o telefone seria apreendido, gerando suspeitas de que o dispositivo também fosse utilizado por Martins.
Ela então tentou acessar os dados armazenados na nuvem através do celular de sua mãe, mas foi advertida sobre as consequências de impedir a investigação, embora tenha negado a tentativa.
No telefone de Anelise, os agentes também encontraram levantamentos sobre dados cadastrais de opositores políticos, incluindo o deputado André Janones. Um relatório intitulado “Premium Name Report on André Janones in BR” continha informações como empresas, telefone e endereço vinculados ao deputado.
Além disso, durante as buscas, foi encontrado um crachá da Presidência da República em nome de Filipe Martins, com validade até 31 de dezembro de 2026, levantando questionamentos sobre sua possível reeleição de Bolsonaro.
Confira a íntegra da carta:
Declaração aberta de insegurança e dúvida sobre o processo eleitoral Brasileiro
Eu, _______________, brasileiro (a), portador do RG _________, venho por meio desta carta aberta expor minha insegurança e dúvida em relação ao processo Democrático da última eleição presidencial.
Essa insegurança se origina justamente de todo o histórico comprovadamente desequilibrado do processo eleitoral. Reforço a manobra jurídica que permitiu que um condenado por vários juízes, com base em provas reais, que deveria ser inelegível pela Lei da Ficha Limpa e inclusive de devolução de bilhões aos cofres públicos, fosse candidato ao cargo de Presidente da República. Somente este fato já justificaria uma ação. A reputação da nossa Pátria está em jogo.
Destaco a forma como defenderam a urna eletrônica como segura e inviolável, não permitindo a discussão sobre a necessidade de um mecanismo de auditoria física, como acontece nas maiores democracias do mundo e que atenderia à exigência constitucional de que a contagem do voto, como ato administrativo, observe o princípio da publicidade.
Sem falar na Censura estabelecida apenas a veículos, empresários e influenciadores de um dos lados do pleito, resultado em total desequilíbrio e falta de isonomia, pois claramente o que não valia pra um lado valia para o outro.
A maneira como foi conduzido o processo das campanhas gratuitas de rádio e TV, com evidente desequilíbrio nos julgamentos de direito de resposta, com permissão de fake news favoráveis a uma das candidaturas e com desequilíbrio no tempo utilizado nas rádios, sempre em benefício do mesmo candidato.
A indignação sobre a apuração das urnas, com centenas de casos matematicamente improváveis, com comportamento absurdamente fora da realidade racional e indicação tecnicamente crível de atividade algorítmica em determinados modelos de urnas.
Tudo isso me faz pacificamente, implorando ajuda de um poder moderador neutro para investigar e reestabelecer a credibilidade da Democracia Brasileira. Exerço aqui o dever de cidadão e peço ajuda às Forças Armadas, para que tragam credibilidade e isenção a investigação do processo eleitoral.
Se essa dúvida persistir não existirá ambiente de unificação no país.
Local _____________________ 05 de Novembro de 2022
Para os advogados,"não se evidenciou qualquer gravidade do agir dos investigados, notadamente com potencial suficiente a desequilibrar o pleito’"
A defesa do senador
Sergio Moro (União Brasil-PR) alegou em uma declaração enviada aos
desembargadores do Tribunal Regional do paraná (TRE-PR) antes do início do
julgamento que poderá resultar na cassação do mandato do ex-juiz suspeito,
marcado para esta segunda-feira (1), que as ações movidas pelo PT e pelo PL
“pleiteiam um terceiro turno e buscam desconstituir o resultado das urnas,
negando voz ao eleitorado paranaense”.
Os partidos acusam Moro de suposto abuso de poder
econômico durante sua pré-campanha ligada ao pleito de 2022. Entre as questões
levantadas estão os gastos excessivos e os pagamentos feitos a seu primeiro
suplente, Luis Felipe Cunha. Moro nega as acusações.
Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi,
do G1, “a defesa de Moro também alega que ele já era conhecido entre os
eleitores paranaenses pela atuação como juiz da Lava Jato e que a pré-campanha
não teve impacto significativo. Para os advogados, o processo ‘não se
evidenciou qualquer gravidade do agir dos investigados, notadamente com
potencial suficiente a desequilibrar o pleito’.
Ainda de acordo com a reportagem, os advogados de Moro
disseram que ele não deverá comparecer ao julgamento.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1
Assunto será o tema central de uma
reunião nesta segunda-feira com o presidente Lula e os ministros da Fazenda,
Fernando Haddad, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira
O ministro de Minas e Energia,
Alexandre Silveira, afirmou que o controle dos preços para evitar a alta da
inflação é uma “obsessão” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Preço
de alimento, preço de energia, preço de combustível, para que a gente possa,
respeitando o mercado, combater a desigualdade”, disse o ministro em entrevista
à GloboNews nesta segunda-feira (1). O assunto será o tema central de uma
reunião agendada para esta segunda-feira entre ele, o presidente Lula e o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na entrevista, Silveira também destacou a busca por fontes
de financiamento para promover a expansão das energias renováveis e sugeriu que
os impostos sobre o setor de petróleo poderiam ser uma dessas fontes de
recursos. “Ele [o petróleo] é uma grande fonte de financiamento de saúde e
educação através do fundo social, e pode ser também, através de seus impostos,
uma grande fonte de financiamento de preços módicos de energia elétrica”,
observou.
O ministro também alertou para a
necessidade de evitar que os subsídios distorçam os preços da tarifa de energia
elétrica, impactando negativamente os consumidores e a economia. “Segundo ele,
“se tornou quase um hábito empurrar todos os subsídios na Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE), criando grande distorção no Brasil”.