segunda-feira, 1 de abril de 2024

PF acha carta golpista para pressionar Forças Armadas com namorada de ex-assessor de Bolsonaro

 

Filipe Martins e a namorada, Anelise. Foto: Divulgação/Instagram

Durante a operação Tempus Veritatis, que resultou na prisão de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência durante o governo Bolsonaro, agentes da Polícia Federal (PF) descobriram materiais e documentos que levantam questões sobre o processo eleitoral, exercem pressão sobre as Forças Armadas e incluem informações sobre adversários políticos, como o deputado federal André Janones (Avante-MG). Com informações da revista Veja.

Os documentos estavam armazenados no celular da namorada de Martins, Anelise Hauagge, que ocupou um cargo comissionado no Ministério das Comunicações entre janeiro de 2021 e janeiro de 2023. Embora não seja investigada, ela estava presente durante a busca e teve seu dispositivo submetido a uma análise preliminar, conforme registrado em relatório pelos agentes. A operação, denominada Tempus Veritatis, ocorreu em 8 de fevereiro.

Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais, é alvo de investigação da PF por sua “posição de destaque nas questões jurídicas” e na elaboração de pareceres que poderiam respaldar ações para reverter o resultado das eleições de 2022.

Segundo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, Martins apresentou a Bolsonaro, em novembro de 2022, um documento com uma lista de “considerandos” que apontavam interferências do Judiciário durante o governo e propunham a prisão de ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes.

Esse documento teria sido compartilhado por Bolsonaro, posteriormente, com os três comandantes das Forças Armadas.

Carta encontrada no celular de Anelise
Carta encontrada no celular de Anelise. Foto: VEJA/VEJA

O texto identifica pessoas que estariam inseguras e duvidosas sobre as eleições de 2022, citando um suposto desequilíbrio no processo. Também questiona a segurança das urnas eletrônicas e solicita, de forma “pacífica” mas “implorando”, a intervenção de um “poder moderador neutro” para investigar e restabelecer a credibilidade da democracia brasileira.

Encerra-se com o alerta de que, se persistirem as dúvidas sobre as eleições, “não haverá ambiente de unificação no país”. O documento é datado de 5 de novembro de 2022.

Namorada bloqueou o aparelho

Segundo os agentes, Anelise bloqueou o aparelho e se recusou a fornecer a senha quando foi informada de que o telefone seria apreendido, gerando suspeitas de que o dispositivo também fosse utilizado por Martins.

Ela então tentou acessar os dados armazenados na nuvem através do celular de sua mãe, mas foi advertida sobre as consequências de impedir a investigação, embora tenha negado a tentativa.

No telefone de Anelise, os agentes também encontraram levantamentos sobre dados cadastrais de opositores políticos, incluindo o deputado André Janones. Um relatório intitulado “Premium Name Report on André Janones in BR” continha informações como empresas, telefone e endereço vinculados ao deputado.

Além disso, durante as buscas, foi encontrado um crachá da Presidência da República em nome de Filipe Martins, com validade até 31 de dezembro de 2026, levantando questionamentos sobre sua possível reeleição de Bolsonaro.

Confira a íntegra da carta:

Declaração aberta de insegurança e dúvida sobre o processo eleitoral Brasileiro

Eu, _______________, brasileiro (a), portador do RG _________, venho por meio desta carta aberta expor minha insegurança e dúvida em relação ao processo Democrático da última eleição presidencial.

Essa insegurança se origina justamente de todo o histórico comprovadamente desequilibrado do processo eleitoral. Reforço a manobra jurídica que permitiu que um condenado por vários juízes, com base em provas reais, que deveria ser inelegível pela Lei da Ficha Limpa e inclusive de devolução de bilhões aos cofres públicos, fosse candidato ao cargo de Presidente da República. Somente este fato já justificaria uma ação. A reputação da nossa Pátria está em jogo.

Destaco a forma como defenderam a urna eletrônica como segura e inviolável, não permitindo a discussão sobre a necessidade de um mecanismo de auditoria física, como acontece nas maiores democracias do mundo e que atenderia à exigência constitucional de que a contagem do voto, como ato administrativo, observe o princípio da publicidade.

Sem falar na Censura estabelecida apenas a veículos, empresários e influenciadores de um dos lados do pleito, resultado em total desequilíbrio e falta de isonomia, pois claramente o que não valia pra um lado valia para o outro.

A maneira como foi conduzido o processo das campanhas gratuitas de rádio e TV, com evidente desequilíbrio nos julgamentos de direito de resposta, com permissão de fake news favoráveis a uma das candidaturas e com desequilíbrio no tempo utilizado nas rádios, sempre em benefício do mesmo candidato.

A indignação sobre a apuração das urnas, com centenas de casos matematicamente improváveis, com comportamento absurdamente fora da realidade racional e indicação tecnicamente crível de atividade algorítmica em determinados modelos de urnas.

Tudo isso me faz pacificamente, implorando ajuda de um poder moderador neutro para investigar e reestabelecer a credibilidade da Democracia Brasileira. Exerço aqui o dever de cidadão e peço ajuda às Forças Armadas, para que tragam credibilidade e isenção a investigação do processo eleitoral.

Se essa dúvida persistir não existirá ambiente de unificação no país.

Local _____________________ 05 de Novembro de 2022

Assinatura

Fonte: DCM

Defesa diz que Moro não deverá comparecer ao julgamento que poderá cassar o seu mandato e que ações 'pleiteiam terceiro turno'

 Para os advogados,"não se evidenciou qualquer gravidade do agir dos investigados, notadamente com potencial suficiente a desequilibrar o pleito’"

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: José Cruz - ABR)

 A defesa do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) alegou em uma declaração enviada aos desembargadores do Tribunal Regional do paraná (TRE-PR) antes do início do julgamento que poderá resultar na cassação do mandato do ex-juiz suspeito, marcado para esta segunda-feira (1), que as ações movidas pelo PT e pelo PL “pleiteiam um terceiro turno e buscam desconstituir o resultado das urnas, negando voz ao eleitorado paranaense”.

Os partidos acusam Moro de suposto abuso de poder econômico durante sua pré-campanha ligada ao pleito de 2022. Entre as questões levantadas estão os gastos excessivos e os pagamentos feitos a seu primeiro suplente, Luis Felipe Cunha. Moro nega as acusações. 

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, “a defesa de Moro também alega que ele já era conhecido entre os eleitores paranaenses pela atuação como juiz da Lava Jato e que a pré-campanha não teve impacto significativo. Para os advogados, o processo ‘não se evidenciou qualquer gravidade do agir dos investigados, notadamente com potencial suficiente a desequilibrar o pleito’.

Ainda de acordo com a reportagem, os advogados de Moro disseram que ele não deverá comparecer ao julgamento. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1

 

Manter preços de alimentos, energia e combustível sob controle são obsessão do presidente Lula, diz Alexandre Silveira

 

Assunto será o tema central de uma reunião nesta segunda-feira com o presidente Lula e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira

(Foto: ABR)

 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o controle dos preços para evitar a alta da inflação é uma “obsessão” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Preço de alimento, preço de energia, preço de combustível, para que a gente possa, respeitando o mercado, combater a desigualdade”, disse o ministro em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (1). O assunto será o tema central de uma reunião agendada para esta segunda-feira entre ele, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 

Na entrevista, Silveira também destacou a busca por fontes de financiamento para promover a expansão das energias renováveis e sugeriu que os impostos sobre o setor de petróleo poderiam ser uma dessas fontes de recursos. “Ele [o petróleo] é uma grande fonte de financiamento de saúde e educação através do fundo social, e pode ser também, através de seus impostos, uma grande fonte de financiamento de preços módicos de energia elétrica”, observou. 

O ministro também alertou para a necessidade de evitar que os subsídios distorçam os preços da tarifa de energia elétrica, impactando negativamente os consumidores e a economia. “Segundo ele, “se tornou quase um hábito empurrar todos os subsídios na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), criando grande distorção no Brasil”. 

Fonte: Brasil 247

China deve ultrapassar os EUA e se tornar maior economia do mundo até 2035, aponta estudo

 

Estudo intitulado "Capitalizando o Interesse: Desenvolvimento de Alta Qualidade da China e Previsão para 2035" foi elaborado por pesquisadores de quatro países

Bandeiras dos Estados Unidos e da China
Bandeiras dos Estados Unidos e da China (Foto: REUTERS/Aly Song)


Sputnik - O estudo de pesquisadores de quatro países prevê que fatores como a valorização do yuan e outros ajudem o país asiático a conseguir ter uma economia maior que a norte-americana no espaço de uma década.

Há uma grande probabilidade de que a China se torne a maior economia do mundo e que seu PIB ultrapasse o dos EUA por volta de 2035, de acordo com um relatório desenvolvido em conjunto por pesquisadores de China, Rússia, EUA e Canadá.

Ele foi desenvolvido em conjunto por pesquisadores do Instituto Chunyang de Estudos Financeiros da Universidade Popular da China, do Centro de Cooperação China-EUA da Universidade de Denver, EUA, da Sociedade Econômica Livre da Rússia, do Grupo de Pesquisa Geopolítica e Econômica da Universidade de Manitoba, Canadá, e do Conselho Econômico e Cultural da Índia e da China.

O texto, intitulado "Capitalizando o Interesse: Desenvolvimento de Alta Qualidade da China e Previsão para 2035", foi lançado no domingo (31) na Universidade Popular da China.

"Com base no fato de que o crescimento econômico da China é maior do que o dos EUA, bem como na valorização contínua do renminbi [ou yuan], na crescente internacionalização do renminbi e na competição de longo prazo entre o renminbi e o dólar dos EUA, espera-se que a China ultrapasse os EUA como a maior economia do mundo por volta de 2035 com alta probabilidade, desde que mantenha o crescimento do PIB de cerca de 5% ao ano nos próximos anos e de pelo menos 4% até 2035", aponta ele.

Além disso, notam os autores do relatório, os países em desenvolvimento se tornarão o principal motor do crescimento econômico global no futuro, e suas altas taxas de crescimento poderão dobrar o PIB global na próxima década.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

 

Três pessoas morrem e 19 ficam feridas em acidente de ônibus no interior do PR

 

Acidente de transito na rodovia PR-317, no estado do Paraná. Foto: reprodução

Três pessoas morreram e pelo menos 19 ficaram feridas após um micro-ônibus tombar em Nossa Senhora das Graças, na região norte do Paraná. O acidente ocorreu na noite de domingo (31), conforme informado pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Segundo a PRE, o veículo trafegava pela PR-317 e tombou no acostamento após ser fechado. O incidente aconteceu por volta das 19h30, no trecho entre Santa Fé e Santo Inácio.

Duas mulheres e um homem faleceram no local, conforme relatado pela PRE. Os feridos foram encaminhados para hospitais de Colorado, Santo Inácio e Maringá, segundo informações do G1.

A polícia destacou que o micro-ônibus partiu de Maringá, no norte do Paraná, com destino a Regente Feijó, no interior de São Paulo. O veículo transportava passageiros que retornavam de uma convenção religiosa em Maringá.

Confira:

Fonte: DCM

Globo é acusada de pagar fiança de Daniel Alves na Espanha; grupo nega

 Em comunicado, grupo negou participação na liberação do ex-jogador: "gostaríamos de esclarecer que não corresponde à verdade e não pagamos por qualquer reportagem produzida", diz


O Grupo Globo veio a público neste domingo (31) refutar as alegações de que a revista Quem, de sua propriedade, teria pago a fiança que assegurou a liberdade provisória do ex-jogador Daniel Alves, destaca o site Na Telinha. A informação, divulgada inicialmente pela jornalista espanhola Marisa Blázquez, do canal Telecinco, e amplamente compartilhada nas redes sociais, foi negada pela empresa em comunicado oficial.

Através de declaração veiculada no Jornal O Globo, a empresa esclareceu que “a fake news que está sendo compartilhada de que a Quem teria arcado com a fiança do jogador Daniel Alves, gostaríamos de esclarecer que ela não corresponde à verdade e não pagamos por qualquer reportagem produzida, dado seu caráter jornalístico". O comunicado ainda enfatizou que não houve contato por parte da jornalista espanhola para confirmar a veracidade das informações.

Daniel Alves, ex-lateral-direito da seleção brasileira, foi condenado a quatro anos de prisão por estupro, desencadeando um processo judicial que resultou em sua liberação mediante o pagamento de uma fiança milionária. Inicialmente, rumores sugeriam que a família do jogador Neymar teria suportado os custos da fiança, porém, essa especulação foi negada pelo pai de Neymar.

Embora a identidade dos financiadores permaneça incerta, veículos de mídia espanhóis mencionaram que amigos e familiares de Daniel Alves estavam organizando o pagamento, sem fornecer nomes específicos.

A liberdade provisória do ex-jogador está condicionada ao cumprimento de uma série de exigências determinadas pelo tribunal, incluindo a proibição de deixar o território espanhol, a entrega de seus passaportes brasileiro e espanhol, e a manutenção de distância da vítima, além de outras obrigações judiciais.

Daniel Alves também está obrigado a comparecer semanalmente ao Tribunal Provincial de Barcelona, onde seu caso está em andamento, com o objetivo de garantir o cumprimento das determinações legais e o respeito aos direitos da vítima envolvida no processo.

Fonte: Brasil 247 com informações do site Na Telinha

 

Bolsonarista Filipe Barros é o novo líder da oposição na Câmara dos Deputados

 

Filipe Barros irá assumir o comando da oposição ao governo do presidente Lula em substituição ao deputado carlos Jordy

Dep. Filipe Barros (PSL - PR)
Dep. Filipe Barros (PSL - PR) (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

 

O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) irá assumir o comando da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados, substituindo Carlos Jordy (PL-RJ), a partir deste mês. Segundo o jornal O Globo, Jordy está deixando o cargo para se dedicar à sua pré-candidatura à prefeitura de Niterói (RJ). Filipe Barros também é pré-candidato à Prefeitura de Londrina, no interior do Paraná.

A transição já era prevista para o início deste ano, entretanto, parlamentares optaram por manter Jordy à frente da oposição como um ato de protesto, após ele ter sido alvo da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em janeiro. A operação visa identificar indivíduos envolvidos no planejamento, financiamento e incitação de atos antidemocráticos ocorridos no interior do estado do Rio de Janeiro entre outubro de 2022 e o início de 2023.

De acordo com as investigações, Jordy é suspeito de promover atos antidemocráticos contra o resultado das eleições presidenciais de 2022, incluindo bloqueios de rodovias na região interiorana do Rio. O inquérito da PF revelou que o deputado trocava mensagens com indivíduos envolvidos nestes atos, participando de grupos de WhatsApp e fornecendo orientações sobre o tema. Na ocasião, Jordy classificou as medidas de busca e apreensão em sua casa e gabinete na Câmara como "autoritárias" e negou envolvimento nos atos antidemocráticos.

Filipe Barros ganhou destaque como relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propunha a inclusão de um módulo de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições de 2022, uma das principais reivindicações de bolsonaristas e partidários da extrema direita.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Quem são os juízes que vão julgar Sérgio Moro no TRE-PR? Veja o perfil de cada um

O ex-juiz Sérgio Moro (Franklin Freitas)

O julgamento das ações que podem levar à cassação da chapa do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) começa no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) nesta segunda-feira, dia 1º. O ex-juiz federal é acusado de ter causado um desequilíbrio nas eleições para uma cadeira no Senado no Paraná, com gastos excessivos na pré-campanha à Presidência da República que o teriam dado vantagem decisiva. Moro nega.

Em 2021, Moro era pré-candidato à Presidência da República. O ex-ministro da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) deixou o projeto presidencial construído pelo Podemos e migrou para o União Brasil, sigla pela qual se candidatou ao Senado pelo Paraná.

PT e PL argumentam que os gastos despendidos durante o período da pré-campanha presidencial favoreceram Sérgio Moro na disputa ao Legislativo federal. A Procuradoria Eleitoral do Paraná apresentou parecer favorável à cassação do mandato dele, que aguarda a apreciação dos juízes do TRE estadual.

Ao depor, em dezembro do ano passado, ao TRE-PR, sobre o processo, o senador afirmou estar “profundamente ofendido” com ações movidas pelo PL e pelo PT. Moro disse então: “Me sinto violado quando as partes alegam que meus gastos com segurança deveriam ser considerados para cassação do meu mandato. Fui juiz da Lava Jato que veio concorrer em uma eleição altamente polarizada.”

Em seguida, o magistrado citou os planos do Primeiro Comando da Capital de sequestrá-lo (PCC) investigados pela Polícia Federal. “Coloquei como condição necessária que houvesse segurança. Não sabíamos que havia risco de sofrermos atentados como existe hoje.”

Entenda a composição do TRE-PR

O TRE-PR é composto por sete juízes que são empossados para um mandato de dois anos na Corte por meio de categorias distintas de seleção.

O plenário é formado por dois juízes de primeiro grau eleitos por votação do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR); dois desembargadores escolhidos pelo TJ-PR; um desembargador federal, indicado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4); e dois advogados de “notório saber jurídico” escolhidos pelo presidente da República a partir de uma lista de indicados pelo TJ-PR e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Cada uma dessas categorias possui substitutos, que assumem ações para as quais os juízes efetivos sejam impedidos de julgar ou se declarem suspeitos.

Julgamento será ‘transparente’, diz presidente da Corte.

O TRE-PR tem sete juízes, mas o presidente só vota em casos de empate. Assim, no julgamento de Moro, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, que tomou posse na presidência do Tribunal em fevereiro, só votará em caso de empate.

Ao Estadão, o desembargador negou que a projeção nacional do senador possa influenciar o juízo da Corte e prometeu uma avaliação “transparente” do mérito debatido. “Não está em discussão nesse processo o Sérgio Moro ou a Lava Jato. O que está em julgamento é uma acusação de abuso de poder econômico. Isso que vamos julgar”, disse. “Será um processo transparente e como exige a Constituição Federal.”

Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator

O relator da ação é o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza. Ele não é membro efetivo da Corte eleitoral. O processo da cassação de Moro havia sido sorteado para o desembargador Fernando Wolff Bodziak, vice-presidente do colegiado no biênio passado. Ele se declarou suspeito e o caso foi para as mãos de seu substituto, o desembargador Dartagnan Serpa Sá. Ele, por sua vez, não seguiu no cargo, e Falavinha Souza, que sucedeu a Dartagnan, está com o processo desde julho de 2023.

O desembargador é descrito por interlocutores do TRE-PR como “caneta pesada”, ou seja, um juiz de votos contundentes. Espera-se um voto extenso e incisivo, com destaque para um parecer, pago por Sérgio Moro, ao seu suplente na chapa ao Senado, Luis Felipe Cunha.

O relatório de Cunha é utilizado pela defesa do ex-juiz para avalizar o gasto no período de pré-campanha, mas o valor elevado pago para a elaboração do documento, de R$ 1 milhão, foi alvo de perguntas do relator durante o depoimento de Moro ao Tribunal. “Há de convir comigo que pareceres a R$ 1 milhão é um valor alto. Acredito que ex-ministros do Supremo, grandes operadores (do direito), cobrem isso”, disse Falavinha Souza na ocasião.

Anderson Ricardo Fogaça

Anderson Ricardo Fogaça ocupa uma das vagas destinadas a juízes estaduais de primeiro grau. Antes de assumir o mandato efetivo no TRE-PR, em julho de 2023, já havia sido substituto da Corte em 2015. Ele já atuou na Justiça Eleitoral, nas comarcas dos municípios de Quedas do Iguaçu, Laranjeiras do Sul e Piraquara. Apesar do perfil considerado “discreto”, pessoas com acesso à Corte afirmam que ele pode, assim como Falavinha Souza, ser duro no voto.

Guilherme Frederico Hernandes Denz

O magistrado Guilherme Frederico Hernandes Denz também ocupa uma das vagas destinadas aos juízes de Direito. Iniciou seu mandato na Corte eleitoral em julho de 2023. A projeção do voto de Denz é descrita como “incógnita”, com tendência a seguir de forma proporcional as evidências apresentadas nos autos da ação.

Claudia Cristina Cristofani

A desembargadora federal Claudia Cristina Cristofani é a atual decana do TRE-PR, ou seja, a integrante mais antiga do Tribunal – assumiu o posto em 2022. Ocupa a vaga reservada à indicação do TRF-4, que julgou casos da Lava Jato em segunda instância. Pessoas com interlocução no Tribunal dizem que, como desembargadora federal, o voto dela deverá seguir uma orientação mais garantista. Além disso, não se exclui a possibilidade de a magistrada pedir vista do caso.

Julio Jacob Junior

Julio Jacob Junior ocupa uma das duas vagas no TRE-PR destinadas a advogados. Foi nomeado por Lula em maio de 2023. O advogado é próximo do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), do qual foi assessor jurídico. Hoje deputado federal, Beto Richa foi alvo da Lava Jato, assim como aliados dele. Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do ex-governador tucano, teve um mandado de prisão determinado por Moro na operação. A proximidade entre o advogado e Richa leva interlocutores do TRE-PR a projetarem um voto de Jacob Junior pela cassação do ex-juiz.

José Rodrigo Sade

O advogado José Rodrigo Sade é o mais novo juiz-membro do TRE-PR. Ele integra uma das vagas destinada à classe dos advogados, cujo processo de escolha passa pelo crivo do presidente. A indicação foi oficializada em fevereiro deste ano para a vaga que estava aberta com a aposentadoria do advogado Thiago Paiva dos Santos, que deixou a função em janeiro.

Nas eleições de 2022, Sade integrou o TRE-PR como substituto e, nessa oportunidade, chegou a se declarar suspeito para o juízo de uma ação que envolvia Deltan Dallagnol, seu ex-cliente.

Palavra final será do TSE

O período de pré-campanha eleitoral tem lacunas jurídicas. Não há delimitação legal quanto ao momento exato em que se inicia essa fase das eleições, muito menos um limite para os gastos no período. O julgamento de Moro no TRE-PR pode estabelecer precedentes sobre esses pontos.

Seja qual for o parecer do tribunal regional, é esperado que a parte perdedora recorra e o caso seja decidido pelo TSE. Assim, além de uma decisão sobre o destino de Moro, caberia à Corte definir como será a eventual eleição suplementar para o Senado no Paraná.

Fonte: Estadão Conteúdo

Inaugurações, projetos e alianças: Lula sai Brasil afora de olho nas eleições


Raquel Lyra, governadora de Pernambuco. (Foto: Reprodução)

 A seis meses das eleições municipais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está intensificando suas atividades em redutos de aliados políticos estratégicos. Com uma agenda que inclui visitas aos estados do Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco, Lula busca fortalecer suas alianças e posicionar o Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições.

No Rio de Janeiro, sua primeira parada, agendada para a terça-feira (2) visa apoiar o PT na tentativa de assegurar o cargo de vice na chapa de reeleição do prefeito Eduardo Paes, que pertence ao PSD. Além disso, o presidente estará presente na filiação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao PT.

Em seguida, Lula segue para Pernambuco, estado com forte representatividade política no contexto nacional. Na quinta-feira (4), o atual chefe de Estado brasileiro terá uma agenda voltada para o interior do estado, onde participará da inauguração de projetos de infraestrutura importantes, como a Unidade Elevatória da Adutora do Agreste.

Acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Regional e pela governadora Raquel Lyra, Lula reforça sua presença em eventos que ressaltam a importância do desenvolvimento regional.

No mesmo dia, o presidente estará presente na inauguração de uma nova fábrica de medicamentos da Hemobrás em Goiana, município pernambucano.

A agenda de Lula encerra-se na sexta-feira (5), em Igatu, no Ceará, onde acompanhará o governador Elmano de Freitas em uma visita às obras da Ferrovia Transnordestina. Nessa ocasião, o mandatário estará ao lado de pré-candidatos do PT à prefeitura de Fortaleza, ainda em processo de definição.

Fonte: DCM

Alckmin é diagnosticado com Covid-19 pela segunda vez

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), diagnosticado com Covid-19. Reprodução

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), testou positivo para Covid-19 no domingo (31/3). Devido a isso, ele decidiu cancelar seus compromissos agendados para segunda-feira (1º/4).

Alckmin está apresentando sintomas leves e encontra-se em bom estado de saúde. Ele permanecerá na residência oficial da Vice-Presidência, o Palácio do Jaburu, em Brasília, para se recuperar da doença.

Esta é a segunda vez que Alckmin contrai a Covid. A primeira vez ocorreu em maio de 2022, quando ele precisou cancelar compromissos durante a pré-campanha da chapa com o então pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fonte: DCM

Justiça mantém prisão preventiva de ex-bombeiro Suel, acusado no caso Marielle

 Maxwell Simões Corrêa monitorou a rotina da vereadora e ajudou no desmanche do carro usado no crime

O juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, manteve a prisão preventiva do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio neste domingo (31). Segundo as investigações, Suel participou do plano do assassinato e monitorou a rotina da vereadora Marielle Franco, além de ter ajudado os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, atirador e motorista respectivamente, no desmanche do carro usado na emboscada em março de 2018. O ex-sargento do Corpo de Bombeiros teve a prisão preventiva decretada em julho do ano passado por homicídio qualificado e receptação. 


Suel foi detido durante a operação que se desdobrou de uma colaboração premiada realizada por Élcio de Queiroz. Em sua casa, foram apreendidas armas supostamente legalizadas, celulares e outros bens. Élcio segue preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa, ambos denunciados pelo GAECO/MPRJ como executores. 


Na delação, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. Maxwell teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do veículo Cobalt, usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o posterior desmanche do carro. O ex-militar já havia sido condenado por atrapalhar as investigações, mas cumpria pena em regime aberto.


Segundo Queiroz, Suel também participou de uma tentativa frustrada de homicídio da parlamentar no final de 2017, no Estácio, região central do Rio. A delação apontou que o ex-bombeiro dirigia o Cobalt Prata enquanto Lessa estava armado no banco do carona com uma submetralhadora MP5. O crime só não teria acontecido por um problema mecânico no carro em que estavam. De acordo com Queiroz, Lessa ficou chateado com Suel porque achou que o homem hesitou.


Mandantes do crime

Os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, foram presos acusados de serem os mandantes do crime na operação Murder Inc no último dia 24. Já Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, assumiu a função um dia antes do assassinato de Marielle, e foi preso acusado de tentar obstruir as investigações do assassinato da vereadora e Anderson.


Uma das principais linhas de investigação sobre o caso está relacionada a uma disputa por terrenos na Zona Oeste. Em depoimento, Lessa teria informado que Marielle virou alvo depois de defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Dia.

Sob investigação da PF, Bolsonaro evita comentários no dia da ditadura militar


Apesar das evidências históricas dos abusos e crimes cometidos durante a ditadura, Bolsonaro tem uma longa história de apoio ao regime

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

 

No 60º aniversário do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (PL), conhecido por sua postura nostálgica em relação ao regime militar, optou por não se manifestar. Durante seu mandato presidencial, Bolsonaro frequentemente exaltou o golpe e o regime que se seguiu, mas permaneceu até a manhã desta segunda-feira (1). 

Atualmente, Bolsonaro é objeto de uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF), sob autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), focada na sua participação em uma tentativa de golpe de Estado. Em contraste com a postura de Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu não comentar o aniversário do golpe, enquanto membros de seu governo expressaram posicionamentos. Paulo Pimenta, chefe da Secretaria de Comunicação, destacou a importância da defesa da democracia, mencionando que a esperança venceu o ódio.

O golpe de Estado, iniciado em 31 de março de 1964 e concretizado com a deposição do presidente João Goulart em 2 de abril, marcou o início de mais de duas décadas de ditadura militar no Brasil. Este período foi marcado por autoritarismo, censura, perseguições, exílios, tortura e assassinatos.

Apesar das evidências históricas dos abusos e crimes cometidos durante a ditadura, Bolsonaro tem uma longa história de apoio ao regime. Desde sua época como deputado federal, ele fez declarações controversas, chegando a afirmar em 1999 que a ditadura "matou pouco". Em 2016, durante o golpe contra Dilma Rousseff, Bolsonaro dedicou seu voto ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido torturador durante o regime militar e apontado como o "pavor de Dilma Rousseff".

A investigação da PF se aprofunda nas ações de Bolsonaro em torno das eleições presidenciais de 2022, examinando a tentativa de golpe de Estado com o objetivo de manter Bolsonaro no poder. Em 8 de fevereiro, a PF realizou operações para investigar os envolvidos nas tentativas de subverter o Estado Democrático de Direito. 

Fonte: Brasil 247