domingo, 31 de março de 2024

“Bolsonaro satanista” explode na web após as críticas da direita ao post do MTST

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

O termo “Bolsonaro satanista” ganhou destaque no X, antigo Twitter, após as críticas da extrema direita a uma postagem do MTST que associa os bolsonaristas aos assassinos de Cristo.O próprio Jair Bolsonaro tentou ligar a publicação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desde sábado (30), internautas da rede social têm resgatado vídeos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) onde o político realiza declarações controversas à luz dos chamados valores cristãos.

Além disso, imagens de apoiadores do ex-capitão praticando intolerância religiosa também têm sido divulgadas.

Em um dos materiais compartilhados, uma bolsonarista chega a invadir uma igreja católica. Alterada, a mulher grita no meio da igreja. O motivo para sua fúria, segundo internautas, era o de que “o padre seria petista”.

Confira outros posts:


Fonte: DCM

VÍDEO – Bolsonaro ataca nordestinos em evento em SC: “Fica pra lá, pô!”

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro em evento em Balneário Camboriú, SC. (Foto: Reprodução)

Em vídeo que viralizou nas redes sociais neste domingo (31), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou novos ataques aos residentes da região Nordeste do Brasil.

No material em questão, Bolsonaro diz: “Você pode ver, porque que tem uma migração aqui do Nordeste pra cá? E não daqui pra lá? Os caras vêm aqui pra votar na esquerda? Fica lá, pô!”.

As declarações teriam sido realizadas no fim da tarde de sábado (30), em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Na ocasião, o ex-capitão participava de um evento político que reuniu um grupo de apoiadores bolsonaristas.

Confira o momento:

Fonte: DCM

Historiador explica por que militares não apoiaram o golpe de Bolsonaro: “Medo”

 

O historiador Carlos Fico. (Foto: Reprodução)

O historiador Carlos Fico, em entrevista ao Globo, afirmou que os militares das Forças Armadas brasileiras, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “ficaram sem ter como promover um golpe” e que o “medo de que não houvesse apoio popular” os impediu de tentar uma reação contra o resultado das urnas. Confira trechos:

O senhor fala bastante do problema que é o artigo 142. Como acabar com isso?

É muito difícil, porque vem desde a Proclamação da República. Tivemos mais de uma dezena de tentativas de golpe e isso precisa ser enfrentado com um gesto muito forte: dar nova redação ao artigo 142. Esse artigo está presente com outros números em todas as Constituições republicanas, e a atribuição aos militares da garantia dos poderes constitucionais é excessiva e indevida. É a única coisa que poderia ser feita. Quem faz a crítica de que só isso não impediria os militares de tentarem golpe não entende a cabeça dos militares. Eles sempre interpretaram essa atribuição da garantia dos poderes como uma licença para tutelar a sociedade.

A ideia de “poder moderador” é a base disso?

Na Constituição de 1891, aconteceu uma coisa terrível que foi essa redação do artigo 14, que seria o atual 142. Os militares conseguiram colocar essa atribuição excessiva em substituição ao que havia na Constituição do Império. Durante o Império, o imperador tinha o chamado poder moderador, que zelava, cuidava dos demais poderes. Quando a Constituição diz que as Forças têm a atribuição de manter os poderes constitucionais, os militares passam a interpretar equivocadamente como substituição do poder moderador. Temos que mudar o texto via PEC.

Por que as Forças não executaram o plano de golpe do bolsonarismo?

Provavelmente pela percepção, o medo dos generais de que não havia apoio popular e de que haveria consequências nas relações exteriores, no comércio internacional, e sobretudo de que haveria alguma reação popular. Embora Bolsonaro contasse com simpatizantes radicalizados, existiam e ainda existem setores do eleitorado contrários a isso. Esses militares que não apoiaram o golpe de Bolsonaro, embora provavelmente tivessem simpatia pelo bolsonarismo, ficaram sem ter como promover um golpe. Em 1964, a campanha de desestabilização de João Goulart foi tão intensa que havia a suposição de que seria possível enfrentar qualquer resistência. Acabou que não houve resistência alguma.

O ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

O escrutínio pelo qual passam os militares, com a investigação sobre a tentativa de golpe, é inédito?

Em relação a crimes comuns, o Superior Tribunal Militar costuma punir oficiais que não são generais. Coisa muito distinta é quando envolve generais, e outra distinção é quando envolve tentativa de golpe. Temos uma tradição brasileira que é a busca pela anistia. Agora vemos um movimento nesse sentido, mas parece que pela primeira vez esses militares serão punidos. E, se houver punição com sentença transitada em julgado pelo STF, vai ter algo ainda mais inédito: o julgamento moral pelo STM da declaração de indignidade para o oficialato desses generais. Se forem condenados, eles perdem as patentes, as condecorações, que é o revés mais grave que um militar pode ter.

Fonte: DCM

Chiquinho Brazão perdeu votos em seu reduto na eleição disputada contra Marielle

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) — Foto: reprodução

O deputado federal Chiquinho Brazão, apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, viu seu capital político diminuir na eleição anterior ao crime contra a candidata do Psol, conforme informações do G1.

Mesmo em seu reduto eleitoral na Zona Oeste do Rio, área de forte influência da família Brazão, conforme relatório da PF, observou-se uma diminuição no número de eleitores em todas as zonas eleitorais da região, comparando-se os pleitos de 2012 e 2016.

Em 2012, Chiquinho obteve mais de 35 mil votos, o que o colocou como o sexto vereador mais votado. Entretanto, em 2016, seu total de votos diminuiu para 23.923. Enquanto isso, Marielle Franco alcançou a quinta posição entre os vereadores mais votados do Rio, com 46.502 votos.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na Zona Eleitoral 9, que abrange a região das Vargens, Chiquinho Brazão teve uma redução de votos de 1.796 em 2012 para 977 na eleição seguinte. Na Freguesia (Zona Eleitoral 13), a queda foi de quase metade, passando de 2.627 para 1.351 eleitores.

A maior queda absoluta no número de eleitores de Chiquinho ocorreu na Zona Eleitoral 180, que abrange os moradores da Taquara e do Tanque, onde o político passou de 8.188 votos em 2012 para 4.696. Nos sub-bairros Vila Valqueire e Praça Seca, atendidos pela Zona Eleitoral 185, a queda foi de 2.168 eleitores para 863.

Na eleição de 2016, Marielle Franco venceu Chiquinho Brazão em parte de seu próprio reduto eleitoral, obtendo maior votação nos bairros Vargem Grande, Vargem Pequena, Curicica, Freguesia e Vila Valqueire. Por exemplo, na Zona Eleitoral 9, Marielle recebeu 1.333 votos, contra 977 de Brazão.

Ao vivo: Câmara faz homenagem a Marielle FrancoMarielle Franco. Foto: reprodução

Na Zona Eleitoral 119, que engloba os bairros Curicica e Freguesia, Marielle somou 949 votos, 501 votos a mais que seu adversário.

Vale destacar que até 2021, grande parte dessa região analisada era dominada por grupos de milicianos e, segundo a PF, a área é reduto político da família Brazão.

“A interação da família Brazão com grupos paramilitares é intensa e se destaca na Zona Oeste do Rio de Janeiro, notadamente nos bairros de Jacarepaguá, Tanque, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Osvaldo Cruz e arredores”, dizia um trecho do relatório final da PF sobre a morte de Marielle Franco.

“As interações da família Brazão com tais grupos ressaem na comunidade de Rio das Pedras, berço da milícia no Rio de Janeiro, e se alastram para outras localidades situadas na região de Jacarepaguá, Zona Oeste (…)”, dizia outro trecho do documento.

Ainda de acordo com o relatório, apenas os políticos autorizados pelos milicianos podem fazer campanha nas comunidades dominadas.

“A entrada de políticos em localidades comandadas pelos grupos paramilitares é controlada pelos seus líderes, uma vez que somente aqueles que promovem uma interação espúria com os milicianos podem auferir os louros eleitorais advindos daquele local”, avaliou a PF.

Fonte: DCM com informações do G1

Saiba quem é o último ministro fiel a Bolsonaro no STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lado do “terrivelmente evangélico” André Mendonça, seu indicado ao STF. Divulgação

O último apoio claro ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informações da Veja, é identificado em André Mendonça, ex-ministro da Justiça.

Ao longo dos quatro anos de governo, as relações entre o ex-mandatário e o Supremo estremeceram, deixando poucas pontes de comunicação. Embora tenha indicado dois juízes para o STF, apenas Mendonça é considerado alinhado a Bolsonaro em meio às acusações que enfrenta.

Kássio Nunes Marques, nomeado por Bolsonaro em 2020, é visto como mais pragmático e distante do bolsonarismo. A sua proximidade com Gilmar Mendes e, mais recentemente, com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também sinalizam seu distanciamento com o inelegível.

Fonte: DCM

Silêncio do governo sobre 1964 desagrada mais a bolsonaristas do que a petistas


“Patriotas” bolsonaristas pedindo por um novo AI-5. Foto: Sérgio Lima/AFP

 Um dados chamou a atenção na pesquisa Datafolha que demonstra que 59% dos eleitores aprovam o aceno de Lula às Forças Armadas ao vetar que membros do governo promovessem ou participassem de atos que relembrassem o 60º aniversário do golpe de 1964.

Enquanto 41% dos eleitores de Lula aprovaram a sua decisão, 49% do eleitorado de Jair Bolsonaro, defensor do regime ditatorial imposto pelos militares entendem que Lula agiu mal ao decidir pelo silêncio em relação à data.

A pesquisa do Datafolha ouviu 2002 eleitores e foi realizada nos dias 19 e 20 de março em 147 cidades, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Júri de bolsonarista que matou petista em festa é marcado para 4/4


Marcelo Arruda e Jorge Guaranho. Foto: reprodução

 A Justiça do Paraná agendou para a próxima quarta-feira (4) o julgamento popular do policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu (PR), em julho de 2022.

O julgamento ocorrerá em Foz do Iguaçu e foi anunciado por Daniel Godoy, advogado da família de Arruda e assistente de acusação, por meio de uma postagem nas redes sociais neste sábado (30). Em um vídeo, ele destacou a importância do desfecho do caso para a sociedade brasileira.

O confronto ocorreu durante o aniversário de Arruda, que era simpatizante do presidente Lula e estava homenageando o PT em sua festa. Marcelo Arruda trocou tiros com Jorge Guaranho, conhecido por ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Não podemos admitir a existência de crimes de ódio praticados com violência política e que tem como pano de fundo o desrespeito à pessoa humana e a sua dignidade. Todos têm o direito de pensar, de viver e de existir de acordo com suas crenças, desejos e forma de ser”, afirmou Daniel Godoy.

Marcelo Arruda, que completava 50 anos, foi morto enquanto celebrava seu aniversário com amigos em Foz do Iguaçu, deixando esposa e quatro filhos.

Confira:

Fonte: DCM

Após anos de parceria, Moro e Dallagnol estão com as relações estremecidas

 

O senador Sergio Moro (União-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol — Foto: reprodução

O senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União-PR) enfrenta a expectativa de seu julgamento, que pode cassar seu mandato, sem o apoio de um de seus principais aliados, o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo), que foi cassado em maio de 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.

Ambos atuaram em parceria na Operação Lava-Jato e ingressaram na vida eleitoral em 2022. Contudo, a relação entreeles começou a se deteriorar após a cassação de Dallagnol. O ex-procurador foi considerado inelegível pela Justiça Eleitoral, o que desagradou seus aliados, que esperavam mais apoio de Moro.

Embora o senador tenha defendido Deltan em declarações públicas, sua ausência em eventos de apoio ao ex-deputado em Curitiba, onde ambos têm forte base eleitoral, gerou atritos. Moro também acolheu parte da equipe de assessores de Deltan em seu gabinete e no de sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), mas isso não foi considerado suficiente pelos apoiadores do ex-procurador.

Após deixar o mandato, Deltan adotou uma postura mais crítica em relação ao governo federal, enquanto Moro tornou-se mais comedido em suas declarações. O ponto de tensão entre eles ocorreu quando o ex-ministro da Justiça Flávio Dino foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações do Globo. Durante a visita de Dino ao Senado em busca de apoio à sua indicação, Deltan pressionou os parlamentares a votarem contra a escolha do ex-ministro de Lula.

Fonte: DCM

Caminhos da Reportagem trata dos 60 anos do golpe militar no Brasil

 

Programa vai ao ar neste domingo, às 22h, na TV Brasil

 

(Foto: Evandro Teixeira)

Agência Brasil - O Caminhos da Reportagem que vai ao ar neste domingo (31) trata dos desdobramentos, ainda hoje presentes, do golpe militar no Brasil, que há 60 anos colocou fim ao governo de João Goulart. Uma após a outra, tropas do exército aderiram à sublevação iniciada em Juiz de Fora, na madrugada daquele 31 de março de 1964.

O movimento teve apoio de setores conservadores da política e da sociedade, de empresários, da Igreja Católica e das Forças Armadas. Castello Branco assumiu a presidência em 15 de abril, tornando-se o primeiro dos cinco presidentes-generais.

A ditadura civil-militar iniciada ali durou 21 anos. A atriz Dulce Muniz lembra bem daquele dia. Ela ouviu o anúncio pelo rádio: “Veio uma voz… a partir deste instante, a Rádio Nacional passa a fazer parte da cadeia da legalidade. Pronto. Estava dado o golpe. Eu tinha 16 anos.”

José Genoino saiu da pequena Encantado, um distrito de Quixeramobim, no Ceará, para estudar em Fortaleza. Em 1968, quando é decretado o AI-5, ele fazia parte do movimento estudantil. Genoino entra para a clandestinidade, vai parar em São Paulo e, depois, para a região do Araguaia.

“A minha geração só tinha três alternativas: ou ia para fora do país, ou ia para casa e podia ser presa e morta, ou então ia para a clandestinidade”. Ele é um dos poucos sobreviventes da Guerrilha organizada na região que hoje faz parte do norte do Tocantins.

Até hoje, são raros os espaços de memória que contam a história dos anos de repressão. O principal deles é o Memorial da Resistência, criado no prédio que abrigava o temido Departamento de Ordem Política e Social, o Deops, em São Paulo.

Para a diretora técnica do Memorial, Ana Pato, “a criação de centros culturais de memória dedicados à memória dessa violência do Estado são fundamentais para que as gerações seguintes não só aprendam isso, mas que a própria sociedade consiga elaborar o trauma.”

No Rio Grande do Sul, o projeto Marcas da Memória tenta demarcar, identificar e explicar a história de importantes espaços repressivos em Porto Alegre. Dos 39 aparatos da ditadura conhecidos no estado, apenas nove ganharam placas. Algumas delas já estão apagadas.

Segundo Jair Krischke, coordenador do Movimento de Direitos Humanos, e um dos idealizadores do projeto, não há interesse por parte do poder público em iniciativas como esta: “Nós, como organização privada, estamos fazendo aquilo que o Estado deveria fazer. Como não faz, nós fizemos, provocamos.” O desejo de Krischke, e de todos que trabalham e lutam para que as marcas da ditadura não sejam esquecidas, é transformar esses espaços pelo Brasil em museus e memoriais.

Uma das grandes referências no tema é o Museu da Memória e Direitos Humanos de Santiago, no Chile. Para María Fernanda García, diretora do museu, “é muito importante se dizer que aqui houve atropelos do Estado. É preciso lhes dar a visibilidade e a dignidade às vítimas, o que não lhes foi dado durante aquele período, e também depois, durante muitos anos”.

Não prestar contas com o passado faz com que a democracia brasileira se torne frágil e que a violência do Estado ainda seja recorrente. “A questão da impunidade é altamente contagiosa. A violência que constatamos ainda hoje é fruto disso, da impunidade. A tortura ainda é usada pelas polícias e nos presídios. É uma herança que nós não conseguimos nos livrar”, afirma Jair Krischke.

Violência policial que em 2015 matou o filho de Zilda de Paula. Ele é um dos 17 mortos na chacina de Osasco e Barueri, cometida por policiais militares encapuzados. Até hoje, Zilda busca justiça. “Perdi meu filho único, Fernando Luiz de Paula. Nunca pensei que eu ia passar por isso, nunca pensei.”

Na faixa que ela tem em casa, com os rostos de outros mortos da chacina, lê-se a frase: “Sem justiça não haverá paz”. Dona Zilda conclui: “Não vai ter justiça e nem paz. Não tem justiça, porque esse caso para a justiça já foi encerrado.”

O programa Caminhos da Reportagem – 1964: Memórias que Resistem vai ao ar neste domingo, às 22h, na TV Brasil.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

TV exibe série de filmes que têm como tema a ditadura

 “Canal Brasil” exibe longas, curtas e documentários durante três dias, a partir de segunda-feira

(Foto: Reprodução)

Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual - Nos 60 anos do golpe, que se completam segunda-feira (1º), o Canal Brasil preparou extensa programação com filmes, entre longas, curtas e documentários, que têm a ditadura como tema. A programação (veja abaixo) começa na própria segunda, logo às 7h, com o clássico documentário Jango, de Silvio Tendler, lançado em 1984, o ano das Diretas Já, ainda antes do fim formal do ciclo autoritário.

A mostra Ditadura nunca mais traz ainda outros filmes bastante conhecidos, como Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho. As filmagens foram interrompidas justamente por causa do golpe de 1964 e retomadas apenas décadas depois. Tem também Lamarca, de 1994, com Paulo Betti no papel principal, sobre o capitão que foi para a guerrilha e morreu no s ertão da Bahia em 1971.

Tortura na tela - Um filme que causou alvoroço em seu lançamento foi Pra Frente Brasil, dirigido por Roberto Farias, com Reginaldo Faria e Antônio Fagundes no elenco. A história de um cidadão preso por engano chocou pelas cenas explícitas de tortura. O ano era 1982, ainda na ditadura, e o presidente da Embrafilme era Celso Amorim, que foi demitido.

O inédito curta Meio-dia, de Helena Solberg, conta a história de jovens que se rebelam contra o professor. Outro curta, Trago Notícias de Fernando, de Jáder Barreto Lima, reconstitui a trajetória do dominicano Fernando de Brito. Nesse sentido, Batismo de Sangue (2007), dirigido por Helvécio Ratto, conta a história do envolvimento dos dominicanos com Carlos Marighella. O longa se baseia em livro homônimo de Frei Betto.

Marighella e os Estados Unidos - O militante Marighella é tema de um documentário, mas o filme dirigido por Wagner Moura não está na lista. É uma ausência sentida, assim como obras como O ano em que meus pais saíram de férias (Cao Hamburger, 2006) e Cara ou Coroa (Ugo Giorgetti, 2012).

Mais recente, O dia que durou 21 anos (2013), de Camilo Tavares, mostra as origens do golpe e o envolvimento explícito dos Estados Unidos. Também baseado em livro (de Fernando Gabeira), O que é isso, companheiro? (direção de Bruno Barreto) narra o sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick, em 1969.

Confira a programação.

1º de abril

7h – Jango

9h05 – Democracia em Preto e Branco

10h35 – Lamarca

12h45 – Cadê Heleny?

13h45 – Diário de Aquário

15h45 – Ana. Sem Título

17h35 – Que Bom te Ver Viva

19h15 – Cadê Heleny?

19h45 – Torre das Donzelas

21h25 – Fico Te Devendo Uma Carta Sobre O Brasil

22h55 – A Entrevista

23h15 – Meio-Dia (inédito)

23h30 – O Pastor e o Guerrilheiro

01h30 – Pra Frente Brasil

3h25 – O Desafio

5h05 – Marighella (doc)

6h45 – Cadê Heleny?

Dia 2/04

7h20 – Giocondo Dias – Ilustre Clandestino

8h55 – Canções do Exílio

12h05 – Diário de Aquário

12h40 – A Entrevista

13h – Meio-Dia

13h45 – Memória Sufocada

15h05 – O Dia que Durou 21 Anos

16h20 – O Grande Irmão – O dia que durou 21 anos II

17h50 – Setenta

19h30 – O Que É Isso, Companheiro?

21h25 – Ação Entre Amigos

22h40 – Trago Notícias de Fernando (inédito)

22h55 – Batismo de Sangue

0h50 – Lamarca

3h – O Pastor e o Guerrilheiro

5h – Que Bom te Ver Viva

6h40 – Tá Rindo de Quê? – Humor e Ditadura

Dia 3/4

8h05 – A Entrevista

8h30 – Marighella (doc)

10h10 – Libelu – Abaixo a Ditadura

11h45 – Memórias do Grupo Opinião

13h45 – Meio-Dia

14h – Cabra Marcado para Morrer

16h – Jango

17h55 – Dossiê Jango

19h40 – Memória Sufocada

21h – Codinome Clemente (inédito)

22h45 – Sonhos e Desejos

0h20 – Tatuagem

2h15 – Ação Entre Amigos

3h30 – Cabra Marcado para Morrer

5h35 – Utopia Distopia

Fonte: Brasil 247