sábado, 30 de março de 2024

Chefe da AGU cita Bíblia contra populismo penal de Tarcísio e Zema: ‘Não matarás’


O advogado-geral da União, Jorge Messias. Foto: Renato Menezes/AGU

 Jorge Messias, o advogado-geral da União, citou um trecho da Bíblia para criticar a política penal dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Evangélico, ele citou o mandamento bíblico “não matarás” para criticar os políticos bolsonaristas.

“Populismo penal, à semelhança do que se observou em tempos bíblicos, mata inocentes, mas não reduz a criminalidade. A violência deve ser combatida por uma política de segurança eficiente, com uma polícia equipada, organizada e valorizada”, escreve no X (ex-Twitter).

Ele compartilhou um editorial do jornal Estadão sobre o tema, que criticou governadores por proposta de aumento do tempo de prisão de criminosos. Em seu post, Messias cita o capítulo 23 do livro de Lucas, na Bíblia.

“É preciso também ter capacidade para construir políticas públicas que levem ao povo Esperança na forma de emprego, habitação, saúde e educação. Saúdo o Programa Pé-de-meia, lançado nessa nesta semana pelo presidente Lula. Vamos lembrar que a insegurança pública é irmã da insegurança alimentar. Vamos virar esse jogo unindo, e não dividindo nosso povo. Paz e Bem!”, completa.

A publicação foi feita após uma comitiva de governadores do Sudeste e do Sul ir a Brasília para pedir medidas de endurecimento do combate à criminalidade. Além de Zema, Tarcísio e Leite, conversaram com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Rio, Cláudio Castro (PL).

Entre as medidas solicitadas estão a criação de critérios para um juiz poder soltar um suspeito em audiência de custódia, permissão para que policiais realizem prisões em flagrante com base em “elementos subjetivos” e tornar homicídios cometidos por facções criminosas como qualificados, aumentando o tempo de prisão.

Fonte: DCM

Moraes nega cafeteira, ventilador e mais para militares golpistas presos


O ministro Alexandre de Moraes. Foto: Abdias Pinheiro/TSE

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vetou itens solicitados pelos coronéis Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e Bernardo Corrêa Netto, presos na Operação Tempus Veritati. Sob custódia do Exército, eles pediram itens que não são fornecidos pelo comando do batalhão.

O ex-assessor de Bolsonaro pediu autorização para que familiares levassem torradeira, chaleira e ventilador a ele. Moraes negou as solicitações e alegou “absoluta ausência de previsão legal” para a entrega do material.

Corrêa Netto, por sua vez, tinha uma lista mais ampla, que contava com itens como cafeteira, rádio-relógio, cabides e jogos como palavras cruzadas e sudoku. Os itens também foram vetados pelo magistrado.

Moraes autorizou, no entanto, a entrega de uma Bíblia (sem capa dura, zíper ou qualquer tipo de anotação), canetas azuis, meias, lençóis e itens de limpeza e higiene pessoal. Para essa lista, o ministro alegou que os objetos atendem “ao princípio da dignidade da pessoa humana”.

Os coronéis Marcelo Câmara e Bernardo Corrêa Netto. Foto: Reprodução

Câmara, além da investigação sobre trama golpista, é alvo dos inquéritos que apuram o caso de espionagem ilegal de autoridades da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a venda de joias recebidas de presente pelo ex-presidente. Ele continua preso.

Militar da ativa, Corrêa Netto passou a ser investigado após serem encontradas mensagens suas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas e a divulgação de notícias ofensivas a militares. O coronel foi solto neste mês.

Fonte: DCM

Líder da oposição na Venezuela agradece a Lula por críticas à exclusão de candidata

 Mandatário brasileiro afirmou que a exclusão de Corina Yoris como candidata à presidência do país é grave

María Corina Machado, a líder da oposição na Venezuela, agradeceu na sexta-feira (29) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ele ter se manifestado contra a ineligibilidade de Corina Yoris, uma aliada que María Corina indicou para concorrer às eleições presidenciais marcadas para este ano no país.

Em uma publicação na rede social X (o antigo Twitter), ela agradeceu não só a Lula, mas também aos presidente Emmanuel Macron (França) e Gustavo Petro (Colômbia) “por suas posições nas últimas horas em que afiram que a nossa luta é justa e democrática. Enquanto vemos como a preocupação internacional aumenta, faço um chamado para que os líderes democráticos do mundo se unam aos esforços dos presidentes e governos em exigir que o regime de Nicolás Maduro permita a inscrição de Corina Yoris como candidata nas próximas eleições presidenciais.

Ela afirmou que ficou claro que “não há razões políticas nem jurídicas que impedem que Corina Yoris possa ser candidata”. María Corina também disse que a ineligibilidade de Corina Yoris e também a própria impossibilidade de se candiatar são contrárias a eleições livres e justas.

Entenda as eleições na Venezuela

A Venezuela promove eleições no dia 28 de julho sob desconfiança da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não assegure votações livres e democráticas — o que contraria um compromisso formal assinado em outubro de 2023.

Maduro concorre ao terceiro mandato consecutivo — o primeiro foi em 2012. A coalizão Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição, disse que não conseguiu registrar a candidatura de Corina Yoris.

Em outubro, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, segundo o qual haveria eleições democráticas na Venezuela.

O governo do Brasil manifestou seu apoio a ela ao afirmar que não havia motivos para barrar a candidatura de Yoris. O regime de Maduro reagiu dizendo que a nota brasileira parecia ter sido “ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

Além do Brasil, ao menos 11 países manifestaram preocupação com as eleições (Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai).

O atual regime político na Venezuela foi pressionado por diversos países a organizar eleições limpas. Os Estados Unidos retiraram sanções econômicas e voltaram a comprar petróleo da Venezuela, a Noruega mediou as negociações entre os membros do atual governo e a oposição, e representantes diplomáticos do Brasil também ajudaram nas discussões.

Depois de muita negociação, governo e oposição venezuelanos assinaram em outubro o Acordo de Barbados, que determinava que haveria eleições democráticas no país.

O acordo previa que todos os candidatos teriam condições de competir e garantias eleitorais.

Segundo observadores internacionais, a Venezuela não organiza eleições realmente competitivas há anos. O país com frequência inabilita candidatos da oposição, usa dinheiro do Estado nas campanhas e não permite um acesso igualitário aos canais de comunicação.

Com a proximidade das eleições, o regime chavista tem dado indícios de que pode não cumprir o acordo.

A primeira mostra disso foi a inabilitação da candidata María Corina Machado.

Quando a oposição resolveu participar das eleições, decidiu fazer prévias para lançar um único nome contra Nicolás Maduro.

María Corina Machado era a favorita. Em junho do ano passado, a Controladoria Geral a inabilitou a ocupar cargos públicos por 15 anos ao dizer que ela era acusada de corrupção durante seu mandato como deputada, entre 2011 e 2014 (o que ela nega).

Ela decidiu concorrer nas prévias mesmo assim – afinal, a Justiça poderia reverter a decisão da Controladoria.

Em outubro, María Corina venceu as prévias com 93% dos votos.

Os planos dela na Justiça, no entanto, não deram certo. Em janeiro deste ano, a Suprema Corte venezuelana manteve a decisão da Controladoria –ou seja, María Corina está inelegível.

Quando isso ocorreu, os EUA chegaram a impor novamente algumas das sanções que haviam retirado em 2023, quando foi assinado o Acordo de Barbados.

Pelas regras do Acordo de Barbados, as eleições deveriam ocorrer no segundo semestre. O regime respeitou esse prazo, mas marcou a votação relativamente cedo, no dia 28 de julho — dia do aniversário de Hugo Chávez.

Até o dia 25 de março era possível fazer inscrições. No entanto, as coligações podem trocar os candidatos até o dia 20 de abril.

Perto do prazo final das inscrições, María Corina nomeou uma outra mulher (com o mesmo nome) para concorrer em seu lugar: Corina Yoris.

Corina Yoris, de 80 anos, nunca foi política — era professora universitária e filósofa.

Ela surgiu no noticiário político no dia 22 de março, ao ser nomeada pela outra Corina como a candidata da oposição unida.

Só que Yoris não conseguiu se inscrever no sistema para registros de candidaturas. Na ocasião, afirmou que chegou a ir pessoalmente ao local, mas, mesmo assim, foi barrada.

Papel do Brasil

O Brasil foi um dos apoiadores do Acordo de Barbados.

Quando María Corina Machado foi impedida de participar, o governo brasileiro ficou em silêncio, mas o Ministério de Relações Exteriores se manifestou quando Corina Yoris foi impedida de concorrer.

O ministério publicou uma nota afirmando que “[o Brasil] observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política da oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”.

O governo da Venezuela não gostou e, horas depois, publicou uma nota:

“O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela repudia a declaração cinzenta e intrometida, redigida por funcionários do Itamaraty, que parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, onde são emitidos comentários carregados de profunda ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que ficou surpreso com a decisão de proibir Corina Yoris.

Lula elogiou a decisão de María Corina Machado de indicar Yoris, “Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata não possa ter sido registrada”, disse.

Nos próximos dias deve ocorrer uma reunião entre o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, com representantes do governo brasileiro.

A embaixada da Venezuela ligou para o Palácio do Planalto solicitando a reunião.

Registros efetivos

Nicolás Maduro se registrou para concorrer à presidência novamente. O atual presidente da Venezuela fez um ato público no momento de se registrar, fazendo discursos para apoiadores.

Dois grupos de oposição conseguiram se registrar, mas ainda não se sabe se vão realmente concorrer. São eles:

  • Edmundo Gonzáles, um ex-diplomata e membro da Mesa de la Unidad Democrática. De acordo com a agência de notícia Reuters, aliados afirmam que a ideia é reservar o lugar Gonzáles para um substituto em potencial.

  • Manuel Rosales, governador da província de Zulia, do Um Nuevo Tiempo. Uma parte da oposição afirma que Rosales se aproximou do regime chavista. Ele mesmo afirmou que se registrou para que houvesse um candidato de oposição.

Dez outros candidatos de partidos menores foram registrados, mas na Venezuela são considerados aliados do governo.

Os partidos que conseguiram se registrar podem trocar os candidatos até o dia 20 de abril. Portanto, a oposição tem algumas semanas para negociar se Rosales e Gonzáles estarão na cédula ou se vão ceder seus lugares a outros.

Rosales disseque ele está disposto a ceder a vaga, caso a oposição tome uma decisão de forma unificada.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Em mensagem de Páscoa, Lula menciona cirurgia de quadril e diz que vai conversar com ministra da Saúde sobre fila do SUS (vídeo)

 40 mil pessoas aguardam na fila do Sistema Único de Saúde para fazer o procedimento

Em mensagem de Páscoa aos brasileiros através de vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter), o presidente Lula relembrou as dores que sentia antes de se submeter a uma cirurgia no quadril e afirmou que vai conversar com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para agilizar a operação das 40 mil pessoas que aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Veja:

Fonte: Agenda do Poder com Metrópoles

Correia: 'Supremo, PGR e PF deixarão irrefutável uma eventual prisão de Bolsonaro'

 

O parlamentar comentou a pesquisa Datafolha sobre a percepção dos brasileiros em relação a intentona golpista

Rogério Correia (à esq.) e Jair Bolsonaro
Rogério Correia (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: ABr)

 

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou neste sábado (30) que não apenas os políticos opositores de Jair Bolsonaro (PL), mas também a população está percebendo a tentativa de golpe defendido pelo ex-mandatário e por seus aliados em 2022. O parlamentar comentou a pesquisa Datafolha sobre a percepção dos brasileiros em relação a intentona golpista.

"55% das brasileiras(os) sabem que Bolsonaro tentou um golpe, acabar com a democracia e roubar o direito de voto. Quando for preso, mais pessoas terão certeza disto. A CPMI não deixou dúvidas e as provas acumuladas a mais pela PF e PGR, deixarão a decisão do STF irrefutável!", escreveu o parlamentar na rede social X.

Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por ter espalhado fake news ao comentar sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes, durante uma reunião com embaixadores no ano anterior, em Brasília (DF).

Atualmente, a Polícia Federal investiga um plano golpista. A tentativa de ruptura institucional previa a prisão dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Bolsonaro vem negando a tentativa de golpe.

 

Fonte: Brasil 247

Lindbergh: 'é dever de todos os democratas defender as conquistas sociais de Cuba frente ao bloqueio injusto dos EUA'

 

O parlamentar disse que trabalha junto com outras lideranças para o "fornecimento emergencial de alimentos" à ilha caribenha

Gleisi Hoffmann, Miguel Díaz-Canel e Lindbergh Farias
Gleisi Hoffmann, Miguel Díaz-Canel e Lindbergh Farias (Foto: Redes Sociais)


O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou pela rede social X a importância de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manter laços estreitos com o governo de Cuba, presidida por Miguel Díaz-Canel. As duas lideranças tiveram um encontro no país da América Central, onde também esteve presente a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). 

De acordo com o parlamentar, o "governo brasileiro tem buscado colaborar com Cuba em diversas áreas, e também estamos incentivando o retorno de investimentos brasileiros à ilha". "Junto com os Emirados Árabes Unidos, estamos envolvidos no fornecimento emergencial de alimentos a Cuba, no valor de US$ 56 milhões. Ressaltei que é dever de todos os democratas defender as conquistas sociais de Cuba frente ao bloqueio injusto dos EUA, um compromisso que o PT leva a sério", afirmou.

"Na reunião, formalizamos um acordo de colaboração entre nossas organizações políticas. Durante o encontro, expressamos gratidão a Díaz-Canel pela solidariedade demonstrada pelo povo cubano durante o período em que o presidente Lula enfrentou perseguição e prisão injusta no Brasil".

Em fevereiro, Cuba pediu à Organização das Nações Unidas o envio urgente de alimentos. A ONU confirmou o pedido feito pelo país latino americano "para continuar a entrega mensal de 1 quilo de leite destinado a meninas e meninos menores de 7 anos em todo o país" - o relato é um trecho do comunicado emitido pela instituição internacional. 

Fonte: Brasil 247

 

Moro apanha nas redes após atacar Boulos e o MTST

 

O parlamentar tentou associar a esquerda ao crime. Internautas reagiram. "Você falsifica provas e Jesus era contra isso", escreveu um deles

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 

Ex-juiz declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) usou a rede social X neste sábado (30) para atacar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). 

O parlamentar tentou associar a esquerda ao crime por causa de uma imagem em que Jesus Cristo crucificado apareceu junto com a frase "bandido bom é bandido morto", numa alusão à violência bolsonarista.

Internautas reagiram ao senador. "Serjão já nem fala mais nada com nada. Efeitos da iminente cassação?", questionou um internauta. "Ex juiz, ex ministro e ex senador. Aproveita que está com tempo livre para fazer algumas aulas de interpretação", escreveu um perfil. 

O post de Moro que gerou polêmica foi o seguinte: "'Não invocar o santo nome de Deus em vão'. MTST do candidato Boulos desrespeita os cristãos em data sagrada para fazer pequena política e lacrar nas redes. E ele ainda quer ser prefeito da cidade com nome de santo".



Fonte: Brasil 247

 

Internautas repudiam ataques ao Judiciário e "Silas Malafaia preso" bomba nas redes sociais

 

Na rede social X, as críticas ao pastor foram parar na seção Assuntos do Momento

Silas Malafaia
Silas Malafaia (Foto: Abr)

 

Internautas repudiaram os ataques do pastor-empresário Silas Malafaia ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e ao Poder Judiciário. Na rede social X, antigo Twitter, as críticas ao religioso foram parar na seção Assuntos do Momento.

Bolsonarista, o pastor adota a mesma estratégia da extrema direita, de tentar passar para a população a mensagem de que o Judiciário persegue Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.

O ex-mandatário está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Bolsonaro questionou, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileira durante uma reunião com embaixadores no ano de 2022 em Brasília (DF).

Moraes é um dos ministros mais atacados pelos adeptos do bolsonarismo. O juiz é relator do inquérito dos atos golpistas e tem se destacado em outras investigações que podem deixar mais complicada a situação jurídica de Bolsonaro - esquema de fake news, tentativa de golpe, e venda ilegal de joias que deveriam pertencer ao Estado brasileiro.




Fonte: Brasil 247

Venezuela pede reunião com governo após críticas de Lula e Itamaraty sobre eleições em Caracas

 

Espera-se que o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, se reúna com o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, nos próximos dias

Lula e Nicolás Maduro
Lula e Nicolás Maduro (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)


Sputnik Brasil - A Embaixada da Venezuela em Brasília pediu uma reunião ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva após o presidente e o Itamaraty fazerem críticas ao processo eleitoral de Caracas.

Na quarta-feira (27), diplomatas venezuelanos ligaram para o Itamaraty para pedir um encontro após as declarações. De acordo com a revista Veja, espera-se que o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, se reúna com o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, nos próximos dias, mas a reunião ainda não tem data precisa.

O Itamaraty lançou uma nota afirmando que observava com "preocupação" o processo eleitoral, e que apesar "de repudiar quaisquer tipos de sanções" que "apenas contribuem para isolar a Venezuela", o fato da candidata da oposição indicada pela Plataforma Unitária Democrática (PUD) não poder se registrar "não é compatível com os acordos de Barbados".

Caracas respondeu ao comunicado do Ministério das Relações Exteriores o rejeitando e classificando-o como "cinzento e intervencionista, redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

Segundo um interlocutor próximo a Maduro, que falou ao jornal O Globo na condição de anonimato, Vadell deve destacar que a agenda bilateral é ampla e construída com diálogo e trabalho.

A reunião terá o objetivo de "trocar percepções" e informar a Amorim que faltaram subsídios para o governo brasileiro avaliar o que na realidade está acontecendo naquele país. No entanto, a troca de notas entre as chancelarias e a posição crítica de Lula verbalizada pelo presidente na quinta-feira (28) sobre o que acontece não justificam um distanciamento, disse esse interlocutor.

Isto porque a agenda bilateral Brasília-Caracas é intensa, com muito trabalho a ser feito e uma fronteira comum de pouco mais de dois mil quilômetros.

Do lado brasileiro, apesar da mudança de tom, Lula se colocou à disposição para ajudar no processo eleitoral.

Mas integrantes do governo brasileiro frisam que isso só vai acontecer se o Brasil for convidado — assim como foi feito no ano passado, quando representantes de Maduro e da oposição firmaram o chamado Acordo de Barbados, para que as eleições sejam livres, transparentes e justas, escreve a mídia.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil