sábado, 30 de março de 2024

Wanessa Camargo nega que foi internada em clínica psiquiátrica: “Tão irresponsável que preciso desmentir”


Wanessa Camargo no dia de sua expulsão do BBB24. Foto: Reprodução

 Na última sexta (29), Wanessa Camargo esclareceu os rumores de que estaria internada em uma clínica psiquiátrica para tratar da saúde mental após a expulsão do BBB 24. Nos stories do Instagram, a famosa se pronunciou e negou a informação.

“Infelizmente, venho aqui porque a história de que estou internada é tão irresponsável que preciso desmentir. Então, é isso: não é verdade”, escreveu.

O boato ainda especulou que ela teria procurado um retiro espiritual. No X, ela também desmentiu essa informação: “Passando para desmentir a fake news sobre ajuda psiquiátrica e visita a retiro espiritual. Sigo em casa com minha família e aproveitando o feriado. Feliz Páscoa a todos”.

Na última segunda-feira (25), Wanessa apagou o vídeo em que assumia ter cometido “racismo estrutural” contra Davi Brito, durante a participação no reality show da TV Globo. Acusada de agredir o rival, ela fez uma postagem de autoconfiança: “Nunca duvide do seu coração e de quem você é! Não importa o que digam, apenas você e Deus sabem a verdade sobre você!”.

Confira o post de Wanessa:

Fonte: DCM

VÍDEO – Homem espanca mulher com soco após briga de trânsito em Araraquara (SP)

Mulher foi agredida em briga de trânsito. Foto: Reprodução

 Na última segunda (25), uma mulher foi espancada e precisou levar nove pontos no rosto após uma briga de trânsito na Vila José Bonifácio, localizada na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo.

Conforme registrado em boletim de ocorrência na delegacia de polícia local, a vítima conduzia seu veículo Uno quando o condutor de um Nissan Kicks tentou ultrapassá-la, desencadeando uma discussão.

A vítima relatou que, a partir desse momento, o condutor perdeu o controle e começou a persegui-la. Ao estacionar seu Uno, o agressor teria saído do veículo e cuspido na mãe da vítima, que supostamente estava filmando a situação. Em seguida, o agressor teria arremessado o aparelho da mulher no chão, passando a agredi-la com socos no rosto e na cabeça.

No dia seguinte, a vítima procurou as autoridades policiais para registrar uma queixa-crime e teria apresentado evidências em vídeo. Posteriormente, a mulher foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exames de corpo de delito. O caso será investigado como lesão corporal.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

Governo Lula planeja estabelecer quotas mínimas para aumentar lideranças femininas nas estatais


Lula e a ministra Esther Dweck. Foto: Ricardo Stuckert/PR

 O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja estabelecer cotas mínimas para alavancar a presença de mulheres em posições de liderança em empresas estatais.

O Ministério de Gestão e Inovação, liderado por Esther Dweck, já começou a conversar com algumas empresas sobre o assunto e as negociações estão em andamento. A proposta é que essa iniciativa comece nas diretorias, introduzindo um limite mínimo de participação feminina.

O ministério conduziu um levantamento sobre a representação feminina em cargos de liderança em 59 empresas estatais, das quais 44 estão sob controle direto e outras 15 têm sua própria estrutura de governança. Os dados abrangem o período de dezembro de 2022 até fevereiro deste ano.

Governo quer aumentar participação feminina nas estatais. Foto: Freepik

No último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a participação de mulheres na diretoria dessas instituições era de 14%. Ao fim do primeiro ano do governo de Lula, em dezembro de 2023, esse número já tinha subido para 21,49%

Quanto aos conselhos de administração das estatais, a presença feminina é um pouco maior, ocupando 24% dos cargos. Em dezembro de 2022, esse índice estava em 20%.

“Estamos satisfeitos com o aumento da participação feminina. Estamos em discussões com algumas empresas estatais para estabelecer uma cota mínima de representação feminina em cargos de diretoria.”, informou Dweck.

Fonte: Brasil 247

Relator deve propor cassação de Moro, em voto de 200 páginas

Há uma tendência clara de que sua decisão será pela cassação de Moro

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 O relator Luciano Falavinha, encarregado do caso que poderá levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro, deve apresentar um voto volumoso de aproximadamente 200 páginas, conforme indicaram fontes próximas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. Embora Falavinha não tenha revelado oficialmente seu posicionamento aos outros seis desembargadores participantes, há uma tendência clara de que sua decisão será pela cassação de Moro. A divisão do plenário sugere um cenário apertado, com observadores projetando um resultado de 4 a 3, segundo informa o colunista Lauro Jardim.

Os desembargadores Sigurd Bengtsson, Rodrigo Sade e Julio Jacob são considerados votos firmes contra Moro, enquanto Luiz Panza, Guilherme Denz e o próprio relator estariam inclinados a favorecer a permanência do senador no cargo. O desembargador Anderson Fogaça é visto como o elemento decisivo nessa equação. Moro enfrenta acusações de abuso de poder econômico, caixa 2, contratos ilegais e uso indevido de meios de comunicação desde o início de 2023, em um processo movido pelo PL e pelo PT. Mesmo em caso de cassação, Moro não perderá imediatamente seu mandato, pois ainda haverá a possibilidade de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: Brasil 247 com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo

 


Veja os ministérios afetados pelo bloqueio orçamentário de R$ 2,9 bilhões anunciado pelo governo

 

Áreas prioritárias, como Saúde e Educação, foram poupadas do contingenciamento

A Esplanada dos Ministérios, em Brasília
A Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil)

 

O governo federal anunciou um bloqueio orçamentário de R$ 2,9 bilhões em despesas discricionárias, em uma medida tomada para cumprir o limite de gastos estabelecido no arcabouço fiscal. O anúncio oficial do bloqueio total ocorreu no dia 22 de março, durante a divulgação do primeiro Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do ano. No entanto, detalhes precisos sobre quais ministérios seriam mais impactados foram divulgados na quinta-feira (28), em decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), segundo o Infomoney.

O Ministério do Planejamento, responsável pela execução da medida, esclareceu que o bloqueio teve como alvo despesas discricionárias em geral, além de gastos direcionados ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Setores considerados prioritários, como Saúde e Educação, foram preservados de quaisquer cortes.

Veja abaixo as pastas atingidas pelo bloqueio:

  • Ministério das Cidades: R$ 741,47 milhões;
  • Ministério dos Transportes: R$ 678,97 milhões;
  • Ministério da Defesa: R$ 446,48 milhões;
  • Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social: R$ 281,68 milhões;
  • Ministério da Integração: R$ 179,79 milhões;
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 118,79 milhões;
  • Ministério da Agricultura: R$ 105,49 milhões;
  • Ministério da Fazenda: R$ 94,39 milhões;
  • Ministério das Relações Exteriores: R$ 69,29 milhões;
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública: R$ 65,59 milhões;
  • Ministério dos Portos e Aeroportos: R$ 52,29 milhões;
  • Ministério do Planejamento e Orçamento: R$ 37,09 milhões;
  • Ministério da Gestão e Inovação: R$ 36,29 milhões.

 

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Cerca de 9 mil pacientes necessitam de retirada urgente de Gaza, alerta OMS

 

Com apenas dez hospitais operando com capacidade mínima em Gaza, milhares de pacientes continuam privados de cuidados de saúde”, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom

O diretor-geral da OMS,  Tedros Adhanom se emociona ao falar das condições infernais provocadas pelo genocídio israelense em Gaza  Photo
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom se emociona ao falar das condições infernais provocadas pelo genocídio israelense em Gaza Photo (Foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS)


RFI Cerca de 9 mil pacientes da Faixa de Gaza devem ser retirados com urgência para tratamento, restando ao território palestino atualmente apenas dez hospitais, em que todos funcionam em condições mínimas, exigiu neste sábado (30) o chefe da Organização Mundial da Saúde.

“Com apenas dez hospitais operando com capacidade mínima em Gaza, milhares de pacientes continuam privados de cuidados de saúde”, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X. Antes da guerra, Gaza tinha 36 hospitais, de acordo com dados da entidade.

“Cerca de 9 mil pacientes precisam de ser removidos urgentemente para o estrangeiro para serviços de saúde vitais, incluindo tratamento de câncer, ferimentos causados ​​por bombardeamentos, diálise renal e outras doenças crônicas”, disse ele. O número representa mil pacientes a mais do que no último censo da OMS, no início de março.

Desde 7 de outubro e o ataque sem precedentes do Hamas ao território israelense, Israel prometeu eliminar o movimento islâmico e tem levado a cabo bombardeamentos incansáveis ​​em território palestino, que danificaram grande parte da estrutura sanitária.

Além disso, há semanas combates violentos ocorrem no território, por vezes dentro ou próximos de hospitais em Gaza, que, ao mesmo tempo que prestam cuidados, também servem de abrigo para milhares de habitantes de Gaza que perderam suas casas ou fogem dos combates.

Bloqueio quase total - O território está sujeito a um bloqueio quase total, e organizações como a ONU acusam Israel de não facilitar suficientemente a chegada da ajuda humanitária de que depende a maior parte dos cerca de 2,4 milhões de habitantes que ainda vivem em Gaza e estão concentrados principalmente no sul, dentro e ao redor da cidade de Rafah.

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou neste sábado um novo número de 32.705 pessoas mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra e 75.190 feridas. As vítimas são principalmente mulheres e crianças, afirma o Hamas.

“Cada momento conta” - Dr. Tedros acrescentou que, até agora, “mais de 3,4 mil pacientes foram encaminhados ao exterior via Rafah, incluindo 2.198 feridos e 1.215 doentes”. "Mas muitos mais precisam ser retirados. Instamos Israel a agilizar as aprovações para remoções, para que os pacientes críticos possam ser tratados. Cada momento conta", pediu ele.

Antes do início da guerra, em 7 de outubro, de 50 a cem pacientes eram transferidos por dia de Gaza para Jerusalém Oriental e para a Cisjordânia. Metade deles estava em tratamento de câncer.

Fonte: Brasil 247 com RFI

Bloqueio orçamentário não afetará obras do PAC, garante ministro dos Transportes

 

O Ministério dos Transportes foi a segunda pasta mais afetada pelo bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento da União

Ministro dos Transportes, Renan Filho
Ministro dos Transportes, Renan Filho (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), assumiu uma posição de defesa do governo federal após o bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento da União. Este bloqueio afetou diversos ministérios, sendo a pasta chefiada por Filho uma das mais atingidas, com R$ 679 milhões bloqueados, segundo o Metrópoles. A medida de contingenciamento faz parte dos esforços para evitar o estouro do limite das despesas fixadas no Novo Marco Fiscal, aprovado em 2023 com o intuito de controlar os gastos públicos. Os cortes incidem sobre despesas não obrigatórias, como investimentos e custeio da máquina pública. Ao todo, 13 ministérios foram impactados, enquanto áreas como Saúde, Educação e pastas de menor orçamento na Esplanada dos Ministérios foram poupadas.

Renan Filho manifestou sua opinião sobre o assunto através das redes sociais na noite de sexta-feira (29), destacando que o contingenciamento foi menor do que o previsto, o que, segundo ele, reflete a saúde financeira do governo e seus fundamentos macroeconômicos sólidos.

O ministro dos Transportes afirmou que, apesar do bloqueio, seu ministério investirá R$ 20 bilhões neste ano. Ele ressaltou que esse valor é três vezes superior ao investido no último ano do governo Jair Bolsonaro (PL) e será suficiente para garantir a continuidade do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em todo o Brasil.

Renan Filho destacou ainda que sua pasta possui diversas obras previstas no âmbito do Novo PAC, que visa impulsionar o desenvolvimento nacional, com foco especial em infraestrutura.

"Contingenciamento menor que o previsto demonstra a saúde financeira do governo com fundamentos macroeconômicos sólidos. O ministério dos Transportes investirá R$ 20 bi esse ano. Isso representa 3 vezes mais que o último ano de Bolsonaro e é recurso suficiente para o Novo PAC garantir obras por todo Brasil", publicou Renan Filho no X, antigo Twitter. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Supremo começa a julgar limites da atuação das Forças Armadas

 

STF começou a julgar nesta sexta uma ação na qual o PDT contesta interpretações que permitem a atuação das Forças Armadas como um 'poder moderador''


Por José Higídio, Conjur O Plenário do Supremo Tribunal Federal começou a julgar nesta sexta-feira (29/3), em sessão virtual, uma ação direta de inconstitucionalidade na qual o Partido Democrático Trabalhista (PDT) contesta interpretações que permitem a atuação das Forças Armadas como um poder moderador entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário ou a intervenção dos militares nesses poderes.

A sessão se encerrará no próximo dia 8. Até o momento, os único votos apresentados foram dos ministros Luiz Fux (relator da matéria) e Luís Roberto Barroso, que atenderam de forma parcial aos pedidos do partido.

Contexto - A legenda pede que o STF limite o uso das Forças Armadas, nas destinações previstas no artigo 142 da Constituição, aos casos de intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.

O dispositivo em questão estabelece como funções das Forças Armadas a defesa da pátria, a garantia dos poderes constitucionais e a garantia da lei e da ordem (GLO) por iniciativa de qualquer um dos três poderes.

O PDT ainda questiona dispositivos da Lei Complementar 97/1999, que regulamenta o uso das Forças Armadas. Um deles é o artigo 1º, que define as Forças Armadas como “instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República”.

O pedido do partido é para que seja fixado que a “autoridade suprema do presidente da República” se restringe às suas competências constitucionais: exercer a direção superior das Forças Armadas; emitir decretos e regulamentos; definir regras sobre sua organização e funcionamento; extinguir funções ou cargos ou provê-los; nomear seus comandantes; promover seus oficiais-generais; e nomeá-los para cargos privativos.

Também são apontados pelo PDT trechos do artigo 15 da lei complementar, que atribui ao presidente da República a responsabilidade pelo uso das Forças Armadas nas suas funções constitucionais e traz regras para a atuação na GLO.

A sigla pede a restrição do emprego das Forças Armadas nas suas três funções. No caso da defesa da pátria, o pedido é para limitação às situações de intervenção para repelir invasão estrangeira e de estado de sítio para guerra ou de resposta a agressão estrangeira.

Na garantia dos poderes constitucionais, a sugestão é a limitação aos casos de intervenção “para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação” e de estado de defesa “para preservar ou prontamente restabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional”.

Quanto à GLO, a ideia é limitá-la a situações extraordinárias de defesa da autonomia federativa, do Estado e das instituições democráticas — justamente as hipóteses de intervenção, estado de defesa e de sítio —, sem possibilidade de aplicação a atividades ordinárias de segurança pública.

Por fim, o PDT alega a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 15 da lei complementar, que atribui ao presidente da República a competência para decidir a respeito do emprego das Forças Armadas — seja por iniciativa própria, seja em atendimento a pedido dos outros poderes. O argumento da agremiação é que não há hierarquia entre os poderes.

A tese de que os militares podem ser empregados para moderar conflitos entre os poderes e conter um poder que esteja extrapolando as suas funções é notoriamente defendida pelo advogado e professor Ives Gandra da Silva Martins.

Voto do relator - Em seu voto, Fux repetiu os argumentos usados na sua decisão liminar de 2020, que concedeu parcialmente os pedidos do PDT e deu interpretação conforme a Constituição aos dispositivos trazidos pelo partido. Ele foi acompanhado por Barroso.

Fux estabeleceu quatro pontos sobre o assunto:

1 — A missão institucional das Forças Armadas não envolve o exercício de um poder moderador entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário;

2 — Não é possível qualquer interpretação que permita o uso das Forças Armadas para “indevidas intromissões” no funcionamento dos outros poderes;

3 — A prerrogativa do presidente da República de autorizar o emprego das Forças Armadas “não pode ser exercida contra os próprios poderes entre si”;

4 — O uso das Forças Armadas para a GLO não se limita às hipóteses de intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio, mas é voltado ao “excepcional enfrentamento de grave e concreta violação à segurança pública interna” e deve ser aplicado “em caráter subsidiário, após o esgotamento dos mecanismos ordinários e preferenciais de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”, por meio da atuação colaborativa entre as instituições estatais e sujeita ao controle permanente dos demais poderes.

O ministro explicou que a garantia dos poderes constitucionais, prevista no artigo 142 da Constituição, “não comporta qualquer interpretação que admita o emprego das Forças Armadas para a defesa de um poder contra o outro”.

Segundo ele, a atuação dos militares se refere à proteção de todos os poderes “contra ameaças alheias”. Ou seja, é uma forma de defesa das instituições democráticas contra “ameaças de golpe, sublevação armada ou movimentos desse tipo”.

Por isso, o relator rejeitou a interpretação de que a atribuição de garantia dos poderes constitucionais permite a intervenção das Forças Armadas nos demais poderes ou na relação entre uns e outros. Isso violaria a separação de poderes.

Na visão do magistrado, a tese do poder moderador das Forças Armadas pressupõe que elas têm neutralidade, autonomia administrativa e distanciamento dos três poderes. Na verdade, a própria Constituição define o presidente da República como o “comandante supremo” das Forças Armadas.

Ou seja, considerá-las um poder moderador seria o mesmo que reconhecer o Executivo como um superpoder, acima dos demais. Essa interpretação está “dissociada de todos os princípios constitucionais estruturantes da ordem democrática brasileira”.

Fux explicou que a Constituição prevê as medidas excepcionais que podem ser aplicadas para soluções de crises. Segundo ele, “não se observa no arcabouço constitucionalmente previsto qualquer espaço à tese de intervenção militar, tampouco de atuação moderadora das Forças Armadas”.

Quanto à “autoridade suprema” do presidente, o ministro destacou que isso está relacionado à hierarquia e à disciplina da conduta militar. Mas essa autoridade não pode superar a separação e a harmonia entre os poderes.

Pedidos negados - Por outro lado, o relator não viu razão para limitar o exercício das missões constitucionais das Forças Armadas aos casos de intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio. Caso aceitasse esse pedido do PDT, o STF faria um “recorte interpretativo que a própria Constituição não pretendeu efetuar”, segundo Fux.

Da mesma forma, a restrição do alcance da defesa da pátria aos casos elencados pelo partido “esvaziaria a previsão constitucional do artigo 142 e reduziria a eficácia dos dispositivos constitucionais que tratam da atuação internacional do país”.

Fux entendeu que tais limitações impediriam a atuação dos militares em outras missões relevantes para o interesse nacional. Ele lembrou que, dentro do conceito de defesa da pátria, existem diversas possibilidades de uso das Forças Armadas para proteção das faixas de fronteiras e dos espaços aéreos e marítimos, mesmo em períodos de paz. As missões de controle do fluxo de migração na fronteira com a Venezuela são exemplo disso.

De qualquer forma, o ministro considerou importante ressaltar que o emprego das Forças Armadas fora das hipóteses de intervenção, estado de defesa e estado de sítio “deve estar inscrito em limites constitucionais e legais que não podem ser desconsiderados”.

Tanto em cenários de normalidade quanto em situações de guerra e defesa da soberania, o presidente da República não tem poderes absolutos sobre as Forças Armadas, explicou o magistrado.

O presidente se submete a “mecanismos de controle explicitamente delineados no texto constitucional”. Por exemplo, só pode declarar guerra ou celebrar a paz com autorização prévia do Congresso. Ou seja, os outros poderes não são submissos ao Executivo.

O relator também não viu inconstitucionalidade no dispositivo que atribui ao presidente a competência para decidir a respeito do emprego das Forças Armadas.

Para ele, não há “razão jurídica” para reduzir essa prerrogativa, uma vez fixado que o líder do Executivo “exerce o poder de supervisão administrativo-orçamentária desse ramo estatal” e que ele e os chefes dos outros poderes não podem usar as Forças Armadas “para o exercício de tarefas não expressamente previstas na Constituição”.

Assim, aceitar o pedido do PDT significaria admitir que o chefe de qualquer poder tem “ascensão e hierarquia” sobre as Forças Armadas, o que “não coaduna com a disciplina constitucional”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

 

Genocídio em Gaza: Itamaraty celebra novas medidas da Corte Internacional de Justiça contra Israel

 

"O governo brasileiro espera que possam resultar em urgente alívio humanitário para Gaza", diz nota da chancelaria

Mauro Vieira | Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel 09/10/2023
Mauro Vieira | Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel 09/10/2023 (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil | REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)


O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nota neste sábado (30) celebrando as novas medidas impostas pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel em decorrência do genocídio do povo palestino promovido por este Estado na Faixa de Gaza. Leia a nota:

O governo brasileiro saúda a adoção, em 28 de março, pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), de novas medidas cautelares, no âmbito do processo instaurado pela África do Sul contra Israel, com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

A Corte observou que "as catastróficas condições de vida dos palestinos na Faixa de Gaza têm-se deteriorado ainda mais, em particular diante da prolongada e generalizada privação de alimentos e outras necessidades básicas”. Apontou que não há mais em Gaza apenas um risco de fome, mas, sim, fome instalada, com a morte de ao menos 31 pessoas, entre as quais 27 crianças, por malnutrição e desidratação, conforme relatório recente do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários.

A Corte reafirmou sua decisão cautelar de janeiro passado e instou Israel a adotar as medidas necessárias, em cooperação com as Nações Unidas, para garantir o fornecimento de serviços básicos e de assistência humanitária aos palestinos em Gaza, inclusive com o aumento do número de pontos de travessia terrestre. Também instou Israel a garantir que suas forças militares não violem os direitos da população palestina em Gaza, inclusive por meio de ações que impeçam o acesso à ajuda humanitária, e a apresentar, no prazo de um mês, relatório acerca da implementação das medidas indicadas.

Ao recordar o caráter vinculante das medidas provisórias da Corte, o governo brasileiro espera que possam resultar em urgente alívio humanitário para Gaza e em ambiente de diálogo político que permita um cessar-fogo definitivo, a libertação imediata de todos os reféns e a retomada de negociações para a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina economicamente viável convivendo lado a lado com o Estado de Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.

Fonte: Brasil 247

Ferramenta de inteligência artificial pode clonar vozes a partir de amostras de 15 segundos

 


A OpenAI promete manter um controle sobre o Voice Engine até que medidas de segurança eficazes possam ser implementadas para prevenir falsificações enganosas

(Foto: OpenAI)

 Nesta sexta-feira (29), a OpenAI, empresa que desenvolveu o ChatGPT, revelou uma nova ferramenta que tem suscitado tanto fascínio quanto preocupação: o Voice Engine. Esta tecnologia, segundo a empresa, é capaz de replicar a voz de uma pessoa com base em uma amostra de apenas 15 segundos de áudio. Contudo, a OpenAI promete manter um controle estrito sobre a ferramenta até que medidas de segurança eficazes possam ser implementadas para prevenir falsificações de áudio com o intuito de enganar ouvintes desavisados.

O anúncio foi feito por meio de uma postagem no blog da OpenAI, onde foram compartilhados os resultados de um teste em pequena escala que demonstrou a capacidade do Voice Engine em imitar vozes humanas, relata a Folha de S. Paulo. A empresa, sediada em San Francisco, nos Estados Unidos, reconheceu os riscos associados à geração de fala semelhante às vozes reais das pessoas, destacando a sensibilidade do momento, especialmente em um ano de eleições. "Reconhecemos que gerar fala que se assemelha às vozes das pessoas apresenta sérios riscos, que estão especialmente em destaque em um ano de eleições", afirmou a OpenAI.

Em resposta às preocupações levantadas por pesquisadores da desinformação, a empresa assegurou estar tomando medidas cautelosas e consultando uma variedade de partes interessadas, incluindo governos, mídia, entretenimento, educação e sociedade civil, para garantir que o lançamento do Voice Engine seja feito de forma responsável e segura. "Temos consciência dos sérios riscos envolvidos na geração de vozes sintéticas e estamos adotando uma abordagem cautelosa e informada para um lançamento mais amplo devido ao potencial de uso indevido", afirmou a OpenAI.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Retórica agressiva de Milei acende alerta no Itamaraty contra desarmonia na América Latina

 

Diplomacia brasileira estuda enviar emissários à Argentina para, juntamente com o embaixador Julio Bitelli, acalmar a tensão aberta por Javier Milei com a Colômbia

Gustavo Petro e Javier Milei
Gustavo Petro e Javier Milei (Foto: Divulgação/Presidência da Colômbia | REUTERS/Agustin Marcarian)

 

Após o recente embate entre o Itamaraty e a chancelaria venezuelana, a aproximação de uma nova crise entre países vizinhos da América Latina acendeu a luz de alerta no Itamaraty. Segundo a coluna do jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, “a desavença entre Colômbia e Argentina preocupa diplomatas brasileiros, que veem mais uma ocasião em que terão que trabalhar como pacificadores da região”.

A crise começou quando o presidente argentino de extrema direita, Javier Milei, chamou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro,  de "assassino" e "terrorista", referindo-se ao passado do mandatário na guerrilha colombiana. Em retaliação, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia expulsou todo o corpo diplomático argentino do país, agravando a crise entre as duas nações. As declarações de Milei foram feitas durante uma entrevista à CNN. Na mesma entrevista, o presidente argentino também dirigiu insultos ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, chamando-o de "ignorante". 

“A maior preocupação é que o presidente de extrema-direita da Argentina provoque uma desarmonia na América Latina. O Itamaraty já estuda enviar emissários à Argentina e juntamente com o embaixador Julio Bitelli tentar amenizar a situação com a Colômbia”, destaca Noblat.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Ricardo Noblat, no Metrópoles

"Foi um erro", diz Paes sobre nomeação de Chiquinho Brazão para secretaria municipal

 

Apontado como um dos supostos mandantes da morte de Marielle Franco, o deputado federal Chiquinho Brazão comandou a Secretaria Especial de Ação Comunitária do Rio até fevereiro

Eduardo Paes
Eduardo Paes (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

 

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ),se pronunciou pela primeira vez desde a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, ocorrida no último domingo (24), em uma operação da Polícia Federal. Brazão foipreso sob a suspeita de ser um dos dupostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ). Ele havia sido nomeado para comandar a Secretaria Especial de Ação Comunitária (Seac) do município do Rio, em outubro de 2023, e foi exonerado em fevereiro deste ano. Segundo o prefeito, a nomeação do parlamentar para o cargo foi “um erro”.

“Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso. É óbvio que posso aqui ter todas as desculpas do mundo, foram seis anos (de investigação) e todo mundo já tinha sido acusado de tudo, mas errei. O mais importante quando se erra é consertar o erro. Já tinha pedido que ele fosse retirado da secretaria, quando começaram a surgir os boatos. E a gente entende que os quadros que tínhamos do Republicanos aqui não eram adequados. Queremos alianças, mas as alianças têm que ter um limite. E quando digo que errei, acho que fiz uma avaliação equivocada de que não tinha esse risco. A gente governa a cidade com os melhores quadros e meu governo vai continuar dando demonstração de que não tem conivência com nenhum tipo de irregularidade”, disse Paes, de acordo com o jornal O Globo.

A indicação de Chiquinho Brazão como secretário municipal foi parte de um acordo político entre Paes e o partido Republicanos, visando apoio nas eleições municipais. Brazão, que integrava o União Brazão, é próximo da ala liderada pelo presidente estadual do Republicanos, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, que gradualmente migrou para a sigla. Após ter seu nome envolvido em uma delação premiada sobre o caso Marielle, o parlamentar pediu exoneração do cargo. O União Brasil também expulsou Brazão dos quadros do partido logo após ele ter sido preso pela PF.

Na época da nomeação de Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), já estava sob investigação no caso Marielle Franco. A cerimônia de posse ocorreu dois dias após a divulgação de que o caso havia sido remetido pela Justiça estadual do Rio para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido a indícios de envolvimento de Domingos, que possui foro privilegiado como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

PM de Tarcísio executa mais um homem no Guarujá em terceira fase da Operação Verão

 

Operação Verão, mais letal ação da polícia paulista desde 1992, já deixou 56 mortos em municípios do litoral de São Paulo

PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas
PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas (Foto: Polícia Civil de SP/Twitter | ABR)

 

A Polícia Militar de São Paulo matou um homem em um suposto confronto na Vila Santa Rosa, bairro localizado no Guarujá, litoral sul de São Paulo, na tarde da quinta-feira (28). A morte do homem, identificado como Cesinha, de 22 anos, eleva para 56 o total de vítimas fatais registradas na Operação Verão, deflagrada em dezembro pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicamos). A ação policial no litoral paulista é a mais letal desde o massacre do Carandiru, em 1992. Também nesta semana, Edneia Fernandes, mãe de seis filhos, faleceu após ser atingida por uma bala na cabeça durante um suposto confronto entre policiais e suspeitos em uma praça de Santos.

Segundo o Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que policiais realizavam patrulhamento nas proximidades da Praça do Povo, no Guarujá, quando avistaram o suspeito portando uma pistola calibre .40, além de uma sacola e um radiocomunicador. O suspeito teria reagido à tentativa de abordagem, o que teria levado a uma troca de tiros. Além da ação que resultou na morte do suspeito, a polícia apreendeu 379 porções de drogas, incluindo maconha, cocaína, crack e haxixe. O caso será investigado pela Delegacia Sede do Guarujá

Este incidente eleva para 56 o número de mortos na Baixada Santista desde o início da 3ª Fase da Operação Verão, em 3 de fevereiro. Das últimas seis vítimas, cinco foram registradas no Guarujá. Na quarta-feira, a cabeleireira Edneia Fernandes foi atingida na cabeça quando estava em uma praça da cidade. Ela chegou a ser socorrida por transeuntes, mas faleceu um dia após a internação em um hospital local.

Segundo a Secretaria de Segurança, ela foi baleada durante uma troca de tiros entre PMs e dois suspeitos que estariam em uma moto. Testemunhas, porém, contestam a versão oficial e dizem que houve apenas um disparo que teria sido feito quando três motos da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) passaram pelo local.

No dia 25 de março, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo divulgou um relatório apontando uma série de irregularidades nas ações policiais na Baixada Santista. Dentre as denúncias destacam-se acusações de tortura e execução sumária. Organizações de direitos humanos também levaram suas denúncias sobre as ações da PM no litoral até a ONU. No último dia 8, o governador afirmou "não estar nem aí" para as possíveis denúncias de violações apresentadas perante o colegiado internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles