A agenda do pontífice para os próximos dois dias tem um
serviço de Vigília da Páscoa na noite de sábado, uma missa de Páscoa e a
mensagem e bênção semestral na manhã de domingo
Papa Francisco (Foto: Mídia do Vaticano/Simone Risoluti/Divulgação via REUTERS)
Por Alvise Armellini
CIDADE DO VATICANO
(Reuters) - O papa Francisco cancelou de última
hora sua participação na procissão da Sexta-feira Santa no Coliseu de Roma, no
que o Vaticano descreveu como uma tentativa de “preservar sua saúde”, antes de
mais compromissos da semana de Páscoa.
A agenda de Francisco para os próximos dois dias tem um serviço
de Vigília da Páscoa na noite de sábado, uma missa de Páscoa e a mensagem e
bênção semestral “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo) na manhã de domingo.
O cancelamento repentino do pontífice de 87 anos deve
renovar preocupações sobre o declínio da sua força. Francisco usa bengala ou
cadeira de rodas quando se move por causa de uma doença no joelho e sofre de
repetidas crises de bronquite e gripe.
A Sexta-feira Santa leva à Páscoa no domingo, a data mais
importante e alegre do calendário litúrgico da Igreja - comemorando o dia em
que os cristãos acreditam que Jesus ressuscitou.
O Vaticano anunciou a ausência do papa da procissão da Via
Crucis no momento em que ela estava prestes a começar, dizendo em um comunicado
que ele a seguiria remotamente de sua casa no Vaticano.
Francisco, que pareceu mais em forma nesta semana após semanas
em que sofreu para falar em público e cancelou algumas reuniões, também não
compareceu à procissão no ano passado, após se recuperar de uma internação
hospitalar de quatro dias para tratar uma bronquite.
FOCO NAS MULHERES
A Via Crucis no Coliseu é uma reconstituição da morte de Jesus
por crucificação, na qual os participantes se revezam segurando a cruz enquanto
caminham pela antiga arena romana e em seus arredores, parando para rezar e
ouvir meditações.
Freiras, padres, um eremita, funcionários de instituições
de caridade e pessoas com deficiências estavam entre os participantes da
cerimônia, realizada em um monumento histórico que se acredita ter sido um
local de martírio para os primeiros cristãos.
Francisco escreveu pessoalmente as meditações deste ano, pela
primeira vez em seus 11 anos como papa. Elas incluíram exaltações à humildade e
ao perdão em resposta a atos de maldade e rezas a cristão perseguidos e vítimas
de guerra.
O papa, que tem defendido que a Igreja seja menos dominada
pelos homens, também saudou as mulheres que ajudaram Jesus enquanto ele
carregava a cruz e fez um apelo por “aquelas que em nossos tempos são
exploradas e sofrem injustiça e indignidade”.
Em outro sinal de foco nas mulheres, Francisco realizou na
quinta-feira o ritual de lava-pés, que lembra o gesto de humildade de Jesus com
seus apóstolos na Última Ceia, em uma prisão feminina de Roma.
Mais cedo nesta sexta-feira, o papa se juntou a cardeais e
bispos para a celebração da Paixão do Senhor na Basílica de São Pedro, com
cantos em latim narrando eventos da prisão de Jesus até seu sepultamento.
Nos anos anteriores, Francisco começava a celebração
prostrando-se no chão da basílica, mas seu frágil estado físico não permite
mais que o faça. Em vez disso, ele chegou em uma cadeira de rodas e rezou
silenciosamente diante do altar principal.
Foi aberto um processo contra todos os oficiais que assinaram
o documento intitulado "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais
Superiores da Ativa do Exército Brasileiro"
O Exército investigou
oficiais responsáveis por assinar uma carta que, de acordo com o ministro do
Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, tinha "clara ameaça de
atuação armada" após as eleições de 2022, para dar um golpe de Estado,
impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Força disse ter
aberto processo disciplinar contra todos os oficiais que assinaram o documento,
mas não informou quantos nem quais foram punidos. A informação foi publicada
nesta sexta-feira (29) no portal G1.
Segundo a Polícia
Federal, o documento, intitulado "Carta ao Comandante do Exército de
Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", foi "utilizado
como instrumento de pressão ao então Comandante do Exército General Freire
Gomes".
Investigadores da PF
apuram a participação de militares na trama golpista, que previa a prisãodos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Segundo os números, quase 40% dos
entrevistados acham que o ex-mandatário não tinha a pretensão de impedir a
posse de Lula
A pesquisa Datafolha,
divulgada nesta sexta-feira (29), mostrou que, para 55% dos brasileiros, Jair
Bolsonaro (PL) tentou dar um golpe para permanecer no poder após ser derrotado
por Lula em outubro de 2022.
De acordo com as estatísticas, publicadas no jornal Folha de
S.Paulo, 39% dos ouvidos acham que o ex-mandatário não tinha a
pretensão de colocar em prática uma ruptura institucional; 7% não souberam
responder ao questionamento.
Pelos números, entre os eleitores que se dizem bolsonaristas,
73% não acreditam que Bolsonaro tentou impedir a posse do atual presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 147 cidades
brasileiras nos dias 19 e 20 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois
pontos para mais ou menos.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrária à restituição do documento apreendido
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou nesta quinta-feira (28) a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apreendido em fevereiro durante operação da Polícia Federal.
A decisão de Moraes segue entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contrária à restituição do documento.
A defesa de Bolsonaro solicitou a devolução do passaporte na última semana. Os advogados defenderam que Moraes autorizasse o retorno do documento para que Bolsonaro viajasse a Israel, entre os dias 12 e 18 de maio. Ainda de acordo com a defesa, Jair Bolsonaro recebeu, recentemente, o convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para visitar o país.
O pedido negado por Moraes foi o segundo enviado pelos advogados de Bolsonaro ao STF.
O passaporte de Bolsonaro foi apreendido em fevereiro, a pedido da Polícia Federal na Operação “Tempus Veritatis”, que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes também proibiu o ex-presidente de manter contato com outros investigados.
Em 14 de fevereiro, o advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, anunciou que havia pedido a devolução do documento a Moraes.
À época, ele classificou a decisão como “absurda” e disse que o ex-presidente “nunca deu qualquer indício de que se evadiria”.
“Absurda a decisão visto que o presidente nunca deu qualquer indício de que se evadiria, sempre comparecendo a todas as intimações para depor. Bem pelo contrário, quando [Bolsonaro] foi à Argentina para a posse do presidente Javier Milei, eu mesmo tomei a cautela de informar [a viagem] ao STF, evidenciando que ele sempre respeitou as investigações em andamento”, disse ao blog da jornalista Camila Bomfim.
Papa Francisco lavou os pés de 12
presidiárias na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma
ANSA - O papa Francisco lavou os pés
de 12 presidiárias na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, em um dos
ritos mais tradicionais da Semana Santa, nesta quinta-feira (28).
As detentas eram de nacionalidades diversas e mostraram
grande comoção por estar diante de Jorge Bergoglio, que, desde o início de seu
pontificado, criou o hábito de celebrar o rito de lava-pés em cadeias
italianas.
Com problemas de locomoção devido à idade avançada, o Papa de 87
anos desta vez não se ajoelhou e permaneceu sentado na cadeira de rodas
enquanto lavava, enxugava e beijava os pés das presidiárias, muitas das quais
não seguraram as lágrimas.
Francisco também celebrou em Rebibbia a homilia "In
coena Domini", a missa de lava-pés, e lembrou que o ritual remete à
vocação para servir. "Com o lava-pés, Jesus se humilha e nos faz entender
o que ele disse: 'Eu não vim para ser servido, mas sim para servir'",
afirmou Bergoglio.
Após as cerimônias, as detentas presentearam o Papa com verduras
da empresa agrícola da prisão, um rosário com pedras nas cores do arco-íris e
estolas brancas e roxas bordadas na oficina de costura da cadeia.
Já o pontífice levou às presidiárias um quadro da Virgem
Maria com o Menino Jesus e um ovo de Páscoa gigante.
A missa de lava-pés faz parte do calendário de rituais da Semana
Santa, que prosseguirá nesta sexta-feira (29), com a Via Crucis.
Na noite de sábado (30), o Papa fará a vigília pascal na
Basílica de São Pedro, e, no domingo (31), pronunciará a mensagem "Urbi et
Orbi" ("À cidade e ao mundo"), na qual aborda as principais
crises da atualidade.
Governo destaca que não se trata de contingenciamento, que ocorreria apenas se houvesse frustração de receitas
O Ministério do Planejamento e Orçamento, de Simone Tebet, poupou do bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento os ministérios da Educação e da Saúde, e pastas de menor dotação, como Mulheres, Igualdade Racial, Povos Indígenas e Direitos Humanos e Cidadania.
O governo destaca que não se trata de contingenciamento, que ocorreria apenas se houvesse frustração de receitas, com queda de arrecadação, por exemplo. O bloqueio ocorre quando as despesas obrigatórias, como as previdenciárias, aumentam acima do esperado.
Durante reunião na semana anterior, com representantes de todas as pastas, cujo propósito era explicar as razões por trás do bloqueio, a ministra Simone Tebet assegurou que os ministérios menores seriam preservados, o que foi confirmado pelo decreto divulgado nesta quinta-feira (28).
O bloqueio foi efetuado em despesas discricionárias gerais e destinadas ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento e tem como objetivo evitar o estouro do limite das despesas fixadas no Novo Marco Fiscal, também conhecido como arcabouço fiscal.
O Marco Fiscal — com nova regulamentação de controle dos gastos públicos aprovada no ano anterior — estabelece um limite anual para a despesa primária. Em 2024, esse limite é de R$ 2,089 trilhões.
Sempre que a projeção para a despesa obrigatória no ano ultrapassar esse limite, o valor excedente será bloqueado em despesas discricionárias.
O montante bloqueado representa apenas 1,42% do total dos gastos discricionários do Executivo e corresponde a 0,14% do limite total de despesas do Orçamento deste ano. Conforme o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, esse baixo percentual decorre de um trabalho de revisão de gastos previdenciários.
Foram 13 ministérios afetados pelo corte. Os três mais impactados são o Ministério das Cidades, liderado por Jader Barbalho Filho, com R$ 741,5 milhões bloqueados; o dos Transportes, chefiado por Renan Filho, com R$ 679 milhões contingenciados; e o da Defesa, sob responsabilidade de José Múcio, com restrição de R$ 446,5 milhões.
Por outro lado, o Ministério da Administração e da Renovação em Serviços Públicos, da ministra Esther Dweck, é o menos afetado, com R$ 36,3 milhões bloqueados.
Veja os bloqueios por ministério:
Ministério da Agricultura e Pecuária
105.495.733
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
118.795.196
Ministério da Fazenda
94.396.183
Ministério da Justiça e Segurança Pública
65.597.347
Ministério das Relações Exteriores
69.297.198
Ministério dos Transportes
678.972.542
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
36.298.532
Ministério do Planejamento e Orçamento
37.098.500
Ministério da Defesa
446.481.944
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional
179.792.729
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
281.688.608
Ministério das Cidades
741.470.014
Ministério de Portos e Aeroportos
52.297.885
Total
2.907.682.411
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
Antes do pedido de vista, o placar estava 4 a 0 pela ampliação do foro. O ministro Alexandre de Moraes antecipou seu voto
Além do relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli também votaram no Supremo Tribunal Federal (STF) para alterar o atual entendimento sobre o foro privilegiado de autoridades.
O ministro Gilmar Mendes propôs que, quando se tratar de crime praticado no exercício da função, o foro privilegiado deve ser mantido mesmo após a autoridade deixar o cargo. Isso valeria para casos de renúncia, não reeleição, cassação, entre outros.
Até o momento, o placar está 5 a 0 pela ampliação do foro privilegiado. O presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso. Antes do pedido de vista, o placar estava 4 a 0 pela ampliação do foro. O ministro Moraes antecipou seu voto.
O pedido de vista de Barroso suspende o julgamento. Os ministros podem até apresentar novos votos, mas a análise só será concluída com o voto de Barroso. Os votos podem ser inseridos no sistema virtual até o dia 8 de abril.
A proposta de mudança na regra está sendo discutida em dois casos no Supremo. O ministro Gilmar Mendes é o relator.
No primeiro, os ministros julgam um habeas corpus do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que pede para levar ao STF a competência sobre uma denúncia contra ele, apresentada à Justiça Federal.
O outro caso é um inquérito que investiga a ex-senadora Rose de Freitas (MDB-ES) por corrupção passiva, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A nova tese proposta por Mendes nos dos casos é a seguinte:
“A prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício”.
Mendes também defende que, no fim do mandato, o investigado deve perder o foro se os crimes foram praticados antes de assumir o cargo ou não possuírem relação com o exercício da função.
O ministro Cristiano Zanin destacou em seu voto que a competência de julgamento é fixada quando o crime é cometido, mesmo que a pessoa já não esteja mais no cargo no momento da análise do caso.
– A perpetuação da jurisdição para o julgamento de crimes praticados no exercício do cargo e vinculados às funções desempenhadas estabiliza o foro próprio e previne manipulações e manobras passíveis de acontecer por ato voluntário do agente público – disse Zanin.
Segundo Zanin, “é necessário reforçar que as prerrogativas instituídas em benefício das instituições públicas se consolidaram por imposição constitucional, e não por capricho de um ou outro aplicador da lei que, por deliberação autônoma e volitiva, optou por assimilar jurisdições especiais. A admissão do instituto, já pontuei no voto, foi da Constituição Federal”.
Em 2018, o plenário do Supremo restringiu o foro privilegiado. Ficou definido que só devem ser investigados na Corte crimes praticados durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo.
Com isso, passou a valer o entendimento de que devem ser enviados para a primeira instância da Justiça todos os processos criminais que se refiram a crimes cometidos antes do cargo ou os cometidos no cargo, mas que não tenham relação com a função.
Quando o parlamentar deixa a função, os ministros repassam os casos para outra instância. Só ficam no Supremo as ações em estágio avançado, aquelas em que o réu já foi intimado para apresentar a sua defesa final.
Antes, inquérito ou ação penal que envolvia parlamentar eram repassados ao STF, mesmo que tratassem de fatos anteriores ao mandato.
A nova tese proposta por Mendes é a seguinte: a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício.
Decano do STF, Gilmar disse que a restrição do foro privilegiado foi adotada a partir de argumentos equivocados e que é preciso retomar o sistema.
“A compreensão anterior, que assegurava o foro privativo mesmo após o afastamento do cargo, era mais fiel ao objetivo de preservar a capacidade de decisão do seu ocupante. Essa orientação deve ser resgatada”, disse.
Para o ministro, “o entendimento atual reduz indevidamente o alcance da prerrogativa de foro, distorcendo seus fundamentos e frustrando o atendimento dos fins perseguidos pelo legislador. Mas não é só. Ele também é contraproducente, por causar flutuações de competência no decorrer das causas criminais e por trazer instabilidade para o sistema de Justiça”.
Em seu voto, Mendes disse que o foro privilegiado é uma prerrogativa do cargo, e não um privilégio pessoal, portanto, deve permanecer mesmo com o fim da função.
“Afinal, a saída do cargo não ofusca as razões que fomentaram a outorga de competência originária aos Tribunais. O que ocorre é justamente o contrário. É nesse instante que adversários do ex-titular da posição política possuem mais condições de exercer influências em seu desfavor, e a prerrogativa de foro se torna mais necessária para evitar perseguições e maledicências”, disse.
Segundo o ministro, “essa justificativa é ainda mais adequada no contexto atual. Numa sociedade altamente polarizada, marcada pela radicalização dos grupos políticos e pelo revanchismo de parte a parte, a prerrogativa de foro se torna ainda mais fundamental para a estabilidade das instituições democráticas”.
O relator afirmou ainda que o julgamento das ações penais dos acusados de executarem os atos golpistas do dia 8 de janeiro mostra que o Supremo fez avanços estruturais para evitar atrasos nos processos, como análises pelo plenário virtual.
– A eficiência do Poder Judiciário deve ser fomentada não pela restrição de prerrogativas instituídas em benefício das instituições públicas, mas sim por alterações estruturais que tragam mais racionalidade para a tramitação dos processos. O Tribunal tem promovido constantes reformas regimentais para alcançar esse objetivo – afirmou.
E completou: “As medidas implementadas produziram resultados tangíveis, como demonstram as ações penais sobre os ataques de 8 de janeiro, cuja instrução ocorreu num bom ritmo, sem sobressaltos e com rigorosa observância do direito de defesa. A experiência recente revela não somente que o Tribunal está preparado para instruir e julgar ações penais complexas, envolvendo detentores de prerrogativa de foro. Ela também comprova que o exercício dessa competência não engessa o funcionamento da Corte nem ofusca suas demais funções institucionais, como a jurisdição constitucional”.
Mendes disse ainda que o objetivo do foro é “a proteção da dignidade de determinados cargos públicos, garantindo tranquilidade e autonomia ao seu titular. Tenho para mim que argumentos pragmáticos, como a pretensão de maior eficiência, não autorizam que a previsão do foro especial seja esvaziada pela via interpretativa”.
Os ministros julgam a proposta de Mendes no plenário virtual. Os votos podem ser inseridos até o dia 8 de abril.
O caso envolve um habeas corpus do senador Zequinha Marinho (PL-PA), que pediu para ter sua situação analisada no Supremo.
Ele é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de que, entre 2007 e 2015, no exercício do cargo de deputado federal, teria exigido que servidores de seu gabinete depositassem mensalmente 5% de seus salários nas contas do partido, sob pena de exoneração.
A defesa alega que o STF é o tribunal competente para julgar o caso porque ele ocupou sem interrupção funções com foro, exercendo mandatos de deputado federal (2007-2011 e 2011-2015), vice-governador do Pará (2015-2018), e senador da República, a partir de 2019.
Para o ministro, o caso de Zequinha Marinho revela os problemas do atual sistema do foro.
– No total, da instauração do inquérito policial até hoje, já se passou mais de uma década, mas ainda não se concluiu a instrução processual. Não houve nem mesmo o interrogatório do réu. Esse andar trôpego é um retrato sem filtro dos prejuízos que podem ser gerados pelo entendimento atual, que, com a devida vênia, traz instabilidade para o andamento das investigações e ações penais – disse.
Mendes diz que “é necessário avançar no tema, para estabelecer um critério geral mais abrangente, focado na natureza do fato criminoso, e não em elementos que podem ser manobrados pelo acusado (permanência no cargo)”.
O pastor Silas Malafaia faz declarações contundentes, sugerindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) terá consequências caso ele ou o ex-presidente Jair Bolsonaro sejam presos. Suas palavras geram repercussão e levantam questões sobre os limites do discurso político e da liberdade de expressão.
Em um discurso fervoroso, Malafaia expressa preocupações em relação à sua própria segurança jurídica e à de Bolsonaro, sugerindo que prisões de ambos podem resultar em uma reação pública contrária ao STF. O pastor não hesita em confrontar o Judiciário, colocando em evidência os embates entre poderes no país.
As declarações do pastor são interpretadas como uma espécie de desafio ao STF, instigando questionamentos sobre possíveis repercussões legais e sociais de seus comentários.
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e organizador do ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda refutou críticas e acusações de “perseguição” após seu discurso na Avenida Paulista, onde criticou o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pastor alerta para o “perigo” à democracia e confronta as acusações, sugerindo que seus críticos se acostumaram com a mentira por falta de caráter. Segundo a colunista Bela Megale do jornal O Globo, a Polícia Federal está considerando incluir Malafaia em um inquérito sobre a tentativa de golpe no país, motivado por seu discurso pró-Bolsonaro.
Malafaia republica parte do discurso em que destaca não ter ido ao ato para atacar o STF, mas sim para expor eventos passados que, segundo ele, evidenciam uma suposta tentativa de prender o ex-presidente Bolsonaro e destruir o Estado Democrático de Direito.
O pastor faz uma retrospectiva, mencionando a manifestação de 7 de setembro de 2021 e o caso do falecimento de Cleriston Pereira da Cunha, que, segundo Malafaia, morreu após ser preso e não receber liberação mesmo estando doente, responsabilizando Alexandre de Moraes por sua morte.
Na última quinta (28), a apresentadora Nadja Haddad foi hospitalizada devido a um encurtamento do colo do útero. Grávida de gêmeos aos 43 anos, ela compartilhou seu estado de saúde através do Instagram.
Internada no hospital Pro Matre, no centro de São Paulo, ela tranquilizou seus seguidores: “Olha onde eu vim parar, mas ainda bem que vim”. “Não se preocupem. Está tudo sob controle, está tudo muito bem, mas gravidez de gêmeos gera alguns desconfortos e alguns imprevistos”, adicionou.
Na semana anterior, a apresentadora relatou que foi fazer uma ultrassonografia, revelando o encurtamento do colo do útero, uma ocorrência comum em gestações de gêmeos. Sua médica recomendou que fosse ao hospital imediatamente, o local onde os bebês nascerão.
Após realizar um procedimento, Nadja explicou que está em repouso absoluto no hospital, mas ressaltou que os bebês estão bem. Ela informou aos seguidores que se ausentará temporariamente das redes sociais, mas garantiu que programou conteúdo para os próximos dias. Encerrou pedindo orações e assegurando que “está tudo bem, tudo sob controle”.
Em jogo
válido pela terceira rodada da Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal,
a equipe do Apucarana Futsal bateu o Paraná Clube por 6 gols a 3 e segue
liderando a competição com nove pontos em três jogos disputados. Com presença
de bom público, o jogo aconteceu nesta quinta-feira (28), à noite, no Complexo
Esportivo Áureo Caixote na região leste da cidade.
Marquinhos
(2), Juninho, Dodô, Rafinha e Lucão contra marcaram os gols do Apucarana e
Berlezi, Renan e Bruninho descontaram para o Paraná Clube.
Na vitória
desta quinta-feira o técnico Cleber Paraná utilizou Olavo, Pedro, Bruno,
Juninho, Dani, Ganso, Gauchinho, Dodô, Marquinhos, Rafinha e Lucas Hirose.
O Apucarana
volta as quadras no sábado (7), em Guaíra contra a equipe local.O jogo está marcado para o Ginásio Robinson
Reis com início às 20 horas.
A rodada
teve início na quarta-feira (27) com empate entre Medianeira e Terra Boa por 2
a 2.Nesta quinta-feira, ainda, tivemos
APAF 05 x 02 Palmas e Santa Helena 02 x 03 Fazenda Futsal. A rodada será
completada neste sábado (30) com seguintes jogos:
Missal x São
Joseense
Cianorte x
Guaíra
ACAU x
Manoel Ribas
ABF/Beltrão
x Itaipulândia
A Série
Prata conta com 16 equipes participantes, são elas:
Apucarana
Santa Helena
Medianeira
Cianorte
São José
Missal
APAF
Palmas
Guaíra
Terra Boa
Paraná Clube
Manoel Ribas
Itaipulândia
Fazenda
Futsal
ABF/Beltrão
ACAU de
União da Vitória
Na primeira
fase, as equipes jogam entre si em turno único, classificando as 12 melhores
para a fase seguinte da competição.
O jogo desta
quinta-feira no “Áureo Caixote” teve a transmissão do Apucarana Futsal por meio
do seu Canal no YouTube. A narração foi do locutor esportivo Regis Martins com
comentários do ex-goleiro de futsal do Apucarana Julio Tamura.
Preocupação do então coordenador da Lava Jato com o acordo de leniência da empresa foi repassada aos procuradores da Operação Greenfield
O ex-procurador e
ex-deputado Deltan Dallagnol influenciou a inclusão de uma cláusula no acordo
de leniência firmado pelo Ministério Público Federal (MPF) com a J&F no
âmbito da Operação Greenfield, quando ocupava o cargo de coordenador da Lava
Jato, diz a jornalistaBela Megale em
sua coluna no jornal O Globo. “Os dados estão em novos trechos das conversas do
grupo de Telegram que reunia procuradores das forças-tarefas das duas
operações. As mensagens foram registradas apenas duas semanas antes de o acordo
ser fechado”, destaca a reportagem.
Na conversa, Dallagnol manifestou sua preocupação com o
fato de a J&F estar negociando acordos de leniência de forma simultânea no
Brasil e nos Estados Unidos. “Concordo que a leniência tem que ser alta, mas
não dá para fechar valores antes dos EUA, sob pena de passar vergonha
histórica. Porque fecha aqui por 6 e depois os EUA fecham em 60 e ficamos com
cara de trouxa”, diz Dallagnol em uma das mensagens.
O alerta de Dallagnol foi feito pouco após o procurador Andrey
Borges de Mendonça, que estava envolvido diretamente nas negociações com a
J&F, “avaliar que o momento seria ideal para impor condições à J&F, que
estava pressionada após o vazamento e a quebra do sigilo dos acordos de
colaboração premiada dos executivos do grupo”. Diante dessa situação, foi
incluída uma cláusula no acordo de leniência que proibia a empresa de concordar
com multas e ressarcimentos em valores superiores aos estipulados no acordo com
o MPF, sob pena de rescisão do acordo.
A multa acordada com as autoridades americanas foi de US$
128 milhões, representando cerca de 6% da multa acordada com o MPF brasileiro,
que totalizou R$ 10,3 bilhões. Em dezembro de 2023, o ministro Dias Toffoli, do
Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu temporariamente a multa bilionária em
função das dúvidas sobre a voluntariedade da empresa ao firmar o acordo de
leniência com o MPF.
Tanto Dallagnol quanto Mendonça não
reconhecem a autenticidade das mensagens do Telegram, que vieram à tona por
meio de um ataque hacker. Dallagnol enfatizou que, se as mensagens forem
autênticas, refletem apenas uma preocupação legítima dos procuradores em
garantir que o Brasil fosse o principal beneficiário da devolução dos valores
pela empresa.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo