sexta-feira, 29 de março de 2024

Zanin, Dino, Moraes e Toffoli acompanham o relator Gilmar Mendes e votam pela ampliação do foro privilegiado para autoridades

 Antes do pedido de vista, o placar estava 4 a 0 pela ampliação do foro. O ministro Alexandre de Moraes antecipou seu voto

Além do relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli também votaram no Supremo Tribunal Federal (STF) para alterar o atual entendimento sobre o foro privilegiado de autoridades.

O ministro Gilmar Mendes propôs que, quando se tratar de crime praticado no exercício da função, o foro privilegiado deve ser mantido mesmo após a autoridade deixar o cargo. Isso valeria para casos de renúncia, não reeleição, cassação, entre outros.

Até o momento, o placar está 5 a 0 pela ampliação do foro privilegiado. O presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso. Antes do pedido de vista, o placar estava 4 a 0 pela ampliação do foro. O ministro Moraes antecipou seu voto.

O pedido de vista de Barroso suspende o julgamento. Os ministros podem até apresentar novos votos, mas a análise só será concluída com o voto de Barroso. Os votos podem ser inseridos no sistema virtual até o dia 8 de abril.

A proposta de mudança na regra está sendo discutida em dois casos no Supremo. O ministro Gilmar Mendes é o relator.

No primeiro, os ministros julgam um habeas corpus do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que pede para levar ao STF a competência sobre uma denúncia contra ele, apresentada à Justiça Federal.

O outro caso é um inquérito que investiga a ex-senadora Rose de Freitas (MDB-ES) por corrupção passiva, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A nova tese proposta por Mendes nos dos casos é a seguinte:

“A prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício”.

Mendes também defende que, no fim do mandato, o investigado deve perder o foro se os crimes foram praticados antes de assumir o cargo ou não possuírem relação com o exercício da função.

O ministro Cristiano Zanin destacou em seu voto que a competência de julgamento é fixada quando o crime é cometido, mesmo que a pessoa já não esteja mais no cargo no momento da análise do caso.

– A perpetuação da jurisdição para o julgamento de crimes praticados no exercício do cargo e vinculados às funções desempenhadas estabiliza o foro próprio e previne manipulações e manobras passíveis de acontecer por ato voluntário do agente público – disse Zanin.

Segundo Zanin, “é necessário reforçar que as prerrogativas instituídas em benefício das instituições públicas se consolidaram por imposição constitucional, e não por capricho de um ou outro aplicador da lei que, por deliberação autônoma e volitiva, optou por assimilar jurisdições especiais. A admissão do instituto, já pontuei no voto, foi da Constituição Federal”.

Em 2018, o plenário do Supremo restringiu o foro privilegiado. Ficou definido que só devem ser investigados na Corte crimes praticados durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo.

Com isso, passou a valer o entendimento de que devem ser enviados para a primeira instância da Justiça todos os processos criminais que se refiram a crimes cometidos antes do cargo ou os cometidos no cargo, mas que não tenham relação com a função.

Quando o parlamentar deixa a função, os ministros repassam os casos para outra instância. Só ficam no Supremo as ações em estágio avançado, aquelas em que o réu já foi intimado para apresentar a sua defesa final.

Antes, inquérito ou ação penal que envolvia parlamentar eram repassados ao STF, mesmo que tratassem de fatos anteriores ao mandato.

A nova tese proposta por Mendes é a seguinte: a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício.

Decano do STF, Gilmar disse que a restrição do foro privilegiado foi adotada a partir de argumentos equivocados e que é preciso retomar o sistema.

“A compreensão anterior, que assegurava o foro privativo mesmo após o afastamento do cargo, era mais fiel ao objetivo de preservar a capacidade de decisão do seu ocupante. Essa orientação deve ser resgatada”, disse.

Para o ministro, “o entendimento atual reduz indevidamente o alcance da prerrogativa de foro, distorcendo seus fundamentos e frustrando o atendimento dos fins perseguidos pelo legislador. Mas não é só. Ele também é contraproducente, por causar flutuações de competência no decorrer das causas criminais e por trazer instabilidade para o sistema de Justiça”.

Em seu voto, Mendes disse que o foro privilegiado é uma prerrogativa do cargo, e não um privilégio pessoal, portanto, deve permanecer mesmo com o fim da função.

“Afinal, a saída do cargo não ofusca as razões que fomentaram a outorga de competência originária aos Tribunais. O que ocorre é justamente o contrário. É nesse instante que adversários do ex-titular da posição política possuem mais condições de exercer influências em seu desfavor, e a prerrogativa de foro se torna mais necessária para evitar perseguições e maledicências”, disse.

Segundo o ministro, “essa justificativa é ainda mais adequada no contexto atual. Numa sociedade altamente polarizada, marcada pela radicalização dos grupos políticos e pelo revanchismo de parte a parte, a prerrogativa de foro se torna ainda mais fundamental para a estabilidade das instituições democráticas”.

O relator afirmou ainda que o julgamento das ações penais dos acusados de executarem os atos golpistas do dia 8 de janeiro mostra que o Supremo fez avanços estruturais para evitar atrasos nos processos, como análises pelo plenário virtual.

– A eficiência do Poder Judiciário deve ser fomentada não pela restrição de prerrogativas instituídas em benefício das instituições públicas, mas sim por alterações estruturais que tragam mais racionalidade para a tramitação dos processos. O Tribunal tem promovido constantes reformas regimentais para alcançar esse objetivo – afirmou.

E completou: “As medidas implementadas produziram resultados tangíveis, como demonstram as ações penais sobre os ataques de 8 de janeiro, cuja instrução ocorreu num bom ritmo, sem sobressaltos e com rigorosa observância do direito de defesa. A experiência recente revela não somente que o Tribunal está preparado para instruir e julgar ações penais complexas, envolvendo detentores de prerrogativa de foro. Ela também comprova que o exercício dessa competência não engessa o funcionamento da Corte nem ofusca suas demais funções institucionais, como a jurisdição constitucional”.

Mendes disse ainda que o objetivo do foro é “a proteção da dignidade de determinados cargos públicos, garantindo tranquilidade e autonomia ao seu titular. Tenho para mim que argumentos pragmáticos, como a pretensão de maior eficiência, não autorizam que a previsão do foro especial seja esvaziada pela via interpretativa”.

Os ministros julgam a proposta de Mendes no plenário virtual. Os votos podem ser inseridos até o dia 8 de abril.

O caso envolve um habeas corpus do senador Zequinha Marinho (PL-PA), que pediu para ter sua situação analisada no Supremo.

Ele é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de que, entre 2007 e 2015, no exercício do cargo de deputado federal, teria exigido que servidores de seu gabinete depositassem mensalmente 5% de seus salários nas contas do partido, sob pena de exoneração.

A defesa alega que o STF é o tribunal competente para julgar o caso porque ele ocupou sem interrupção funções com foro, exercendo mandatos de deputado federal (2007-2011 e 2011-2015), vice-governador do Pará (2015-2018), e senador da República, a partir de 2019.

Para o ministro, o caso de Zequinha Marinho revela os problemas do atual sistema do foro.

– No total, da instauração do inquérito policial até hoje, já se passou mais de uma década, mas ainda não se concluiu a instrução processual. Não houve nem mesmo o interrogatório do réu. Esse andar trôpego é um retrato sem filtro dos prejuízos que podem ser gerados pelo entendimento atual, que, com a devida vênia, traz instabilidade para o andamento das investigações e ações penais – disse.  

Mendes diz que “é necessário avançar no tema, para estabelecer um critério geral mais abrangente, focado na natureza do fato criminoso, e não em elementos que podem ser manobrados pelo acusado (permanência no cargo)”.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.  

VÍDEO – Malafaia ameaça STF se ele e Bolsonaro forem presos: ‘Vai ficar bonito ao contrário’

 

Pastor Silas Malafaia. Foto: Divulgação

O pastor Silas Malafaia faz declarações contundentes, sugerindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) terá consequências caso ele ou o ex-presidente Jair Bolsonaro sejam presos. Suas palavras geram repercussão e levantam questões sobre os limites do discurso político e da liberdade de expressão.

Em um discurso fervoroso, Malafaia expressa preocupações em relação à sua própria segurança jurídica e à de Bolsonaro, sugerindo que prisões de ambos podem resultar em uma reação pública contrária ao STF. O pastor não hesita em confrontar o Judiciário, colocando em evidência os embates entre poderes no país.

As declarações do pastor são interpretadas como uma espécie de desafio ao STF, instigando questionamentos sobre possíveis repercussões legais e sociais de seus comentários.

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e organizador do ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda refutou críticas e acusações de “perseguição” após seu discurso na Avenida Paulista, onde criticou o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais nesta terça-feira (26), Malafaia reage às polêmicas, afirmando que está sendo alvo de ameaças simplesmente por narrar a história do Brasil. Ele destaca que pode ser “indiciado” pelo discurso feito na Paulista, mas defende sua posição, argumentando que não atacou o STF, apenas expôs fatos históricos.

O pastor alerta para o “perigo” à democracia e confronta as acusações, sugerindo que seus críticos se acostumaram com a mentira por falta de caráter. Segundo a colunista Bela Megale do jornal O Globo, a Polícia Federal está considerando incluir Malafaia em um inquérito sobre a tentativa de golpe no país, motivado por seu discurso pró-Bolsonaro.

Malafaia republica parte do discurso em que destaca não ter ido ao ato para atacar o STF, mas sim para expor eventos passados que, segundo ele, evidenciam uma suposta tentativa de prender o ex-presidente Bolsonaro e destruir o Estado Democrático de Direito.

O pastor faz uma retrospectiva, mencionando a manifestação de 7 de setembro de 2021 e o caso do falecimento de Cleriston Pereira da Cunha, que, segundo Malafaia, morreu após ser preso e não receber liberação mesmo estando doente, responsabilizando Alexandre de Moraes por sua morte.

Fonte: DCM

Grávida de gêmeos, Nadja Haddad é internada às pressas


A apresentadora Nadja Haddad. Foto: Reprodução

 Na última quinta (28), a apresentadora Nadja Haddad foi hospitalizada devido a um encurtamento do colo do útero. Grávida de gêmeos aos 43 anos, ela compartilhou seu estado de saúde através do Instagram.

Internada no hospital Pro Matre, no centro de São Paulo, ela tranquilizou seus seguidores: “Olha onde eu vim parar, mas ainda bem que vim”. “Não se preocupem. Está tudo sob controle, está tudo muito bem, mas gravidez de gêmeos gera alguns desconfortos e alguns imprevistos”, adicionou.

Na semana anterior, a apresentadora relatou que foi fazer uma ultrassonografia, revelando o encurtamento do colo do útero, uma ocorrência comum em gestações de gêmeos. Sua médica recomendou que fosse ao hospital imediatamente, o local onde os bebês nascerão.

Após realizar um procedimento, Nadja explicou que está em repouso absoluto no hospital, mas ressaltou que os bebês estão bem. Ela informou aos seguidores que se ausentará temporariamente das redes sociais, mas garantiu que programou conteúdo para os próximos dias. Encerrou pedindo orações e assegurando que “está tudo bem, tudo sob controle”.

Fonte: DCM

FUTSAL SÉRIE PRATA: Apucarana bate o Paraná Clube no “Áureo Caixote” e segue líder


Em jogo válido pela terceira rodada da Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal, a equipe do Apucarana Futsal bateu o Paraná Clube por 6 gols a 3 e segue liderando a competição com nove pontos em três jogos disputados. Com presença de bom público, o jogo aconteceu nesta quinta-feira (28), à noite, no Complexo Esportivo Áureo Caixote na região leste da cidade.

Marquinhos (2), Juninho, Dodô, Rafinha e Lucão contra marcaram os gols do Apucarana e Berlezi, Renan e Bruninho descontaram para o Paraná Clube.

Na vitória desta quinta-feira o técnico Cleber Paraná utilizou Olavo, Pedro, Bruno, Juninho, Dani, Ganso, Gauchinho, Dodô, Marquinhos, Rafinha e Lucas Hirose.

O Apucarana volta as quadras no sábado (7), em Guaíra contra a equipe local.  O jogo está marcado para o Ginásio Robinson Reis com início às 20 horas.

A rodada teve início na quarta-feira (27) com empate entre Medianeira e Terra Boa por 2 a 2.  Nesta quinta-feira, ainda,  tivemos APAF 05 x 02 Palmas e Santa Helena 02 x 03 Fazenda Futsal. A rodada será completada neste sábado (30) com seguintes jogos:

Missal x São Joseense

Cianorte x Guaíra

ACAU x Manoel Ribas

ABF/Beltrão x Itaipulândia

A Série Prata conta com 16 equipes participantes, são elas:

Apucarana

Santa Helena

Medianeira

Cianorte

São José

Missal

APAF

Palmas

Guaíra

Terra Boa

Paraná Clube

Manoel Ribas

Itaipulândia

Fazenda Futsal

ABF/Beltrão

ACAU de União da Vitória

Na primeira fase, as equipes jogam entre si em turno único, classificando as 12 melhores para a fase seguinte da competição.

O jogo desta quinta-feira no “Áureo Caixote” teve a transmissão do Apucarana Futsal por meio do seu Canal no YouTube. A narração foi do locutor esportivo Regis Martins com comentários do ex-goleiro de futsal do Apucarana Julio Tamura.

 

 

MPF inseriu cláusula em acordo de leniência com a J&F após interferência de Dallagnol

 Preocupação do então coordenador da Lava Jato com o acordo de leniência da empresa foi repassada aos procuradores da Operação Greenfield

Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 O ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol influenciou a inclusão de uma cláusula no acordo de leniência firmado pelo Ministério Público Federal (MPF) com a J&F no âmbito da Operação Greenfield, quando ocupava o cargo de coordenador da Lava Jato, diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. “Os dados estão em novos trechos das conversas do grupo de Telegram que reunia procuradores das forças-tarefas das duas operações. As mensagens foram registradas apenas duas semanas antes de o acordo ser fechado”, destaca a reportagem.

Na conversa, Dallagnol manifestou sua preocupação com o fato de a J&F estar negociando acordos de leniência de forma simultânea no Brasil e nos Estados Unidos. “Concordo que a leniência tem que ser alta, mas não dá para fechar valores antes dos EUA, sob pena de passar vergonha histórica. Porque fecha aqui por 6 e depois os EUA fecham em 60 e ficamos com cara de trouxa”, diz Dallagnol em uma das mensagens.

O alerta de Dallagnol foi feito pouco após o procurador Andrey Borges de Mendonça, que estava envolvido diretamente nas negociações com a J&F, “avaliar que o momento seria ideal para impor condições à J&F, que estava pressionada após o vazamento e a quebra do sigilo dos acordos de colaboração premiada dos executivos do grupo”. Diante dessa situação, foi incluída uma cláusula no acordo de leniência que proibia a empresa de concordar com multas e ressarcimentos em valores superiores aos estipulados no acordo com o MPF, sob pena de rescisão do acordo.

A multa acordada com as autoridades americanas foi de US$ 128 milhões, representando cerca de 6% da multa acordada com o MPF brasileiro, que totalizou R$ 10,3 bilhões. Em dezembro de 2023, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu temporariamente a multa bilionária em função das dúvidas sobre a voluntariedade da empresa ao firmar o acordo de leniência com o MPF.

Tanto Dallagnol quanto Mendonça não reconhecem a autenticidade das mensagens do Telegram, que vieram à tona por meio de um ataque hacker. Dallagnol enfatizou que, se as mensagens forem autênticas, refletem apenas uma preocupação legítima dos procuradores em garantir que o Brasil fosse o principal beneficiário da devolução dos valores pela empresa.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

Barroso pede vista e julgamento sobre ampliação do foro privilegiado é suspenso no STF

 

Antes do julgamento ser suspenso, os ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin haviam votado pela ampliação do alcance do foro por prerrogativa de função

Ministro Luis Roberto Barroso, do STF
Ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Foto: Carlos Alves Moura/SCO/STF)


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin acompanhou o voto do ministro Gilmar Mendes para ampliar o alcance do foro por prerrogativa de função, o chamado “foro privilegiado”. A análise do caso, porém, foi suspensa após o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, pedir vista durante a votação para decidir se a regra do foro privilegiado a autoridades seria ampliada, mesmo após a saída do cargo, quando se tratar de crimes funcionais. Com o pedido do ministro, o plenário da Corte tem mais 90 dias para analisar o assunto.

Segundo o jornal O Globo, ao votar pela ampliação do foro, Zanin disse seguir “integralmente” a posição do relator Gilmar Mendes e enfatizou que a competência de julgamento é estabelecida no momento em que o crime é cometido “com aplicação imediata, no sentido de que ‘a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício'".

Em 2018, o Supremo decidiu restringir o foro privilegiado, determinando que somente casos de deputados e senadores que tivessem cometido crimes durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo deveriam tramitar na Corte. Antes disso, qualquer inquérito ou ação penal contra parlamentares, mesmo anteriores ao mandato, eram transferidos para o tribunal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Macron diz que cabe a Lula decidir sobre convite a Putin para o G20: 'Não tenho lição para dar'

 "Se houver um encontro que pode ser útil, é necessário fazê-lo. Se é um encontro que não é útil e vai provocar divisão, me parece não ser necessário fazê-lo", disse Emmanuel Macron

Lula e Emmanuel Macron
Lula e Emmanuel Macron (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Sputnik - A visita de Emmanuel Macron ao Brasil acabou nesta sexta-feira (29). Ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiveram uma agenda de três dias em diversos pontos do país. O líder francês relacionou o eventual convite de Lula a Putin no G20 ao seu convite ao presidente russo para evento do G7.

Na quinta-feira (28), ao falar sobre a presidência do Brasil no G20, Macron disse a Lula que cabe ao líder decidir sobre um eventual convite ao presidente Vladimir Putin para a cúpula do grupo em novembro no Rio de Janeiro.

Segundo Macron, o tema deve ser abordado levando em conta "a liberdade de quem convida e o respeito de todos" do G20, relata a Folha de S.Paulo.

"Eu não tenho lição para dar a ninguém, mas quando o presidente Lula convida, ele é responsável pelos seus convites", disse Macron.

O líder francês usou como exemplo a reunião do G7 em 2019, na França, quando ele convidou Putin para uma reunião dias antes da cúpula do clube de países ricos.

Segundo Macron, ao levar a possibilidade de convidar o presidente russo para o G7, houve reação dos demais membros do grupo: "Coloquei-me a mesma questão em 2019, no momento do G7. Colocamo-nos a mesma questão, de convidar o presidente Putin. A situação era menos grave [...]."

"Jamais tive consenso dos outros [membros do G7]. Alguns me disseram: 'Se você o chamar, eu não irei.' Isso será um bloqueio. Então o que ocorreu é que eu tomei uma decisão de convidar o presidente Putin a Brégançon, vocês se lembram talvez. Eu tentei chegar a um resultado, já que haveria o G7 algumas semanas depois. Penso que é uma questão legítima."

No entanto, a principal diferença do caso citado por Macron é que a Rússia não é parte do G7, mas integra o G20 como membro pleno. O líder francês destacou que as decisões do G20 são consensuais.

"Será um trabalho da diplomacia brasileira, nós faremos tudo para ajudar. Se houver um encontro que pode ser útil, é necessário fazê-lo. Se é um encontro que não é útil e vai provocar divisão, me parece não necessário fazê-lo. Estamos a serviço da paz e do interesse comum", afirmou.

Os dois líderes também conversaram sobre o conflito na Ucrânia. Ao lado de Macron, Lula voltou a defender a paz no conflito e disse que o Brasil segue neutro.

"[...] resolvemos não tomar lado porque nós queremos criar condições de voltar à mesa de negociação e dizer que a guerra só vai ter uma solução, que é a paz […]. A destruição, os gastos, os investimentos em armas são muito maiores do que os investimentos feitos para combater a fome, a desigualdade e a miséria."

Lula também relembrou que em 2003 declinou o convite do então presidente dos Estados Unidos, George Bush, para participar da invasão ao Iraque, já que seu compromisso sempre foi combater as desigualdades.

Já Macron afirmou que "a França quer o diálogo, quer voltar à mesa de negociações. Mas a França quer dizer que não somos fracos. Se houver uma escalada sem fim daqueles da agressão, nós temos de nos organizar para não ter que lamentar apenas".

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

 


Louis Gossett Jr., primeiro homem negro a vencer Oscar de ator coadjuvante, morre aos 87 anos

 

Ator fez história em 1983 quando se tornou o segundo homem negro, após o ator Sidney Poitier 19 anos antes, a vencer o Oscar

Louis Gossett Jr.
Louis Gossett Jr. (Foto: REUTERS/Mario Anzuoni)


Reuters - Louis Gossett Jr., o primeiro homem negro a receber o Oscar de melhor ator coadjuvante, morreu aos 87 anos, afirmou um comunicado da família nesta sexta-feira, sem informar a causa da morte.

O vencedor do Oscar teve papéis como um homem escravizado na minissérie de televisão “Raízes” ou um sargento de treinamento pragmático em “A Força do Destino”. Em “Sadat: O Guerrilheiro da Paz”, teve o papel principal, como um líder egípcio que alcança a paz com Israel.

Gossett, que também era produtor, diretor, ativista social e fundador da Fundação Eracism de combate ao racismo, morreu em um centro de reabilitação de Santa Monica, na Califórnia, segundo o jornal Washington Post.

"É com grande pesar que confirmamos que nosso amado pai morreu nesta manhã. Gostaríamos de agradecer a todos pelas suas condolências neste momento. Por favor, respeitem a privacidade da família durante este momento difícil", disse a família do ator em seu curto comunicado.

O ator alto e imponente fez história em 1983 quando se tornou apenas o segundo homem negro, após o ator Sidney Poitier 19 anos antes, a vencer o Oscar. Gossett levou para casa o prêmio de melhor ator coadjuvante pela sua interpretação do sargento Emil Foley, no drama romântico “A Força do Destino”.

"Mais do que tudo, foi uma grande afirmação da minha posição como ator negro”, disse Gossett, sobre o prêmio em seu livro de memórias, “An Actor and a Gentleman”, referência ao título original do filme que lhe rendeu o Oscar, “An Officer and a Gentleman” - Um Oficial e um Cavalheiro, em tradução livre.

No livro de 2010, Gossett escreveu abertamente sobre o racismo que encontrou no início de Hollywood, incluindo ser algemado a uma árvore depois de ser parado por caminhar em Beverly Hills à noite.

Ele também contou a dificuldade que enfrentou para conseguir emprego, a desigualdade salarial em relação aos atores brancos e a amargura e o ressentimento que levaram às batalhas contra as medicamentos e o álcool que ele acabou vencendo.

Gossett deixa dois filhos, Satie e Sharron.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Noblat: 'ao contrário do que falam os adversários, Lula vai muito bem'

 

Para o jornalista, “a popularidade de Lula vai bem” e que “se comparada com a de líderes das maiores potências do mundo, vai muito bem”

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


O jornalista Ricardo Noblat avalia, em sua coluna no Metrópoles, que “a popularidade de Lula vai bem” e que “se comparada com a de líderes das maiores potências do mundo, vai muito bem”. dados do Datafolha apontam que a rejeição do presidente Lula é de 33%. Já a do presidente da França, Emmanuel Macron, é de 71%, enquanto a de Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha, é de 73%. Nesta linha, dados publicados pelo jornal The New York Times, apontam que Yoon Suk Yeol (Coreia do Sul) e Fumio Kishida (Japão) registram 70% de rejeição e Rishi Sunak (Reino Unido), de 66%.

“Depois deles, vem Justin Trudeau (Canadá) com 59%, Joe Biden (EUA) com 54% e Alexander De Croo (Bélgica) com 46%. Sim, Biden não vai tão mal como parece, embora isso não garanta que ele poderá derrotar Donald Trump. Mais de 60 países — metade da população mundial — votarão ou já votaram este ano. Por que as pessoas estão tão chateadas com seus líderes? – pergunta o jornal. Algumas explicações são locais, mas quatro globais”, ressalta Noblat. As explicações globais estão ligadas à inflação, imigração, desigualdade e incumbência. 

“A favor de Lula tem o fato de que só governa há um ano e três meses. Mas pode pesar contra ele o fato de que já governou durante oito anos consecutivos, elegeu e reelegeu seu sucessor. Lula pensa em disputar mais um mandato. Aí é que o bicho pode pegar”, finaliza.

Fonte: Brasil 247

Por que católicos não comem carne na Sexta-Feira Santa


Abstinência de carne não tem relação com “corpo de cristo”. Foto: reprodução

A Sexta-Feira Santa é um dia reverenciado pelos católicos em todo o mundo, marcado não apenas pela abstinência de carne, mas também por profunda reflexão e compaixão. Contrariando uma concepção comum, a recomendação de evitar carne não está diretamente ligada à simbologia do “corpo de Cristo”, mas sim à promoção da caridade e introspecção espiritual.

A abstinência visa incentivar a prática da caridade. Historicamente, a carne foi um alimento de alto custo, e ao se abster dela, os fiéis são instigados a exercitar a compaixão e auxiliar os necessitados.

Nesse sentido, a privação de carne deve ser acompanhada por momentos de reflexão, oração e recolhimento, diminuindo a agitação cotidiana.

“Alguns transformaram a Sexta-feira Santa em uma peixada, dia de comer peixes nobres. Temos é de fazer a lembrança, reflexão espiritual. É um dia para que o corpo reze. Enquanto padre, sempre recordo que não é o dia da peixada. É dia de comer pouco”, disse o padre Anderson Batista Monteiro, professor de Teologia na PUC-RJ, em entrevista ao Uol.

Sexta-Feira Santa celebra a crucificação de Jesus Cristo, seguida por sua ressurreição. Foto: reprodução

Quanto à questão de se comer carne constitui um pecado, a opinião dos padres varia, não havendo consenso. A abstinência de carne é uma norma que favorece a espiritualidade, mas não está entre os 10 mandamentos, deixando espaço para interpretações individuais.

Embora a Sexta-Feira Santa esteja intrinsecamente ligada ao domingo de Páscoa, as datas têm significados distintos para cristãos e judeus. Enquanto os cristãos celebram a Sexta-Feira Santa como o dia da crucificação de Jesus, seguido de sua ressurreição no domingo de Páscoa, os judeus comemoram a Páscoa como a libertação do povo judaico da escravidão no Egito, conhecida como “Pessach”.

Ainda no catolicismo, a Sexta-Feira Santa faz parte da Semana Santa, período em que os católicos relembram os eventos finais da vida de Cristo. Desde o Domingo de Ramos, esse período é marcado pela entrada de Jesus em Jerusalém, até a quinta-feira, com a Última Ceia. 

Fonte: DCM

“Meu Deus do céu”: jornalista conta as reações de Lula e Janja aos memes com Macron

 

Daniela Lima na Globo News. (Foto: Reprodução)

Daniela Lima, âncora da Globonews, disse que durante sua participação no encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente francês Emmanuel Macron, aproveitou o momento para mostrar memes  dos chefes de Estado que repercutiram na web nesta semana.

A primeira-dama, Janja da Silva, também estava presente no momento e, segundo Lima, também participou do momento de descontração.

“Sabe o que eu fiz? Advinha? Eu só não tenho dois celulares se não a gente tinha registrado, passei o celular para Janja, que mostrou para Lula e para Macron o ‘Happy Wedding’, os memes”, disse Daniela.

“O Macron se divertiu horrores e o Lula ficou tipo ‘meu Deus do céu'”.

O encontro entre Lula e Macron ocorreu na terça-feira (26), em Belém, Pará. Na ocasião, os presidentes discutiram questões climáticas e preservação ambiental.

Fonte: DCM