sexta-feira, 29 de março de 2024

Jean Paul Prates anuncia renovação da frota da Petrobras, com contratação de 200 embarcações

 "Deste total, estima-se que haverá oportunidades de construção de até 38 novas embarcações", publicou o presidente da Petrobras, em um bom anúncio para a indústria naval brasileira

(Foto: ABR)

 Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates anunciou pelo X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (28) a intenção de renovar a frota naval da Petrobrás, com a contratação de 200 embarcações. "Deste total, estima-se que haverá oportunidades de construção de até 38 novas embarcações, para atendimento de novas demandas e parte para renovar a frota com unidades mais modernas e mais sustentáveis", disse Prates.

"Os processos de contratação serão divulgados nos próximos dias", disse Prates, antecipando alguns aspectos: "na primeira licitação que visa à construção de novos barcos, a previsão é contratar 12 embarcações de apoio do tipo PSV (Plataform Supply Vessel, Embarcação de Suprimento às Plataformas). Também está prevista a contratação de navios de cabotagem, FPSOs, embarcações para execução de atividades submarinas e de poços, além da atividade de descomissionamento de plataformas".

Coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar salientou à TV 247, em entrevista nesta sexta-feira (29), a importância de garantir que as embarcações que serão adquiridas pela Petrobras sejam produzidas no Brasil. "Há uma grande preocupação nossa, que inclusive foi manifestada ao presidente Lula, de que essas embarcações, caso o edital da Petrobrás não tenha alguns cuidados, que nós tenhamos o risco dessas embarcações serem contratadas fora do país. Nós não queremos que isso aconteça".

Leia abaixo o conteúdo publicado pela Agência Petrobras, com mais detalhes sobre as contratações: 

A Petrobras autorizou processos de contratação de embarcações de apoio para a logística de exploração e produção, com objetivo de atender a demanda de curto prazo para os anos de 2025 e 2026. Também aprovou a contratação de novos barcos de apoio para as demandas de longo prazo, cujas especificações técnicas terão foco em novas soluções tecnológicas de eficiência e redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE). Essas oportunidades marcam o início de uma série de contratações para atender ao Plano Estratégico da companhia.

A companhia estima que contratará cerca de 200 embarcações de apoio no período 2024-2028, tanto para a substituição de contratos vigentes, quanto para o incremento da frota. Deste total, estima-se que haverá oportunidades de construção de até 38 novas embarcações, para atendimento de novas demandas e parte para renovar a frota com unidades mais modernas e mais sustentáveis.

Os processos de contratação serão divulgados nos próximos dias. Na primeira licitação que visa à construção de novos barcos, a previsão é contratar 12 embarcações de apoio do tipo PSV (Plataform Supply Vessel, Embarcação de Suprimento às Plataformas).

Também está prevista a contratação de navios de cabotagem, FPSOs, embarcações para execução de atividades submarinas e de poços, além da atividade de descomissionamento de plataformas.

“Estamos em contato permanente com o mercado fornecedor e estudando as melhores estratégias de contratação que permitam suprir a demanda da Petrobras, mantendo a competitividade dos processos. Estamos também comprometidos com o desenvolvimento do nosso mercado fornecedor local, promovendo iniciativas que possam criar oportunidades para a indústria nacional”, declarou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

Os projetos que serão implementados pela Petrobras aquecerão a demanda da indústria offshore nacional. De acordo com o Plano Estratégico 2024-2028+ da companhia, o investimento em todas as suas atividades, de US$ 102 bilhões, vai gerar 280 mil empregos diretos e indiretos por ano.

Mais oportunidades - Está prevista, até 2028, 14 novos navios-plataformas, em diferentes etapas de construção, com oportunidades para a indústria offshore brasileira. Atualmente, a companhia conduz, considerando o cenário 2028+, seis processos de contratação de navios-plataforma do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês). Quatro são relacionados a afretamento (aluguel) de plataformas e dois são para unidades próprias da Petrobras, com demandas para construção de módulos no Brasil, atividade alinhada com a vocação da indústria offshore nacional.

A Petrobras contará com uma frota de, aproximadamente, 25 navios-sonda em 2024, usados em atividades de pesquisa de petróleo. Até 2028, a companhia prevê que a sua frota chegue a 30 sondas.

Nas atividades submarinas, as novas contratações de embarcações para o período 2024-2027 já estão em fase avançada de negociação nos processos de contratação vigentes, além da avaliação de oportunidades de longo prazo para esse segmento.

Na atividade de cabotagem, ou seja, o transporte de carga feito por navios nos limites da costa brasileira, para a recomposição de frota, existem estudos para aquisição de novos navios além dos tradicionais processos competitivos de afretamento. A frota atual da Petrobras é de 26 navios, e estão sendo estudados mais dezesseis entre diversos tipos, com potencial para serem construídos no horizonte do plano 2024-2028.

Os navios-plataforma de produção encerram o seu ciclo produtivo por meio de uma atividade chamada descomissionamento, da qual faz parte a reciclagem sustentável de seus materiais. Essa atividade também gera demanda para a indústria nacional. Até 2028, a Petrobras prevê descomissionar 23 plataformas, sendo 9 fixas e 14 flutuantes.

A variedade de demandas da Petrobras abre muitas oportunidades para a indústria offshore brasileira. Neste sentido, a companhia vem apresentando sua carteira de projetos, desde o ano passado, em diversos fórum de fornecedores, para que o mercado se prepare para as encomendas futuras.

Fonte: Brasil 247

Agência de inteligência francesa alerta sobre risco de atentado "em massa" na abertura dos Jogos Olímpicos

 

Agência de inteligência francesa (DGSI) teria pedido que o “formato” da abertura dos Jogos Olímpicos seja revisto para evitar um eventual ataque coordenado em 26 de julho

(Foto: REUTERS / PHILIPPE WOJAZER)


RFI - Durante uma reunião nesta quinta-feira (28) com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, a agência de inteligência francesa (DGSI) teria pedido que o “formato” da abertura dos Jogos Olímpicos seja revisto, de acordo com informações da rádio francesa Europe 1.

“Temos que pensar em um plano B”, disse uma fonte da DGSI à Europe 1. Para o serviço de Inteligência francês, manter o desfile dos atletas no rio Sena na abertura dos Jogos Olímpicos seria muito arriscado, principalmente depois do atentado perto de Moscou, reivindicado pela filial na Ásia Central do grupo Estado Islâmico.

O serviço de contraterrorismo francês quer evitar um eventual ataque coordenado em 26 de julho, dia da abertura dos Jogos, diante das câmeras do mundo todo. A França elevou seu risco de atentado terrorista para o nível máximo depois do ataque na Rússia.

A agência de inteligência francesa teria constatado uma movimentação “fora do normal” entre os suspeitos que chegam de países como Cazaquistão, Quirguistão e Turcomenistão. O grande temor da DGSI, segundo a Europe 1, é o retorno do “terrorismo em massa” à França, qui inclui a utilização de carros-bombas que podem ser ativados à distância, por exemplo.

Sem contar a preocupação, já existente, com os chamados “lobos solitários”, indivíduos radicalizados que decidem cometer ataques sozinhos, como foi o caso recentemente do atentado perto da Torre Eiffel.

Durante a reunião, Darmanin agradeceu aos agentes da DGSI "pelo empenho, sobretudo neste ano olímpico em que o nosso país vai organizar o maior evento do mundo e uma cerimônia de abertura inédita”, em uma mensagem publicada na rede X, no final do encontro.

A polícia, as Forças Armadas e a Inteligência francesas "estarão prontas" para garantir a segurança nos Jogos Olímpicos de Paris, afirmou o ministro do Interior francês na segunda-feira (25), depois que o plano Vigipirate foi elevado ao seu nível máximo.   

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, no Sena, já foi modificada levando em conta a segurança e terá metade dos espectadores em relação ao que foi inicialmente planejado.

No dia 5 de março, a diretora-geral de Segurança Interna, Céline Berthon, disse diante do Senado que "organizações terroristas que visam o Ocidente e, sem dúvida, à medida que o evento se aproxima, aproveitarão a oportunidade que representam os Jogos Olímpicos".  

As declarações foram feitas antes do ataque em uma sala de concertos perto de Moscou, que elevou o dispositivo Vigipirate ao seu nível máximo de "ataque de emergência", com 4.000 soldados adicionais, além dos 3.000 já destacados na França como parte da Operação Sentinela.

Países vão enviar reforços - Vários países estrangeiros, incluindo a Polônia, enviarão reforços militares e policiais para ajudar a garantir a segurança nos Jogos Olímpicos em Paris. "Várias nações vão enviar reforços em setores críticos, como cães farejadores”, informou o Ministério das Forças Armadas francês nesta quinta-feira (28), que não especificou quais países estão envolvidos na iniciativa.

Para garantir a segurança dos Jogos, quase 45.000 policiais e militares serão mobilizados na região parisiense para a cerimônia de abertura, dia 26 de julho. De acordo com os últimos dados, 18.000 soldados franceses foram mobilizados para os 19 dias de competição, além de cerca de 35.000 policiais e militares.  

Nesta quinta-feira, a Polônia anunciou sua participação. "As Forças Armadas polacas vão juntar-se à coligação internacional criada pela França para apoiar a preparação e a segurança dos Jogos Olímpicos de Verão de 2024", disse Wladyslaw Kosiniak-Kamysz na rede social X, sem especificar o número de soldados.

Segundo ele, o reforço inclui "cães farejadores" que terão a missão de "deteção de explosivos e operações de contraterrorismo". Segundo o porta-voz do Estado-Maior polonês, Joanna Klejszmit, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, Thierry Burkhard, visitou a Polônia nesta quinta-feira.   

A França solicitou no início de janeiro "46 parceiros estrangeiros" e "quase 2.185 reforços de forças de segurança interna", disse o Ministério do Interior à AFP nesta quinta-feira.

Durante a última Copa do Mundo de Rugby, policiais britânicos vieram para a França, e um total de 160 oficiais europeus participaram do evento. A Alemanha já indicou que enviará policiais para a Olimpíada.

O objetivo é "levar em conta a experiência do espectador, responder ao desafio de capacidade dos Jogos e reforçar a cooperação internacional", segundo o Ministério do Interior. A necessidade de cães farejadores detectarem, em particular, materiais explosivos, é essencial durante os Jogos Olímpicos, que acontecem de 26 de julho a 11 de agosto.

Na véspera do evento, "há tensão" no mercado canino, disse recentemente à AFP um funcionário do Centro Nacional de Treinamento de Unidades Caninas da Polícia Nacional (CNFUC), localizado a sudeste de Paris. 

Fonte: Brasil 247 com RFI

Robinho acumulou patrimônio milionário ao longo dos anos e registrou bens em nome dos parentes

 

Advogados alertam que essa prática, chamada de "simulação", pode ser interpretada como fraude em caso de condenação

Atacante Robinho. 15/12/2015
Atacante Robinho. 15/12/2015 (Foto: REUTERS/Toru Hanai)


Preso em Tremembé, interior de São Paulo, por estupro, o ex-atacante Robinho multiplicou seu patrimônio milionário ao longo dos anos. Documentos obtidos pelo UOL indicam que o patrimônio de Robinho e sua família cresceu significativamente nesse período. De acordo com os registros, o patrimônio familiar inclui um total de 20 imóveis e oito veículos, distribuídos nos nomes de Robinho, sua esposa e seus pais. No entanto, apenas alguns dos imóveis adquiridos nos últimos anos estão diretamente registrados em nome do ex-jogador. A defesa de Robinho não fez comentários sobre o assunto, e a esposa do jogador, Vivian Guglielmetti, também não se manifestou.

Desde 2014, Robinho e sua esposa adquiriram sete imóveis na região de Santos, totalizando um investimento de R$ 6,4 milhões. Estes imóveis se valorizaram ao longo do tempo, alcançando um valor estimado em mais de R$ 10 milhões atualmente. Curiosamente, seis desses imóveis estão registrados apenas em nome de Vivian, enquanto apenas um está exclusivamente em nome de Robinho. A escritura dos imóveis revela a existência de um pacto antenupcial datado de 2009, que estabelece o regime de separação total de bens no casamento. Este pacto prevê que cada cônjuge tem a livre administração de seus próprios bens, sem responsabilidade pelas dívidas contraídas pelo outro, antes ou depois do matrimônio.

Além dos imóveis, o casal também adquiriu seis veículos no período, totalizando um investimento próximo a R$ 1 milhão. Estes veículos estão registrados em nome da esposa, da empresa de Robinho ou até mesmo da mãe do jogador.

A movimentação de bens para nomes de parentes próximos durante um processo legal levanta questões legais. Advogados alertam que essa prática, chamada de "simulação", pode ser interpretada como fraude em caso de condenação. Por exemplo, em casos de indenizações por danos morais, a ocultação de patrimônio pode influenciar no cálculo das compensações.

Robinho foi preso após decisão do STJ, que não julgou o mérito do processo de estupro, mas sim a adequação da decisão estrangeira aos requisitos legais brasileiros. O caso remonta a um episódio ocorrido em 2013, em Milão, na Itália, onde o ex-jogador e outros cinco amigos foram acusados de estuprar uma mulher albanesa.

Fonte: Brasil 247 com informações no UOL

 

 

Relator, Gilmar Mendes vota pela ampliação do foro privilegiado

 

Para o ministro, em caso de crimes funcionais, o foro privilegiado deve ser mantido mesmo após a saída do cargo

Gilmar Mendes
Gilmar Mendes (Foto: Antonio Augusto/SCO/STF)

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou nesta sexta-feira (29) no sentido de ampliar a regra do foro privilegiado para autoridades. A proposta visa manter o foro mesmo após o término do mandato em casos de crimes funcionais, segundo o g1. De acordo com a proposta de Mendes, quando se trata de crimes funcionais, o foro privilegiado deve ser mantido mesmo após a saída das funções. Isso valeria para situações como renúncia, não reeleição, cassação, entre outros motivos. O ministro também argumenta que, ao término do mandato, o investigado só deveria perder o foro se os crimes foram praticados antes de assumir o cargo ou se não possuírem relação com o exercício da função.

Em 2018, o plenário do STF havia restringido o foro privilegiado, definindo que só deveriam ser investigados na Corte os crimes praticados durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo. Com essa decisão, casos de crimes anteriores ao exercício do cargo ou não relacionados à função deveriam ser enviados para a primeira instância da Justiça. Atualmente, quando um parlamentar deixa a função, os casos são repassados para outra instância, permanecendo no STF apenas as ações em estágio avançado, onde o réu já foi intimado para apresentar sua defesa final.

A nova tese proposta por Gilmar Mendes sugere que a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções deve subsistir mesmo após o afastamento do cargo, mesmo que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após o término do exercício. O ministro argumentou que a restrição do foro privilegiado adotada em 2018 foi baseada em argumentos equivocados e que é necessário retomar o sistema anterior. "A compreensão anterior, que assegurava o foro privativo mesmo após o afastamento do cargo, era mais fiel ao objetivo de preservar a capacidade de decisão do seu ocupante. Essa orientação deve ser resgatada", afirmou Mendes.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Solidão aumenta o risco de a pessoa adoecer e morrer

 

As taxas de mortalidade e de doenças cardiovasculares, entre outras, são mais altas em quem tem menos contatos sociais. A OMS destaca o tema como uma prioridade global

(Foto: Pexels)


Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - A solidão vem deixando de ser vista como um problema pessoal para se tornar uma questão de saúde pública. Cada vez mais pesquisas mostram que a falta de conexões sociais está associada a diversas doenças e vem sendo considerada um fator de risco comparável aos danos do fumo e da obesidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social está se tornando uma verdadeira epidemia, afetando um em cada quatro adultos e algo entre 5 e 15% dos jovens em todos os países.

Ainda segundo a OMS, a solidão é capaz de aumentar em 25% o risco de morte, em 50% o de demência e 30% o de doença cardiovascular. Não à toa, a OMS acaba de criar uma Comissão de Conexões Sociais com o objetivo de reconhecer o tema como uma prioridade global e propor soluções.

Vários estudos já sugerem o impacto da solidão na saúde, mas o assunto ganhou mais visibilidade após a publicação de um artigo mostrando pela primeira vez que o fenômeno atinge jovens e idosos em todo o planeta, dos países ricos aos mais pobres, em zonas rurais e urbanas. A falta de contato com familiares ou de participação em atividades em grupo, entre outros fatores, foi associada ao aumento da mortalidade, de doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e pneumonias.

No ano passado, uma megarrevisão de estudos, envolvendo mais de 1 milhão de pessoas e publicada no PLOS Onerevelou o aumento de 33% de mortalidade por todas as causas em pessoas solitárias, dado reforçado por outro estudo, Journal of Aging and Health, com quase 8 mil idosos.

A solidão está associada a hábitos ruins - Essas pesquisas sugerem que pessoas com pouco contato social apresentam mais comportamentos não saudáveis – por exemplo, fazem menos atividade física, se alimentam pior, consomem álcool e cigarro em excesso, acabam não tomando os medicamentos corretamente ou fazendo consultas de rotina. Além disso, há impacto na autoestima e maior risco de problemas mentais, como depressão e ansiedade.

“Esses estudos se basearam nas chamadas ‘blue zones’ (regiões no planeta em que há maior número de idosos centenários), já que nesses locais a interação social é muito relevante e contribui para longevidade dos idosos”, conta a geriatra Maysa Seabra Cendoroglo, do Hospital Israelita Albert Einstein e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Esses idosos, por exemplo, tinham grupos com responsabilidades sobre amigos e colegas, formando uma rede.

Nesse sentido, os países ricos estão conseguindo criar mais políticas públicas para enfrentar o problema. É o caso de iniciativas como a campanha pelo fim da solidão lançada na Inglaterra, que também tem um ministério dedicado ao tema, e a cidade de Barcelona, que tem um plano com estratégias bem definidas para os próximos anos.

“O Brasil envelheceu e só agora estamos nos dando conta disso. Infelizmente ainda há restrições à participação do idoso na sociedade e o país não pode mais se esconder na sua fama de acolhedor, já que os estudos mostram que a solidão é um problema por aqui também”, diz a especialista. “Esse cenário só vai mudar quando os mais velhos puderem se inserir mais e participar em diversos trabalhos e atividades.”

Solidão x isolamento social - Embora sejam parecidos, eles não são a mesma coisa. A pessoa pode se sentir sozinha mesmo estando rodeada de gente – os cientistas atestam que tanto o sentimento de solidão quanto o próprio isolamento social adoecem.

“A solidão é inerente ao ser humano, mas ela se acentua quando a pessoa não encontra no seu contexto nada significativo ou pessoas que reflitam seus valores”, diz a geriatra do Einstein. “Quanto mais interações sociais, menos solidão. Quanto mais a pessoa se arrisca, maior a chance de encontrar afinidades e de se sentir acolhido. Isso deve ser um estímulo para novas oportunidades.”

Nem sempre se pode contar com a família por perto, mas sempre é possível fazer novos contatos e amizades. Por isso, recomenda-se participar de programas de comunidades religiosas, centros esportivos, associações de bairro e de unidades que ofereçam atividades para esse público – e até trabalhos voluntários, por exemplo.

Também é preciso zelar pela qualidade das relações. Nesse sentido, as redes sociais, segundo a médica, podem tanto ajudar quanto atrapalhar. “Ao mesmo tempo que facilitam as conexões, é preciso atenção para não perder tempo interagindo ou se deixando afetar por opiniões de pessoas que não agregam nada à sua vida.”

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein

 

Israel já matou mais de 32 mil palestinos em 175 dias de genocídio

 

Número de mortos não inclui os mais de 8 mil corpos que autoridades locais estimam estar sob os escombros decorrentes dos bombardeios israelenses

Bombardeio em Gaza
Bombardeio em Gaza (Foto: Reuters/Mohammed Salem)

 

O Ministério da Saúde palestino e o exército israelense atualizaram nesta sexta-feira (29) para mais de 32,5 mil mortos e 75 mil feridos o número de vítimas em Gaza após 175 dias de guerra. Segundo a agência Lusa, o número de mortos não inclui os mais de 8 mil corpos que, de acordo com as autoridades locais, estariam debaixo dos escombros resultantes dos constantes bombardeios das tropas de Israel ao enclave palestino. 

"A ocupação israelita cometeu sete massacres contra famílias na Faixa de Gaza, causando 71 mártires e 112 feridos durante as últimas 24 horas", disse o porta-voz da saúde de Gaza em um comunicado emitido nesta sexta-feira. Além disso, o exército isralenese intensificou os ataques na região do hospital Shifa, no norte da cidade de Gaza, que entra em seu décimo segundo dia de cerco.  As imediações do hospital, no bairro de Al Rimal, também têm sido bombardeadas nos últimos dias e as zonas residenciais reduzidas a escombros.

Fonte: Brasil 247

 

STF inicia julgamento que pode redefinir o foro privilegiado

 

Relator do caso, Gilmar Mendes diz ser necessário "recalibrar os contornos" desse mecanismo

Ministro do STF Gilmar Mendes 22/08/2019
Ministro do STF Gilmar Mendes 22/08/2019 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta sexta-feira (29) um julgamento que pode reconfigurar o alcance do foro privilegiado no Brasil. O plenário virtual do STF analisa um recurso enviado pelo ministro Gilmar Mendes, relator do caso, que tem o potencial de atualizar os critérios sobre o foro por prerrogativa de função estabelecidos pela Corte em 2018, explica o jornal O Globo.

O julgamento tem previsão para se estender até o próximo dia 8, iniciando com o voto de Gilmar Mendes. Contudo, a análise pode ser interrompida por um pedido de vista ou destaque, o que poderia levar a discussão para um debate presencial.

O ministro Gilmar Mendes, ao abrir caminho para a discussão sobre os critérios do foro privilegiado, argumentou que é necessário "recalibrar os contornos" desse mecanismo, destinado a pessoas com cargos públicos e mandatos eletivos.

Em 2018, o STF decidiu restringir o foro privilegiado, determinando que apenas casos de deputados e senadores que tenham cometido crimes durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo tramitassem na Corte. Antes, qualquer investigação contra parlamentares, mesmo anteriores ao mandato, eram transferidas para o tribunal.

A restrição do foro privilegiado em 2018 foi motivada por uma questão de ordem apresentada pelo atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que alertou para a sobrecarga da Corte com ações penais de detentores de foro, resultando em prescrições de penas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Preço dos medicamentos deve subir até 4,5% a partir deste domingo

 

As farmácias têm a opção de aplicar o reajuste integral de uma vez ou distribuí-lo ao longo do ano, de acordo com suas estratégias comerciais

(Foto: Food and Drug Administration/Divulgação)

 

A partir deste domingo (31), os preços dos medicamentos em todo o país serão reajustados, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Segundo a publicação feita no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28), o reajuste máximo permitido será de 4,5%, informa o g1. Este percentual atua como um teto, limitando o aumento dos preços. As farmácias têm a opção de aplicar o reajuste integral de uma vez ou distribuí-lo ao longo do ano, de acordo com suas estratégias comerciais.

Uma medida importante é que, até março do ano seguinte, as farmácias e os fabricantes não poderão aplicar reajustes acima desse limite estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Essa restrição visa garantir uma estabilidade nos preços e proteger os consumidores de aumentos excessivos.

A resolução publicada também destaca a importância da transparência nos preços dos medicamentos. As empresas produtoras são obrigadas a divulgar amplamente os valores de seus produtos, que não devem ultrapassar os preços estabelecidos pela Câmara de Regulação e disponibilizados no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Datafolha: 63% dos brasileiros são contra conceder anistia aos golpistas do 8 de janeiro

 

Até mesmo entre os bolsonaristas, a ideia de perdão aos golpistas é rejeitada pela maioria (53%)

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro
Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

 

Pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada pela Folha de S. Paulo revela que 63% dos brasileiros se opõem à ideia de conceder anistia aos envolvidos nos ataques de cunho golpista ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Os dados evidenciam uma forte resistência por parte da população em perdoar os responsáveis pelos atos que abalaram a estabilidade democrática do país. De acordo com o levantamento, apenas 31% dos entrevistados se mostraram favoráveis à concessão de perdão, enquanto 2% afirmaram ser indiferentes e 4% optaram por não opinar.

Desde os eventos de janeiro de 2023, mais de mil prisões foram efetuadas, resultando em cerca de 1.400 denúncias. Até o momento, 145 pessoas foram condenadas a penas que variam de três a 17 anos de prisão.

O tema da anistia ganhou destaque especialmente após um ato de apoio a Jair Bolsonaro (PL) ocorrido na Avenida Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro, no qual o ex-mandatário expressou sua defesa pela medida. Para muitos observadores, o objetivo de Bolsonaro é conseguir anistia para si, que é objeto de investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

Embora haja um apoio mais expressivo por parte dos seguidores de Bolsonaro à ideia de anistia, esse respaldo não é tão grande, contrastando com a opinião dos eleitores do PT. Segundo os dados do Datafolha, 40% dos eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022 são a favor da anistia, em comparação com 25% dos eleitores do presidente Lula (PT). Por outro lado, 71% dos votantes petistas e 53% dos bolsonaristas se posicionam contra o perdão aos envolvidos nos ataques. Mesmo entre os grupos que geralmente apoiam o bolsonarismo, não foram observadas discrepâncias significativas. Por exemplo, 59% dos evangélicos se mostraram contrários à concessão de anistia, enquanto 33% defenderam a medida.

A pesquisa foi realizada nos dias 19 e 20 de março, entrevistando 2.002 pessoas, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

 

Após críticas de Lula às eleições, embaixador da Venezuela diz que vai ao Planalto "explicar a situação no país"

 

Críticas do governo brasileiro, segundo Manuel Vadell, são consequência da "falta de conhecimento" sobre o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela

Manuel Vicente Vadell Aquino entrega credenciais ao presidente Lula como embaixador da Venezuela no Brasil, 24/5/23
Manuel Vicente Vadell Aquino entrega credenciais ao presidente Lula como embaixador da Venezuela no Brasil, 24/5/23 (Foto: Ricardo Stuckert)

 

Após o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitir nota na qual dizia acompanhar "com expectativa e preocupação" o processo eleitoral na Venezuela e o próprio presidente Lula (PT) fazer críticas ao pleito no país vizinho, o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, vai procurar o Palácio do Planalto para "explicar a situação no país" e "reforçar as relações bilaterais", segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Para Vadell, as críticas do governo brasileiro são consequência da "falta de conhecimento" sobre o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela.

O ex-chanceler e assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que o Brasil está focado em "ajudar em um processo complexo, difícil, de maneira que as eleições transcorram bem".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

"Nossa preocupação é ajudar", diz Celso Amorim após críticas de Lula e do Itamaraty às eleições na Venezuela

 

Ex-chanceler e assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim diz que o processo eleitoral venezuelano é "complexo"

Celso Amorim e Nicolás Maduro
Celso Amorim e Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/Twitter/@NicolasMaduro)


Na terça-feira (26), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu nota na qual dizia acompanhar "com expectativa e preocupação" o processo eleitoral na Venezuela. Nesta quinta-feira (28), o próprio presidente Lula (PT) fez críticas ao pleito no país vizinho e disse que falou ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, 'que a coisa mais importante para restabelecer a normalidade na Venezuela era não ter problema no processo eleitoral. Era que a eleição fosse convocada da forma mais democrática possível'. Ele prosseguiu, afirmando que o impedimento da opositora de direita María Corina Machado pode ser superado, mas também criticou as recentes decisões das autoridades venezuelanas impondo barreiras a adversários do oficialismo.

Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-chanceler e assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que o processo eleitoral venezuelano é "complexo" e confirmou a preocupação brasileira com o desenrolar dos acontecimentos. "Nossa preocupação é ajudar em um processo complexo, difícil, de maneira que as eleições transcorram bem". Para Amorim, tanto as declarações de Lula quanto a nota emitida pelo Itamaraty não afastam o Brasil da intenção de contribuir para as eleições venezuelanas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Irmão de Bolsonaro vira réu por homofobia e ameaça contra funcionário de supermercado

 

A vítima tinha 17 anos na época. Insultos foram confirmados por testemunha

 

Eduardo, Jair e Angelo Bolsonaro
Eduardo, Jair e Angelo Bolsonaro (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

 

No desdobramento de um episódio ocorrido em agosto de 2023, Angelo Guido Bolsonaro, irmão de Jair Bolsonaro (PL), tornou-se réu neste mês após ter sido denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homofobia e ameaça contra um funcionário de supermercado no interior de São Paulo, informa a Folha de S. Paulo.

O caso, que ocorreu em Eldorado (SP), passou a ser investigado após Alex de Oliveira, na época com 17 anos, relatar à polícia um episódio em que teria sido alvo de comentários homofóbicos e ameaças por parte de Angelo Bolsonaro. Segundo o depoimento de Alex, ele teria dado um leve toque no ombro de uma colega de trabalho e Angelo Bolsonaro teria reagido, fazendo comentários discriminatórios. "Ele bateu em você? Além de usar brinco, com certeza é viadinho e não dá para falar nada que qualquer coisa já é racismo", teria dito o réu, de acordo com relatos à polícia. A funcionária confirmou ter ouvido os comentários do cliente.

O episódio não se limitou a palavras. Semanas depois, Alex alega que Angelo Bolsonaro empurrou um carrinho contra ele, acompanhado de ofensas verbais: "puta que pariu". O funcionário teria respondido, o que levou Angelo a desafiá-lo para um confronto físico, proferindo ameaças e insultos.

Em seu depoimento à polícia em novembro do mesmo ano, Angelo Bolsonaro admitiu ter se envolvido em uma discussão no supermercado, mas negou ter proferido comentários homofóbicos ou ameaças. Alegou que a discussão ocorreu devido a um mau atendimento.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo autoriza renegociação de dívidas de produtores rurais

 A medida pode ser tomada a critério dos bancos para produtores familiares e empresariais que tenham sido prejudicados por adversidades climáticas ou dificuldades de comercialização

Clima afetou produção de milho
Clima afetou produção de milho (Foto: REUTERS/Raquel Cunha)

BRASÍLIA (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou nesta quinta-feira instituições financeiras a renegociarem até 100% das parcelas que vencem este ano de operações de crédito rural de investimento relacionadas à produção de soja, milho e bovinocultura em 17 Estados.

A medida pode ser tomada a critério dos bancos para produtores familiares e empresariais que tenham sido prejudicados por adversidades climáticas ou dificuldades de comercialização. Ela vale para operações contratadas com recursos controlados ao amparo dos programas de investimento rural do BNDES, assim como linhas dos fundos constitucionais.

Em nota, o CMN argumentou que a medida foi necessária porque o clima nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras nas safra 2023/2024, principalmente de soja e milho, reduzindo a produtividade.

O conselho, formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central, também citou dificuldades relacionadas à queda dos preços de soja, do milho, da carne e do leite em algumas federações.

O CMN informou que, caso todas as parcelas enquadradas nos critérios da resolução sejam prorrogadas, o custo será de 3,2 bilhões de reais, distribuído de 2024 a 2030, valor que será descontado dos recursos a serem destinados à equalização de taxas do plano safra 2024/2025.

Fonte: Brasil 247 com Isabel Versiani na Reuters 

 

Miguel Díaz Bermúdez tem reunião com Gleisi: 'é importante aprofundar a relação entre Brasil e Cuba'

 

'Concordamos com o excelente estado dos laços entre os dois países', disse o presidente cubano

Gleisi Hoffmann e Miguel Díaz Bermúdez
Gleisi Hoffmann e Miguel Díaz Bermúdez (Foto: Rede Social )

 O presidente cubano, Miguel Díaz Bermúdez, destacou nesta quinta-feira (28) que teve um encontro com a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

"Mantive conversas com o presidente do Partido dos Trabalhadores, @gleisi. Concordamos com o excelente estado dos laços entre ambas as organizações políticas e com a importância de aprofundá-los. Enviei saudações afetuosas ao Presidente @LulaOficial, líder do PT", escreveu Bermúdez.

Autoridades dos Estados Unidos iniciaram na década de 60 um bloqueio econômico contra Cuba, onde lideranças políticas defendiam o socialismo e tinham influências das ideias marxistas-leninistas.

Em 2023, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o fim do embargo econômico à ilha caribenha. Cuba mantém relações com países como China e Rússia - para os americanos, os governos dessas duas nações representam uma ameaça ao imperialismo estadunidense.

O governo cubano foi agredido pela gestão de Jair Bolsonaro (PL), que adotava uma política externa mais alinhada aos EUA. Com a volta de Lula, o Brasil está retomando aos poucos a relação com o país localizado na América Central.

Fonte: Brasil 247