quarta-feira, 27 de março de 2024

PARANÁ: Vacinação contra a dengue será ampliada para mais 17 cidades da região de Apucarana

 O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (27) a ampliação da vacinação contra a dengue para mais 154 municípios brasileiros, sendo 17 do Paraná. As cidades paranaenses que serão contempladas abrangem a 16ª Regional de Saúde de Apucarana.

Vacinação contra a dengue será ampliada para mais 17 cidades da região de Apucarana (Foto: Gabriel Rosa/AEN)

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (27) a ampliação da vacinação contra a dengue para mais 154 municípios brasileiros, sendo 17 do Paraná. As cidades paranaenses que serão contempladas abrangem a 16ª Regional de Saúde de Apucarana. A notícia foi divulgada durante uma transmissão ao vivo realizada no YouTube do Ministério da Saúde. O público-alvo para essa vacina abrange crianças de 10 a 14 anos.

Os municípios que compõe a 16ª RS são: Apucarana, Arapongas, Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Faxinal, Grandes Rios, Jandaia do Sul, Kaloré, Marilândia do Sul, Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom, Sabáudia e São Pedro do Ivaí.

O último boletim da dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (26) registra 306.340 notificações de possíveis casos da doença nos 399 municípios do Paraná, 135.961 confirmações e 77 óbitos. Destes, 29.025 notificações, 21.508 casos e 15 óbitos pertencem a 16ª RS, tornando atualmente a região com maior incidência de dengue no Estado.

A ampliação atende a ofícios enviados pela Sesa para o Ministério da Saúde. “Esse é um pedido que já havíamos feito lá atrás: que os novos lotes de vacinas fossem distribuídos para outras regiões. Aguardamos o quantitativo e a nota técnica, mas já sabemos que a região que será atendida nesse momento será a 16ª Regional de Saúde de Apucarana. O Paraná continuará atento, antecipando situações e ajudando o Ministério da Saúde e os municípios a atingir o melhor percentual possível de pessoas vacinadas contra a dengue”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

DISTRIBUIÇÃO – Segundo o governo federal, um lote com 930 mil doses será distribuído e destinado para o início da vacinação nestas novas regiões, além de mais envios para municípios que já foram contemplados para garantir a continuidade da imunização nestas localidades (a administração acontece em duas doses). A data de envio desta nova remessa ainda não foi confirmada, a estimativa do Ministério da Saúde é iniciar a distribuição na próxima semana.

O Paraná recebeu até o momento um único lote dos imunizantes Qdenga produzidos pela farmacêutica Takeda com 35.025 doses. Estas vacinas foram destinadas para 21 municípios da 17ª Regional de Saúde de Londrina, com 23.064 doses, e nove cidades da 9ª RS de Foz do Iguaçu, com 11.961 doses. Segundo um levantamento da Sesa, divulgado nesta segunda-feira (25), 19.694 vacinas foram aplicadas até o momento, cerca de 56% do total recebido.


REMANEJAMENTO DE DOSES – O Ministério da Saúde ainda afirmou que irá divulgar uma Nota Técnica nesta quarta-feira (27) formalizando a recomendação para que os estados realizem o remanejamento de doses para municípios que não foram contemplados na primeira distribuição, visto que o prazo de validade destes imunizantes é curto. O lote do Paraná, por exemplo, tem vencimento em 30 de junho.

Segundo o governo federal, será disponibilizado uma lista de municípios aptos a receber a vacina e os estados terão autonomia para remanejar as doses disponíveis para essas cidades. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a pasta irá garantir a segunda dose para essas regiões.

Na prática, municípios que não receberam as doses na primeira remessa, se estiverem listados pelo Ministério da Saúde como regiões prioritárias (listagem que ainda não foi divulgada), poderão receber doses dos municípios que não tiveram adesão da população e possuem vacinas em estoque.

A Sesa aguarda a oficialização dessa informação por meio de documento do Ministério da Saúde. O Estado já iniciou um levantamento junto aos municípios que receberam as doses da primeira remessa para mensurar o número de vacinas disponíveis e definir novas estratégias de distribuição, se for necessário.


Fonte: AEN

VÍDEO – Apresentador da CNN ataca “lacradores” após ser criticado por defender desemprego

 

Iuri Pitta e Fernando Nakagawa da CNN Brasil. Foto: reprodução

Na última terça-feira (26), o comentarista Fernando Nakagawa, da CNN Brasil, afirmou que a geração de empregos no Brasil “pode gerar um impacto negativo”. Com a repercussão nas redes sociais, o apresentador do jornal “Brasil Meio-dia”, Iuri Pitta, saiu em defesa do colega dizendo que os críticos seriam “lacradores”.

“Deixar muito claro a quem acha que entende de economia, mas entende só de lacração superficial, é claro que isso [diminuição do desemprego] é uma boa notícia para o trabalhador que recebe este salário com reajuste acima da inflação”, iniciou. “A grande questão é que do ponto de vista macroeconômico, tem que entender que isso tem outras consequências econômicas”, justificou, ainda defendendo a tese de que mais pessoas desempregadas seria melhor para o país.

No comentário do dia anterior, Nakagawa sugeriu que o “excesso de aquecimento da economia” seria negativo, alertando a suposta preocupação do Banco Central e afirmando que, com mais empregos, “os salários começam a subir, faltam profissionais no mercado e as empresas pagam mais”. “Isso pode gerar inflação”, argumentou.

Fonte: DCM

VÍDEO – Frentista haitiano é agredido em posto de gasolina em Curitiba

 

Frentista haitiano é atacado em Curitiba. Foto: reprodução

Um frentista haitiano, identificado como Mercidieu, foi agredido com uma cabeçada durante seu turno de trabalho no Posto Concha de Ouro, em Curitiba (PR). O caso ocorreu na madrugada de segunda-feira (25) e foi captado por câmeras de segurança do local.

No vídeo, dois jovens brancos se aproximam do trabalhador, que estava sentado, o provocam e o atacam. Segundo a vítima, ele teria reclamado de barulhos emitidos pela dupla, sendo chamado de “macaco” antes de ser golpeado.

Após a agressão, os racistas fugiram de moto e não foram identificados. O sindicato que representa a categoria, Sinpospetro, informou que a polícia foi acionada e que está oferecendo apoio jurídico a Mercidieu.

O presidente do Sinpospetro, Lairson Sena, repudiou o ataque e exigiu medidas das autoridades para coibir agressões, racismo e xenofobia contra os frentistas.

“É um caso de racismo, um absurdo, e a gente tem que dar um basta na nossa cidade, que é tão bonita, acolhedora. A gente atende, os trabalhadores de postos, toda a população, acolhe todos os brasileiros vindos de outros estados, trabalhadores vindos de outro país. É um absurdo. Mais um ato covarde dentro da nossa cidade. Repudiamos veementemente”, disse Sena em nota enviada ao portal Banda B.

A categoria tem realizado protestos e campanhas contra ataques semelhantes. No fim de 2023, outro frentista negro foi vítima de racismo na capital paranaense. “Eu sou empresário, maluco. Tenho CNPJ, eu tenho empresa. Você vem me tirar? Eu pago três vezes mais [que o seu salário] para estar aqui te xingando de neguinho, seu otário. Nordestino dos infernos”, disparou o racista.

Na sequência, o agressor partiu em direção ao frentista, que tentou se livrar do ataque o empurrando. “Veio do Nordeste para querer ser gente aqui em Curitiba. Volta para o Nordeste”, disse o homem.

Veja a nota do posto em que Mercidieu trabalha: 

O Auto Posto Marechal vem a público para esclarecer os fatos desencadeados a data de 25 de março de 2024, especialmente repudiar a agressão física, verbal e narrado episódio de racismo sofrido por um de nossos colaboradores.

Os fatos ocorreram diante de condutas praticadas por motociclistas que realizavam manobras irregulares na via pública. Após o trabalhador reclamar do excesso de barulho aos terceiros, referidos indivíduos adentraram ao pátio do Posto e perpetraram as agressões.

Assim que tomamos conhecimento do incidente, a empresa agiu de forma imediata e responsável, procedendo com chamamento de equipe de segurança para assegurar a proteção física do trabalhador. Além das imagens coletadas, colaboramos ativamente para fornecer informações e apoio necessários, inclusive buscando coletar maiores elementos junto aos imóveis vizinhos, de modo auxiliar na identificação dos agressores e para as investigações.

Em relação ao nosso colaborador, lamentamos o ocorrido e oferecemos medidas imediatas de suporte e segurança, incluindo a possibilidade de transferência para outro posto da rede ou ajuste de horário, circunstância que inicialmente restou rejeitado pelo trabalhador.

O Auto Posto Marechal reitera seu compromisso inabalável com a transparência, ética e o respeito aos direitos de seus colaboradores. Repudiamos veementemente qualquer forma de violência, assédio ou discriminação.

Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que possam ser necessários.

Fonte: DCM



Congresso tem a melhor avaliação desde 2003, diz Datafolha


Câmara dos Deputados. Foto: reprodução

 Segundo o Datafolha, o Congresso Nacional alcançou a melhor avaliação desde 2003 em pesquisa publicada nesta quarta-feira (27). 22% dos entrevistados aprovam o trabalho de deputados federais e senadores, mas a rejeição ainda é maior, marcando 23% de desaprovação. 53% do público avalia o poder legislativo como regular.

Embora a desaprovação pese mais, os números podem ser vistos como positivos ao considerar a série histórica do instituto desde 1993. A combinação de aprovação e rejeição das Casas lideradas pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) é a mais favorável desde dezembro de 2003.

Em comparação com maio de 2020, a aprovação permanece semelhante, mas a reprovação diminuiu consideravelmente. Na pesquisa atual, a avaliação negativa caiu de 35% para 23%, enquanto a positiva aumentou de 18% para 22%.

Os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira. Foto: reprodução

Desde a última pesquisa, houve conflitos entre os Poderes, com destaque para propostas no Senado que visam limitar o poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e reabrir discussões sobre a reeleição no Executivo. Além disso, a Câmara enfrenta tensões constantes com o governo, especialmente em relação à agenda econômica.

Curiosamente, a melhor avaliação do Congresso vem daqueles que aprovam o governo Lula, representando 36% dos entrevistados. Por outro lado, as maiores reprovações vêm das camadas mais “instruídas” (31%) e da classe média, que ganha de 5 a 10 salários mínimos (33%).

A pesquisa foi realizada com 2.002 pessoas em 147 cidades do Brasil nos dias 19 e 20 de março, com uma margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Robinho acredita que vai passar a Páscoa em casa, dizem agentes penitenciários


Preso por estupro, Robinho está confiante de que passará Páscoa em casa. Foto: Reprodução

O ex-jogador de futebol Robinho, preso na Penitenciária de Tremembé (SP), tem dito que esta confiante na soltura e que passará a Páscoa em casa. Funcionários da prisão relatam que ele está sorridente e convicto de que vai obter uma decisão favorável nos próximos dias. A informação é da Folha de S.Paulo.

Ele está em uma cela de 8m² na penitenciária e deve permanecer em isolamento por dez dias, cumprindo uma medida de segurança de presídios de São Paulo. No período, ele não pode receber visitas de parentes, apenas de seus advogados.

Os agentes penitenciários que estão em contato com Robinho acreditam que ele sofrerá um baque após o final do período de observação, já que pode ser obrigado a integrar uma massa carcerária e ter que conviver em uma cela com no mínimo outras quatro pessoas.

Foto de Robinho feita ao ingressar no sistema prisional. Foto: Reprodução

O ex-atleta foi condenado por estupro pela Justiça italiana, que solicitou que ele cumprisse a pena no Brasil. Por 9 votos a 2, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinaram que ele cumpra a sentença em prisões do país.

Apesar de sua confiança em obter uma decisão favorável, ele sofreu uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente, quando o ministro Luiz Fux negou seu habeas corpus. Na ocasião, a defesa de Robinho alegou que ele estaria sendo alvo de “prática de coação ilegal a cercear a liberdade do paciente”.

O ex-jogador foi preso na última quinta (21) no Guarujá, litoral de São Paulo, após o STJ validar a decisão da Justiça italiana. Ele ficará preso no “presídio dos famosos, que abriga detentos em casos de grande comoção social.

Fonte: DCM com informações pela Folha de S. Paulo

STF volta a debater alcance do foro privilegiado e avalia novos critérios

 Discussão ganhou força em meio às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco. Sessão do plenário virtual está marcada para sexta-feira

Quase seis anos após restringir o alcance do foro privilegiado, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai debater novamente o assunto a partir de sexta-feira. Um recurso enviado pelo ministro Gilmar Mendes será analisado no plenário virtual e tem o potencial de atualizar os critérios definidos em 2018.

A discussão ganhou força quando a Corte se tornou o foro competente para as investigações envolvendo os supostos mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Segundo o portal do jornal O Globo, a suposta participação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido), apontado pela Polícia Federal como um dos responsáveis, fez com que o caso fosse alçado ao STF, que tem a atribuição de julgar parlamentares federais. Na época do crime, no entanto, ele era vereador, e as investigações apontam que o crime foi cometido em função de disputas fundiárias, o que não teria relação com o atual mandato de Brazão.

Quando restringiu o foro privilegiado, o Supremo decidiu que deveriam tramitar na Corte somente casos de deputados e senadores que tivessem cometido crimes durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo. Antes, qualquer inquérito ou ação penal contra parlamentares, mesmo anteriores ao mandato, eram transferidos para o tribunal.

No despacho em que abriu caminho para uma nova discussão sobre os critérios para concessão de foro privilegiado, Gilmar afirma que é preciso “recalibrar os contornos” do mecanismo, destinado a pessoas com cargos públicos e mandatos eletivos. O portal apurou que, além do decano, outros ministros do Supremo já vinham defendendo que o tema fosse revisitado. Houve um acordo interno para que a discussão fosse pautada.

No tribunal, a expectativa é que eventual discussão sobre o alcance do foro não implique em uma “volta ao passado”, retornando ao formato que valia até 2018. A ideia é chegar a uma maior definição sobre casos específicos, detalhar melhor essas hipóteses e, assim, blindar o tribunal de críticas que poderiam ser feitas sobre uma insegurança jurídica e evitar contradições por parte do tribunal.

A restrição do foro privilegiado em 2018 foi motivada por uma questão de ordem apresentada pelo atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em uma ação penal. No julgamento, o posicionamento do ministro, favorável à restrição, foi seguido pelos ministros Celso de Mello e Rosa Weber, hoje aposentados, além de Cármen Lúcia, Edson Fachin e Luiz Fux. Barroso, na época, apontava para uma sobrecarga do Supremo com ações penais envolvendo pessoas detentoras de foro, e criticava idas e vindas que levavam a prescrição de penas.

No julgamento, que se arrastou ao longo de meses, uma outra corrente reuniu ministros que achavam que a restrição deveria ser menor. Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski (hoje ministro da Justiça) reconheciam a competência do STF para julgamento de parlamentares federais nas infrações penais comuns, após a diplomação, independentemente de ligadas ou não ao exercício do mandato. Dias Toffoli e Gilmar Mendes, por outro lado, defenderam que a restrição do foro por prerrogativa de função seria incompatível com a Constituição.

Para Rubens Glezer, professor de Direito Constitucional e Filosofia do Direito na FGV SP, o país tem um problema “muito mal resolvido” com o foro privilegiado, uma vez que a discussão fica a reboque da conjuntura política e social.

“Quando houve o julgamento do mensalão, e havia punição à corrupção, todos os réus queriam fugir do STF. Os advogados diziam que era um absurdo, que não havia duplo grau de jurisdição, e que isso era uma aberração. Alguns anos depois, com o desenvolvimento da Lava-Jato, os partidários do combate judicial à corrupção passaram a dizer que o foro privilegiado era sinônimo de impunidade, que ninguém deveria ser julgado pelo STF e que o instituto deveria ser extinto”, pontua o jurista.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Linha de crédito para empresas aéreas pode ser lançada em abril, diz ministro

 "A gente espera até 5 de abril formular uma ideia tanto do montante do empréstimo quanto das possíveis garantias que serão ofertadas pelas empresas", disse Silvio Costa Filho

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Reuters - O governo não vai deixar as companhias aéreas brasileiras que passam por dificuldades financeiras desamparadas e pretende lançar, já em abril, uma linha de crédito voltada para o setor, disse à Reuters o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, nesta quarta-feira.

Segundo Costa Filho, as conversas com as empresas estão avançando e um modelo de apoio, que contará com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério da Fazenda, poderá ser formulado até 5 de abril.

"Estamos dialogando com as companhias aéreas, as conversas estão avançando, a equipe da Fazenda está dialogando, e a gente espera até 5 de abril formular uma ideia tanto do montante do empréstimo quanto das possíveis garantias que serão ofertadas pelas empresas aéreas", disse o ministro à Reuters.

"A gente espera que no mês de abril a gente possa lançar essa linha de crédito", acrescentou.

Silvio Costa Filho defendeu ainda que a linha de crédito seja permanente, destacando que o setor aéreo é "fundamental para o desenvolvimento do país".

Recentemente, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, demonstrou disposição para auxiliar as empresas aéreas, mas salientou que o banco de fomento só forneceria suporte à operação mediante garantias sólidas para os empréstimos destinados ao setor.

Fonte: Brasil 247


Casamentos homoafetivos atingiram recorde em 2022, segundo IBGE

 

Número total de matrimônios aumentou, mas permaneceu abaixo dos registros anteriores à pandemia

(Foto: Reuters)


Nara Lacerda, Brasil de Fato - O número de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo no Brasil atingiu o maior patamar da história em 2022. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de matrimônios homoafetivos ficou acima de 11 mil. 

Na comparação com 2021, o resultado aumentou quase 20%. As uniões firmadas em 2022 também estão acima dos números observados em 2018 (9,5 mil) e 2019 (9 mil). Nesses dois anos, o país viveu uma escalada de casamentos entre pessoas LGBT, após a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. 

Os registros mais recentes apresentados pelo IBGE são os mais expressivos desde 2013. Na ocasião, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que nenhum cartório em território nacional poderia recusar a celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo ou a conversão de uniões estáveis em matrimônios. 

Segundo os dados de 2022, as uniões entre mulheres chegaram a 6,6 mil e entre homens a 4,3 mil. No entanto, o público feminino teve uma variação menor na comparação com 2021. O índice foi de 18,4%. Já os matrimônios masculinos subiram 21,9%. 

Informações dos cartórios brasileiros, divulgadas no ano passado, apontam que os casamentos homoafetivos cresceram quatro vezes entre 2013 e 2023. Mais de 76 mil celebrações foram realizadas, 56% entre casais femininos e 44% delas entre casais masculinos. 

No primeiro ano de vigência da decisão do CNJ, 3.700 casais do mesmo sexo oficializaram a união. Esse número apresentou crescimento nos anos seguintes e atingiu recordes até então em 2018 e 2019.  

Em 2019, primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL), o total de celebrações também ficou acima de 9 mil. A pandemia do coronavírus trouxe retração nas cerimônias, que chegaram a 6,4 mil em 2020.  

Casamentos e divórcios - O total de casamentos civis registrados em 2022 no Brasil aumentou 4% na comparação com 2021 e chegou a 970 mil. No entanto, permaneceram abaixo da média calculada de 2015 a 2019. Nesse período, o Brasil já vivia tendência de queda na realização de matrimônios, mas nunca apresentou patamar inferior a 1 milhão.

Em 2020, as celebrações despencaram 26,1% e somaram 757 mil. Segundo o IBGE, foi a maior queda da série histórica. Nos dois anos seguintes, os números voltaram a crescer, mas seguiram inferiores aos registrados nos cinco anos anteriores à pandemia da covid-19. 

A idade média do casamento para homens é de 31 anos e para as mulheres de 29 anos. O dado indica que brasileiros e brasileiras estão esperando mais para celebrar o matrimônio civil. Em 2010 a média masculina era de 29 anos e a feminina de 26 anos. 

Ainda de acordo com a pesquisa, o número de divórcios chegou a 420 mil no ano de 2022. Quase metade desses processos (47%) ocorreu em casamentos com menos de dez anos. Matrimônios com até 19 anos responderam por 25% dos divórcios e com 20 anos ou mais por 26%. 

Em 54% dos casos, os casais que optaram por encerrar o casamento tinham filhos ou filhas menores de idade. A guarda das crianças e adolescentes ficou com as mães em 50% das situações, foi compartilhada em 37,8% dos divórcios e ficou com os pais em 3% deles. 

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

 

STF arquiva dois inquéritos contra Gilberto Kassab sobre supostos repasses da Odebrecht

 As investigações dos dois inquéritos em questão partiram de colaborações premiadas

Gilberto Kassab
Gilberto Kassab (Foto: ABr)

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em julgamento virtual, o arquivamento de dois inquéritos (4.401 e 4.463) contra Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e secretário do Governo de Tarcísio de Freitas.  Ele era investigado por supostas práticas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Nos processos em questão, as investigações partiram de colaborações premiadas de executivos da empresa no âmbito da Operação Lava Jato. O primeiro inquérito apurava fatos relacionados a uma suposta solicitação de vantagens indevidas por Kassab, além de repasses à campanha do pessedista ao Senado em 2014 e à criação do PSD.

A outra investigação tratava de supostos repasses indevidos às obras do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo, incluindo o túnel Roberto Marinho.

O relator do caso, o ministro Dias Toffoli, votou pelo arquivamento dos inquéritos. 

De acordo com o magistrado, "os relatos dos colaboradores não foram corroborados por elementos independentes de prova".

“Apesar das palavras dos colaboradores, não há indicação das circunstâncias em que foram feitos os supostos pagamentos a Kassab”, afirmou Toffoli. “Além disso, as planilhas apresentadas não podem ser consideradas como provas por serem documentos elaborados pelos próprios executivos da empresa".

A decisão foi acompanhada por André Mendonça, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Kassio Nunes Marques.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha

Caso Marielle: Pedido de cassação de Chiquinho Brazão chega ao Conselho de Ética da Câmara

 

De acordo com o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior, a análise do pedido está prevista para iniciar dentro de duas semanas

Chiquinho Brazão
Chiquinho Brazão (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

 

O Conselho de Ética da Câmara recebeu o pedido de cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) nesta quarta-feira (27). A confirmação foi feita pelo presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), ao Broadcast Político/Estadão Conteúdo.

A solicitação de cassação vem em meio à controvérsia que envolve Brazão, atualmente detido e aguardando a decisão da Câmara dos Deputados sobre sua prisão preventiva. O parlamentar foi detido no último domingo sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Enquanto a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) adiou a votação sobre a prisão preventiva de Brazão, parlamentares apresentaram o pedido de cassação ao Conselho de Ética. Segundo Leur Lomanto Júnior, a análise desse pedido está prevista para iniciar dentro de duas semanas, após uma pausa dos deputados para lidar com questões relacionadas à filiação de vereadores durante a etapa final da janela partidária.

Fonte: Brasil 247

Tensão entre Venezuela e Argentina sobe após Milei abrigar opositores de Maduro em embaixada

 Casa Rosada diz que fornecimento de energia para a representação diplomática foi cortado após abrigar seis opositores do governo de Nicolás Maduro

Nicolás Maduro e Javier Milei
Nicolás Maduro e Javier Milei (Foto: Reuters)

 A tensão entre a Argentina e a Venezuela subiu após o governo do presidente de extrema direita Javier Milei informar que abriga desde a segunda-feira (25) líderes da oposição venezuelana em sua embaixada em Caracas. Em nota, a Casa Rosada disse que o governo venezeuelano cortou o fornecimento de energia para a representação diplomática. 

"A República Argentina expressa sua preocupação pelo incidente ocorrido ontem [25], que resultou na interrupção do fornecimento de energia elétrica na residência oficial em Caracas, e adverte ao governo da Venezuela sobre qualquer ação deliberada que ponha em perigo a segurança do pessoal diplomático argentino e dos cidadãos venezuelanos sob proteção", diz um trecho da nota, de acordo com a Folha de S. Paulo

O governo de Milei termina o texto pedindo que o presidente Nicolás Maduro "assegure a segurança e o bem-estar do povo venezuelano, assim como convoque eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas, sem proscrições de nenhum tipo".

Segundo a imprensa argentina, são seis os dirigentes opositores que estão asilados na residência oficial há dois dias: Magalí Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González Moreno, Humberto Villalobos e Fernando Martínez Motolla. Não se sabe quais deles têm mandados de prisão em aberto.

Atualmente, a diplomacia argentina em Caracas é liderada pelo encarregado de negócios Gabriel Volpi, já que o governo de Milei até o momento não designou um embaixador. Segundo o jornal Clarín, nesta quarta-feira (27), a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, teria enviado dois agentes federais ao país para ficar de guarda no prédio da embaixada e na residência oficial, hoje protegidos por policiais venezuelanos.

Não é o primeiro episódio de tensão entre Milei e Maduro. Em fevereiro, a Argentina entregou um avião venezuelano que estava retido no país desde 2022 à Justiça dos Estados Unidos sob a alegação de que a aeronave era utilizada em supostas atividades terroristas. Em resposta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, proibiu o sobrevoo de qualquer aeronave com matrícula argentina pelo espaço aéreo venezuelano.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

Pesquisa IBGE: brasileiros se casam mais velhos e ficam juntos por menos tempo; aumento de uniões foi de 4% em 1 ano

 ‘Antes o amor estava ligado ao sacrifício e à tolerância. Hoje, as pessoas não têm comprado tanto essa ideia’, diz a psicanalista Bárbara Barbosa

Brasileiros se casam cada vez mais idade, aponta o novo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados nesta quarta-feira (27) mostram que o país registrou 907 mil casórios em 2022, o que representa um aumento de 4% de uniões em relação ao ano de 2021.

A partir de 2015, o Brasil passou a registrar redução no número de casamentos. O ritmo de queda aumentou em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, quando o país registrou o menor número em comparação ao ano anterior (-25%) — com mais de 1 milhão de casamentos em 2019, os números caíram para 700 mil em 2020.

Em 2021, o número de uniões subiu para 932 mil até chegar a 970 mil em 2022. Porém, segundo o IBGE, o número de casamentos ainda é inferior à média anual de 2015 a 2019, quando foram registradas 1,07 milhão de uniões.

A taxa de nupcialidade legal no Brasil chegou a 5,9 em 2022. Isso significa que a cada 1.000 habitantes com 15 anos ou mais, 5,9 se casaram em 2022. Esse número já chegou a ser de 12,2 em 1980, caiu para 6,7 em 2010 e para 4,5 em 2020.

O Nordeste e o Sul registraram as menores taxas (5,1 e 5,3 casamentos por 1000 habitantes, respectivamente), enquanto o Sudeste e Centro-Oeste, as maiores (6,5 e 6,7).

Em relação aos estados, Rondônia (9,6 casamentos por 1000 habitantes) e o Distrito Federal (9) apresentaram as maiores taxas de nupcialidade. Os menores índices foram registrados no Rio Grande do Sul (4,2) e Piauí (3,4).

Em relação aos casamentos heterossexuais, a idade das pessoas que se casaram em 2022 aumentou tanto para homens quanto para mulheres, independente do estado civil prévio.

Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais de idade. Em 2022, 24,1% dos casamentos civis ocorreram com mulheres nesta faixa etária.

Entre os homens, um fenômeno semelhante também foi observado. Nos anos 2000, 10,2% deles tinham 40 anos ou mais. A parcela de homens desta faixa que se casou pulou para 30,4% em 2022.

Para a psicanalista Bárbara Cristina Barbosa, a população deixar para se casar mais tarde pode ser um reflexo da chamada “geração canguru”, apelido dado para a parcela da população que retarda a saída da casa dos pais.

Para ela, alguns fatores podem explicar a queda do casamento entre os mais jovens e aumento entre os mais velhos. Entre eles, estão o fato de que a união é mais vista como um ritual que demonstra para a sociedade que aquela pessoa ficou adulta.

Além disso, cada vez mais há uma tendência pela dedicação a estudos e especializações. “Muitos pensam que não querem passar pelo mesmo que os pais, que se casaram cedo. Os desejos mudaram, a construção de uma família não é alto, tão presente quanto antes”, diz a psicanalista.

Barbosa também cita que, antigamente, sair de casa significava liberdade sexual. Porém, muitas famílias hoje aceitam que os filhos levem seus parceiros em casa.

Em relação às uniões heterossexuais e as homossexuais, Barbosa reflete que é comum que entre casais de sexos diferente a sociedade cobre e espere que se casem. Porém, o mesmo não acontece com casais do mesmo sexo.

– A expectativa familiar não é exatamente a mesma. Porém, casais homossexuais enxergam como uma vitória a possibilidade de se casarem. Eles querem usufruir da ideia do amor romântico que os casais heterossexuais já tinham. É como se um estivesse conquistando aquilo que o outro está recusando – diz.

O Supremo Tribunal Federal (STF) passou a reconhecer uniões estáveis de casais do mesmo sexo em 2011. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentou os casamentos gays nos cartórios.

Ao todo, o país registrou 420.039 de divórcios em 2022, um aumento de 8,6% em relação número de rompimentos contabilizados em 2021, que somaram mais de 386 mil casos. Em relação às regiões, o Centro-Oeste e o Nordeste apresentaram os maiores aumentos entre 2021 e 2022, com 26,5% e 14%, respectivamente.

Em média, os homens se divorciaram mais velhos que as mulheres. Em 2022, na data do divórcio, eles tinham, em média, 44 anos, enquanto elas tinham 41 anos.

No Brasil, em 2010, o tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio era cerca de 16 anos. Em 2022, houve uma diminuição no tempo de duração do casamento para 13,8 anos.

Os dados mostram também que quase metade dos casais rompeu com menos de 10 anos de união (47,7%). Em 2010, essa taxa era de 37,4%.

A maior proporção das dissoluções aconteceu entre as famílias com filhos menores de 18 anos (47%) – em 2010, a parcela dos divórcios com filhos nesta faixa etária era de 43%.

Para a psicanalista, houve uma mudança nos últimos anos na concepção de amor. “Antes, estava ligado ao sacrifício e à tolerância. Hoje, as pessoas não têm comprado tanto essa ideia de amor”.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.