quarta-feira, 27 de março de 2024

Defesa de Bolsonaro vai alegar que ele não ‘suspeitava minimamente’ que poderia ser preso e visita foi para fazer contatos

 A visita de Bolsonaro à embaixada da Hungria teria sido meramente para manter ‘contatos’, dada sua agenda política nacional e internacional ‘extremamente ativa’

Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) vão apresentar na manhã desta quarta (27), ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, as explicações dele sobre a permanência, por dois dias, na embaixada da Hungria em Brasília.

Um dos argumentos centrais, segundo informa a coluna de Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, será o de que o ex-presidente não teria razões para “suspeitar minimamente” de que poderia ser alvo de um mandado de prisão. Portanto, não teria ido à missão diplomática para se esconder ou pedir asilo político, como autoridades passaram a suspeitar.

Portanto, os defensores destacam que seria ilógico suspeitar que um mandado de prisão preventiva fosse emitido apenas quatro dias depois das medidas cautelares já impostas. Se o objetivo do juiz Moraes fosse esse, ele teria agido anteriormente, não se limitando a restringir o documento de viagem de Bolsonaro.

A visita de Bolsonaro à embaixada da Hungria teria sido meramente para manter “contatos” com as autoridades, dada sua agenda política nacional e internacional “extremamente ativa” como ex-presidente. Especialmente considerando seus encontros com líderes estrangeiros alinhados com o conservadorismo, como o presidente da Hungria, Viktor Orbán, Bolsonaro teria discutido questões estratégicas de política internacional de interesse do setor conservador.

Os advogados afirmam que não faz sentido especular que a visita à delegação diplomática tivesse algum propósito oculto para evitar as investigações em curso, já que Bolsonaro sempre cooperou com elas. Além disso, destacam que o ex-presidente informou previamente ao ministro Alexandre de Moraes sobre sua viagem à posse de Javier Milei na Argentina.

A revelação de que Bolsonaro até passou a noite na embaixada, conforme relatado pelo jornal New York Times, levantou suspeitas de que ele estaria discutindo com os húngaros a possibilidade de buscar asilo político para evitar a detenção. Vale lembrar que Bolsonaro é investigado por várias questões, incluindo alegações de tentativa de golpe para permanecer no poder após a derrota para Lula em 2022.

Os advogados responsáveis pela defesa de Bolsonaro são Fabio Wajngarten, Paulo da Cunha Bueno e Daniel Tesser.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo

Presidente do STM diz que 'não existe comunismo no Brasil' e que 'a esquerda quer um país melhor e mais solidário'

 

"Não vejo o presidente Lula ou jamais o vi como um comunista. As pessoas têm uma mania de pensar que ser de esquerda é ser comunista, isso não existe", disse Joseli Camelo

Ministro Francisco Joseli Parente Camelo, presidente do STM
Ministro Francisco Joseli Parente Camelo, presidente do STM (Foto: Divulgação/STM)

 

O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Francisco Joseli Parente Camelo, afirmou que “não existe comunismo” no Brasil e que a “esquerda quer um Brasil melhor”. “O comunismo acabou. Para mim não existe o comunismo, no Brasil não existe. E outra coisa, o presidente Lula é um sindicalista. Eu não vejo o presidente Lula ou jamais o vi como um comunista. As pessoas têm uma mania de pensar que ser de esquerda é ser comunista, isso não existe”, disse o tenente-brigadeiro do ar em entrevista à Bandnews TV.

Ainda segundo ele, “ser de esquerda, realmente… ela quer um Brasil melhor, um Brasil mais solidário, um Brasil que pense no mais pobre, é tudo isso o que a esquerda pensa. Então, ser de esquerda não é ser comunista. E o comunismo, para mim, não existe no nosso país”. Questionado sobre sua inclinação política, o ministro disse que militares não têm partido político. 

“Nós militares não somos nem de esquerda e nem de direita e nem temos partido. Nós queremos o melhor para o Brasil. Nós queremos é que a sociedade brasileira viva feliz como sempre foi. Queremos que a pacificação volte ao nosso país”, disse em referência à politização das Forças Armadas incentivada ao longo do governo Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: Brasil 247 com informações da BandnewsTV

Supostos mandantes do assassinato de Marielle, irmãos Brazão são transferidos para presídios de Campo Grande e Porto Velho

 

A ação busca incentivar a dupla a colaborar com as autoridades. Sem contato entre si, os detidos enfrentam o dilema de quem irá cooperar primeiro para receber benefícios penais

Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco
Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Marielle, o documentário | Mídia NINJA)

 

Nesta quarta-feira (27), o governo deu início a uma manobra estratégica no desdobramento do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), com a transferência dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão para penitenciárias federais distintas, informa o jornal O Globo. Os dois estavam detidos desde domingo em Brasília e foram levados para unidades em Campo Grande e Porto Velho, respectivamente. O embarque foi registrado por imagens da GloboNews, mostrando-os entrando em uma aeronave na capital federal por volta das 8h40.

A ação foi planejada pelo Ministério da Justiça com base na aplicação da "teoria dos jogos", buscando incentivar os detidos a colaborarem com as autoridades para abrir novas frentes de investigação no caso Marielle. Segundo essa estratégia, sem contato entre si, os detidos enfrentam o dilema de quem irá cooperar primeiro para receber benefícios penais decorrentes de um acordo. Quem optar pelo silêncio pode enfrentar punições mais severas da Justiça.

A prisão dos irmãos Brazão, assim como do ex-policial militar Ronnie Lessa e do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa no domingo, foi resultado de informações obtidas a partir da delação premiada de Lessa. Este último confessou ter sido o autor dos disparos que resultaram na morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018. Segundo Lessa, os irmãos Brazão foram os mandantes do crime, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa atuou como "garantidor da impunidade" no decorrer das investigações, conforme relatado pela Polícia Federal.

A decisão de Ronnie Lessa em cooperar com as autoridades veio após tomar conhecimento de que seu comparsa, Élcio de Queiroz, havia feito um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, quebrando assim o pacto de silêncio entre os dois. Lessa e Queiroz também foram enviados para diferentes presídios federais. Élcio de Queiroz corroborou as declarações de Lessa à PF, confirmando sua participação no assassinato de Marielle e Anderson.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Defesa de Lourena Cid diz que ele não fará delação e que colaboração de Mauro Cid 'foi confirmada por generais'

 General da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, prestou depoimento à PF nesta terça-feira

Mauro Cesar Lourena Cid
Mauro Cesar Lourena Cid (Foto: Roberto Oliveira/Alesp/Divulgação)

 O general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, negou a intenção de fazer um acordo de delação premiada semelhante ao celebrado por seu filho junto à Polícia Federal (PF). "O general não fará nenhuma colaboração premiada", disse o advogado Cezar Bittencourt, de acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1

Nesta terça-feira (26), o general compareceu à sede da PF em Brasília. Ele prestou depoimento por quase três horas no âmbito das investigações das quais é alvo. Ainda conforme Bittencourt, o depoimento transcorreu "sem surpresas". 

Um dos pontos abordados durante o interrogatório foi a questão das joias sauditas recebidas por Jair Bolsonaro (PL) que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da União, mas que o ex-mandatário tentou se apropriar. Lourena Cid é investigado pelo envolvimento na tentativa de venda dos itens nos Estados Unidos. 

Segundo a reportagem, Bittencourt afirmou que o general disse aos investigadores que “apenas procurou avaliar dois conjuntos que recebeu de suas viagens no exterior”. Ainda conforme o defensor, os avaliadores em Miami informaram que os presentes não tinham valor algum epor serem feitos de latão.

Além disso, o general informou à Polícia Federal que possuía cerca de US$ 68 mil durante a viagem ao exterior, destinados a realizar algumas compras. O depoimento, que foi transcrito em três folhas, detalhou esses e outros aspectos levantados durante o interrogatório.

Cezar Bittencourt, que representa tanto o general Lourena Cid quanto seu filho, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também disse que o vazamento de áudios em que o tenente-coronel critica a condução da sua colaboração premiada pela PF e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes não coloca em risco a delação. “É um erro afirmar que a delação de Cid estaria em perigo. Os generais ouvidos confirmaram a sua versão”, destacou Bittencourt. 

Mauro Cid foi preso na sexta-feira (22) por determinação do ministro Alexandre de Moraes após depor por cerca de uma hora no âmbito do inquérito que apura os áudios vazados que foram divulgados pela revista Veja. A prisão de Cid foi decretada por descumprimento de medidas judiciais e por obstrução de justiça, conforme afirmado pelo STF.

Mauro Cid havia feito um acordo de colaboração premiada após ser preso no âmbito do inquérito que investiga fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19, além de cooperar em investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1

 

IGP-M, a inflação do aluguel, tem deflação em maio

 Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,47% em março e acumula queda de 4,26% em 12 meses

(Foto: Fotos Públicas)

Reuters - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,47% em março, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerando ligeiramente a deflação após recuo de 0,52% em fevereiro.

A queda, no entanto, foi mais intensa do que a prevista em pesquisa da Reuters com economistas, que apontava baixa de apenas 0,22% do índice neste mês. Com esse resultado, o IGP-M acumula agora queda de 4,26% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 0,77% neste mês, desacelerando ante a baixa de 0,90% vista em fevereiro.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, uma tendência ascendente nos preços de alimentos in natura foi compensada em março pelo desempenho de commodities chave no IPA, como minério de ferro, café e arroz em casca, que apresentaram variações menos expressivas.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta para 0,29% no período, ante 0,53% no mês passado.

O maior impacto veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou a cair 1,85% em março, ante alta de 0,11% em fevereiro, com o item passagem aérea acelerando a queda de 4,78% para 10,53%.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,24% neste mês, contra avanço de 0,20% em fevereiro.

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 


Escândalos levam milhares de húngaros às ruas para pedir renúncia de Orbán, "irmão" de Bolsonaro (vídeo)

 Extremista está abalado por escândalos de corrupção e acusações de interferência no Judiciário

(Foto: ABR)

 Abalado por escândalos de corrupção e acusações de interferência no Judiciário, o líder da extrema direita e primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, enfrentou na noite de terça-feira um gigantesco protesto em Budapeste. Os manifestantes exigem que o líder extremista renuncie de seu cargo imediatamente. 

“O protesto ocorre depois que um ex-aliado publicou áudios de conversas entre os conselheiros mais próximos de Orbán, sugerindo modificações em acusações na Justiça e no Ministério Público. As suspeitas apontam para uma suposta tentativa do governo de interferir na Justiça”, elucida o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no portal UOL

Viktor Orbán ganhou destaque no cenário brasileiro após acolher na embaixada da Hungria no Brasil Jair Bolsonaro, que buscou refúgio entre os dias 12 e 14 de fevereiro no local após ter seu passaporte retido pela PF. 

Orbán não esconde nas redes seu apreço por Bolsonaro. Orbán já havia saído em defesa do brasileiro dias antes de ele passar o período na embaixada e o incentivou o extremista "continuar lutando".

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Confiança de serviços no Brasil tem recuperação em março ao maior nível em quase 1 ano e meio, diz FGV

 

Índice de Confiança de Serviços (ICS) da FGV avançou 1,6 ponto neste mês, a 95,8 pontos, revertendo as perdas de fevereiro e atingindo o maior nível desde outubro de 2022 (97,6)

(Foto: REUTERS/Thilo Schmuelgen©)


Reuters - A confiança do setor de serviços brasileiro se recuperou em março e atingiu o maior patamar em quase um ano e meio, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), citando ambiente de otimismo em relação ao futuro.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da FGV avançou 1,6 ponto neste mês, a 95,8 pontos, revertendo as perdas de fevereiro e atingindo o maior nível desde outubro de 2022 (97,6).

Em março, o Índice de Expectativas (IE-S), que mede o sentimento em relação aos próximos meses, avançou 3,9 pontos, para 96,0 pontos, maior nível também desde outubro de 2022.

"Os resultados positivos em relação ao futuro demonstram otimismo, na maior parte dos segmentos, em relação à demanda e ao ambiente de negócios para os próximos trimestres", disse Stéfano Pacini, economista da FGV Ibre.

"O empresário enfrenta um ambiente macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros, controle de inflação e bons resultados no mercado de trabalho, fatores que podem estar influenciando as perspectivas futuras para o setor de serviços."

Na semana passada, o Banco Central cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual pela sexta vez seguida, a 10,75%, afastando os juros mais ainda do nível extremamente restritivo de 13,75% em que permaneceram por cerca de um ano.

Apesar do otimismo quanto ao futuro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) da pesquisa de confiança de serviços recuou 0,5 ponto em março, para 95,9 pontos, informou a FGV.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Quem é o delegado preso suspeito de manter 'sala de extorsão' em delegacia que inventava crimes

 

Segundo promotores de Justiça, Clésio mantinha no 1º Distrito Policial (DP) de Indaiatuba uma "sala de extorsão"

(Foto: EPTV- Reprodução)

 

José Clésio Silva de Oliveira Filho, 51 anos, delegado da Polícia Civil de São Paulo desde 2010 é apontado pelo Ministério Público como suspeito de chefiar um esquema criminoso que extorquia dinheiro de empresários em Indaiatuba (SP).

De acordo com G1, o delegado foi preso temporariamente nesta terça-feira (26) na Operação Chicago, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP, e deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (27).

Segundo promotores de Justiça, Clésio mantinha no 1º Distrito Policial (DP) de Indaiatuba uma "sala de extorsão", onde policiais ameaçavam imputar crimes a detidos se não pagassem propina à quadrilha.

"É bem narrado na investigação uma sala que nós chamamos de sala de extorsão, onde foi colocado drogas na mesa e tinha uma vítima que estava algemada com claros indicativos de, olha, aceita o acordo ou essas substâncias ilícitas serão suas', explicou o promotor de Justiça Paulo Carolis à reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Advogado de Bolsonaro busca audiência pessoal com Moraes para esclarecer estadia em embaixada

 

Defesa tem prazo até hoje para apresentar esclarecimentos sobre a permanência de ex-presidente na embaixada da Hungria após ação da Polícia Federal

Fabio Wajngarten
Fabio Wajngarten (Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado)

 

O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, está em busca de uma audiência com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o intuito de explicar pessoalmente os motivos pelos quais o ex-presidente permaneceu por dois dias na embaixada da Hungria, após ser alvo de uma ação da Polícia Federal, em fevereiro.

Em declaração à CNN, Wajngarten afirmou que vai “tentar despachar a petição pessoalmente com o gabinete do ministro Alexandre ou com o próprio ministro para que fique absolutamente esclarecido o ocorrido e não paire nenhuma dúvida."

A defesa de Bolsonaro tem até esta quarta-feira (27) para apresentar os esclarecimentos exigidos, que teoricamente poderiam ser protocolados por meio do sistema, sem necessidade de contato pessoal.

Segundo a defesa, Bolsonaro não estava tentando fugir, como foi sugerido pela ação da Polícia Federal. Eles afirmam que o ex-presidente teria sido convidado pelo embaixador húngaro para tratar de assuntos bilaterais entre os dois países.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Submarino “Tonelero” será lançado ao mar nesta terça em cerimônia com Lula e Macron

 

Projeto faz parte de uma parceria entre o Brasil e França firmada em 2008, com orçamento de R$ 40 bilhões

(Foto: Reprodução-Marinha)

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente francês, Emmanuel Macron, participarão da cerimônia de batismo e lançamento ao mar do submarino Tonelero (S42), que acontecerá em Itaguaí, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (27).

De acordo com G1, a embarcação faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), uma parceria entre o Brasil e França firmada em 2008, com orçamento de aproximadamente R$ 40 bilhões.

A embarcação, que será batizada pela primeira-dama Janja da Silva, será o quinto submarino da frota brasileira e o terceiro construído totalmente no Brasil. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Repórter do New York Times tira sarro de Cantanhêde após ter fonte questionada


Montagem de fotos de Jack Nicas e Eliane CantanhêdeJack Nicas repostou publicação de Eliane Cantanhêde com ironia – Reprodução

Nesta terça-feira (26), Jack Nicas, repórter do The New York Times ironizou uma publicação feita pela jornalista Eliane Cantanhêde no X/Twitter a respeito do vazamento dos vídeos de Jair Bolsonaro (PL) se escondendo na embaixada da Hungria no Brasil em fevereiro, quando supostamente queria sair do alcance da Polícia Federal.

“Quem, afinal, ‘vazou’ os vídeos de Bolsonaro na embaixada da Hungria? E por que para o The New York Times?”, questionou a colunista do Estadão. O correspondente do jornal norte-americano repostou o tweet dela e deixou o link de uma postagem irônica feita por Juliana Moara:

“Não pergunte a um homem seu salário, a uma mulher sua idade, e ao jornalista do NYT onde ele conseguiu as imagens das câmeras de segurança da embaixada da Hungria”.

As imagens citadas por eles foram gravadas por câmeras de segurança quatro dias após Bolsonaro ter seu passaporte apreendido sob a acusação de ter planejado um golpe após derrota na eleição presidencial de 2022. A ida até a embaixada teria como objetivo sair do alcance da PF caso ele tivesse sua prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: DCM

Pesquisa aponta redução de ataques a jornalistas em 2023

 

Índice é 40% menor que o de 2022


No dia 8 de janeiro do ano passado, a jornalista Marina Dias, do The Washington Post (EUA), viveu em pesadelo. Na cobertura dos ataques antidemocráticos naquela data, em Brasília, ela foi insultada e agredida. Ela sofreu rasteira, jogada no chão e continuou sofrendo violência até que um militar a ajudasse. “As pessoas me agrediram mesmo depois de ser escoltada por um militar”, recorda.

De ofensas a violências físicas, jornalistas no Brasil foram vítimas de 330 ataques durante o ano de 2023, segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), divulgado nesta terça (26). O número é 40,7% menor do que o ano anterior, quando foram registrados 557 casos.

Segundo avalia a entidade, os principais ataques ocorridos no ano passado tiveram relação aos episódios de 8 de janeiro, como foi o caso de Marina Dias, que, inclusive, participou da divulgação do levantamento.  Segundo explicou a pesquisadora Rafaela Sinderski, da Abraji, profissionais da imprensa foram atacados durante esses atos e também sofreram agressões físicas. “Tiveram seus equipamentos destruídos, foram perseguidos e intimidados. Isso se refletiu nos nossos dados”, exemplificou.

Agressões graves

Por outro lado, a queda do número de violências em 2023, segundo avaliou a entidade, tem relação com a alteração do cenário político e fim do mandato do então presidente Jair Bolsonaro. Conforme a pesquisadora, o mapeamento contabilizou que 38,2% dos casos registrados foram considerados episódios de violência grave. “São agressões físicas, ameaças de morte, de perseguição, de violência física”, exemplifica a pesquisadora.

Outro tipo de violência, os discursos estigmatizantes, representou 47,2% dos casos. “São ofensas verbais e casos de campanhas de descredibilização de jornalistas, de meios de comunicação e da empresa com questões sociais e questões mais amplas”, apontou.

Segundo a pesquisa 55,7% dos casos registrados em 2023 tiveram como agressores agentes estatais, que são funcionários públicos ou agentes políticos em mandato. “Isso é muito preocupante e grave. Principalmente quando são agentes políticos eleitos”.

Violência de gênero

A pesquisa trouxe também que 52,1% dos ataques tiveram origem ou repercussão na internet. “É muito forte atacar a imprensa e jornalistas, principalmente quando são mulheres. As jornalistas sofrem muita violência online com discursos estigmatizantes nas redes sociais”.

O Distrito Federal foi o lugar que mais houve violência contra jornalistas em 2023. “Foram registrados 82 ataques explícitos de gênero ou agressões contra mulheres jornalistas. E o que a gente entende por ataques explícitos de gênero”, afirmou a pesquisadora. A entidade considera o número preocupante, mesmo havendo uma queda de 43,4% em relação a 2022. Esses ataques usam, por exemplo, questões ligadas à identidade de gênero, à sexualidade e à orientação sexual para atacar jornalistas.

Outras tendências, segundo a Abraji, se fortaleceram no último período analisado, como o aumento dos processos judiciais civis ou penais com o intuito de silenciar jornalistas, que chegaram a 7,9% do total de agressões, e o crescimento de agressões graves registradas na categoria de “agressões e ataques”.

Recomendações

A partir do que foi coletado, a Abraji recomendou que os os poderes públicos reforcem políticas de proteção a jornalistas e comunicadores vítimas de ataques em razão do exercício da profissão.

A entidade apontou que as plataformas de redes sociais devem desenvolver mecanismos para enfrentar a violência online que afeta jornalistas.

Às empresas jornalísticas, a associação pediu que sejam adotadas medidas de formação, prevenção e proteção para seus profissionais. Aos jornalistas, ficou a recomendação que não deixem de denunciar a agressões sofridas no exercício da profissão.

Fonte: Agência Brasil

Orlando Curicica diz que Rivaldo Barbosa recebia propina na delegacia para travar investigações ligadas ao jogo ilegal

 Miliciano acusou o delegado, detido por ligação com o assassinato de Marielle, de ter transformado a Delegacia de Homicídios (DH) em um local de corrupção

Entregas de dinheiro na delegacia, vazamentos de informações para investigados e inquéritos sabotados foram denunciados pelo miliciano Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, em depoimento gravado ao Ministério Público do Rio.

Curicica acusou o delegado Rivaldo Barbosa, detido por ligação com o assassinato de Marielle, de ter transformado a Delegacia de Homicídios (DH) em um local de corrupção. Ele afirmou que Barbosa recebia subornos para não resolver casos ligados à máfia do jogo ilegal no Rio e mencionou ter pago R$ 18 mil ao delegado para evitar uma acusação de posse ilegal de arma.

– Houve uma busca em minha casa e encontraram uma pistola, mas eu não estava lá. Entraram em contato comigo dizendo que colocariam a culpa na minha esposa. Pediram R$ 20 mil para não a incriminar. O Dr. Rivaldo. Na época, eu tinha um Palio preto, consegui vendê-lo por R$ 18 mil e enviei o dinheiro para a DH. Foi junto com o advogado que acompanhou minha esposa ao depoimento. Enquanto ela era ouvida, a extorsão aconteceu. Depois disso, o delegado não mexeu mais no caso. O inquérito é de 2013 e continua sem solução”, afirmou Curicica aos promotores.

Antes de falar com os promotores, Curicica foi apontado como um dos mentores do assassinato de Marielle por uma testemunha falsa, o PM Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, seu rival no controle de favelas de Jacarepaguá. Posteriormente, a PF descobriu que o relato de Ferreirinha era uma farsa criada pelos verdadeiros responsáveis pelo crime de Marielle para atrapalhar as investigações.

Na época do depoimento, Curicica temia ser condenado pelo crime e decidiu revelar o que sabia sobre a atuação de grupos de assassinos no Rio, homicídios sem solução pela polícia e casos de corrupção na DH e no Ministério Público.

O relato foi incluído em um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) do MPRJ que permanece em andamento e foi citado no relatório final da investigação da PF, que identificou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além de Rivaldo Barbosa, como mandantes do assassinato da vereadora.

Curicica afirmou que a corrupção na DH aumentou a partir de 2015, quando Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Divisão de Homicídios. Ele explicou que, como Barbosa comandava as três DHs, era mais fácil praticar extorsões. O miliciano também revelou que dinheiro vindo da contravenção era entregue mensalmente na DH por um policial civil ligado ao bicheiro Anísio Abrahão David.

No depoimento, Curicica ainda mencionou que os bicheiros pagavam R$ 30 mil mensais ao promotor Homero das Neves Freitas Filho, atualmente aposentado, que trabalhava com a DH e foi responsável pelo caso Marielle nos primeiros seis meses. Segundo o miliciano, Freitas Filho e a DH sabotavam juntos as investigações para garantir que fossem arquivadas posteriormente.

Procurado, Homero Freitas Filho negou as acusações e afirmou que o depoimento de Curicica é uma tentativa desesperada de se livrar das acusações contra ele. O promotor declarou que nunca soube dessas acusações e nunca foi chamado para se explicar.

O advogado de Rivaldo Barbosa, Alexandre Dumans, negou as acusações e afirmou que seu cliente não recebeu propina para sabotar investigações. Ele ressaltou que qualquer omissão deve ser analisada em cada inquérito individualmente, não com base em um depoimento sem provas.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Investigadores já têm calendário para condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe e abolição do Estado de Direito

 Até mesmo aliados de ex-presidente admitem que sua condenação é inevitável, considerando seu papel como incentivador do golpe

Enquanto Jair Bolsonaro enfrenta complicações com a revelação de sua visita clandestina à Embaixada da Hungria, em Brasília, os investigadores que atuam no inquérito sobre a trama golpista instalada na cúpula de seu governo para impedir a posse de Lula trabalham observando o cronograma que eles próprios estabeleceram desde a conclusão da apuração até o julgamento.

Segundo informações da jornalista Malu Gaspar, do Globo, fontes próximas aos desdobramentos do caso esperam que até dezembro deste ano o ex-presidente da República possa ser condenado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O cronograma delineado pelos policiais prevê a conclusão do relatório no qual a Polícia Federal deve indiciar Bolsonaro por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e associação criminosa até julho próximo.

Vale destacar que o ex-presidente já havia sido alvo de pedidos de indiciamento por esses mesmos crimes no âmbito da CPI do 8 de Janeiro, encerrada em outubro do ano passado no Congresso Nacional. Após a conclusão do indiciamento, a expectativa na PF é que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente a denúncia contra Bolsonaro com celeridade, apesar da proximidade do calendário eleitoral.

Dessa forma, o Supremo poderia receber a denúncia e transformar o ex-presidente em réu em agosto, logo após o fim do recesso do meio do ano. No último dia 15, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou o levantamento do sigilo de uma série de depoimentos que implicaram ainda mais Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Braga Netto.

Os relatos dos ex-comandantes das Forças Armadas indicaram resistência a propostas golpistas em reuniões com Bolsonaro e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Para ministros do STF, essas informações aprofundaram as investigações da trama golpista.

A apuração já evidenciou que o ex-presidente estava ciente da minuta golpista e solicitou mudanças no texto, retirando a previsão de prisão de Gilmar Mendes e Rodrigo Pacheco, mas mantendo a de Moraes. No STF, existe convicção de que há maioria para receber a denúncia da PGR, abrir a ação penal contra Bolsonaro e, eventualmente, condená-lo.

De acordo com cálculos dos investigadores, a condenação de Bolsonaro poderia ocorrer em dezembro deste ano, considerando o prazo médio de quatro meses entre a abertura das ações penais e a condenação de outros acusados dos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Os elementos reunidos até o momento indicam a possibilidade de enquadrar Bolsonaro nos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa, previstos no Código Penal. A pena total poderia chegar a 28 anos de prisão.

Até mesmo aliados de Bolsonaro admitem que sua condenação é inevitável, considerando seu papel como incentivador do golpe. A questão que permanece é se o cronograma estabelecido pela PF será seguido à risca pela PGR e pelo STF.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo