Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,47% em março
e acumula queda de 4,26% em 12 meses
(Foto: Fotos Públicas)
Reuters - O Índice
Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,47% em março, informou nesta
quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerando ligeiramente a
deflação após recuo de 0,52% em fevereiro.
A queda, no entanto,
foi mais intensa do que a prevista em pesquisa da Reuters com economistas, que
apontava baixa de apenas 0,22% do índice neste mês. Com esse resultado, o IGP-M
acumula agora queda de 4,26% em 12 meses.
O Índice de Preços ao
Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação
dos preços no atacado, caiu 0,77% neste mês, desacelerando ante a baixa de
0,90% vista em fevereiro.
Segundo André Braz,
coordenador dos índices de preços da FGV, uma tendência ascendente nos preços
de alimentos in natura foi compensada em março pelo desempenho de commodities
chave no IPA, como minério de ferro, café e arroz em casca, que apresentaram variações
menos expressivas.
Já o Índice de Preços
ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta
para 0,29% no período, ante 0,53% no mês passado.
O maior impacto veio
do grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou a cair 1,85% em março, ante
alta de 0,11% em fevereiro, com o item passagem aérea acelerando a queda de
4,78% para 10,53%.
Por fim, o Índice
Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,24% neste mês, contra avanço
de 0,20% em fevereiro.
O IGP-M calcula os
preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês
anterior e 20 do mês de referência.
Extremista está abalado por escândalos de
corrupção e acusações de interferência no Judiciário
(Foto: ABR)
Abalado por escândalos de
corrupção e acusações de interferência no Judiciário, o líder da extrema
direita e primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, enfrentou na noite de
terça-feira um gigantesco protesto em Budapeste. Os manifestantes exigem que o
líder extremista renuncie de seu cargo imediatamente.
“O protesto ocorre depois que um ex-aliado publicou áudios
de conversas entre os conselheiros mais próximos de Orbán, sugerindo
modificações em acusações na Justiça e no Ministério Público. As suspeitas
apontam para uma suposta tentativa do governo de interferir na Justiça”,
elucida o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no portal UOL.
Viktor Orbán ganhou destaque no cenário brasileiro após acolher
na embaixada da Hungria no Brasil Jair Bolsonaro, que buscou refúgio entre os
dias 12 e 14 de fevereiro no local após ter seu passaporte retido pela
PF.
Orbán não esconde nas redes seu apreço por Bolsonaro.
Orbán já havia saído em defesa do brasileiro dias antes de ele passar o período
na embaixada e o incentivou o extremista "continuar lutando".
Índice de Confiança de Serviços (ICS) da
FGV avançou 1,6 ponto neste mês, a 95,8 pontos, revertendo as perdas de
fevereiro e atingindo o maior nível desde outubro de 2022 (97,6)
Reuters - A confiança
do setor de serviços brasileiro se recuperou em março e atingiu o maior patamar
em quase um ano e meio, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas
(FGV), citando ambiente de otimismo em relação ao futuro.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da FGV avançou 1,6
ponto neste mês, a 95,8 pontos, revertendo as perdas de fevereiro e atingindo o
maior nível desde outubro de 2022 (97,6).
Em março, o Índice de Expectativas (IE-S), que mede o sentimento
em relação aos próximos meses, avançou 3,9 pontos, para 96,0 pontos, maior
nível também desde outubro de 2022.
"Os resultados positivos em relação ao futuro
demonstram otimismo, na maior parte dos segmentos, em relação à demanda e ao
ambiente de negócios para os próximos trimestres", disse Stéfano Pacini,
economista da FGV Ibre.
"O empresário enfrenta um ambiente macroeconômico de
manutenção da queda na taxa de juros, controle de inflação e bons resultados no
mercado de trabalho, fatores que podem estar influenciando as perspectivas
futuras para o setor de serviços."
Na semana passada, o Banco Central cortou a taxa Selic em
0,50 ponto percentual pela sexta vez seguida, a 10,75%, afastando os juros mais
ainda do nível extremamente restritivo de 13,75% em que permaneceram por cerca
de um ano.
Apesar do otimismo quanto ao futuro, o
Índice de Situação Atual (ISA-S) da pesquisa de confiança de serviços recuou
0,5 ponto em março, para 95,9 pontos, informou a FGV.
Segundo promotores de Justiça, Clésio
mantinha no 1º Distrito Policial (DP) de Indaiatuba uma "sala de extorsão"
(Foto: EPTV- Reprodução)
José Clésio Silva de Oliveira
Filho, 51 anos, delegado da Polícia Civil de São Paulo desde 2010 é apontado
pelo Ministério Público como suspeito de chefiar um esquema criminoso que
extorquia dinheiro de empresários em Indaiatuba (SP).
De acordo com G1, o
delegado foi preso temporariamente nesta terça-feira (26) na Operação Chicago,
do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP, e
deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (27).
Segundo promotores de Justiça, Clésio mantinha no 1º Distrito
Policial (DP) de Indaiatuba uma "sala de extorsão", onde policiais
ameaçavam imputar crimes a detidos se não pagassem propina à quadrilha.
"É bem narrado na investigação uma sala que nós
chamamos de sala de extorsão, onde foi colocado drogas na mesa e tinha uma
vítima que estava algemada com claros indicativos de, olha, aceita o acordo ou
essas substâncias ilícitas serão suas', explicou o promotor de Justiça Paulo
Carolis à reportagem.
O advogado de Jair Bolsonaro
(PL), Fábio Wajngarten, está em busca de uma audiência com o ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o intuito de explicar
pessoalmente os motivos pelos quais o ex-presidente permaneceu por dois dias na
embaixada da Hungria, após ser alvo de uma ação da Polícia Federal, em
fevereiro.
Em declaração à CNN, Wajngarten
afirmou que vai “tentar despachar a petição pessoalmente com o gabinete do
ministro Alexandre ou com o próprio ministro para que fique absolutamente
esclarecido o ocorrido e não paire nenhuma dúvida."
A defesa de Bolsonaro tem até esta quarta-feira (27) para
apresentar os esclarecimentos exigidos, que teoricamente poderiam ser
protocolados por meio do sistema, sem necessidade de contato pessoal.
Segundo a defesa, Bolsonaro não estava tentando fugir,
como foi sugerido pela ação da Polícia Federal. Eles afirmam que o
ex-presidente teria sido convidado pelo embaixador húngaro para tratar de
assuntos bilaterais entre os dois países.
Projeto faz parte
de uma parceria entre o Brasil e França firmada em 2008, com orçamento de R$ 40
bilhões
(Foto: Reprodução-Marinha)
O presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente francês, Emmanuel
Macron, participarão da cerimônia de batismo e lançamento ao mar do submarino
Tonelero (S42), que acontecerá em Itaguaí, no Rio de Janeiro, nesta
quarta-feira (27).
De acordo comG1, a embarcação faz parte do Programa
de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), uma parceria entre o Brasil e França
firmada em 2008, com orçamento de aproximadamente R$ 40 bilhões.
A embarcação, que será batizada pela
primeira-dama Janja da Silva, será o quinto submarino da frota brasileira e o
terceiro construído totalmente no Brasil.
Jack Nicas repostou publicação de Eliane Cantanhêde com ironia – Reprodução
Nesta terça-feira (26), Jack Nicas, repórter do The New York Times ironizou uma publicação feita pela jornalista Eliane Cantanhêde no X/Twitter a respeito do vazamento dos vídeos deJair Bolsonaro (PL) se escondendo na embaixada da Hungriano Brasil em fevereiro, quando supostamente queria sair do alcance da Polícia Federal.
“Quem, afinal, ‘vazou’ os vídeos de Bolsonaro na embaixada da Hungria? E por que para o The New York Times?”, questionou a colunista do Estadão. O correspondente do jornal norte-americano repostou o tweet dela e deixou o link de uma postagem irônica feita por Juliana Moara:
“Não pergunte a um homem seu salário, a uma mulher sua idade, e ao jornalista do NYT onde ele conseguiu as imagens das câmeras de segurança da embaixada da Hungria”.
As imagens citadas por eles foram gravadas por câmeras de segurança quatro dias após Bolsonaro ter seu passaporte apreendido sob a acusação de ter planejado um golpe após derrota na eleição presidencial de 2022. A ida até a embaixada teria como objetivo sair do alcance da PF caso ele tivesse sua prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 8 de janeiro do ano passado, a jornalista Marina Dias, do The Washington Post (EUA), viveu em pesadelo. Na cobertura dos ataques antidemocráticos naquela data, em Brasília, ela foi insultada e agredida. Ela sofreu rasteira, jogada no chão e continuou sofrendo violência até que um militar a ajudasse. “As pessoas me agrediram mesmo depois de ser escoltada por um militar”, recorda.
De ofensas a violências físicas, jornalistas no Brasil foram vítimas de 330 ataques durante o ano de 2023, segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), divulgado nesta terça (26). O número é 40,7% menor do que o ano anterior, quando foram registrados 557 casos.
Segundo avalia a entidade, os principais ataques ocorridos no ano passado tiveram relação aos episódios de 8 de janeiro, como foi o caso de Marina Dias, que, inclusive, participou da divulgação do levantamento. Segundo explicou a pesquisadora Rafaela Sinderski, da Abraji, profissionais da imprensa foram atacados durante esses atos e também sofreram agressões físicas. “Tiveram seus equipamentos destruídos, foram perseguidos e intimidados. Isso se refletiu nos nossos dados”, exemplificou.
Agressões graves
Por outro lado, a queda do número de violências em 2023, segundo avaliou a entidade, tem relação com a alteração do cenário político e fim do mandato do então presidente Jair Bolsonaro. Conforme a pesquisadora, o mapeamento contabilizou que 38,2% dos casos registrados foram considerados episódios de violência grave. “São agressões físicas, ameaças de morte, de perseguição, de violência física”, exemplifica a pesquisadora.
Outro tipo de violência, os discursos estigmatizantes, representou 47,2% dos casos. “São ofensas verbais e casos de campanhas de descredibilização de jornalistas, de meios de comunicação e da empresa com questões sociais e questões mais amplas”, apontou.
Segundo a pesquisa 55,7% dos casos registrados em 2023 tiveram como agressores agentes estatais, que são funcionários públicos ou agentes políticos em mandato. “Isso é muito preocupante e grave. Principalmente quando são agentes políticos eleitos”.
Violência de gênero
A pesquisa trouxe também que 52,1% dos ataques tiveram origem ou repercussão na internet. “É muito forte atacar a imprensa e jornalistas, principalmente quando são mulheres. As jornalistas sofrem muita violência online com discursos estigmatizantes nas redes sociais”.
O Distrito Federal foi o lugar que mais houve violência contra jornalistas em 2023. “Foram registrados 82 ataques explícitos de gênero ou agressões contra mulheres jornalistas. E o que a gente entende por ataques explícitos de gênero”, afirmou a pesquisadora. A entidade considera o número preocupante, mesmo havendo uma queda de 43,4% em relação a 2022. Esses ataques usam, por exemplo, questões ligadas à identidade de gênero, à sexualidade e à orientação sexual para atacar jornalistas.
Outras tendências, segundo a Abraji, se fortaleceram no último período analisado, como o aumento dos processos judiciais civis ou penais com o intuito de silenciar jornalistas, que chegaram a 7,9% do total de agressões, e o crescimento de agressões graves registradas na categoria de “agressões e ataques”.
Recomendações
A partir do que foi coletado, a Abraji recomendou que os os poderes públicos reforcem políticas de proteção a jornalistas e comunicadores vítimas de ataques em razão do exercício da profissão.
A entidade apontou que as plataformas de redes sociais devem desenvolver mecanismos para enfrentar a violência online que afeta jornalistas.
Às empresas jornalísticas, a associação pediu que sejam adotadas medidas de formação, prevenção e proteção para seus profissionais. Aos jornalistas, ficou a recomendação que não deixem de denunciar a agressões sofridas no exercício da profissão.
Miliciano acusou o delegado, detido por ligação com o assassinato de Marielle, de ter transformado a Delegacia de Homicídios (DH) em um local de corrupção
Entregas de dinheiro na delegacia, vazamentos de informações para investigados e inquéritos sabotados foram denunciados pelo miliciano Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, em depoimento gravado ao Ministério Público do Rio.
Curicica acusou o delegado Rivaldo Barbosa, detido por ligação com o assassinato de Marielle, de ter transformado a Delegacia de Homicídios (DH) em um local de corrupção. Ele afirmou que Barbosa recebia subornos para não resolver casos ligados à máfia do jogo ilegal no Rio e mencionou ter pago R$ 18 mil ao delegado para evitar uma acusação de posse ilegal de arma.
– Houve uma busca em minha casa e encontraram uma pistola, mas eu não estava lá. Entraram em contato comigo dizendo que colocariam a culpa na minha esposa. Pediram R$ 20 mil para não a incriminar. O Dr. Rivaldo. Na época, eu tinha um Palio preto, consegui vendê-lo por R$ 18 mil e enviei o dinheiro para a DH. Foi junto com o advogado que acompanhou minha esposa ao depoimento. Enquanto ela era ouvida, a extorsão aconteceu. Depois disso, o delegado não mexeu mais no caso. O inquérito é de 2013 e continua sem solução”, afirmou Curicica aos promotores.
Antes de falar com os promotores, Curicica foi apontado como um dos mentores do assassinato de Marielle por uma testemunha falsa, o PM Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, seu rival no controle de favelas de Jacarepaguá. Posteriormente, a PF descobriu que o relato de Ferreirinha era uma farsa criada pelos verdadeiros responsáveis pelo crime de Marielle para atrapalhar as investigações.
Na época do depoimento, Curicica temia ser condenado pelo crime e decidiu revelar o que sabia sobre a atuação de grupos de assassinos no Rio, homicídios sem solução pela polícia e casos de corrupção na DH e no Ministério Público.
O relato foi incluído em um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) do MPRJ que permanece em andamento e foi citado no relatório final da investigação da PF, que identificou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além de Rivaldo Barbosa, como mandantes do assassinato da vereadora.
Curicica afirmou que a corrupção na DH aumentou a partir de 2015, quando Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Divisão de Homicídios. Ele explicou que, como Barbosa comandava as três DHs, era mais fácil praticar extorsões. O miliciano também revelou que dinheiro vindo da contravenção era entregue mensalmente na DH por um policial civil ligado ao bicheiro Anísio Abrahão David.
No depoimento, Curicica ainda mencionou que os bicheiros pagavam R$ 30 mil mensais ao promotor Homero das Neves Freitas Filho, atualmente aposentado, que trabalhava com a DH e foi responsável pelo caso Marielle nos primeiros seis meses. Segundo o miliciano, Freitas Filho e a DH sabotavam juntos as investigações para garantir que fossem arquivadas posteriormente.
Procurado, Homero Freitas Filho negou as acusações e afirmou que o depoimento de Curicica é uma tentativa desesperada de se livrar das acusações contra ele. O promotor declarou que nunca soube dessas acusações e nunca foi chamado para se explicar.
O advogado de Rivaldo Barbosa, Alexandre Dumans, negou as acusações e afirmou que seu cliente não recebeu propina para sabotar investigações. Ele ressaltou que qualquer omissão deve ser analisada em cada inquérito individualmente, não com base em um depoimento sem provas.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
Até mesmo aliados de ex-presidente admitem que sua condenação é inevitável, considerando seu papel como incentivador do golpe
Enquanto Jair Bolsonaro enfrenta complicações com a revelação de sua visita clandestina à Embaixada da Hungria, em Brasília, os investigadores que atuam no inquérito sobre a trama golpista instalada na cúpula de seu governo para impedir a posse de Lula trabalham observando o cronograma que eles próprios estabeleceram desde a conclusão da apuração até o julgamento.
Segundo informações da jornalista Malu Gaspar, do Globo, fontes próximas aos desdobramentos do caso esperam que até dezembro deste ano o ex-presidente da República possa ser condenado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O cronograma delineado pelos policiais prevê a conclusão do relatório no qual a Polícia Federal deve indiciar Bolsonaro por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e associação criminosa até julho próximo.
Vale destacar que o ex-presidente já havia sido alvo de pedidos de indiciamento por esses mesmos crimes no âmbito da CPI do 8 de Janeiro, encerrada em outubro do ano passado no Congresso Nacional. Após a conclusão do indiciamento, a expectativa na PF é que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente a denúncia contra Bolsonaro com celeridade, apesar da proximidade do calendário eleitoral.
Dessa forma, o Supremo poderia receber a denúncia e transformar o ex-presidente em réu em agosto, logo após o fim do recesso do meio do ano. No último dia 15, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou o levantamento do sigilo de uma série de depoimentos que implicaram ainda mais Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Braga Netto.
Os relatos dos ex-comandantes das Forças Armadas indicaram resistência a propostas golpistas em reuniões com Bolsonaro e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Para ministros do STF, essas informações aprofundaram as investigações da trama golpista.
A apuração já evidenciou que o ex-presidente estava ciente da minuta golpista e solicitou mudanças no texto, retirando a previsão de prisão de Gilmar Mendes e Rodrigo Pacheco, mas mantendo a de Moraes. No STF, existe convicção de que há maioria para receber a denúncia da PGR, abrir a ação penal contra Bolsonaro e, eventualmente, condená-lo.
De acordo com cálculos dos investigadores, a condenação de Bolsonaro poderia ocorrer em dezembro deste ano, considerando o prazo médio de quatro meses entre a abertura das ações penais e a condenação de outros acusados dos atos golpistas de 8 de Janeiro.
Os elementos reunidos até o momento indicam a possibilidade de enquadrar Bolsonaro nos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa, previstos no Código Penal. A pena total poderia chegar a 28 anos de prisão.
Até mesmo aliados de Bolsonaro admitem que sua condenação é inevitável, considerando seu papel como incentivador do golpe. A questão que permanece é se o cronograma estabelecido pela PF será seguido à risca pela PGR e pelo STF.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
No modelo pensado pela Secom, o presidente seria o âncora da
transmissão, tendo ministros e presidentes de estatais ou autarquias como
convidados
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Após uma pausa nas
transmissões no fim de novembro, as lives do presidente Lula (PT) estão prestes
a retornar, mas com uma nova roupagem, segundo Lauro Jardim, do jornalOGlobo.
A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) tem trabalhado intensamente
na reformulação do formato, visando alavancar a audiência que não decolou como
esperado na configuração original.
Uma das mudanças mais
significativas é a entrada de Lula como âncora do programa. O presidente,
reconhecido por sua habilidade comunicativa, assumirá o papel de entrevistador
e 'mestre de cerimônias'.
Marcos Uchôa, que
anteriormente conduzia as entrevistas com Lula, deixou o governo em janeiro. O
modelo anterior, baseado na figura de um entrevistador externo, mostrou-se
insatisfatório em termos de audiência, levando à necessidade de uma
reformulação.
Além da mudança na
dinâmica das entrevistas, a periodicidade das transmissões também será
flexibilizada. Anteriormente semanais, com todas as manhãs de terças-feiras
reservadas para as lives, agora não haverá mais essa obrigatoriedade. Essa
flexibilidade permitirá uma maior adaptação às demandas e agenda do presidente,
bem como uma possível diversificação nos temas e nos convidados.
Em relação aos
convidados, a proposta é trazer não apenas ministros, mas também presidentes de
estatais ou autarquias. Essa ampliação do leque de participantes pode
proporcionar uma maior abrangência temática e uma visão mais abrangente das
políticas em discussão.
Embora ainda não haja
uma data definitiva para o retorno das transmissões, a expectativa é que a
estreia da nova fase ocorra em meados de abril. As mudanças propostas
evidenciam um esforço da equipe de comunicação de Lula em revitalizar um
importante canal de interação com o público.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo
Segundo o ministro da Fazenda, "projetos de lei foram
apresentados, ou pelo governo ou por parlamentares, para chegar a uma equação"
Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Jefferson Rudy/Agência Senado)
Reuters - O ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, evitou nesta terça-feira confirmar a manutenção, na
proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a ser enviada ao Congresso,
da meta de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025.
Em entrevista à CNN, o ministro afirmou que a manutenção
da meta depende de medidas atualmente em tramitação no Congresso Nacional.
“A pedido do presidente (do Senado) Rodrigo Pacheco, e depois a
pedido do presidente (da Câmara) Arthur Lira, projetos de lei foram
apresentados, ou pelo governo ou por parlamentares, para chegar a uma equação”,
disse Haddad.
“Eu penso que isso vai definir o futuro da trajetória... O
resultado primário está dependendo (de medidas tratadas no Congresso)”,
acrescentou.
O governo tem até meados de abril para enviar ao Congresso a
proposta de LDO para 2025.
“Nós vamos, ao longo dos próximos dias, definir com o
Congresso Nacional o andar da carruagem, como nós vamos definir a trajetória
daqui para a frente. A ministra Simone que prepara a LDO. Esse tema vai ser
discutido à luz do que está acontecendo no Congresso Nacional, do que já
aconteceu de bom nas cortes superiores”, pontuou o ministro.
A CNN veiculou na noite desta terça-feira
trechos da entrevista feita com o ministro Fernando Haddad. A íntegra deve ser
veiculada na tarde de quarta-feira.
Caso está inserido entre os "mais
sensíveis" que o procurador-geral da República busca centralizar
(Foto: Pedro França/Agência Senado)
O procurador-geral da
República, Paulo Gonet, vai se dedicar pessoalmente a analisar o episódio em
que Jair Bolsonaro (PL) passou dois dias no interior da embaixada da Hungria,
em Brasília, após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal no âmbito das
investigações do planejamento de um suposto golpe de Estado para impedir a
posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso foi revelado pelo
jornal The New York Times.
Segundo a coluna do jornalista Lauro
Jardim, de O Globo, membros da PGR apontam que “o caso se enquadra
naqueles considerados ‘mais sensíveis’ que Gonet busca centralizar. Gonet
também optou por aguardar a explicação da defesa de Bolsonaro, dentro do prazo
de 48 horas estipulado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes, antes de se pronunciar sobre a possibilidade de uma
eventual prisão preventiva, conforme solicitado por parlamentares aliados ao
governo.
O prazo expira nesta quarta-feira (27). Dada a proximidade do
feriado, a PGR deverá iniciar os procedimentos relacionados ao caso apenas na
próxima segunda-feira (1). O episódio envolvendo a estadia de Bolsonaro na
embaixada húngara foi recebido com certo estranhamento por membros do alto
escalão do Ministério Público Federal (MPF). Apesar disso, há quem interprete
esse refúgio como um gesto político.
Saiba mais - O jornal norte-americano The New York Times revelou que
Jair Bolsonaro (PL) buscou refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o
Carnaval, temendo ser preso em decorrência das investigações que pesam contra
ele, desde tentar um golpe de Estado até falsificar certificados de vacinação.
Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de
fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias
depois, na noite de 12 de fevereiro, Bolsonaro foi filmado entrando na
Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14.
Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e
foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. A estadia de Bolsonaro na
embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro
da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar
da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas
autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido
evidente ao longo dos anos.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo
O Sudeste reúne apenas 3% dos 500 municípios que mais avançaram e o Sul, 10%
Aluno em sala de aula (Foto: Arquivo Agência Brasil)
Dados divulgados pela
organização Roda Educativa indicam que mais de seis em cada dez municípios que
mais avançaram no Ioeb (Índice de Oportunidades da Educação Brasileira) 2023
ficam na região Nordeste (67%). Os dados são relativos à comparação com 2019 —
ou seja, antes da pandemia de covid.
De acordo comUOL,
o Ceará fica em destaque com 70 municípios entre os 500 com maiores avanços no
indicador. O levantamento aponta que outros estados do Nordeste também
registraram bons resultados — como Pernambuco, que manteve a classificação mais
alta, chamada de "otimizado" no pós-pandemia.
O Norte é responsável por 13% dos 500 municípios que mais
avançaram; o Centro-Oeste, 7%. O Sudeste reúne apenas 3% dos 500 municípios que
mais avançaram e o Sul, 10%.