terça-feira, 26 de março de 2024

Condecorado por Macron, cacique Raoni cobra demarcação de terras indígenas e pede que Lula barre a Ferrogrão

 

Em uma cerimônia realizada em Belém (PA), o líder francês e o presidente Lula receberam o cacique, destacando o compromisso com questões ambientais e de direitos humanos

Presidentes Lula e Macron na cerimônia de condecoração do líder indígena Raoni
Presidentes Lula e Macron na cerimônia de condecoração do líder indígena Raoni (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, concedeu nesta terça-feira (26) ao líder indígena da etnia kayapó, cacique Raoni Metuktire, a Ordem Nacional da Legião de Honra, a maior honraria concedida pela França a seus cidadãos e estrangeiros que se destacam por suas atividades no cenário global.

Raoni Metuktire, de 92 anos, dedicou sua vida à defesa da Amazônia e dos povos da floresta, conquistando reconhecimento internacional. Em uma cerimônia realizada em Belém (PA), Macron e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberam Raoni, destacando o compromisso com questões ambientais e de direitos humanos.

Durante o encontro, Raoni fez um apelo veemente, direcionado especialmente ao presidente Lula, pedindo que não seja aprovado o projeto de construção da Ferrogrão, ferrovia que atravessa o território amazônico, incluindo áreas protegidas. "Quero pedir que vocês não aprovem o projeto de construção de ferrovia Sinop a Miritituba, mais conhecida como Ferrogrão", afirmou o cacique, de acordo com o portal Metrópoles.

Além disso, Raoni ressaltou a importância da demarcação de terras indígenas para as comunidades que ainda não possuem terra garantida, enfatizando a necessidade de recursos para a Fundação Nacional do Índio (Funai) trabalhar em prol dos povos indígenas. "Eu sempre defendi que não pode ter desmatamento. Não consigo aceitar garimpo. Quero pedir novamente que você trabalhe para acabar com o desmatamento e que também você precisa demarcar terras indígenas para as comunidades que não têm terra ainda. Que a Funai tenha recursos para trabalhar pelas comunidades indígenas", declarou Raoni.

O cacique Raoni é conhecido por sua luta incansável em prol dos direitos indígenas e da preservação ambiental. Sua trajetória internacional incluiu encontros com diversas personalidades, como o Papa Francisco e o rei britânico Charles III. Macron destacou Raoni como uma figura de destaque na defesa dos direitos humanos e da proteção da floresta, ressaltando sua contribuição para a unificação das terras indígenas do Xingu em 1993, que agora constituem a maior reserva de florestas tropicais do planeta.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Metrópoles

 

 

"Parece ter sido ditada pelos EUA", diz Venezuela sobre nota do Brasil que aborda eleições no país

 

Comunicado emitido pelo chanceler da Venezuela classifica nota do Itamaraty como "cinzenta e intervencionista"

 

Nicolás Maduro
Nicolás Maduro (Foto: Reuters/Leonardo Fernandez Viloria)


O chanceler da Venezuela, Yvan Gil, emitiu uma nota oficial nesta terça-feira (26) repudiando o comunicado recente do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. A declaração brasileira expressava preocupações sobre o processo eleitoral na Venezuela, observando o impedimento da candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, de registrar sua candidatura, entre outros pontos.

Segundo Gil, o comunicado brasileiro é considerado "cinzento e intervencionista", sugerindo que possivelmente teria sido "ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos". Ele argumentou que o comunicado continha comentários carregados de "profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela".

O chanceler venezuelano enfatizou o compromisso de seu país com os princípios diplomáticos e de não interferência nos assuntos internos de outras nações, incluindo o Brasil. Ele destacou que a Venezuela não emite juízos de valor sobre processos políticos e judiciais em outros países e espera o mesmo respeito em troca. Confira o comunicado do chanceler venezuelano na íntegra:

O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela repudia o comunicado cinzento e intervencionista redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, no qual são emitidos comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela.

O governo venezuelano tem mantido uma conduta fiel aos princípios que regem a diplomacia e as relações amistosas com o Brasil, sendo que em nenhuma hipótese, emite, nem emitirá juízos de valor sobre os processos políticos e judiciais que ocorrem naquele país, consequentemente tem a moral para exigir o mais estrito respeito pelo princípio da não ingerência nos assuntos internos e em nossa democracia, uma das mais robustas da região.

Chama a atenção que a chancelaria brasileira não esteja preocupada com as tentativas de magnicídio e desestabilização que foram desmanteladas nas últimas semanas, incluindo a tentativa de ontem, quando um extremista da organização Vente Venezuela foi preso com armas, disposto a atentar contra a vida do presidente Nicolás Maduro Moros, durante a impressionante manifestação que o acompanhou no momento da sua inscrição como candidato.

O Poder Eleitoral venezuelano convocou para o dia 28 de julho deste ano, a eleição presidencial que corresponde por mandato constitucional. Esta ocorrerá de maneira exitosa, como o resto dos acontecimentos que se completaram nos últimos 25 anos da Revolução Bolivariana, sem intervenção ou tutela de qualquer força estrangeira.

Finalmente, o Governo Bolivariano agradece as expressões de solidariedade do Presidente Lula Da Silva, que condenam direta e inequivocamente o bloqueio criminoso e as sanções que o governo dos Estados Unidos impôs ilegalmente, com o objetivo de produzir dano ao nosso povo.

Caracas, 26 de Março de 2024

Fonte: Brasil 247

Oposição venezuelana registra candidato presidencial para manter vaga na cédula

 

O grupo Unidade Democrática, parte de uma coalizão maior de partidos de oposição, registrou um candidato antes do prazo final de segunda-feira

Corina Yoris dá entrevista à Reuters, em Caracas 25/03/2024
Corina Yoris dá entrevista à Reuters, em Caracas 25/03/2024 (Foto: REUTERS/Efrain Otero)

CARACAS (Reuters) - Um importante grupo de oposição venezuelano registrou um candidato para a eleição presidencial de julho para garantir uma vaga na cédula de votação, embora tanto a vencedora da primária da oposição quanto a pessoa que ela tinha indicado para ocupar seu lugar não tenham conseguido se registrar para a disputa, disseram autoridades eleitorais e fontes nesta terça-feira.

O grupo Unidade Democrática, parte de uma coalizão maior de partidos de oposição, registrou um candidato antes do prazo final de segunda-feira, informou o Conselho Nacional Eleitoral.

Três fontes da oposição disseram à Reuters que o registro de Edmundo González, um ex-embaixador, tem como objetivo manter um lugar na cédula para um possível substituto, que pode ser nomeado até 20 de abril.

A ampla coalizão de oposição ficou sem um candidato depois que María Corina Machado -- que venceu a eleição primária com larga maioria no ano passado para a nomeação da oposição para concorrer contra o atual presidente, Nicolás Maduro -- teve a proibição de ocupar cargos públicos confirmada pelo Tribunal Superior do país.

Machado então nomeou Corina Yoris como candidata no seu lugar, mas Yoris não conseguiu acessar o sistema online da autoridade eleitoral para se registrar antes do prazo final.

"Todos sabiam que Machado não conseguiria", disse uma das fontes. "O registro de Edmundo é um disfarce."

"O lugar na cédula para a Unidade Democrática foi guardado com um nome, para depois substituí-lo", disse outra fonte.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Justiça argentina condena dez à prisão perpétua por crimes contra a humanidade na ditadura

 

Condenados, todos de idade avançada, foram considerados culpados por crimes cometidos no centro clandestino de detenção "Pozo de Banfield", localizado na província de Buenos Aires

 

Ditadura na Argentina
Ditadura na Argentina (Foto: Reprodução/Youtube)

Sputnik Brasil - Um tribunal argentino condenou nesta terça-feira dez repressores à prisão perpétua por crimes contra a humanidade cometidos durante a última ditadura (1976-1983), prejudicando 605 vítimas.

O Tribunal Oral Federal nº 1 de La Plata, responsável pelo julgamento, também condenou um dos acusados a 25 anos de prisão, mas o absolveu de um dos crimes. A sentença foi lida pelo juiz Ricardo Basilico.

Os condenados, todos de idade avançada, foram considerados culpados por crimes cometidos no centro clandestino de detenção "Pozo de Banfield", localizado na província de Buenos Aires. Entre os crimes, estão sequestros, torturas, homicídios e apropriação de bebês nascidos em cativeiro.

O julgamento, que começou em 2021, é um dos últimos relacionados à repressão militar na Argentina, que deixou um saldo de cerca de 30 mil desaparecidos. A condenação dos dez ex-agentes é considerada um marco na luta pela justiça e memória das vítimas da ditadura.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil

 

Balança comercial registra superávit de US$ 2 bilhões na quarta semana de março

 

No acumulado do ano, saldo positivo do comércio exterior brasileiro soma US$ 17,49 bilhões, com corrente de comércio tendo alcançado US$ 127 bilhões

Porto de Santos
Porto de Santos (Foto: Divulgação)

 

Na quarta semana de março, a balança comercial do Brasil apresentou um superávit de US$ 2,07 bilhões, conforme informado pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). O valor é resultado de exportações que somaram US$ 6,96 bilhões contra importações de US$ 4,88 bilhões, totalizando uma corrente de comércio de US$ 11,84 bilhões no período.

Os dados revelam uma tendência positiva para o Brasil, tanto no mês em curso quanto no acumulado do ano. Até março, o saldo comercial do país alcançou US$ 5,54 bilhões, com exportações de US$ 21,92 bilhões e importações de US$ 16,37 bilhões, elevando a corrente de comércio para US$ 38,29 bilhões.

No acumulado de 2024, as exportações brasileiras registraram um aumento de 5,5%, totalizando US$ 72,42 bilhões, enquanto as importações cresceram 0,8%, alcançando US$ 54,93 bilhões. Esse desempenho resultou em um superávit comercial de US$ 17,49 bilhões até a quarta semana de março, representando um crescimento de 23,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A corrente de comércio até o momento registrou um aumento de 3,4%, atingindo US$ 127,36 bilhões.

As exportações brasileiras mostraram crescimento significativo em produtos da Indústria de Transformação, com um aumento de US$ 44,82 milhões (6,8%) em relação a março de 2023. No entanto, houve declínio nas exportações de produtos agropecuários e da Indústria Extrativa, influenciado pela redução nas vendas de commodities como soja, milho não moído, e óleos brutos de petróleo.

Por outro lado, as importações registraram crescimentos em todos os setores analisados. Destacam-se aumentos em produtos hortícolas, frutas e nozes não oleaginosas, e veículos automóveis, refletindo um fortalecimento das trocas comerciais internacionais do Brasil.

Comparando as médias diárias até a quarta semana de março de 2024 com o mesmo mês de 2023, observa-se uma queda de 4% nas exportações e um crescimento de 6,6% nas importações, indicando um ajuste na balança comercial. A média diária da corrente de comércio até agora alcançou US$ 2,39 bilhões, com um saldo médio diário de US$ 346,72 milhões, demonstrando uma leve elevação de 0,3% em comparação com março de 2023.

Fonte: Brasil 247

 

STF absolve morador de rua investigado pelo 8 de Janeiro

 

Geraldo Filipe da Silva havia sido preso em flagrante na Praça dos Três Poderes


Alexandre de Moraes 05/10/23
Alexandre de Moraes 05/10/23 (Foto: www.tse.jus.br)


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou as medidas cautelares que haviam sido impostas a Geraldo Filipe da Silva, preso em flagrante na Praça dos Três Poderes. Ele foi o primeiro réu absolvido nas ações penais do 8 de Janeiro.

A decisão ocorreu após a absolvição, em julgamento unânime, encerrado no plenário virtual no dia 15 de março. Na ocasião, os magistrados concluíram que não haviam provas contra o réu e encerraram o processo.

De acordo com o blog do jornalista Fausto Macedo, Geraldo Filipe da Silva estava em liberdade provisória, com tornozeleira eletrônica, desde novembro de 2023.

Em depoimento, Geraldo contou que estava morando na rua havia aproximadamente três meses e apenas estava de passagem na Praça dos Três Poderes, depois de ir a um centro de assistência social na Asa Sul. Foi naquele momento que viu a invasão e se aproximou por “curiosidade”.

Fonte: Brasil 247 com informações do blog do jornalista Fausto Macedo

Espanha e Brasil empatam em jogo de seis gols no estádio Santiago Bernabéu (vídeo)

 Foi o segundo jogo do treinador Dorival Júnior

Espanha x Brasil
Espanha x Brasil (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

 A Seleção Brasileira empatou em 3 a 3 no amistoso contra a Espanha nesta terça-feira (26) no estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, no país europeu. Foi o segundo jogo do treinador Dorival Júnior. O primeiro aconteceu no último sábado (23) no Reino Unido.

Na partida desta terça, a Espanha abriu o placar, com Rodri, de pênalti, aos 12 minutos do primeiro tempo. Aos 36 min, Dani Olmo ampliou para o time europeu. O Brasil diminuiu com Rodrygo três minutos depois. Endrick empatou o jogo aos quatro min do segundo tempo.

Em outra penalidade, Rodri empatou para a Espanha, aos 41 min. Lucas Paquetá cobrou pênalti e marcou o terceiro gol da Seleção Brasileira, aos 51 min.


Fonte: Brasil 247

Moraes valida 21 acordos com investigados pelo 8 de janeiro


Acusados de crimes sem violência podem ter penas alternativas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou nesta terça-feira (26) 21 acordos de não persecução penal com investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Os acordos foram aplicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a 21 réus que foram presos em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, no dia seguinte aos atos.

Pelo acordo de não persecução penal (ANPP), acusados de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça e com pena mínima de quatro anos podem confessar os crimes em troca de medidas diversas da prisão. 

Ao validar o ANPP, Moraes determinou que os réus deverão prestar serviços à comunidade, pagar multas que variam entre R$ 1 mil e R$ 5 mil, valor que varia em cada caso. Determina ainda a proibição de uso das redes sociais e a participação em um curso com o tema Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.

Os investigados que participaram dos atos de depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo não terão direito ao benefício e irão a julgamento na Corte.  

Fonte: Agência Brasil

 

Lindbergh critica Roberto Campos Neto: 'o Copom bota a culpa dos juros altos no aumento do emprego e da renda'

 

Segundo o parlamentar, o 'Brasil vai crescer abaixo do que deveria enquanto esse tecnocrata estiver na presidência do Banco Central'

Lindbergh Farias (à esq.) e Roberto Campos Neto
Lindbergh Farias (à esq.) e Roberto Campos Neto (Foto: Agência Brasil)

 

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou nesta terça-feira (26) o documento divulgado pelo Comitê de Política Monetária, que sugeriu haver a possibilidade de uma redução lenta da queda na taxa de juros. O Copom é ligado ao Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. O país tem uma Selic em 10,75%. 

Segundo o parlamentar, o comitê "bota a culpa dos juros altos no aumento do emprego e da renda". "O Copom não quer mais emprego! Roberto Campos Neto tem compromisso com rentista e não com a economia de verdade! Enquanto esse tecnocrata estiver no comando do BC, o crescimento do Brasil vai ficar muito aquém!", escreveu o parlamentar na rede social X. 

"Olha o absurdo que o Copom se tornou! Na última Ata do Copom é dito que o 'Comitê demonstrou maior preocupação com possíveis efeitos da ampliação de ganhos reais no período mais recente e da aceleração de crescimento observada nos dados referentes à massa salarial sobre a dinâmica prospectiva da inflação de serviços'. Ou seja, pra Campos Neto a taxa de juros tem que subir porque o salário subiu!", continuou. "Só pode ser uma piada de muito mal gosto".

Fonte: Brasil 247

Lira afirma que prisão do deputado Chiquinho Brasão é uma ‘questão delicada’ e será tratada com ‘máximo cuidado’

 Presidente da Câmara afirmou que enviará aos líderes de bancadas informações sobre o caso envolvendo Brazão

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), declarou nesta terça-feira (26) que a prisão do deputado Chiquinho Brazão é uma questão “delicada” para todos os parlamentares. “Ele permanecerá sob custódia até que o plenário da Câmara se manifeste em uma votação aberta. É um assunto complicado, sensível para todos nós. Todos estão abordando essa questão com extrema cautela. Todos estão tratando esse tema com muita atenção devido à repercussão que sempre teve; é um assunto complexo, de grande importância”, disse Lira.

Além disso, Lira afirmou que enviará aos líderes da bancada informações sobre o caso envolvendo Brazão. “Estamos providenciando para todas as assessorias o mesmo conteúdo que foi entregue à presidência da Câmara, para que todos tenham tempo suficiente para se posicionar com total cuidado e diligência que o assunto exige. Não é hora de criar conflitos por isso. Todos os parlamentares foram informados e receberão todos os detalhes, incluindo o extenso inquérito da Polícia Federal, que possui mais de 500 páginas.”

Integrantes do partido Novo e do Republicanos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pediram vista do relatório que recomendou a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (União-RJ). Acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Brazão conseguiu tempo para que os parlamentares possam analisar o texto de Darci de Mattos (PSD-SC).

Lira afirmou que o prazo regimental para dar andamento para o caso está sendo cumprido

— Houve a prisão de um parlamentar. A ordem do Supremo Tribunal foi cumprida na sua efetividade, sem nenhum tipo de resistência. A presidência (da Câmara) citada encaminha para a CCJ, a CCJ designa relator, cita o deputado e daí o processo normal, apresentação de relatório, votação de relatório e vinda do processo para o plenário.

De acordo com o presidente da Câmara, o adiamento da votação não deve ser visto como algo ruim.

– Houve um pedido de vista, a vista compreende duas sessões, portanto não há nenhum prejuízo para o processo, investigação ou qualquer tipo de coisa, porque qualquer tempo que transcorrer é em desfavor do réu, ele é um parlamentar que ficará preso até que o plenário da Câmara se posicione em votação aberta.

O pedido de vista é válido por duas sessões, contadas a partir desta quarta, o que impede o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de levar ainda nesta semana a votação a plenário. O argumento para o pedido de vista foi de que o texto foi protocolado pouco antes do início da sessão, o que impediu um estudo mais aprofundado das acusações e do relatório da Polícia Federal que subsidiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em outra frente, deputados da base governista tentam convencer Lira a “puxar” a discussão para o plenário, sem consultar a CCJ — o que seria uma prerrogativa regimental.

Autor do pedido de vista, o deputado Gilson Marques (Novo-SC) disse que os deputados da base estavam “com pressa” para resolver a questão, o que gerou um embate com parlamentares do PSOL. Deputados do partido pelo qual Marielle se elegeu lembraram que familiares e amigos dela esperaram por seis anos por uma resolução do caso.

O pedido de Marques foi endossado por Roberto Duarte (Republicanos-AC), filiado ao Republicanos, partido que receberia a família Brazão e toda a bancada do União Brasil do Rio na próxima janela partidária.

— O crime demorou seis anos para ser solucionado e tomaremos esta decisão em meia hora? Não tivemos tempo hábil para estudar o texto. Para que tanto afogadilho e pressa? — questionou o parlamentar do Novo.

O relatório recomendava a manutenção da decisão de Alexandre de Moraes. “Considerando presentes os requisitos constitucionais do flagrante e da inafiançabilidade, além de estar adequadamente fundamentada, meu voto é pela preservação da eficácia da decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, referendada, à unanimidade, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal”, diz trecho do documento protocolado na CCJ.

O deputado Rubens Pereira Júnior (PT- MA) foi um dos que protestou contra o adiamento da análise da prisão.

— Precisamos de celeridade para analisar este caso. A vista é regimentar, mas é uma norma geral. A norma especial deste caso pede para que relator e defesa do caso sejam ouvidos em 72 horas. Precisamos votar o tema antes da quinta-feira — afirmou.

A presidente do colegiado, Caroline de Toni (PL-SC), afirmou que tentou um acordo para que o pedido de vista não fosse feito.

— Tentamos por horas um acordo entre as bancadas para superar a questão regimental da vista. Porém, o pedido de vista é regimental e as pessoas têm o direito de se aprofundar nas matérias — disse.

Fernanda Melchionna (PSOL-RS) definiu o adiamento da decisão como um gesto às milícias.

— O adiamento de qualquer decisão que possa levar à cassação do deputado que arquitetou a morte de Marielle é mera “passação” de pano para as milícias. Além disso, falar que estamos com pressa é um desrespeito à família de Marielle.

O advogado de Brazão, Cleber Lopes, afirmou ao colegiado que a prisão é ilegal.

— Já vi muitas pessoas presas preventivamente serem absolvidas pelo juri. A prisão preventiva é vedada pela Constituição: o parlamentar não pode ser preso, a salvo em flagrante delito por crime inafiançável. A decisão que o leva a prisão preventiva não se sustenta de pé. Temos uma prisão preventiva ao arrepio do texto constitucional. Se estivéssemos falando de flagrante, ele não seria no homicídio. Isto afronta o princípio da legalidade, a prisão é ilegal por ser preventiva e por não haver competência do STF para decretá-la — afirmou.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Pesquisa Big Data aponta liderança de Paes nas eleições com 40% das intenções de votos; Ramagem vem em segundo, com 13%

 Tarcísio Motta, do Psol, tem 9%; a deputada estadual Martha Rocha, do PDT, aparece com 8; Otoni de Paula, do MDB, tem 6%; e Rodrigo Amorim, da União, 4%

Faltando ainda cerca de sete meses para as eleições municipais, Eduardo Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro pelo PSD e pré-candidato à reeleição, lidera com 40% das intenções de voto, segundo pesquisa do instituto RealTime Big Data divulgada hoje (26).

Esse índice corresponde à soma dos porcentuais dos cinco pré-candidatos seguintes na disputa pela chefia do Executivo carioca.

Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são mencionados, o deputado federal Alexandre Ramagem, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, aparece em segundo lugar, com 13%.

Em terceiro, está o deputado federal Tarcísio Motta, do Psol, com 9%. A deputada estadual Martha Rocha, do PDT, vem logo em seguida, com 8%. Otoni de Paula, do MDB, tem 6%, e Rodrigo Amorim, da União, 4%. Pedro Duarte, do Novo, e Cyro Garcia, do PSTU, têm 2% cada, enquanto Marcelo Queiroz, do PP, aparece com 1%.

Aqueles que responderam que votariam nulo ou branco somam 7%, enquanto 8% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Paes lidera com uma vantagem significativa sobre os adversários em todos os segmentos analisados pelo RealTime Big Data: gênero, faixa etária, renda e região da cidade.

A pesquisa, encomendada pela Record, foi registrada na Justiça Eleitoral sob RJ-04917/2024 e entrevistou 1.000 pessoas entre os dias 22 e 23 de março, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, e um nível de confiança de 95%.

O instituto também avaliou três cenários de segundo turno. No primeiro, Paes venceria Ramagem por 55% a 29%. No segundo, ele teria 64% contra 20% de Tarcísio Motta. E, por fim, também sairia vitorioso contra Martha Rocha, do PDT, por 58% a 27%.

A rejeição ao pré-candidato do PL, apoiado por Bolsonaro, é de 33%, menor do que a de Paes, que tem 38%. No entanto, a porcentagem daqueles que dizem que votariam com certeza no atual prefeito é maior do que os que apoiam Ramagem (23% a 7%).

Quanto à avaliação da atual gestão e de Eduardo Paes, 58% dos entrevistados afirmaram aprovar, enquanto 36% desaprovam. Outros 6% não souberam ou não quiseram responder.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Estadão.

Revista deve indenizar Geraldo Alckmin em R$ 150 mil por reportagem

 

Relator do processo no STJ, o ministro Moura Ribeiro lembrou que o direito à liberdade de pensamento e de expressão não é absoluto

Geraldo Alckmin
Geraldo Alckmin (Foto: João Risi/Audiovisual PR)


Conjur - A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que a Três Editorial, empresa responsável pela publicação da revista IstoÉ, terá de indenizar em R$ 150 mil o atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), por associá-lo, em reportagem de 2013, a um suposto esquema de desvio de dinheiro público em contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), durante sua gestão como governador de São Paulo.

Por maioria de votos, o colegiado entendeu que a reportagem excedeu o limite razoável da liberdade de expressão e informação ao relacionar a imagem do político à investigação criminosa.

A reportagem que motivou a ação indenizatória foi destacada na capa da IstoÉ com o título “O Propinoduto do Tucanato Paulista”, acompanhada de uma foto de Alckmin. Outros textos de conteúdo semelhante foram divulgados posteriormente.

Em primeira instância, a editora foi condenada a pagar indenização por danos morais e a retirar o conteúdo do site da revista. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou a sentença ao avaliar que a reportagem se limitou a narrar as denúncias e investigações sobre o caso, sem imputar prática criminosa diretamente ao ex-governador.

Direito limitado - Relator do processo no STJ, o ministro Moura Ribeiro lembrou que o direito à liberdade de pensamento e de expressão não é absoluto, podendo ser limitado em razão de outros direitos fundamentais, em especial a inviolabilidade da honra. Dessa forma, segundo o ministro, o conflito entre princípios deve ser analisado racionalmente a partir de cada caso concreto.

Partindo dessa premissa, Moura Ribeiro destacou que a publicação utilizou informações e investigações oficiais de conhecimento público e notório, mas ultrapassou o limite razoável do direito à informação e praticou ato ilícito que gerou dano moral a Geraldo Alckmin.

Ao restabelecer a indenização, o relator apontou que a reportagem “extrapolou os limites do direito de informar ao veicular, de forma descuidada ou, quem sabe, intencional, a imagem do autor à investigação de conduta criminosa na capa do periódico, abaixo do título ‘O Propinoduto do Tucanato Paulista’, e nas manchetes seguintes, dando a entender que Geraldo não só sabia dos esquemas de corrupção, como nada fez para combatê-los”. Com informações da assessoria de comunicação do STJ.

Fonte: Brasil 247 com Conjur