O resultado ficou acima da mediana de projeções levantadas pela Bloomberg, que apontava uma taxa de 0,30%; alimentação pressionou resultado
A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou para 0,36% em março, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (26). Em fevereiro, o índice registrou 0,78%.
O resultado ficou acima da mediana de projeções levantadas pela Bloomberg, que apontava uma taxa de 0,30%.
Os preços de alimentos e bebidas continuam pressionando o índice, com uma alta de 0,91%, representando a maior variação e o maior impacto sobre o IPCA-15 de março. Os grupos de transportes e saúde e cuidados pessoais também contribuíram para a elevação do índice, com altas de 0,43% e 0,61%, respectivamente.
Com esse resultado, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,14% nos últimos 12 meses, superando as expectativas do mercado, que esperavam uma elevação de 4,09%. Em fevereiro, a taxa nesse período ficou em 4,49%.
Diferentemente do IPCA, o período de coleta do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Por ser divulgado antes, o índice sinaliza uma tendência para a inflação oficial do Brasil. O IPCA, por sua vez, é baseado em dados levantados apenas no mês de referência e será divulgado no dia 10 de abril. Desta forma, o resultado completo de março ainda não está totalmente refletido na coleta do IPCA-15.
A inflação oficial é de grande importância para a política de juros do país. O centro da meta perseguida pelo Banco Central é de 3% no acumulado de 2024.
Serviços tradicionalmente oferecidos pela Caixa Econômica Federal, o Programa de Integração Social (PIS), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) e o seguro-desemprego também estarão disponíveis nas unidades dos Correios, anunciaram nesta segunda-feira (25) as duas estatais. Em troca, o cidadão poderá postar e retirar encomendas em pontos de coleta instalado nas casas lotéricas.
Os presidentes da Caixa, Carlos Vieira, e dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, assinaram a parceria. O acordo também prevê que funcionários da Caixa realizem atendimentos presenciais ou virtuais em espaços nas unidades dos Correios.
Os clientes da Caixa poderão receber atendimento por videoconferência para os seguintes serviços: atualização cadastral; desbloqueio de senhas; consulta e autorização de saque de benefícios sociais; e orientações sobre o abono salarial, o seguro-desemprego, o FGTS e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Teste
A integração entre a Caixa e os Correios estava implementada em fase de teste desde 12 de março numa agência postal no município de Peixe-Boi (PA). O presidente da Caixa também anunciou que 500 dos 13 mil correspondentes bancários do banco já recebem encomendas dos Correios.
O objetivo, informou Carlos Vieira, é oferecer serviços do banco em todas as unidades dos Correios até o fim do ano, com prioridade para as localidades sem pontos de atendimento da Caixa. Em relação às lotéricas, a expansão do atendimento dependerá da adesão das unidades.
O acordo também prevê o compartilhamento de imóveis entre os Correios e a Caixa. Além de ampliar a cobertura presencial das duas empresas, o uso conjunto de prédios pretende ajudar na recuperação e na modernização de propriedades de imóveis da União.
Em sua primeira visita oficial ao Brasil, o presidente da França, Emmanuel Macron, desembarca nesta terça-feira (26) em Belém, onde será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos cumprirão extensa agenda bilateral ao longo dos próximos dias no país, com temas na área de meio ambiente, defesa, reforma dos organismos multilaterais, entre outros.
Macron segue no Brasil até quinta-feira (28) e visitará ainda as cidades de Itaguaí (RJ), São Paulo e Brasília. "Uma visita de três dias para um chefe de Estado não é usual. Isso é um indicativo da importância da relação entre Brasil e França, do intercâmbio e do interesse profundo em diversas áreas", avaliou a embaixadora Maria Luísa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, em conversa com jornalistas na última semana.
Na capital paraense, os dois presidentes se encontram por volta das 15h30 desta terça e seguem, em barco da Marinha, para a Ilha do Combu, na margem sul do Rio Guamá, onde acompanharão a produção artesanal e sustentável do cacau em região de floresta. A ideia, segundo o Palácio do Itamaraty, é que Lula possa mostrar ao presidente Macron a complexidade da questão amazônica e as alternativas de desenvolvimento econômico sustentável que existem. Além disso, o presidente brasileiro quer mostrar ao líder francês o fato de a Amazônia não ser apenas uma grande área de floresta, mas um local que abriga imensa população, com cerca de 25 milhões de habitantes, e que depende da própria floresta para a sua sobrevivência. Eles também terão encontro reservado com representantes indígenas. Na ocasião, está prevista a entrega, pelo presidente francês, de uma condecoração ao líder indígena da etnia Kayapó e expoente mundial da causa indígena, Raoni Metuktire.
Submarino
De Belém, ainda hoje, Lula e Macron seguirão para o Rio de Janeiro, onde pernoitam. Na quarta-feira (27), eles partem de helicóptero do Forte de Copacabana para o município de Itaguaí (RJ), onde vão inaugurar o terceiro submarino construído no Complexo Naval da Marinha, a partir de Programa de Submarinos, fruto de um acordo de cooperação entre os governos do Brasil e da França. O programa prevê, ao todo, a construção de cinco submarinos, sendo o último previsto para ser entregue em alguns anos, um equipamento de propulsão nuclear. Além de discutir a continuidade da parceria, Lula e Macron deverão tratar de um programa para produção de helicópteros militares e energia nuclear de uso civil.
Reunião e jantar
Após a agenda no Rio, o presidente Lula retorna a Brasília, enquanto Macron viaja para São Paulo, onde cumprirá outra etapa de sua visita ao Brasil. Na capital paulista, o presidente francês participará do Fórum Econômico Brasil-França, ainda na quarta-feira (27), na sede da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Cerca de 50 empresários franceses estarão presentes. Os dois países registraram fluxo comercial de US$ 8,4 bilhões em 2023, sendo US$ 2,9 bilhões de exportações e US$ 5,5 bilhões de importações.
Na pauta de exportações brasileiras para França, predominam produtos como farelo de soja, óleos brutos e petróleo, celulose e minério de ferro. Do lado francês, os principais produtos importados pelo Brasil são motores e máquina, aeronaves e produtos da indústria de transformação.
Segundo dados do Banco Central, a França é o terceiro maior investidor no Brasil, com mais de US$ 38 bilhões. Além disso, há cerca 860 empresas francesas atuando no Brasil, com geração de 500 mil empregos. O encontro empresarial contará com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Após o encontro empresarial, Macron deverá participar de um jantar com artistas e personalidades da cultura brasileira, incluindo o cantor e compositor Chico Buarque. Não está descartada a possibilidade de o presidente francês caminhar a pé pela Avenida Paulista e visitar o Museu de Arte de São Paulo (Masp). A agenda ainda prevê encontro com integrantes da comunidade francesa no Brasil e inauguração de uma unidade do laboratório Pasteur na Universidade de São Paulo (USP). O presidente francês passa a noite de quarta-feira na capital paulista e, no dia seguinte, embarca para a última etapa da viagem, que é a visita de Estado a Brasília.
Visita de Estado
Na capital federal, Macron será recebido com honras de chefe de Estado e se reunirá com Lula no Palácio do Planalto. O encontro terá ênfase em temas bilaterais e globais, além de culturais - já que 2025 marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Temas como reforma das instituições multilaterais, incluindo assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, além das guerras na Ucrânia e em Gaza devem ser abordados por ambos. A situação política na Venezuela e a crise humanitária no Haiti são outros assuntos que deverão ser tratados.
Cerca de 30 atos poderão ser assinados por Lula e Macron, em diversas áreas. Após essa etapa da reunião, os dois presidentes farão uma declaração à imprensa. Em seguida, participam de almoço no Itamaraty. Emmanuel Macron ainda deverá ser recebido no Congresso Nacional pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Mercosul-UE
Um tema espinhoso entre Brasil e França, que deverá ser evitado durante a visita de Macron, é o das negociações em torno do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Isso porque o presidente francês declarou, no fim do ano passado, sua oposição ao fechamento do acordo.
"Esse não é o assunto desta visita. Houve uma pausa nas negociações por causa das eleições no Parlamento Europeu. O foco é a relação estratégica bilateral entre esses dois países. O foco são as convergências, não as divergências", observou a embaixadora Maria Luísa Escorel, do Itamaraty.
A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (26) a parcela de março do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 8.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 679,23. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,89 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,15 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Cadastro
Desde julho do ano passado, passou a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 270 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em compensação, outras 100 mil de famílias foram incluídas no programa neste mês. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, 3,21 milhões de famílias foram incluídas no programa desde março do ano passado. Segundo a pasta, isso se deve à estratégia de busca ativa.
Regra de proteção
Cerca de 602 mil famílias estão na regra de proteção em março. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 370,49.
Auxílio Gás
Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em abril.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como aquelas vítimas de violência doméstica.
As seis dezenas do concurso 2.705 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.
O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 120 milhões.
Caso apenas um ganhador leve o prêmio principal e aplique todo o valor na poupança, terá uma renda média de R$ 680 mil por mês.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Por causa do feriado da Semana Santa, serão realizados somente dois sorteios da Mega-Sena nesta semana: hoje (26) e no sábado (30).
Timemania
A Timemania também está acumulada e pode pagar R$ 23 milhões pelo concurso 2.071 nesta terça-feira. A aposta custa R$ 3,50.
Para concorrer, basta o apostador escolher dez dezenas entre as 80 e um Time do Coração. São sorteados sete dezenas e um Time do Coração. Ganha quem acertar de três a sete números ou o time.
O lobista Alexandre Paes dos Santos foi definitivamente condenado a indenizar Fábio Luís Lula da Silva em R$ 25 mil por tê-lo difamado em uma entrevista à revista Veja. O processo, encerrado sem possibilidade de recursos, decorreu de declarações nas quais Santos chamou Fábio Luís de “primário”, “idiota” e “uma decepção”.
A polêmica teve início em 2006, quando Santos concedeu uma entrevista à Veja, sugerindo que Fábio Luís atuava como lobista em Brasília a partir de um escritório. Posteriormente, ele negou tê-lo conhecido ou tê-lo visto em seu escritório.
Durante o processo, a revista apresentou gravações das conversas de Santos com o repórter, nas quais ele proferiu os insultos contra Fábio Luís, inclusive chamando-o de “primário” e “idiota”.
O desembargador Alcides Leopoldo e Silva Júnior afirmou que as ofensas foram dirigidas com a intenção de causar dano moral. A indenização, inicialmente estipulada em R$ 5.000, foi corrigida para R$ 25 mil devido às correções monetárias. Em setembro do ano passado, a decisão transitou em julgado após recursos.
Suzane Von Richthofen ao lado de Sandrão. Foto: Divulgação
Suzane Von Richthofen, condenada pelo assassinato de seus pais, supostamente teria tentado matar sua ex-namorada, Sandra Regina Ruiz, conhecida como Sandrão, enquanto estava detida em Tremembé. O relacionamento entre as duas começou em 2014 e resultou em casamento, mas chegou ao fim em 2016, logo após Ruiz obter o direito ao regime semiaberto.
Segundo relatos do portal Em Off, durante um acesso de ciúmes, Von Richthofen teria tentado estrangular Sandrão, preocupada com a proximidade da ex-namorada com outra detenta.
Um agente penitenciário da época relatou que as discussões entre elas eram comuns, e o suposto ataque de Richthofen teria sido crucial para a transferência de Sandra para outra instituição prisional. Testemunhos de outras presas corroboraram que Suzane tornava-se agressiva quando tomada pelo ciúme.
Suzane Von Richthofen, de origem de classe média alta, ficou notória por seu envolvimento no planejamento do assassinato de seus pais, Marisia e Manfred, junto com seu então namorado e irmão, respectivamente Daniel e Cristian Cravinhos. Atualmente, ela cumpre uma sentença de 39 anos pelo crime.
O relatório da Polícia Federal (PF) usado para prender os suspeitos ligados ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes não apresenta provas definitivas dos encontros com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, detidos recentemente, conforme relatado na delação do ex-policial militar Ronnie Lessa.
Até o momento, as evidências para confirmar os relatos da delação premiada do ex-PM, considerado executor do crime, não estabelecem uma conexão direta entre a família Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, acusado de envolvimento na preparação do homicídio e de obstruir as investigações, segundo informações da Folha de S.Paulo.
No entanto, novas evidências obtidas pela PF indicam a origem provável do veículo clonado utilizado no crime, além de apontar um possível local onde as munições usadas no assassinato podem ter sido descartadas. O relatório também menciona tentativas frustradas de corroborar a colaboração do ex-PM com provas independentes.
Os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), e o deputado federal Chiquinho Brazão foram presos sob suspeita de serem os mandantes do crime, ocorrido há seis anos. Ambos negam envolvimento no homicídio.
Rivaldo também foi detido sob suspeita de garantir a impunidade dos mandantes e executores antes do crime, além de dificultar as investigações, embora ele refute qualquer ligação com o caso.
As provas de corroboração tornaram-se uma exigência explícita para autorizar medidas cautelares, como a prisão preventiva, especialmente após a implementação do pacote anticrime em 2019, como resposta a possíveis abusos identificados na Operação Lava Jato.
Chiquinho Brazão, Marielle Franco e Domingos Brazão. Foto: reprodução
O relatório da PF reconhece as dificuldades em confirmar certos aspectos da delação de Lessa devido ao tempo decorrido desde o crime e ao envolvimento de agentes de segurança capazes de encobrir evidências e dificultar as investigações.
“Diante do abjeto cenário de ajuste prévio e boicote dos trabalhos investigativos, somado à clandestinidade da avença perpetrada pelos autores mediatos, intermediários e executor, se mostra bem claro que, após seis anos da data do fato, não virá à tona um elemento de convicção cabal acerca daqueles que conceberam o elemento volitivo voltado à consecução do homicídio de Marielle Franco e, como consequência, de seu motorista Anderson Gomes”, afirma o relatório.
“Neste sentido, a concatenação dos fatos trazidos pelos colaboradores, notadamente Ronnie Lessa, e a profusão de elementos indiciários revestidos de um singular potencial incriminador dos irmãos Brazão são aptos a atribuí-los a autoria intelectual dos homicídios ora investigados.”
O “potencial incriminador dos irmãos Brazão” é descrito em capítulo a parte, na qual a PF descreve a trajetória política polêmica do ex-deputado Domingos, suas ligações com milicianos, o envolvimento de assessores com grilagem de terras e a intricada rede de empresas da família.
Os encontros
Lessa relatou à polícia três encontros com a família Brazão, intermediados por Edmilson de Oliveira, conhecido como Macalé. No entanto, não há provas independentes que confirmem a realização desses encontros.
O primeiro encontro ocorreu durante o segundo semestre de 2017, quando o crime teria sido encomendado. Segundo o ex-policial militar, ele e Macalé se encontraram na lanchonete Baladinha e dirigiram-se às proximidades do hotel Transamérica, ambos localizados na Barra da Tijuca (zona oeste), para encontrar os irmãos Brazão.
A PF informou que não conseguiu encontrar registros das antenas de celulares referentes a 2017. No entanto, indicou que, em 2018, Macalé de fato frequentou a lanchonete.
O segundo encontro, também próximo ao hotel Transamérica, não possui uma data específica no relatório. Segundo o delator, a reunião tinha como objetivo convencer os irmãos a desistirem da exigência de que o crime não fosse cometido a partir da Câmara dos Vereadores.
O terceiro encontro, de acordo com Lessa, ocorreu em abril de 2018, aproximadamente um mês após o crime, em um local não especificado pela PF. Nessa ocasião, o objetivo era tranquilizar o ex-policial militar sobre as investigações. Os irmãos Brazão teriam afirmado, conforme relatado pelo delator, que Rivaldo estaria agindo para desviar o foco da apuração.
Perfil de Joana Sanz no Instagram. (Foto: Reprodução
A modelo espanhola Joana Sanz, esposa do jogador Daniel Alves, reativou sua conta no Instagram após a soltura do marido na segunda-feira (25). Vale ressaltar, no entanto, que ela não fez nenhum pronunciamento público até agora.
Sanz desativou sua conta na semana passada, quando a Justiça espanhola concedeu liberdade provisória a Alves, condenado por estupro. Ela não se manifestou sobre a decisão antes de apagar o perfil.
Daniel foi liberado após cinco dias da decisão judicial, com o pagamento de fiança obtido por sua defesa em “empréstimos não bancários”. Joana foi uma das testemunhas no julgamento do jogador e não revelou publicamente seus sentimentos sobre o caso.
Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual, acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona. Sua defesa recorreu da sentença e solicitou que ele aguardasse em liberdade. O valor pago na fiança do jogador foi de 1 milhão de euros.
São cumpridos nove
mandados de busca e apreensão nos municípios de Joaçaba, Ouro, Capinzal e
Zortéa, em Santa Catarina, e no município de Maximiliano de Almeida, no RS
Nota da
Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 26/3, a
Operação Cigarro de Palha, que tem como objetivo combater o comércio de
cigarros de procedência estrangeira, introduzidos clandestinamente no
território nacional, e os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação
criminosa. A PF cumpre nove mandados de busca e apreensão, nos municípios de
Joaçaba, Ouro, Capinzal e Zortéa, em Santa Catarina, e no município de
Maximiliano de Almeida, no Rio Grande do Sul.
A investigação foi iniciada em setembro de 2021,
a partir da informação acerca do desvio de 308.500 maços de cigarros do
Depósito de Mercadorias da Receita Federal em Joaçaba/SC, realizado mediante a
colocação de serragem nas caixas em substituição aos cigarros contrabandeados
apreendidos.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes
associação criminosa, peculato, contrabando e lavagem de dinheiro, cujas penas
máximas previstas podem chegar a 12 anos de reclusão.
Avaliação é de que uma eventual
decretação da prisão de Bolsonaro enquanto estivesse dentro de uma embaixada
poderia incentivar a narrativa de perseguição contra ele
Ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) avaliam que a estadia de Jair Bolsonaro (PL) na
embaixada da Hungria, em Brasília, onde passou dois dias hospedado pouco depois
de ter o seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro, no âmbito
das investigações que apuram uma suposta trama para dar um golpe de Estado,
pode ser interpretada como uma tentativa de Bolsonaro de buscar apoio
internacional contra as investigações que enfrenta no Brasil.
Segundo a CNN Brasil,
a leitura política é que o ex-mandatário poderia estar buscando se retratar
como um "mártir" perante a comunidade internacional e a imprensa,
fortalecendo laços com governos e líderes da direita e da extrema direita
mundial. “É um fato que por ora prova por si só o seguinte: articulação
internacional dos populistas autoritários que têm em comum pouco apreço pelas
instituições democráticas”, disse um ministro do STF ouvido pela reportagem.
Nesta linha, Bolsonaro possui aproximação com figuras de extrema
direita como o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, o presidente
argentino, Javier Milei, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Para os integrantes da Corte, a possibilidade de Bolsonaro
ser alvo de uma prisão enquanto estivesse dentro de uma embaixada poderia
servir como um estímulo para a narrativa de perseguição que ele vem promovendo.
Além disso, Bolsonaro estaria imune à prisão imediata por se encontrar em
território considerado inviolável do país representado pela embaixada.
Na segunda-feira (25), o ministro do STF Alexandre de Moraes
concedeu um prazo de 48 horas para que Bolsonaro explique a sua estadia na
embaixada apresentasse sua explicação.Medidas mais duras, como um eventual
pedido de prisão do ex-mandatário, porém, só deverão ser tomadas após uma
consulta a outros ministros da Corte.
“Moraes tomará tal decisão se, previamente, contar com o
apoio pelo menos de uma maioria dos ministros do STF para que o tribunal não
venha a se manifestar contrário à prisão depois. Até mesmo ministros que
defendem a prisão de Bolsonaro ressaltam que tudo seja feito de maneira muito
bem fundamentada para não contribuir com a tese de perseguição”, destaca a
reportagem.
Saiba mais - O jornal
norte-americano The New York Times revelou que Jair Bolsonaro (PL) buscou
refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval, temendo ser preso
em decorrência das investigações que pesam contra ele, desde tentar um golpe de
Estado até falsificar certificados de vacinação. Bolsonaro teve seu passaporte
confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações
sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro,
Bolsonaro foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o
dia 14.
Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido
pelo embaixador húngaro e sua equipe. A estadia de Bolsonaro na embaixada
sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro da
Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar da
Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas
autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido
evidente ao longo dos anos.
"Durante a epidemia, nossos negócios
foram um pouco afetados, mas agora tudo está voltando aos trilhos", disse
o vice-presidente da instituição, Zhou Qiangwu
Reuters - O Novo Banco
de Desenvolvimento, criado pelo grupo Brics de economias emergentes, pretende
fazer cerca de 5 bilhões de dólares em empréstimos este ano, disse seu
vice-presidente, Zhou Qiangwu, nesta terça-feira.
"Durante a epidemia, nossos negócios foram um pouco
afetados, mas agora tudo está voltando aos trilhos", disse Zhou à Reuters,
à margem do Fórum anual de Boao.
Zhou não entrou em detalhes sobre como o banco pode ter saído
dos trilhos, mas disse que a China e a Índia receberam um pouco mais de
investimento do banco do que outros membros.
Com sede em Xangai, o banco foi criado em 2015 por Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecidos coletivamente como países do
Brics. A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é a atual chefe do Novo Banco
de Desenvolvimento.
Zhou, o vice, disse nesta terça-feira que
espera que a economia da China cresça cerca de 5% este ano, em linha com a meta
do governo.
Pesquisadores dos EUA mostram que
organizar a ordem do consumo dos alimentos é uma boa estratégia para ajudar a
equilibrar os níveis de glicose no sangue
Por Thais Szegö, da Agência Einstein - Um estudo feito
nos Estados Unidos mostra que, na hora da refeição, é importante organizar a
ordem do consumo dos macronutrientes, responsáveis em fornecer energia ao
organismo, como carboidratos, proteínas e gorduras. Segundo os pesquisadores,
essa é uma boa estratégia para ajudar a equilibrar os níveis de glicose no
sangue. Uma forma de começar as refeições é comer primeiro as proteínas e/ou os
vegetais, pois assim gera-se um pico de glicose menor do que quem começa a
comer primeiro os carboidratos.
De acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de
Diabetes, mais de 35 milhões de brasileiros convivem com o pré-diabetes, o
estágio que precede a doença em si. Além disso, essa é a única etapa em que é
possível reverter o quadro, evitando que ele evolua para diabetes, o que
acontece com aproximadamente 25% dessas pessoas no período de três a cinco
anos. As recomendações para tratar o problema são focadas nas mudanças de
hábitos, com a prática de atividades físicas e a redução do consumo de
alimentos ricos em sal, gorduras, açúcar e carboidratos, em especial os que
levam farinha branca, optando sempre pelos integrais.
Agora o estudo feito por pesquisadores da Universidade de
Columbia, da Weill Cornell Graduate School of Medical Sciences e da
Universidade Rockefeller, todas em Nova York, EUA, mostra que ordenar
corretamente o consumo dos alimentos também surte efeito na saúde. No trabalho,
os voluntários foram divididos em três grupos: os que comeram primeiro os
carboidratos e partiram para as proteínas e os vegetais, os que iniciavam pelas
proteínas e vegetais e no final comeram os carboidratos e um
terceiro grupo, que primeiro ingeriu os vegetais, seguidos pelas proteínas e
pelos carboidratos.
O próximo passo foi analisar, várias vezes em um período
de até três horas após o consumo, as taxas de glicose e insulina no sangue dos
participantes. O experimento foi repetido durante três dias alternados e em
todos eles os voluntários estavam em jejum de 12 horas. Os participantes, com
pré-diabetes e taxas de glicemia em jejum similares durante o período das
análises, foram escolhidos para fazer parte de cada um dos grupos em cada
rodada de maneira aleatória.
Os resultados apontaram que os que começaram a se alimentar
pelas proteínas ou pelos vegetais tiveram seu pico de glicose entre 30 e 40%
menor, em comparação com os que ingeriram primeiro os carboidratos. Além disso,
o grupo que iniciou pelos vegetais foi o que menos precisou do uso de insulina
para metabolizar a glicose obtida através da comida. Os pesquisadores acreditam
que isso se deu porque a gordura das proteínas e as fibras dos vegetais
retardaram a velocidade da absorção da glicose dos alimentos.
“A digestão começa pela boca, mas o único nutriente que
tem esse processo iniciado nessa parte do corpo é o carboidrato, que depois
passa para o estômago e, em seguida, para o intestino, o que faz com que ele
esteja disponível para a absorção mais rápido do que as proteínas e gorduras,
que começam a ser digeridas quando estão no trato gastrointestinal”, explica
Valéria Machado, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Se a pessoa ingere uma fonte de proteína ou gordura antes, o
carboidrato que chega logo em seguida não terá o caminho livre para ser
absorvido prontamente, retardando sua entrada no sangue”, acrescenta a
nutricionista Anna Gomes, educadora em diabetes pela Sociedade Brasileira de
Diabetes e International Diabetes Federation. Ela explica ainda que as fibras
solúveis provenientes dos vegetais são capazes de formar um gel no trato
gastrointestinal que também deixa a absorção dos carboidratos mais lenta.
Esse efeito é muito importante no caso dos pré-diabéticos,
já que eles têm dificuldade para processar a glicose. “Isso acontece porque o
seu organismo pode não ser capaz de produzir a quantidade de insulina
suficiente ou essa insulina pode não ser tão eficiente”, diz Adriana
Martins Fernandes, endocrinologista do Programa de Diabetes do Hospital
Israelita Albert Einstein.
“A insulina é o hormônio que permite a
entrada do açúcar nas células, onde ele será usado como uma fonte de energia.
Nesse cenário, a glicose não é adequadamente metabolizada, resultando em picos
glicêmicos no sangue”, complementa a endocrinologista. Se não for combatido
adequadamente, em longo prazo esse quadro tende a desencadear o diabetes, além
de problemas como Acidente Vascular Cerebral (AVC), doenças cardiovasculares,
males renais, retinopatia (a enfermidade que afeta os pequenos vasos da retina)
e neuropatia (quadro que compromete os nervos, prejudicando a comunicação entre
o cérebro e os membros).
Sessão da Comissão de Constituição e Justiça está marcada para o início da tarde
A Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados irá analisar e votar nesta
terça-feira (26), às 14h, se mantém ou não a prisão do deputado federal
Chiquinho Brazão (Sem partido- RJ). O deputado Darci de Matos (PSD-SC) foi
designado para a relatoria do caso. Segundo o siteCongresso
em Foco, até o momento não há um parecer definido sobre a prisão. O
texto deverá ser apresentado aos parlamentares horas antes do início da
reunião.
A prisão de Chiquinho Brazão, juntamente com o irmão
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro
(TCE-RJ), foi efetuada pela Polícia Federal (PF) no domingo (24). Eles foram
apontados como os supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle
Franco (Psol-RJ). Além deles, a PF também prendeu o delegado Rivaldo Barbosa,
ex-chefe da Polícia Civil fluminense, pela suspeita de tentar atrapalhar as
investigações.
As prisões foram autorizadas pelo ministro do STF Alexandre de
Moraes, relator do caso, e mantidas pela Primeira Turma da Corte, com base em
informações da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu
confesso do crime ocorrido em março de 2018.
Após a votação na CCJ, o tema será encaminhado para
análise no plenário da Câmara dos Deputados e os parlamentares decidirão se a
prisão de Chiquinho Brazão será mantida ou revogada. A votação será aberta e
requererá maioria absoluta, ou seja, 257 votos, para a continuidade da prisão.
A defesa de Chiquinho Brazão poderá se
manifestar antes da leitura do relatório, após a leitura e durante a discussão
dos deputados, com um tempo de fala de 15 minutos em cada momento. A
expectativa, segundo a reportagem, é que os deputados votem pela manutenção da
prisão.
Fonte: Brasil 247 com informações do site Congresso em Foco