terça-feira, 26 de março de 2024

25% dos celulares vendidos no Brasil são irregulares, diz Abinee

 

Entidade estima estima que 90% do total de smartphones contrabandeados no Brasil sejam vendidos via marketplaces, com valor 38% abaixo do vendido no mercado oficial

(Foto: Freepik)


Reuters - O volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil dobrou em apenas um ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos (Abinee), que citou levantamento da empresa de pesquisa de mercado IDC.

"A quantidade de aparelhos ilegais passou de 10% do mercado total de telefones celulares no Brasil em 2022 para 25% no último trimestre de 2023, fechando o ano com um total de 6,2 milhões de unidades vendidas no País, de forma ilegal", afirmou a Abinee em comunicado à imprensa.

A entidade afirmou que estima que 90% do total de smartphones contrabandeados hoje no Brasil sejam vendidos via marketplaces, com valor 38% abaixo do vendido no mercado oficial.

"Trata-se de uma prática que está se generalizando e tomando proporções inaceitáveis", afirma o presidente da Abinee, Humberto Barbato, no comunicado.

"Precisamos de ações mais enérgicas por parte do governo para coibir esta prática", acrescentou. A Abinee estima que em 2024 o governo federal deixará de arrecadar 4 bilhões de reais em função da evasão fiscal.

A entidade afirmou ainda que somente uma fiscalização efetiva dos marketplaces será capaz de coibir a prática irregular, mas não citou nomes de marketplaces no comunicado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Apucarana homenageia 80 mulheres pela contribuição delas para a construção de uma educação pública de qualidade


 Apucarana completou oito décadas de emancipação política no último dia 28 de janeiro. Em alusão à data, a Autarquia Municipal de Educação homenageou 80 mulheres que muito contribuíram e ainda contribuem para a construção de um ensino público de qualidade e uma sociedade cada vez mais justa. A 10ª Noite da Mulher Educadora foi realizada ontem (25/3) no Cine Teatro Fênix.

Conforme dados do Censo Escolar 2022, são as mulheres que fazem a Educação Básica no Brasil. Elas correspondem a 97,2% dos profissionais que atuam nos CMEIs, 94,2% na pré-escola, 77,5% no Ensino Fundamental e 57,5% no Ensino Médio.

Já na rede municipal de educação de Apucarana, as mulheres somam mais de 90% dos servidores. São nutricionistas, psicólogas, pedagogas, diretoras, coordenadoras, professoras, secretárias, atendentes, merendeiras, zeladoras e estagiárias.

“A Noite da Mulher Educadora é a forma singela que encontramos de reconhecer e valorizar todas as mulheres que, muitas vezes, enfrentam uma jornada exaustiva a fim de cuidar das próprias casas, educar seus filhos e ainda investir em uma carreira profissional,” afirmou a secretária de educação, Marli Fernandes.

“As mulheres sempre lutaram e continuam lutando, ao lado dos homens, para construir Apucarana. Se vivemos atualmente em um município próspero e acolhedor, devemos isso a elas. Também é graças às professoras e servidoras que a nossa cidade oferta hoje a melhor educação do Paraná às suas crianças,” acrescentou o prefeito Junior da Femac.

Foram homenageadas na 10ª Noite da Mulher Educadora, a vice-presidente do Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE-PR), Clemência Maria Ferreira Ribas; a chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) e conselheira titular do CEE-PR, Silvana Avelar de Almeida Kaplum; a primeira-dama do município de Apucarana, Carmen Lúcia Izquierdo Martins; a professora aposentada da rede estadual de educação e mãe do prefeito Junior da Femac, Maria Toschi Venério Martins; a pioneira apucaranense Edite Ballan; a técnica do Núcleo Regional de Educação, Maria Aparecida Batista da Silva; a professora de música Maria de Lurdes Gonçalves Correia; a professora de dança Adriana Silva; e as diretoras mulheres dos colégios estaduais de Apucarana, Evelyn Partyka, Rosana Adriano, Márcia Fiorucci, Rosiney Campos, Cibele Barneze, Marlene Beletato e Daniele Violin.

Entre as servidoras da administração municipal de Apucarana, receberam a homenagem: Denise Canesin (Secretária da Mulher e Assuntos da Família); Maria Agar Borba Ferreira (Secretária da Promoção Artística, Cultural e Turística); Caroline Moreira Souza (Secretária de Obras); Sueli Aparecida de Freitas Pereira (Secretária da Fazenda); Jossuela Pirelli (Secretária de Assistência Social); Lucimara de Mattos (coordenadora pedagógica da Autarquia de Educação); Sueli Gomes Gonçalves (coordenadora do Polo da UAB); e uma representante de cada uma das 60 unidades de ensino da rede municipal de educação.

Durante a 10ª Noite da Mulher Educadora, as homenageadas e o público assistiram a uma palestra com o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dr. César Nunes, e a apresentações musicais com a cantora Pérola Crepaldi, o saxofonista Fernando Machado da Silva e o pianista Clecio Borici Junior.

Fonte: Prefeitura de Apucarana 

Eleição para prefeito de Curitiba será ‘gincana’ entre famílias políticas, analisa sociólogo

 

Todos os cinco principais pré-candidatos são herdeiros de poderosas famílias paranaenses, aponta Ricardo Costa de Oliveira

Os capitais sociais e político-familiares colocam essa candidatura com um potencial de favoritismo muito grande (Frankllin Freitas)


Mais do que uma eleição, Curitiba terá em 2024 uma “gincana entre famílias políticas e herdeiros políticos” na disputa pela Prefeitura. Uma situação que nem é novidade, mas a regra em disputas eleitorais – e não só na capital paranaense ou mesmo no Paraná, mas em diversos estados e municípios brasileiros, com poucas exceções (tão poucas que acabam por só confirmar a regra). Essa é a análise de Ricardo Costa de Oliveira, sociólogo e professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde é também coordenador do Núcleo de Estudos Paranaenses (NEP).

Especializado na pesquisa em genealogias, nepotismo e nas chamadas “famílias políticas” (estruturas que se caracterizam pela transmissão do poder e dos cargos pelas relações familiares, muitas vezes com o mesmo sobrenome), ele aponta que a eleição para prefeito de Curitiba será fortemente marcada, mais uma vez, pela presença das estruturas de parentesco. Ou seja, pela marcante relação entre parentesco e poder (político, social e/ou econômico), cujas origens, não raro, remontam ao Brasil colonial.

Nas últimas semanas, por exemplo, foram divulgadas as duas primeiras pesquisas registradas no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sobre a disputa para a chefia do Poder Executivo em Curitiba. Os levantamentos, feitos pelos institutos Radar Inteligência e Paraná Pesquisas, apontaram empate técnico entre os cinco principais pré-candidatos a prefeito da cidade: Eduardo Pimentel (PSD), Beto Richa (PSDB), Luciano Ducci (PSB), Ney Leprevost (União Brasil) e Deltan Dallagnol (Novo). E acontece que todos os cinco são oriundos de uma ou outra família política, destaca Ricardo Costa de Oliveira.


“Em alguns grandes municípios, como São Paulo e Rio de Janeiro, se vê mais renovação. Mas em vários municípios brasileiros, inclusive capitais como Curitiba, é sempre uma disputa de família política. Eu até brinco nas aulas, falei nesta semana: ‘Curitiba não tem só uma eleição, mas uma gincana entre famílias políticas e herdeiros políticos’. É isso, uma gincana de famílias políticas e de herdeiros políticos, sempre os favoritos”, afirma o especialista, emendando que a disputa eleitoral deverá trazer “mais do mesmo” para a capital paranaense. “Os capitais sociais e político-familiares colocam essa candidatura com um potencial de favoritismo muito grande”.


Apesar das primeiras pesquisas eleitorais retratarem, ao menos por ora, uma disputa acirrada na corrida pelo Palácio 29 de Março (sede da Prefeitura de Curitiba), um nome desponta desde já como favorito a suceder o prefeito Rafael Greca de Macedo (que, por sua vez, também é integrante de uma família política – e não de qualquer família política, mas simplesmente da mais poderosa oligarquia familiar em Curitiba, a família Macedo, comenta o professor Ricardo). Trata-se de Eduardo Pimentel Slaviero, atual vice-prefeito de Curitiba e também secretário de Estado das Cidades do Paraná.

“É todo um esquema, aquilo que na Sociologia se denominam capitais sociais e político-familiares, que coloca a candidatura do Eduardo Pimentel com potencial de favoritismo muito grande. Se vai se realizar, é a questão. Mas nas pesquisas feitas nesses últimos dias, ele aparece em primeiro lugar”, afirma o sociólogo da UFPR, destacando que além dos apoios políticos – de nomes como o governador Ratinho Junior, o deputado estadual Alexandre Khury (possivelmente o próximo presidente da Assembleia Legislativa) e o vereador Marcelo Facchinello (presidente da Câmara Municipal), além do prefeito Rafael Greca -, Pimentel também deve conquistar apoio da ‘cruz do poder’ paranaense, o chamado ‘circuitão’.


“Graciosa Country Clube, Clube Curitibano, FIEP [Federação das Indústrias do Estado do Paraná] e ACP [Associação Comercial do Paraná] formam uma cruz. Quem está bem nos quatro polos é favorito, porque vai ter apoio empresarial, apoio nas redes sociais, redes eleitorais”, explica o professor Ricardo. “Quem fecha esse retângulo, esse quadrado, vai ter muito apoio, dinheiro, base, rede… E é o caso, aparentemente, do Eduardo Pimentel mesmo. Vamos ver”, ressalta ainda ele.


“Neysmo” e “lernismo” ainda vivos

Com a permanência das estruturas de poder através da transmissão, da transferência de capitais políticos, econômicos e/ou sociais entre pai, filho, avô e neto, também permanecem abertos, de certa forma, alguns “ismos” que escreveram capítulos importantes na história política paranaense recente, como o lernismo (referência ao poder angariado pelo ex-governador Jaime Lerner) e o neysmo (referente a Ney Braga, que foi o grande chefe político do Paraná durante o regime ou a ditadura militar).


“Foi o Ney Braga que viabilizou o Jaime Lerner, principalmente na carreira política dele, na segunda administração da Prefeitura, concomitante ao segundo governo de Ney Braga. E aí esse grupo que era do Ney Braga, mais antigo, passa pro Jaime Lerner, que também agrega novos valores na época, um dos quais também era o próprio Rafael Greca de Macedo, Cássio Taniguchi, o próprio Luciano Ducci. E depois também se aproximam do Aníbal Khury e aí o próprio Beto Richa também, quando ele foi eleito deputado estadual, também se aproximava do Aníbal Khury, do esquema com o próprio Jaime Lerner”, destaca Ricardo Costa de Oliveira. “É uma política dominante no Paraná, de grupos que controlam o governo, o Estado e, geralmente, a Prefeitura, com poucas exceções”, reforça.


E, por fim, engana-se quem pensar que o fenômeno das famílias políticas é uma exclusividade entre políticos mais conservadores ou de direita. “Vamos lembrar, também, que tivemos há pouco tempo na Prefeitura o Gustavo Fruet. É do PDT, é um nome mais de centro-esquerda, mas também de uma família política, uma vez que ele é filho do também ex-prefeito Maurício Fruet e que a irmã dele [Eleonora] também era secretária municipal. Então, mesmo o Fruet também era uma família política.”

Famílias políticas: a genealogia e as conexões dos principais pré-candidatos a prefeito de Curitiba


Eduardo Pimentel Slaviero (PSD)

Neto do ex-governador Paulo Pimentel, que foi também um importante empresário da mídia, e membro da poderosa família Slaviero, dona da rede de hotéis homônima e cuja genealogia remete ainda à família Gomes (com parentesco com o também ex-governador Emílio Hoffmann Gomes), importante família política de Irati, na região central do Paraná. Seu irmão, Daniel Pimentel Slaviero, foi presidente por quatro mandatos da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV) e também diretor-presidente da Copel (Companhia Paranaense de Energia). Já sua irmã, Claudia Pimentel Slaviero, é casada com Daniel César Maranhão Khury, irmão deputado estadual Alexandre Maranhão Khury e neto de Aníbal Khury, integrando também o clã Albuquerque-Maranhão, tradicional família de juristas.


Beto Richa (PSDB)
Ex-prefeito de Curitiba, ex-governador do Paraná e hoje deputado federal. É filho de José Richa, nome histórico do PSDB e do PMDB e que foi governador do Paraná, senador, deputado federal e prefeito de Londrina. Sua esposa, Fernanda Vieira Richa, é sobrinha do ex-senador José Eduardo Andrade Vieira e, portanto, integrante da família Andrade Vieira, que foi uma das famílias mais ricas do Paraná (dona do Banco Bamerindus). Além disso, conta o professor Ricardo, por parte da mãe, Arlete Vilela, Beto também faz conexão com o clã Macedo, tendo como primo genealógico o prefeito Rafael Greca de Macedo e também a deputada federal Rosângela Wolff de Quadros Moro, esposa do senador Sergio Moro.

Luciano Ducci (PSB)

Médico e político, Ducci foi deputado federal e estadual pelo Paraná, vice-prefeito de Curitiba na gestão Beto Richa e prefeito da cidade entre 2010 e 2012, após o tucano deixar a Prefeitura para concorrer ao Governo do Estado. Trata-se, portanto, de um quadro consolidado e que também possui importantes conexões políticas: além de ser um dos herdeiros da dinastia de Jaime Lerner, Ducci também é casado com Marry Dal-Prá, que é de uma importante família política de Paranavaí, na região Noroeste do estado, e sobrinha do deputado federal constituinte Dionísio Dal-Prá. “Então, ainda que seja alguém que tenha tido uma trajetória política diferente, também tem o componente familiar aí, da família Dal-Prá”, comenta Ricardo Costa de Oliveira.


Deltan Dallagnol (Novo)

Foi o deputado federal mais votado pelo Paraná em 2022, mas teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral por fraude à Lei das Inelegibilidades. Ex-procurador da República, foi também o coordenador da rumorosa força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. É filho de outro procurador de Justiça, Agenor Dallagnol – inclusive, passou no concurso sem ter os dois anos de formado e o pai foi seu advogado na apelação da União, em que a Justiça deu vitória ao então procurador. Além disso, o observatório “De Olho nos Ruralistas” fez uma série de reportagens sobre latifúndios da família Dallagnol no Mato Grosso, numa região de floresta na Amazônia Legal.


Ney Leprevost (União Brasil)
Hoje deputado estadual, mas já foi vereador de Curitiba, deputado federal e secretário de Estado (nas gestões Jaime Lerner, entre 1999 e 2000, e Ratinho Junior, entre 2019 e 2020). Filho do advogado Luiz Antonio Leprevost, é também neto de Ney Leprevost (que foi procurador-geral de Justiça – o chefe do Ministério Público do Paraná – e prefeito de Curitiba) e sobrinho de José Carlos Leprevost (que foi deputado federal pelo ARENA). Seu irmão, Alexandre Leprevost, foi eleito em 2020 vereador de Curitiba e agora deve buscar a reeleição. Ney, por sua vez, já disputou em 2016 a Prefeitura e ficou em segundo lugar, perdendo no segundo turno para Rafael Greca por uma diferença de pouco mais de 60 mil votos.

Paulo Martins (PL)

Jornalista por formação, ingressou na vida pública após ganhar destaque como comentarista político na Rede Massa – filial do SBT no Paraná e que pertence ao empresário Carlos Massa, pai do governador Ratinho Junior. Ex-deputado federal, é um candidato mais associado ao bolsonarismo e também dessa associação (e da importância do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro a sua candidatura) se revela, mais uma vez, a relevância das famílias políticas, uma vez que os Bolsonaro já constituem um núcleo familiar de poder político (tanto que três dos filhos do ex-presidente já são políticos profissionais, ocupando cargos eletivos que vão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro ao Senado Federal, e até a atual esposa, Michelle, já projeta voos na política).


Maria Victoria (PP)

Maria Victoria Borghetti Barros é filha do poderoso deputado Ricardo Barros (membro de uma das principais famílias políticas de Maringá, que já teve não só Ricardo, mas também seu irmão e seu pai como prefeitos da cidade) com Cida Borghetti (ex-governadora do Paraná). Atualmente é deputada estadual e está desde 2014 na vida pública, após conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná com apenas 22 anos de idade. Foi também candidata a prefeita de Curitiba em 2016 e teve desempenho razoável, ficando em quarto lugar no 1º turno com mais de 50 mil votos.

Outros candidatos
Outros nomes que aparecem mais atrás nas pesquisas eleitorais são Luizão Goulart (Solidariedade), que já foi prefeito de Pinhais, na Região Metropolitana de Curtiiba (RMC); Goura (PDT), que é deputado estadual, já foi vereador de Curitiba e também candidato a prefeito da capital em 2020, ficando em segundo lugar na disputa pela Prefeitura (vencida por Rafael Greca ainda no 1º turno); e Carol Dartora (PT), essa sim uma novidade política, aponta o sociólogo da UFPR. “É uma professora, do Partido dos Trabalhadores, negra, não tem família política. Mas ela também está com intenção de voto baixa, bem como o Goura.”

Fonte: Bem Paraná por Rodolfo Luis Kowalski

Câmara dos Deputados homenageia Marielle Franco e Anderson Gomes em sessão solene

 A Câmara também analisará se mantém a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de envolvimento no crime

A Câmara dos Deputados realizará uma sessão solene nesta terça-feira (26), a partir das 11h, em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e ao motorista Anderson Gomes, marcando os seis anos desde o assassinato dos dois. O evento ocorre em meio ao avanço das investigações sobre o crime e tem como requerente a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), do mesmo partido de Marielle, juntamente com outros 14 deputados de PSOL e PT.

O pedido da sessão solene foi feito antes das recentes prisões relacionadas ao caso. No mesmo dia, a Câmara também analisará se mantém a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de envolvimento no crime.

A deputada Petrone destacou que o pedido da sessão solene está inserido em uma jornada de luta pela defesa dos direitos das mulheres, ressaltando que agentes políticos em todo o país enfrentam ameaças e violências por exercerem suas funções parlamentares.

Os recentes desdobramentos das investigações resultaram na prisão de três suspeitos de envolvimento com o crime: o deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. Segundo a Polícia Federal, a morte de Marielle foi encomendada pelos irmãos Brazão, enquanto o delegado Barbosa é apontado como mentor da execução e de obstrução das investigações.

A sessão solene ocorre no mesmo dia em que a Câmara iniciará a análise sobre a prisão de Chiquinho Brazão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O relator do processo na CCJ, Darci de Matos (PSD-SC), já se manifestou favorável à manutenção da prisão. Após a análise na CCJ, o processo seguirá para votação no plenário da Câmara, ainda a ser agendada pelo presidente Arthur Lira (PP-AL).

Fonte: Agenda do Poder com informações da CNN Brasil

PF considera ‘patética’ explicação de Bolsonaro sobre estadia na Embaixada da Hungria

 A alegação de que Bolsonaro estava na embaixada para realizar contatos com autoridades húngaras foi considerada pela PF como uma desculpa frágil

A Polícia Federal classificou como “risível” e “patética” a nota divulgada pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) justificando sua estadia na Embaixada da Hungria. Para os investigadores, a explicação fornecida pela defesa sugere uma possível tentativa de fuga caso Bolsonaro fosse alvo de um pedido de prisão no inquérito que investiga uma suposta trama golpista durante seu governo. A informação é de Valdo Cruz, em seu blog no  g1.

A alegação de que Bolsonaro estava na embaixada para realizar contatos com autoridades húngaras foi considerada pela PF como uma desculpa frágil. A revelação de que o ex-presidente ficou “refugiado” na embaixada por dois dias após ter seu passaporte apreendido foi feita pelo jornal The New York Times.

Segundo os investigadores, as circunstâncias dessa estadia serão minuciosamente apuradas pela Polícia Federal. O órgão aguardará a confirmação oficial do caso, que deve vir por meio de uma explicação exigida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dentro de um prazo de 48 horas. Após essa confirmação, a PF cruzará as informações com os dados sobre as movimentações e articulações de Bolsonaro já em posse do órgão. Medidas preventivas não estão descartadas para evitar que o ex-presidente busque asilo em uma embaixada, numa tentativa de escapar de qualquer decisão desfavorável contra ele.

Fonte: Agenda do Poder com informação do jornalista Valdo Cruz, em seu blog no g1

APUCARANA: Junior da Femac manifesta pesar pela morte do pioneiro Pasquale Facchiano


 O prefeito Junior da Femac emitiu nota de pesar lamentando a morte do agricultor e pioneiro de Apucarana, Pasquale Facchiano, aos 80 anos. Pasquale veio da Itália para o Brasil ainda jovem e se fixou em Apucarana, onde se dedicou junto com a família ao cultivo de café.

O prefeito Junior da Femac lembra que Pasquale veio de navio da Itália, em 1956, e desembarcou no Porto de Santos. “Trabalhou por pouco mais de dois anos na Fazenda Floresta, na região de Aricanduva, depois montou uma lenhadora e vendia a lenha de carrocinha na região da Vila Feliz”, recorda Junior da Femac.

Logo em seguida, Pasquale Facchiano comprou uma pequena propriedade na região do Bilote, onde se dedicou ao cultivo do café. “Foi lá que ele conheceu a sua esposa, a senhora Maria de Lourdes Mazini Facchiano. Além do vereador Luciano Facchiano, o casal teve ainda outros três filhos: João, Nalva e Joceli. Que Deus possa confortar a família e amigos neste momento difícil”, manifesta Junior da Femac.

Conforme familiares, Pasquale Facchiano lutava contra um câncer há algum tempo, mas não resistiu às complicações. “Ele deixou à nossa família como principal legado a educação e o respeito com as pessoas. Ele só nos ensinou coisas boas. Sempre muito honesto e correto com tudo. Estamos com o coração tranqüilo, pois sempre seguimos os seus ensinamentos”, manifesta o filho e vereador, Luciano Facchiano.

O corpo será velado na Capela Central de Apucarana a partir das 11 horas desta terça-feira (26). O sepultamento está marcado para às 10 horas desta quarta-feira (27), no Cemitério Municipal Cristo Rei.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Mercado financeiro eleva projeção para o PIB de 2024 pela sexta semana seguida

 A estimativa do IPCA para este ano passou de 3,79% para 3,75%. Para o PIB, a mediana das projeções de 2024 passou de uma expansão de 1,80% para 1,85%

Banco Central do Brasil
Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Por Roberto de Lira, Infomoney - A projeção dos analistas para a inflação de 2024 caiu na semana enquanto a estimativa para a evolução do PIB no ano manteve a tendência de seis semanas de alta, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa, que é normalmente divulgada às segundas-feiras, tem sido adiada por conta das paralisações dos funcionários do BC.

Inflação - A estimativa do IPCA para este ano passou de 3,79% para 3,75% na semana, enquanto a previsão para a inflação de 2025 caiu de 3,52% para 3,51%. A projeção para 2026 continua em 3,50%, nível igual ao dos últimos 38 boletins Focus, a mesma taxa de variação esperada para a inflação de 2027.

PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 passou de uma expansão de 1,80% para 1,85%. A projeção para 2025 continuou em 2,0% pela 15ª semana seguida e a de 2026 está em 2,0% há 33 semanas em sequência. A estimativa também está em 2,0% para 2027, há 35 semanas.

Selic - Para projeções para a taxa básica de juros (Selic), o Boletim Focus tem mantido as estimativas em todo o horizonte da pesquisa há várias semanas. A estimativa para 2024, por exemplo, permaneceu em 9,00%, patamar estável há 13 semanas, segundo os analistas.

A previsão para 2025 continua em 8,50% há 16 semanas na sequência, enquanto a projeção para 2026 permanece nos mesmos 8,50% há 34 semanas seguidas. A taxa esperada para 2027 também está em 8,50% há 33 semanas.

Câmbio - A mediana das projeções para o dólar em 2024 se manteve em R$ 4,95, enquanto a de 2025 permaneceu nos mesmos R$ 5,00 e a de 2026 recuou de R$ 5,04 para R$ 5,03. Para 2027, houve redução, de R$ 5,10 para R$ 5,07.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

 

Inflação medida pela IPCA-15 desacelera em março e chega a 0,36%; índice fica acima de projeções

 O resultado ficou acima da mediana de projeções levantadas pela Bloomberg, que apontava uma taxa de 0,30%; alimentação pressionou resultado

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou para 0,36% em março, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (26). Em fevereiro, o índice registrou 0,78%.

O resultado ficou acima da mediana de projeções levantadas pela Bloomberg, que apontava uma taxa de 0,30%.

Os preços de alimentos e bebidas continuam pressionando o índice, com uma alta de 0,91%, representando a maior variação e o maior impacto sobre o IPCA-15 de março. Os grupos de transportes e saúde e cuidados pessoais também contribuíram para a elevação do índice, com altas de 0,43% e 0,61%, respectivamente.

Com esse resultado, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,14% nos últimos 12 meses, superando as expectativas do mercado, que esperavam uma elevação de 4,09%. Em fevereiro, a taxa nesse período ficou em 4,49%.

Diferentemente do IPCA, o período de coleta do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Por ser divulgado antes, o índice sinaliza uma tendência para a inflação oficial do Brasil. O IPCA, por sua vez, é baseado em dados levantados apenas no mês de referência e será divulgado no dia 10 de abril. Desta forma, o resultado completo de março ainda não está totalmente refletido na coleta do IPCA-15.

A inflação oficial é de grande importância para a política de juros do país. O centro da meta perseguida pelo Banco Central é de 3% no acumulado de 2024.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Correios atenderão a serviços da Caixa, como seguro-desemprego e FGTS


Parceria prevê que encomendas poderão ser recebidas em lotéricas

Serviços tradicionalmente oferecidos pela Caixa Econômica Federal, o Programa de Integração Social (PIS), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) e o seguro-desemprego também estarão disponíveis nas unidades dos Correios, anunciaram nesta segunda-feira (25) as duas estatais. Em troca, o cidadão poderá postar e retirar encomendas em pontos de coleta instalado nas casas lotéricas.

Os presidentes da Caixa, Carlos Vieira, e dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, assinaram a parceria. O acordo também prevê que funcionários da Caixa realizem atendimentos presenciais ou virtuais em espaços nas unidades dos Correios.

Os clientes da Caixa poderão receber atendimento por videoconferência para os seguintes serviços: atualização cadastral; desbloqueio de senhas; consulta e autorização de saque de benefícios sociais; e orientações sobre o abono salarial, o seguro-desemprego, o FGTS e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Teste

A integração entre a Caixa e os Correios estava implementada em fase de teste desde 12 de março numa agência postal no município de Peixe-Boi (PA). O presidente da Caixa também anunciou que 500 dos 13 mil correspondentes bancários do banco já recebem encomendas dos Correios.

O objetivo, informou Carlos Vieira, é oferecer serviços do banco em todas as unidades dos Correios até o fim do ano, com prioridade para as localidades sem pontos de atendimento da Caixa. Em relação às lotéricas, a expansão do atendimento dependerá da adesão das unidades.

O acordo também prevê o compartilhamento de imóveis entre os Correios e a Caixa. Além de ampliar a cobertura presencial das duas empresas, o uso conjunto de prédios pretende ajudar na recuperação e na modernização de propriedades de imóveis da União.

Fonte: Agência Brasil

Lula e Macron visitam floresta e conversam com indígenas em Belém



Pela primeira vez no Brasil, líder francês terá agenda em 4 cidades

Em sua primeira visita oficial ao Brasil, o presidente da França, Emmanuel Macron, desembarca nesta terça-feira (26) em Belém, onde será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos cumprirão extensa agenda bilateral ao longo dos próximos dias no país, com temas na área de meio ambiente, defesa, reforma dos organismos multilaterais, entre outros.

Macron segue no Brasil até quinta-feira (28) e visitará ainda as cidades de Itaguaí (RJ), São Paulo e Brasília. "Uma visita de três dias para um chefe de Estado não é usual. Isso é um indicativo da importância da relação entre Brasil e França, do intercâmbio e do interesse profundo em diversas áreas", avaliou a embaixadora Maria Luísa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, em conversa com jornalistas na última semana.

Na capital paraense, os dois presidentes se encontram por volta das 15h30 desta terça e seguem, em barco da Marinha, para a Ilha do Combu, na margem sul do Rio Guamá, onde acompanharão a produção artesanal e sustentável do cacau em região de floresta. A ideia, segundo o Palácio do Itamaraty, é que Lula possa mostrar ao presidente Macron a complexidade da questão amazônica e as alternativas de desenvolvimento econômico sustentável que existem. Além disso, o presidente brasileiro quer mostrar ao líder francês o fato de a Amazônia não ser apenas uma grande área de floresta, mas um local que abriga imensa população, com cerca de 25 milhões de habitantes, e que depende da própria floresta para a sua sobrevivência. Eles também terão encontro reservado com representantes indígenas. Na ocasião, está prevista a entrega, pelo presidente francês, de uma condecoração ao líder indígena da etnia Kayapó e expoente mundial da causa indígena, Raoni Metuktire.

Submarino

De Belém, ainda hoje, Lula e Macron seguirão para o Rio de Janeiro, onde pernoitam. Na quarta-feira (27), eles partem de helicóptero do Forte de Copacabana para o município de Itaguaí (RJ), onde vão inaugurar o terceiro submarino construído no Complexo Naval da Marinha, a partir de Programa de Submarinos, fruto de um acordo de cooperação entre os governos do Brasil e da França. O programa prevê, ao todo, a construção de cinco submarinos, sendo o último previsto para ser entregue em alguns anos, um equipamento de propulsão nuclear. Além de discutir a continuidade da parceria, Lula e Macron deverão tratar de um programa para produção de helicópteros militares e energia nuclear de uso civil.

Reunião e jantar

Após a agenda no Rio, o presidente Lula retorna a Brasília, enquanto Macron viaja para São Paulo, onde cumprirá outra etapa de sua visita ao Brasil. Na capital paulista, o presidente francês participará do Fórum Econômico Brasil-França, ainda na quarta-feira (27), na sede da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Cerca de 50 empresários franceses estarão presentes. Os dois países registraram fluxo comercial de US$ 8,4 bilhões em 2023, sendo US$ 2,9 bilhões de exportações e US$ 5,5 bilhões de importações. 

Na pauta de exportações brasileiras para França, predominam produtos como farelo de soja, óleos brutos e petróleo, celulose e minério de ferro. Do lado francês, os principais produtos importados pelo Brasil são motores e máquina, aeronaves e produtos da indústria de transformação.

Segundo dados do Banco Central, a França é o terceiro maior investidor no Brasil, com mais de US$ 38 bilhões. Além disso, há cerca 860 empresas francesas atuando no Brasil, com geração de 500 mil empregos. O encontro empresarial contará com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Após o encontro empresarial, Macron deverá participar de um jantar com artistas e personalidades da cultura brasileira, incluindo o cantor e compositor Chico Buarque. Não está descartada a possibilidade de o presidente francês caminhar a pé pela Avenida Paulista e visitar o Museu de Arte de São Paulo (Masp). A agenda ainda prevê encontro com integrantes da comunidade francesa no Brasil e inauguração de uma unidade do laboratório Pasteur na Universidade de São Paulo (USP). O presidente francês passa a noite de quarta-feira na capital paulista e, no dia seguinte, embarca para a última etapa da viagem, que é a visita de Estado a Brasília.

Visita de Estado

Na capital federal, Macron será recebido com honras de chefe de Estado e se reunirá com Lula no Palácio do Planalto. O encontro terá ênfase em temas bilaterais e globais, além de culturais - já que 2025 marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Temas como reforma das instituições multilaterais, incluindo assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, além das guerras na Ucrânia e em Gaza devem ser abordados por ambos. A situação política na Venezuela e a crise humanitária no Haiti são outros assuntos que deverão ser tratados.

Cerca de 30 atos poderão ser assinados por Lula e Macron, em diversas áreas. Após essa etapa da reunião, os dois presidentes farão uma declaração à imprensa. Em seguida, participam de almoço no Itamaraty. Emmanuel Macron ainda deverá ser recebido no Congresso Nacional pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Mercosul-UE

Um tema espinhoso entre Brasil e França, que deverá ser evitado durante a visita de Macron, é o das negociações em torno do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Isso porque o presidente francês declarou, no fim do ano passado, sua oposição ao fechamento do acordo.

"Esse não é o assunto desta visita. Houve uma pausa nas negociações por causa das eleições no Parlamento Europeu. O foco é a relação estratégica bilateral entre esses dois países. O foco são as convergências, não as divergências", observou a embaixadora Maria Luísa Escorel, do Itamaraty.

Fonte: Agência Brasil