segunda-feira, 25 de março de 2024

General Lourena Cid, pai de Mauro Cid, irá depor à PF nesta terça-feira

 

PF quer ouvir o militar sobre os áudios em que Mauro Cid critica a PF e o ministro do STF Alexandre de Moraes sobre a condução de sua delação premiada

Mauro Cesar Lourena Cid
Mauro Cesar Lourena Cid (Foto: Roberto Oliveira/Alesp/Divulgação)


O general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens dae Jair Bolsonaro (PL), prestará depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (26) sobre os áudios divulgados pela revista Veja em que Cid critica a corporação pela maneira como sua delação premiada estaria sendo conduzida e afirma ter sido pressionado a fornecer informações sobre eventos dos quais não tinha conhecimento ou que não aconteceram. Ele também criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação é do jornal O Globo.

Mauro Cid foi preso na sexta-feira (22), após ser inquirido por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes a respeito dos áudios vazados. Cid foi preso pela primeira vez em maio de 2023, nas investigações sobre a falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro. Em setembro, após seis meses de detenção, o ex-auxiliar fechou um acordo de delação premiada e foi solto.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Relatora da ONU fala pela 1ª vez em genocídio contra o povo palestino e pede embargo de armas para Israel


"Os atos genocidas foram aprovados e efetivados após declarações de intenção genocida emitidas por altos funcionários militares e do governo", diz Francesa Albanese no documento

Palestinos fogem para o sul da Faixa de Gaza em meio a ataques israelenses no enclave
Palestinos fogem para o sul da Faixa de Gaza em meio a ataques israelenses no enclave (Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

Francesa Albanese, relatora da ONU sobre os territórios palestinos ocupados, emitiu um relatório nesta segunda-feira (25) acusando Israel de perpetrar um genocídio contra os palestinos em Gaza. Este é o primeiro informe no âmbito da ONU a abordar explicitamente a existência desse crime. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, Albanese pede no documento que “os responsáveis sejam levados à Justiça e que um embargo de armas seja estabelecido contra Israel”. Também nesta segunda-feira, a ONU aprovou pela primeira vez uma resolução sobre a necessidade de um cessar-fogo imediato para o conflito que já matou mais de 32 mil palestinos. 

"A natureza e a escala avassaladoras do ataque de Israel a Gaza e as condições destrutivas de vida que ele infligiu revelam a intenção de destruir fisicamente os palestinos como um grupo", diz um trecho do relatório. Ainda segundo Chade, o documento considera “que há motivos razoáveis para acreditar que o limite que indica o cometimento dos seguintes atos de genocídio contra os palestinos em Gaza foi atingido”. "Os atos genocidas foram aprovados e efetivados após declarações de intenção genocida emitidas por altos funcionários militares e do governo", afirmou Albanese. 

O relatório também critica Israel por sua abordagem distorcida das leis internacionais durante o conflito, rotulando indiscriminadamente toda a população palestina e sua infraestrutura como "terrorista" ou "apoiadora do terrorismo", justificando assim os ataques generalizados. Segundo Albanese, "nenhum palestino em Gaza está seguro" devido a essa política.

Ainda segundo a relatora, “por mais de sete décadas, esse processo sufocou o povo palestino como um grupo - demográfica, cultural, econômica e politicamente -, buscando deslocá-lo e expropriar e controlar suas terras e recursos. A Nakba em andamento deve ser interrompida e remediada de uma vez por todas. Esse é um imperativo devido às vítimas dessa tragédia altamente evitável e às gerações futuras dessa terra”.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL

 

 

Políticos reagem ao "plano de fuga" de Bolsonaro pela embaixada da Hungria: "covarde, vai ser preso"

Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro. Quatro dias depois, ele foi filmado entrando na Embaixada da Hungria

Embaixador da Hungria e Jair Bolsonaro
Embaixador da Hungria e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/X)

A revelação, pelo jornal The New York Times, de que Jair Bolsonaro teria, após a megaoperação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de estado, se escondido na Embaixada da Hungria, em Brasília repercutiu fortemente entre políticos nesta segunda-feira (25). 

Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro, ele foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14. Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. 

A estadia de Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido evidente ao longo dos anos.

Uma série de políticos foi às redes sociais comentar o que chamaram de "plano de fuga" de Jair Bolsonaro. Segundo o deputado federal Lindbergh Farias, Bolsonaro é um "covarde". "O recibo foi passado! Sem anistia!", escreveu ele no X. 

O também deputado federal André Janones foi às redes pedir a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. "O risco de fuga de Jair Bolsonaro por si só já justifica sua prisão preventiva", escreveu. 

O deputado Alencar Santana afirmou que Bolsonaro planejava sua fuga através de um pedido de asilo político: "Então quer dizer que Jair Bolsonaro tentou FUGIR do Brasil para não ser preso? Esteve hospedado durante dois dias na Embaixada da Hungria, planejando a fuga através de um pedido de asilo político? É isso mesmo?". 

O deputado federal Pedro Uczai citou as ligações entre Bolsonaro e o líder húngaro, Viktor Orban, ambos de extrema direita: "A pergunta que fica no ar é: Por que será que Bolsonaro correu para lá? O que se sabe é que o primeiro-ministro hungaro Viktor Orban é um extremista aliado do Bolsonaro".


 

 


Fonte: Brasil 247

 


Alckmin elogia esforços na conclusão das investigações do caso Marielle e Anderson: "a Justiça é a verdade em ação"

 

Vice-presidente cumprimentou as instituições responsáveis pelas investigações do assassinato ocorrido em 2018

Geraldo Alckmin e Marielle Franco
Geraldo Alckmin e Marielle Franco (Foto: Cadu Gomes/VPR | Mídia NINJA)

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin se manifestou sobre a conclusão declarada das investigações sobre o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, afirmando que "a Justiça é a verdade em ação".

Nesse sentido, ele cumprimentou "a Polícia Federal, os ministérios públicos, sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal, pelo trabalho de esclarecimento que a sociedade há tanto aguarda”, disse Alckmin nesta segunda-feira (25), no segundo seminário “Brasil Rumo à COP30”, em São Paulo. 

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos na manhã do último domingo (24) durante a Operação Murder Inc e foram levados pela Polícia Federal para Brasília. Os três são suspeitos de planejarem o crime e mandarem matar  Marielle e Anderson. 

diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, enfatizou o encerramento da fase atual das investigações, apontando não apenas os executores e intermediários do crime, mas também suas complexas motivações. Passos ressaltou a intersecção de disputas territoriais entre milícias e o engajamento de Marielle Franco em defesa da habitação social como fatores contribuintes para o crime.

Fonte: Brasil 247

 

Brasil reconhece 16 Estados e DF como áreas livres de febre aftosa sem vacinação

 

Portaria do Ministério da Agricultura foi publicada nesta segunda-feira

Gado na cidade de Tailândia, no Pará
Gado na cidade de Tailândia, no Pará (Foto: PILAR OLIVARES - REUTERS)


Reuters - O Ministério da Agricultura publicou portaria nesta segunda-feira reconhecendo 16 Estados e o Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa sem vacinação.

A normativa cita os Estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

A portaria, com validade a partir de 2 de maio, ainda proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa nessas unidades da federação, e também restringe a movimentação de animais e de produtos desses locais para as demais áreas que ainda praticam a vacinação no país.

"A proibição do trânsito de animais permanecerá em vigor até que a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) conceda internacionalmente o reconhecimento do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação a todas as unidades da federação", disse a pasta, em nota.

Fonte: Brasil 247 com informação da Reuters

Temendo ser preso, Bolsonaro se refugiou na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval (vídeos)

 Bolsonaro teve seu passaporte apreendido pela PF e quatro dias depois buscou abrigo na Embaixada da Hungria, onde não poderia ser preso por autoridades brasileiras

Jair Bolsonaro entrando na Embaixada da Hungria no Brasil
Jair Bolsonaro entrando na Embaixada da Hungria no Brasil (Foto: Reprodução/X/@ocafezinho)

 O jornal norte-americano The New York Times revelou que Jair Bolsonaro (PL) buscou refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval, temendo ser preso em decorrência das investigações que pesam contra ele, desde tentar um golpe de Estado até falsificar certificados de vacinação. Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro, Bolsonaro foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14. 

Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. A estadia de Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido evidente ao longo dos anos.

O The New York Times realizou uma análise detalhada das imagens das câmeras de segurança da embaixada, confirmando a presença de Bolsonaro durante o período de sua estadia. Além disso, a verificação das imagens foi complementada por evidências adicionais, incluindo dados de satélite que mostraram o veículo utilizado por Bolsonaro estacionado na garagem da embaixada durante sua visita. Um funcionário da embaixada húngara, que preferiu permanecer anônimo, confirmou a cooperação na acolhida de Bolsonaro. A defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto, assim como a Embaixada da Hungria.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal The New York Times

 


Delegado preso por ligação com milícia recebia "mesada" de até R$ 300 mil, revela PF

 

Relatório da PF revela esquema de suborno para barrar investigações de assassinatos, incluindo o caso da vereadora Marielle Franco, envolvendo o delegado Rivaldo Barbosa

(Foto: Leonardo Lucena)

 A Polícia Federal reveloua existência de um esquema de propinas pagas à Delegacia de Homicídios, liderada pelo delegado Rivaldo Barbosa. Segundo informações contidas em um relatório da PF relacionado ao caso Marielle Franco, a milícia estaria desembolsando quantias astronômicas, incluindo “mesadas” que chegavam a até R$ 300 mil, para garantir o silêncio e a inatividade das investigações criminais, diz o Metrópoles.

Ainda de acordo com a reportagem, Orlando Curicica, figura central nas investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, forneceu detalhes sobre a rotina de subornos direcionados à Delegacia de Homicídios. Segundo seu depoimento, a prática era frequente, com valores mensais variando entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, além de pagamentos adicionais para assegurar que casos específicos não fossem investigados.

O relatório da PF destaca um caso emblemático em que um associado do bicheiro Rogério de Andrade teria desembolsado a quantia de R$ 300 mil para evitar que a morte do sargento da reserva Geraldo Antônio Pereira, ocorrida em maio de 2016, fosse devidamente apurada pela Delegacia de Homicídios. Outros assassinatos também foram mencionados, como o do presidente da Portela, Marcos Falcon, e do contraventor Heylton Carlos Gomes Escafura e sua esposa, casos nos quais as investigações teriam sido interrompidas devido ao pagamento de propinas.

Um aspecto particularmente chocante do relatório é a menção de extorsão direta, envolvendo o próprio delegado Rivaldo Barbosa. Orlando Curicica detalhou um incidente no qual ele e sua esposa foram alvos de extorsão enquanto Rivaldo estava à frente da Delegacia de Homicídios. Segundo o depoimento de Curicica, eles foram coagidos a entregar R$ 20 mil a um subordinado do delegado como forma de "proteção".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

 

PF vê ex-chefe da Polícia Civil como 'peça-chave' para investigar atuação de máfias do Rio de Janeiro

 

Rivaldo Barbosa foi preso pela PF como suspeito de planejar o assassinato de Marielle Franco e atuar para atrapalhar as investigações

Rivaldo Barbosa
Rivaldo Barbosa (Foto: Reprodução TV Globo)

 

A Polícia Federal (PF) considera que Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil preso no domingo (24) pelo suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), é uma peça-chave para desvendar a atuação do que integrantes da corporação qualificam como “máfias” envolvidas na execução e acobertamento de crimes no Rio de Janeiro, diz a jornalista Andréia Sadi em sua coluna no G1. Ainda conforme a reportagem, “a expectativa é de que nova delações – incluindo a de Barbosa – possam ajudar a elucidar de 15 a 20 crimes, na avaliação de fontes que acompanham a investigação”.

Barbosa é apontado pela PF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o responsável por planejar o assassinato de Marielle Franco e impedir o avanço das investigações sobre o crime – que, segundo esses órgãos, teria sido encomendado pelos irmãos Brazão - o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão - devido à atuação da vereadora contra loteamentos irregulares em áreas de milícias. Eles foram presos pela PF no início da manhã deste domingo. As defesas dos suspeitos negam as acusações.

Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia anterior ao crime, ocorrido em 14 de março de 2018. Antes disso, ele havia ocupado o cargo de diretor da Divisão de Homicídios do órgão e, anteriormente, havia comandado a Delegacia de Homicídios da Capital.

“Ao defender, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão de Barbosa, a PGR afirmou que a PF desvendou a existência, na Delegacia de Homicídios, de um ‘esquema estrutural de corrupção’ conduzido pelo policial civil, que mantinha acordo com contraventores para impedir a investigação de crimes relacionados a jogos ilegais”, destaca a reportagem. 

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Andréia Sadi em sua coluna. no G1

 

Corregedoria abre inquérito para demitir delegados envolvidos no caso Marielle

 Delegado da polícia civil foi preso nesse domingo como um dos supostos mentores da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro abriu processo, na manhã desta segunda-feira (25/3), para demitir os delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, além do comissário Marco Antônio de Barros Pinto.

Barbosa é apontado pela Polícia Federal como um dos mentores dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. Já os outros dois são investigados por obstrução do caso.

A corregedoria pediu acesso integral ao inquérito da PF, que apurou as mortes de Marielle e Anderson. Todos já haviam sido afastados das funções públicas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mandantes

Rivaldo Barbosa tomou posse como chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes da execução da vereadora. A investigação aponta ainda que a morte de Marielle teve como mandantes os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que também foram presos nesse domingo (23/4).

De acordo com a Polícia Federal, Rivaldo tinha uma “relação indevida” com os mandantes antes do crime e, mesmo não tendo idealizado, foi responsável por ter o controle do processo de execução, com a imposição de condições e exigências. Um dia depois do crime, Barbosa afirmou que a morte de Marielle era um “atentado contra a democracia”.

A defesa de Rivaldo Barbosa disse que o cliente não obstruiu as investigações das mortes de Marielle e Anderson. “Ao contrário. Foi exatamente durante a administração dele que o Ronnie Lessa foi preso”, afirmou o advogado Alexandres Dumans ao portal G1.

Operação da PF

Além dos mandados de prisão contra Rivaldo e os irmãos Brazão, o STF também expediu mandados de busca e apreensão contra o delegado Giniton Lages, primeiro encarregado do caso.

Ele e o comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que também atuava na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) são apontados pelas investigações como tendo ajudado a acobertar o crime.

Lages é mencionado como tendo desviado deliberadamente o curso das investigações, protegendo os mandantes do crime. Ele teria sido designado por Barbosa logo após o delito.

Ele também apresentou a tese de que os executores materiais, Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, teriam agido motivados por ódio em relação às posições de Marielle.

Já Marco Antônio foi implicado em atuar juntamente com Giniton Lages para obstruir as investigações dos homicídios, protegendo os mandantes do crime.

A participação dele incluiu a direção estratégica da investigação para afastar a suspeita dos irmãos Brazão, utilizando-se de depoimentos falsos e outras manobras para desviar a atenção das autoridades.

Giniton Lages negou que tenha obstruído as investigações do caso e disse que realizou todas as diligências necessárias para a elucidação das mortes. E que o resultado desse trabalho é a prisão dos executores.

Fonte: Agenda do PoderCom informações do Metrópoles.

Lula orienta governo a valorizar trabalho da PF e tratar caso Marielle com sobriedade

 Presidente afirmou a ministros que desfecho das investigações é motivo de alívio, mas também de tristeza.

Lula orientou o governo a tratar do caso Marielle Franco com sobriedade, informa a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

Na opinião que o presidente expressou a ministros, o desfecho do assassinato, anunciado pela Polícia Federal, não é motivo de felicidade.

Pelo contrário, reforçou o petista. É razão de alívio, mas de tristeza pelo tamanho da tragédia e pela dimensão que ela carrega, já que as investigações confirmam que as razões da morte foram políticas.

Ao mesmo tempo, o presidente afirmou que é necessário valorizar o trabalho da Polícia Federal, que abriu inquérito para investigar o caso em fevereiro do ano passado e conseguiu apontar os supostos mandantes do homicídio em pouco mais de um ano.

Marielle morreu em 14 de março de 2018, e desde então as investigações se arrastavam, com inúmeras idas e vindas, hoje explicadas pelo envolvimento do então chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, no planejamento do assassinato.

Neste domingo (24), a PF prendeu três suspeitos de mandar assassinar Marielle e o motorista Anderson Gomes, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves, em março de 2018. Além disso, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil – RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas da União) do Rio Domingos Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou à reportagem que a prisão dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco é “uma vitória do estado brasileiro” e pode ser um “ponto de virada” para o combate à criminalidade no Rio de Janeiro e no país.

“O desfecho do caso, nesta etapa de se chegar aos mandantes, mostra que a criminalidade não vai ter vez, que haverá um combate permanente e que ela não prevalecerá”, afirma o ministro.

Ele diz que a prisão pode ser um “fio da meada” que está sendo puxado para a solução de outros crimes e para o desmantelamento de organizações criminosas que atuam e se infiltram no Estado.

Fonte: Agenda do Poder com informação da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo

Quem é “Doutor Piroca”, advogado citado por Lessa em delação sobre a morte de Marielle


O advogado André Luiz Fernandes Maia, o “Doutor Piroca”, assassinado em 2021. Foto: reprodução

 Com a divulgação do relatório final da Polícia Federal (PF) no caso Marielle, surgiram vários nomes de figuras conhecidas ligadas à extrema direita e ao bolsonarismo. Entre eles, um apelido peculiar chamou a atenção: “Doutor Piroca”, cuja identidade verdadeira é André Luiz Fernandes Maia.

“Doutor Piroca” era advogado e, na noite de 12 de março de 2018, véspera do assassinato de Marielle, passou um bom tempo com Lessa estudando uma forma de realizar o crime de forma “adequada”, sem deixar rastros ou levantar suspeitas sobre a autoria. Também é citado que eles estavam tomando uísque.

“Passados tais eventos e fissurado para angariar mais informações acerca da vítima, no dia 12 de março de 2018, dois dias antes do homicídio de Marielle e Anderson, RONNIE, por meio da já descrita ferramenta CCFácil, utilizou o CPF de Marielle e o de sua filha Luyara como parâmetros de pesquisa e, depois, pesquisou o resultado do endereço: Rua do Bispo, 227, como parâmetro junto ao Google Maps. Instado a se manifestar acerca do porquê ter pesquisado tal parâmetro junto ao Google Maps, sendo certo que já tinha realizado o levantamento in loco da região, RONNIE asseverou que naquele dia 12 estava na companhia de seu amigo ANDRÉ LUIZ FERNANDES MAIA, vulgo DOUTOR PIROCA, tomando uísque e, obcecado para encontrar uma alternativa viável para a execução, passou a estudar o endereço da Rua do Bispo com afinco. O resultado de tais pesquisas quedou-se inócuo, uma vez que a rota eficaz que levou à morte de Marielle chegou aos executores, segundo RONNIE, por outra via.”, diz um trecho do relatório final da PF.

Trecho do relatório final da PF. Foto: reprodução

No entanto, não foi possível tomar qualquer providência judicial contra “Doutor Piroca”, pois ele foi morto com pelo menos 10 tiros numa área de milícia da Zona Oeste do Rio, apenas 29 dias depois do assassinato de Marielle. Ele saía de casa no bairro do Anil, quando dois homens ocupando uma moto o abordaram e dispararam à queima-roupa.

Mais de três anos depois, em agosto de 2021, um dos acusados pelo crime foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, no município de Miguel Pereira, na região centro-sul do estado. Arthur Ferreira Lopes Filho já era apontado pelas autoridades como integrante da milícia que controla o Anil e tinha passagens por extorsão, associação criminosa e falsidade ideológica.

Vale destacar que o inquérito sobre a execução de “Doutor Piroca” concluiu que ele teria sido morto por “atuar ativamente contra a milícia e se negar a se aliar a criminosos”.

Isso soa estranho, pois se trata de alguém que estava envolvido em atividades junto com Ronnie Lessa, peça-chave em várias execuções a mando de milícias do Rio, enquanto planejava um assassinato encomendado por importantes milicianos.

Fonte: DCM

“Passo os dias deitado, numa depressão danada”, diz Milton Neves após morte da esposa


O comentarista Milton Neves. (Foto: Reprodução)

 O bolsonarista Milton Neves, ex-comentarista da Band, afirmou que vive uma luta diária contra a depressão, quase quatro anos após sua esposa, Lenice, morrer com câncer. Durante entrevista à Folha, ele descreveu os “dias sombrios e solitários” que tem vivido desde então.

“Estou vivendo numa casa que cabem umas 70 pessoas, eu, o caseiro e a mulher do caseiro. Passo os dias deitado, numa depressão danada, fico sonhando com minha mulher. Meu único amor da vida inteira”, disse. “Só tive um namoro, um noivado e um casamento na vida. Agora ela foi para o céu. Ela me deixou no dia 30 de agosto de 2020 e desde então minha vida virou um horror”.

Além de lidar com a dor da perda, Milton também mencionou seu afastamento da Band, onde trabalhou por anos. Ele explicou que pediu demissão devido ao seu estado psicológico, ressaltando seu profundo apreço pela emissora e a gratidão por ter realizado seu sonho de trabalhar lá.

“Eu que pedi demissão. Falei para o Johnny Saad (dono da Band): ‘não posso trabalhar, estou psicologicamente derrotado’. Já estava antes, desde quando ela adoeceu. Pedi demissão isentando a Bandeirantes de qualquer pendência futura comigo. Eu amo a Bandeirantes. A Band não me deve nada, eu que devo a ela, porque ela realizou meu sonho de menino que era trabalhar lá. A minha carta de demissão é a carta mais bonita da história de uma relação de funcionário com uma empresa. Mil vezes obrigado, Bandeirantes, por ter me acolhido”, afirmou.

Fonte: DCM

Domingos Brazão nega supostos encontros relatados por Ronnie Lessa, réu confesso pela morte de Marielle

 

Em sua delação premiada à PF, Lessa alegou ter mantido três encontros com Domingos e o deputado federal Chiquinho Brazão entre 2017 e 2018, antes e depois do crime

Domingos Brazão
Domingos Brazão (Foto: Reprodução)

 

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, preso neste domingo (24) pela Polícia Federal (PF) pela suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), nega ter se encontrado com o ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso pela execução da parlamentar. Em sua delação premiada à PF, Lessa alegou ter mantido três encontros com Domingos e o deputado federal Chiquinho Brazão entre 2017 e 2018, antes e depois do crime. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, "a PF afirma que teria confirmado essas tratativas". 

De acordo com a reportagem, “a defesa de Domingos Brazão, contudo, nega peremptoriamente qualquer conversa pessoal entre o suspeito de mandar matar Marielle Franco e Lessa. Nem mesmo telefônica.  Domingos insiste que nunca esteve com Lessa”. 

Em nota, a defesa "reforça a inexistência de qualquer motivação que possa lhe vincular ao caso e nega qualquer envolvimento com os personagens citados, ressaltando que delações não devem ser tratadas como verdade absoluta — especialmente quando se trata da palavra de criminosos que fizeram dos assassinatos seu meio de vida".

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo