segunda-feira, 25 de março de 2024

Silvio Almeida: “Precisamos retomar o controle dos territórios que estão com o crime”

 

Os ministros Silvio Almeida e Ricardo Lewandowski. Reprodução

O ministro Silvio Almeida, em seu perfil do X (antigo Twitter) teceu algumas considerações sobre a importância da questão fundiária no país, à luz de tudo que foi desvendado no âmbito do caso Marielle Franco, principalmente após a delação de Ronnie Lessa. Confira:

Das várias conclusões que se pode tirar da leitura do relatório final da PF sobre os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, uma delas me pareceu de suma importância para o desafio da segurança pública e da promoção dos direitos humanos: a questão fundiária, do acesso à terra, ao território e do direito à moradia.

O Ministro Lewandowski já havia levantado este ponto em sua coletiva dada no início da tarde, mas o relatório da PF traz detalhes. Segundo o documento “a atuação de Marielle consistia em ações conjuntas com entidades e movimentos sociais, de modo a conscientizá-los acerca de seus direitos e da necessidade de se organizarem para terem seus pleitos atendidos.

Para tal, seu mandato contava com a parceria do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública – NUTH nas ações de apoio à população sobre a defesa do direito à moradia”.

Ponto importante: mais de 80% dos defensores de direitos humanos inseridos nos programas de proteção estão ligados a questões fundiárias, territoriais e ambientais. Já nos ensinou André Rebouças: “quem tem a terra tem o homem”.

O Estado brasileiro precisa retomar o controle dos territórios que hoje estão nas mãos do crime organizado. Por isso, políticas de reforma urbana, reforma agrária, demarcação de terras indígenas e regularização de terras quilombolas conduzidas de modo firme pelo Estado e acompanhadas, simultaneamente, da defesa de direitos humanos e da promoção da cidadania são parte fundamental de qualquer política de segurança pública.

É só assim que se pode enfrentar de fato milicianos, grileiros, faccionados, garimpeiros ilegais e toda gama de criminosos que querem destruir o nosso país.

Fonte: DCM

Segredo de justiça: anexos da delação de Lessa revelam outros crimes além da morte de Marielle


Ronnie Lessa. Foto: reprodução

O relatório do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes revela anexos sigilosos da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, autor confesso do crime. Ele também forneceu informações sobre outros 11 crimes que cometeu, mantidos em segredo de justiça, conforme informações do Globo.

De acordo com as investigações da PF, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram indiciados como mandantes, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa foi considerado partícipe do crime, acusado de obstruir a elucidação do caso. Os três estão sob prisão preventiva no presídio federal de Brasília.

Durante as buscas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, foram apreendidos celulares, computadores e documentos nos imóveis dos suspeitos.

A expectativa da PF é que essas apreensões forneçam mais evidências após seis anos dos assassinatos, especialmente em relação às suspeitas de que Rivaldo tenha recebido propina para impedir que as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital chegassem aos verdadeiros culpados.

Mais crimes investigados

As diligências conduzidas pelo delegado da PF, Guilhermo Catramby, em colaboração com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), abrem uma nova perspectiva para resolver inquéritos estagnados há pelo menos 12 anos na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Essa iniciativa visa dar continuidade às investigações, agora sob a responsabilidade dos promotores, sobre casos como os assassinatos do candidato a vereador e presidente da Portela, Marcos Falcon, em 2016, e do contraventor Haylton Escafura, ligado ao universo das milícias e da contravenção. Alguns desses crimes estão relacionados à disputa territorial entre milícias e grupos criminosos.

As fontes ligadas à investigação reconhecem as dificuldades de obtenção de provas decorrentes do longo período decorrido desde os crimes. Imagens de locais frequentados pelos envolvidos, por exemplo, tornaram-se indisponíveis ao longo do tempo. Além disso, os registros das antenas de celular, que poderiam fornecer pistas valiosas, não são retidos por períodos prolongados.

Apesar dos desafios enfrentados, o delegado e sua equipe, composta por oito agentes federais, mantiveram-se dedicados desde o início da investigação, em fevereiro do ano passado. A convocação pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino, para desvendar os mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson, impulsionou os esforços da PF.

Dia histórico', diz Instituto Marielle Franco após prisão de suspeitos | Política | Valor EconômicoMarielle Franco. Foto: reprodução

Dino, que inicialmente ofereceu apoio ao governador do Rio, Cláudio Castro, para conduzir as investigações, assumiu o caso posteriormente, o que foi visto como um alívio para a Polícia Civil, enquanto o Gaeco continuou comprometido com a apuração.

Apesar das tentativas de obstrução da justiça, como a introdução de testemunhas falsas e a destruição de evidências, incluindo imagens e dispositivos eletrônicos, o avanço nas investigações foi possível. Um dos documentos fundamentais foi o relatório do delegado federal Leandro Almada, que desmascarou a primeira farsa do caso, conhecida como “investigação da investigação”.

Nesse relatório detalhado, Almada identificou Rivaldo como responsável por conduzir a testemunha falsa, o ex-policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha. Esse foi o ponto de partida que, após um ano de investigação pela nova equipe da PF, levou Ronnie Lessa a colaborar com as autoridades.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

MP pede a prisão de homem que assediou mulher em elevador no CE

 

Israel Leal Bandeira Neto, flagrado por uma câmera de segurança tocando uma mulher em um elevador. Reprodução

O Ministério Público do Ceará denunciou e pediu a prisão preventiva de Israel Leal Bandeira Neto, de 41 anos, neste domingo (24), pelo crime de importunação, após ele ser flagrado por uma câmera tocando nas partes íntimas da nutricionista Larissa Duarte em um elevador em Fortaleza.

A Polícia Civil já havia indiciado Israel na sexta-feira (22), após concluir o inquérito sobre a conduta imprópria do empresário. Com a denúncia do MP, o caso seguirá para análise de um juiz, que decidirá também sobre o pedido de prisão preventiva.

Israel prestou depoimento pela primeira vez na quinta-feira (21) desde o incidente ocorrido em 15 de fevereiro, que foi captado por uma câmera de segurança e ganhou destaque neste mês após a divulgação das imagens.

Além disso, outras duas mulheres também registraram denúncias contra ele.

Relembre o caso:

Fonte: DCM

VÍDEO: as últimas imagens da jovem que morreu após sexo com ex-sub 20 do Corinthians

 

Lívia Gabriele e Dimas Cândido. (Foto: Reprodução)

No domingo (24), o Fantástico, da TV Globo, divulgou as últimas imagens de Livia Gabriele, a jovem de 19 anos que morreu após um encontro íntimo com Dimas Cândido, ex-jogador do sub-20 do Corinthians. O vídeo, proveniente das câmeras de segurança, oferece insights sobre o dia fatídico.

Nas imagens, Livia chega a um condomínio no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, através de um carro de aplicativo, no dia 30 de janeiro de 2024. Ela e Dimas, ao se encontrarem, trocam poucas palavras antes de passarem pela portaria. Dentro do elevador, há um breve gesto de afeto entre eles. Em seguida, são vistos entrando no apartamento de Dimas.

Laudos oficiais consultados pelo Fantástico indicam a ausência de violência, drogas ou álcool no incidente. Segundo relato do jogador à polícia, após a primeira relação sexual com uso de preservativo, Livia desmaiou repentinamente. Dimas então ligou para o serviço de emergência, seguindo as instruções do atendente até a chegada da ambulância.

O caso está sob investigação como uma morte suspeita, atribuída a uma “ruptura de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda”. Peritos explicaram que a lesão, causada por um objeto contundente, pode ter sido provocada pelo ato sexual em si. A defesa de Dimas enfatiza que os laudos evidenciam consentimento mútuo, descartando a possibilidade de violência.


Fonte: DCM

Advogado de Bolsonaro comemora desfecho do caso Marielle e prevê vitória de Ramagem nas eleições do Rio

 Wajngarten foi às redes sociais e afirmou que “se minimamente trabalhada a eleição da cidade do Rio acabou hoje”

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não foi a única liderança bolsonarista a se manifestar sobre  o desfecho das investigações sobre o caso Marielle. Na noite de ontem, o ex-ministro Fabio Wajngarten, que é também advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi às redes sociais e afirmou que “se minimamente trabalhada a eleição da cidade do Rio acabou hoje”.

Wajngarten, que além de advogado atua na comunicação política, trabalha pela eleição de Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que deve enfrentar o atual prefeito Eduardo Paes, do PSD. Seu comentário está relacionado ao fato de o deputado Chiquinho Brazão, preso como um dos supostos mandantes da morte de Marielle Franco, ter sido secretário de Ação Comunitária do Rio de Janeiro.

A Prefeitura do Rio emitiu nota neste domingo (24) em apoio às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e explicou que o deputado federal Chiquinho Brazão exerceu o comando da Secretaria de Ação Comunitária devido a uma indicação do Republicanos, que fechou aliança com a gestão municipal.

Por indicação do Republicanos, Chiquinho exerceu o cargo por quatro meses, mas foi exonerado em fevereiro deste ano, quando surgiram as primeiras informações de que ele estaria envolvido com as execuções de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Veja a íntegra da nota da Prefeitura do Rio:

“A Prefeitura do Rio informa que o Partido Republicanos, ao estabelecer aliança com a administração municipal, escolheu no final de 2023 o deputado federal Chiquinho Brazão como representante da legenda para ocupar a Secretaria de Ação Comunitária. Quando surgiram especulações sobre o caso, foi solicitada ao partido a indicação de um nome para substituí-lo e ele foi exonerado no início de 2024. A Prefeitura do Rio reforça seu apoio às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e espera que o caso seja elucidado pela Justiça”.

Fonte: Agenda do Poder

Relatório final da PF cita que Domingos Brazão ameaçou conselheiro do TCE: ‘Começo por neto, depois filho e, por último, ele morre’

 Relatório final da PF relembra ameaças de morte Brazão a colega do Tribunal de Contas do Estado.


O relatório final da Polícia Federal que detalha a investigação sobre os mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes recorda ameaças públicas de morte do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ) Domingos Brazão a José Maurício Nolasco em 2017.

“Se ele fizer isso ele morre”, teria dito Domingos. Ele e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, foram citados como mentores intelectuais do assassinato de Marielle junto com o ex-chefe da polícia civil Rivaldo Barbosa.

Naquele ano, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram a Operação Quinto do Ouro para apurar um esquema de corrupção que permeava a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e o Tribunal de Contas. Foram presos cautelarmente Aloysio Neves (presidente do TCE na época), Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco. De acordo com as investigações, os membros do TCE/RJ recebiam 15% dos valores liberados pelo Fundo de Modernização do Tribunal para pagamentos de faturas vencidas de fornecedores de alimentação para presos e adolescentes submetidos a medidas de internação, além de favorecer as empresas de transporte em atos de fiscalização da Corte.

Em delação premiada, outro conselheiro, José Lopes de Carvalho Júnior, contou que num almoço anterior à prisão foi cogitada a possibilidade de Nolasco firmar acordo de delação premiada após ter sido noticiado na imprensa que ele tinha recebido de um executivo da Andrade Gutierrez vantagens indevidas. Brazão, então, teria dito: “Se ele fizer isso ele morre. Eu começo por um neto, depois um filho, faço ele sofrer muito, e por último ele morre”.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Extra online.

Daniel Alves consegue valor para pagar fiança e vai ser solto

 Defesa do ex-jogador levantou 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,5 milhões) como parte do acordo para conseguir liberdade provisória.

O ex-jogador Daniel Alves pagou a fiança e vai deixar a prisão em Barcelona, nesta segunda-feira (25/3). A defesa conseguiu levantar o valor estabelecido pela Justiça espanhola, de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões), como pré-requisito para a liberdade provisória do brasileiro, e Daniel Alves poderá ser solto a qualquer momento. A informação é do jornal La Vanguardia.

A Justiça da Espanha concedeu liberdade provisória para o ex-lateral na quarta-feira (20/3). Porém, impôs uma série de condições e medidas cautelares para isso. O pagamento da fiança de 1 milhão de euros era a principal delas.

Daniel Alves teve os dois passaportes (espanhol e brasileiro) confiscados e não pode deixar o país europeu. Ele também está proibido de ter qualquer contato com a vítima. E ainda precisa, semanalmente, comparecer ao Tribunal de Barcelona.

De acordo o jornal catalão El Periodico, pessoas ligadas ao ex-jogador afirmaram que a defesa não esperava uma quantia tão alta para a fiança. Por isso, ele teve dificuldades em conseguir o valor e recorreu a familiares e amigos. Um deles foi o pai de Neymar, que negou uma segunda ajuda. A família de Neymar já havia contribuído com a defesa de Daniel Alves uma vez, ao pagar uma multa de cerca de 150 mil euros (R$ 800 mil) como indenização à vítima, o que ajudou a reduzir a pena.

Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses, mas a promotoria e os advogados da vítima exigiam 12 anos de detenção.

Contra a fiança

O Ministério Público da Espanha e a defesa da vítima foram totalmente contra a liberdade sob fiança por consideraram alta a chance de fuga do brasileiro, exatamente pela alta capacidade econômica dele. Segundo a advogada que representa a jovem agredida por Daniel Alves, a mulher ficou abalada com a informação. E chegou a afirmar que se sentia “estuprada de novo”.

O tribunal, porém, argumentou que a pena de 4 anos e 6 meses de prisão fez com que o risco de fugir fosse “reduzido”. Por outro lado, admitiu que certo perigo “persiste” e, por isso, decidiu por fiança tão alta e proibiu o brasileiro de sair da Espanha.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Braga Netto transfere para outro general responsabilidade no caso Marielle

 Interventor na segurança pública no Rio quando a vereadora foi morta, Braga Netto assinou nomeação de delegado que planejou o crime.

Interventor da área de segurança pública do Rio de Janeiro quando Marielle Franco (PSol) foi morta, o ex-ministro e general da reserva Braga Netto foi citado no relatório da Polícia Federal sobre o crime.

Segundo o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o militar foi mencionado por ter assinado como interventor, em 2018, a nomeação do delegado Rivaldo Barbosa para chefiar a Delegacia de Homicídios do Rio na véspera do assassinato de Marielle.

Nesse domingo (24/3), o delegado foi preso preventivamente por ordem do STF sob a acusação de ajudar a planejar o assassinato da vereadora, idealizado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.

Nos bastidores, Braga Netto passou o dia tentando se desvincular do tema. Para isso, tentou transferir qualquer eventual responsabilidade pela nomeação de Rivaldo para outro general: Richard Nunes.

A pessoas próximas, Braga Netto afirmou que, como interventor, ocupava uma posição mais política e que cabia aos secretários vinculados a ele a escolha dos indicados para cargos como o ocupado por Rivaldo.

No caso do delegado, o ex-ministro tem dito a escolha teria sido do general Richard Nunes, que ocupava o posto de secretário de Segurança Pública da intervenção na época do assassinato de Marielle.

Braga Netto tem, inclusive, compartilhado o relatório da Polícia Federal sobre a investigação do crime para sustentar que estaria claro que teria sido Richard Nunes quem bancou a nomeação de Rivaldo.

Fonte: Agenda do Poder com informação do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles

Amigo de Lessa que soube em primeira mão do plano de matar Marielle foi assassinado no Rio

 O advogado criminalista André Luiz Fernandes Maia foi morto em bairro próximo ao Rio das Pedras, reduto da milícia, em 2018.

A delação premiada de Ronnie Lessa jogou luz sobre mais uma morte de alguém ligado ao caso Marielle, informa o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

Nos depoimentos à PF, quando foi perguntado a Lessa como ele planejou a morte de Marielle, o delator mencionou que estava “bebendo uísque” com o advogado criminalista André Luiz Fernandes Maia enquanto fazia a pesquisa.

A PF não cita nos autos, mas Maia foi morto um mês depois do assassinato da vereadora. O advogado morreu no Anil, bairro na Zona Oeste do Rio de Janeiro entre Gardênia Azul e Rio das Pedras, territórios dominados pela milícia e curral eleitoral da família Brazão.

As investigações do Ministério Público na época apontaram que Maia foi assassinado por milicianos. O órgão ofereceu denúncia contra José Maria Alves de Carvalho, que está preso. A motivação da morte teria sido uma dívida.

Fonte: Agenda do Poder com informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles

Conselho de Segurança da ONU articula nova votação por um cessar-fogo em Gaza

 Está prevista para esta segunda-feira a votação de mais uma resolução, desta vez apresentada pelos 10 membros não permanentes.

O Conselho de Segurança da ONU planeja nesta segunda-feira (25) mais uma sessão para votar o cessar-fogo em Gaza, ameaçada pelo veto dos Estados Unidos depois que sua proposta fracassou na sexta-feira.

Está prevista para esta segunda-feira a votação de mais uma resolução, apresentada pelos 10 membros não permanentes, depois de um questionado projeto apresentado pela delegação estadunidense ter sido vetado pela China e pela Rússia.

As representações de Moscou e Pequim questionaram as verdadeiras intenções do texto estadunidense, que consideraram diluído, unilateral e extremamente politizado à luz das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos. 

A Rússia e a China anunciaram, no entanto, que seriam a favor do novo projeto também apoiado pelo Grupo Árabe.

Essa aliança de 22 nações exortou os membros do Conselho “a agirem com unidade e urgência” e a votarem a favor da resolução “para parar o derramamento de sangue, preservar vidas humanas e prevenir mais sofrimento e destruição humana”.

“É hora de um cessar-fogo”, acrescentou o bloco num comunicado divulgado na noite de sexta-feira.

A nova proposta apela a um cessar-fogo humanitário imediato durante o Ramadã – entre 10 de Março e 9 de Abril – conduzindo a uma cessação permanente e sustentável do conflito, bem como à libertação imediata e incondicional de todos os reféns.

Ao mesmo tempo, sublinha a necessidade urgente de proteger os civis e de distribuir ajuda humanitária na região palestina.

Porém, desde que foi anunciada na sexta-feira, a proposta está ameaçada pela delegação dos Estados Unidos, que já vetou três resoluções.

A representante permanente daquele país na ONU, Linda Thomas-Greenfield, advertiu o Conselho que o texto atual da resolução “não apoia uma diplomacia sensata na região”.

A representante antecipou o possível veto do seu país ao salientar que o documento “poderia dar ao Hamas uma desculpa para abandonar o acordo que está sobre a mesa”.

Até agora, o órgão máximo para a paz e segurança do mundo adotou apenas duas resoluções que reconhecem o agravamento da situação humanitária em Gaza e apelam a um maior acesso à ajuda no terreno.

Fonte: Agenda do Poder com informações do 247.

STF forma maioria para manter prisão de suspeitos de mandar matar Marielle

 Operação da PF prendeu os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa.

A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria de votos para manter a prisão dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin referendaram a decisão de Alexandre de Moraes, relator do caso. Faltam ainda os votos dos ministros Luiz Fux e Flávio Dino.

Estavam presos preventivamente, acusados de serem os mandantes do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O ministro Alexandre de Moraes convocou a 1ª turma do STF para analisar as prisões preventivas dos três suspeitos. A sessão virtual começou pouco depois da meia-noite e segue aberta até às 23h59.

Moraes havia autorizado a operação da Polícia Federal, chamada Murder Inc. que resultou na prisão dos irmãos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa. O ministro também levantou o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre os suspeitos do caso Marielle Franco.

Além das prisões, a polícia cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro. Foram alvo de buscas o delegado Giniton Lages, que esteve à frente do caso Marielle Franco no início das investigações na delegacia de homicídios do Rio; Marcos Antônio de Barros Pinto, que foi seu auxiliar; além de Robson Calixto Fonseca.

Segundo o Inquérito da Polícia Federal, a vereadora foi assassinada por ser vista como ser vista como um “obstáculo aos interesses” dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.

“Pelos fatos retratados na colaboração premiada de Ronnie Lessa, o motivo determinante de sua morte estaria relacionado a uma questão desempenhada de maneira mais discreta pelo seu mandato parlamentar, qual seja: a defesa do direito à moradia”, afirma trecho do relatório de cerca de 500 páginas da Polícia Federal.

Os agentes ainda apontam “diversos indícios” de envolvimento dos irmãos com milícia e grilagem de terras. “Por fim, ficou delineada a divergência no campo político sobre questões de regularização fundiária e defesa do direito à moradia.”

Horas após a operação, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o desenrolar da operação era “extremamente significativo” e acrescentou que era uma “vitória do Estado brasileiro” no combate ao crime organizado.

Os três suspeitos foram levados do Rio de Janeiro para a capital federal, onde iriam passar a noite no presídio federal de Brasília. O planejamento prevê que eles sejam separados nas próximas horas. Rivaldo Barbosa deve permanecer preso nessa unidade penitenciária.

Chiquinho Brazão deverá ser levado para o presídio federal de Campo Grande (MS), enquanto seu irmão será encaminhado para a unidade de Porto Velho (RO). As transferências, no entanto, ainda dependem de decisão judicial.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

União Brasil expulsa Chiquinho Brazão, após deputado ser preso por suspeita de mandar matar Marielle

 De acordo com o União Brasil, o estatuto do partido prevê a expulsão de forma cautelar em casos de gravidade e urgência

O União Brasil expulsou neste domingo (24) o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), suspeito de ser um dos mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. A decisão foi tomada pela Comissão Executiva Nacional do partido em uma reunião hoje à noite.

Inicialmente, o partido havia informado que o novo presidente da sigla, Antonio de Rueda, havia solicitado à Comissão Executiva Nacional a abertura de um processo disciplinar para expulsar o parlamentar.

De acordo com o União Brasil, o estatuto do partido prevê a aplicação da pena de expulsão com o cancelamento da filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência.

A representação foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB).

“Embora filiado ao União Brasil, o deputado federal Chiquinho Brazão já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar”, afirmou o partido em nota.

Segundo o União Brasil, a decisão da Executiva Nacional indica que Brazão está envolvido em pelo menos três comportamentos ilícitos previstos no artigo 95 do Estatuto:

Atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito e aos interesses partidários;

Falta de diligência no cumprimento dos deveres públicos e partidários;

Violência política contra a mulher.

“O União Brasil repudia de forma enfática quaisquer crimes, especialmente aqueles que minam o Estado Democrático de Direito e os que envolvem violência contra as mulheres. A liderança do partido expressa profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson”, afirmou o partido.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1