Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa serão separados e ficarão em unidades de Brasília, Campo Grande e Porto Velho
Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, serão inicialmente transferidos para um presídio federal em Brasília. Na manhã deste domingo (24), eles foram levados para a Superintendência da Polícia Federal do Rio, após serem presos preventivamente pela PF por serem suspeitos de mandar matar em 2018 a então vereadora Marielle Franco (PSOL) na operação batizada de Murder.Inc.
Segundo Camila Bomfim, da GloboNews, depois de irem para Brasília, eles serão separados por questões de segurança. Um deles permanecerá na capital federal. Os outros dois irão para unidades de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e Porto Velho, em Rondônia.
Chiquinho é deputado federal (União Brasil-RJ) e Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
No total, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O delegado Giniton Lages, que chefiava a Delegacia de Homicídios na época dos crimes, também é alvo de um mandado de busca e apreensão.
A operação Murder Inc. conta com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A operação ocorre menos de uma semana após a homologação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da delação premiada firmada por Ronniel Lessa, ex-policial militar preso em 2019 pela sua participação nas mortes de Marielle e Anderson. Lessa, apontado como autor dos disparos que vitimaram os dois, foi expulso da corporação e condenado em 2021 por ocultação de armas relacionadas ao crime.
Os investigadores ainda trabalham para identificar a motivação por trás do assassinato, com suspeitas direcionadas à expansão territorial da milícia no Rio de Janeiro. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou, em nota, que a operação conjunta visa investigar os supostos autores intelectuais dos homicídios, além de apurar crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo