domingo, 24 de março de 2024

Cientistas desenvolvem armadilha para combater o mosquito da dengue

 

Cientistas brasileiros desenvolveram uma ferramenta simples e de baixo custo que pode fazer toda a diferença no controle de pernilongos e do Aedes aegypti, o mosquito que transmite dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana.

Batizado de MataAedes, o produto desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense não é prejudicial ao meio ambiente, como explica Adriano Rodrigues de Paula, um dos autores da pesquisa. "Não é tóxico para o meio ambiente e para os animais. A armadilha é fácil de usar. Depois aberta, pode ser colocada em cima de um móvel e já estará matando os mosquitos adultos. A armadilha funciona por 30 dias, durante dia e noite, matando os mosquitos. E depois precisa ser trocada, mas é descartável e 100% biodegradável e, então, apresenta vantagens promissoras em relação aos produtos no mercado atualmente.

Desenvolvido à base de um fungo, o mecanismo atrai e mata mosquitos em até 48 horas, de acordo com o pesquisador. "O fungo é um inimigo natural de insetos, encontrado comumente nas florestas. Nossa startup isolou esse fungo, cultivou no laboratório, e fez uma formulação para ser utilizada nas nossas armadilhas, para controlar mosquitos adultos. A armadilha simula um ambiente perfeito para o mosquito se esconder e descansar. Mas os eles acabam morrendo por causa da contaminação do fungo que está dentro da armadilha."

Adriano explica que foram mais de 10 anos de testes, análises, monitoramento e controle biológico.

"E os resultados são animadores. Residências que recebem armadilhas com fungo têm redução de mais ou menos 80% da população de mosquitos, comparando com as residências que não recebem armadilhas com fungo. É mais uma ferramenta para o controle dos mosquitos Aedes aegypti e pernilongo, e deve ser utilizada com outras estratégias para o controle desse vetor, como a eliminação de criadouros a colocação de telas em janelas. A diminuição da população de mosquitos, consequentemente, reduzirá os índices de dengue, zika e chikungunya."

O estudo contou com apoio financeiro da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro ( Faperj).

A armadilha foi aplicada em mais de 200 residências, estabelecimentos comerciais e espaços públicos em Campos dos Goytacazes e Barra de São João, no noroeste fluminense.

Fonte: Agência Brasil

Ativistas promovem atos em defesa da democracia brasileira



Participantes chamam a atenção para crise no Oriente Médio

Movimentos sociais, estudantes, sindicalistas e ativistas ocuparam as ruas de várias cidades do país neste sábado (23) para realizar ato em defesa da democracia, do direito à memória e justiça e contra o golpismo.

As manifestações ocorreram faltando pouco mais de uma semana do aniversário de 60 anos do golpe civil-militar de 1964, no dia 31 de março. Hoje, os manifestantes ressaltaram a importância de não deixar cair no esquecimento os chamados anos de chumbo, período da ditadura de 1964 a 1985.

Em São Luís, no Maranhão, a manifestação foi marcada para às 9h, na praça Deodoro, no centro da cidade. Na sequência, os participantes realizaram uma assembleia popular onde reforçaram a importância de se punir os participantes e organizadores dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Eles criticaram ainda a decisão do governo de não promover ações sobre o período da ditadura.

“Esse ato simboliza a necessidade, que é uma necessidade contínua do não esquecimento, sobretudo, do golpe de 64. Há uma determinação ou uma orientação do atual comando político do país, do próprio governo Lula, de não se fazer um ato referido ao tema. Mas nós, enquanto sociedade civil, não podemos nos dar ao luxo de não fazer ato de memória, porque é a democracia que vivemos hoje é algo que custou caro, mas custou muito caro para os que efetivamente lutaram para que nós hoje possamos usufruir o pouco que temos. Acho que esse ato ele cumpre essa tarefa de comunicar, de dizer que nós não podemos nos dar ao luxo de esquecer o que vivemos, para, inclusive, assegurar que gerações futuras tenham conhecimento das razões do porquê estamos aqui hoje”, disse à Agência Brasil, Danilo Serejo, liderança quilombola e integrante do Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara (Mabe).

Para ele, bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e mestre em Ciência Política pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), o ato também é um recado de que deve haver a responsabilização dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

“Os atos de 8 de janeiro estão diretamente conectados em razão da história mal resolvida que a sociedade brasileira e o Estado brasileiro têm com a ditadura. Não ter resolvido isso da forma como se deveria ter sido resolvido, não ter punido os generais, os militares que atuaram naquele momento é o que dá sustentação à tentativa de golpes como essa do 8 de janeiro. Por isso que é muito ruim do ponto de vista simbólico a orientação do governo brasileiro atual de não querer fazer um ato em memória ao golpe de 64”, assinalou.

O vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Maranhão, e estudante do curso de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Clark Azúca, destacou que o grito de “ditadura nunca mais” é a voz da sociedade em favor dos valores democráticos, contra qualquer tentativa de retrocesso autoritário. Por isso, a necessidade do direito à memória.

“A gente está falando hoje, no ato, que é um ato sobre memória, justiça e verdade. E a gente precisa lembrar  que o esteio comum a tudo isso é a não elaboração da memória pública, tanto para o golpe militar que aconteceu no Brasil, que não teve uma elaboração da nossa memória enquanto sociedade”, afirmou Azúca.

“A gente não pode falar em nação sem pensar na memória da gente. A memória é constitutiva, historicamente, do etos [costumes] da gente. Então, a gente tem uma organização social em que, simplesmente, se torna tabu falar sobre a ditadura militar, um processo tão traumático para toda a sociedade, mas especialmente para o povo. A gente está realmente com uma identidade que é faltosa de uma parte constitutiva da gente, como se fosse uma lacuna, um elefante branco do qual ninguém fala”, assinalou.

Ditadura

Durante o regime autoritário - que durou mais de duas décadas - opositores foram perseguidos, torturados e mortos, a exemplo dos estudantes Honestino Guimarães, então presidente da UNE, e Edson Luís. Houve censura imposta à imprensa, atingindo também a cultura. Artistas tiveram suas obras mutiladas, muitos foram exilados.

“Um dos primeiros atos da ditadura militar foi incendiar a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), porque sempre foi uma entidade que estava lutando, que nunca esteve fora da rua, que nunca deixou de estar falando. E os estudantes têm que estar presentes nisso, têm que estar presentes na rua, demandando a nossa justiça, demandando política para a gente, para a nossa juventude, demandando que a gente possa estar sendo representado. A gente precisa lembrar dos nossos mártires, a gente precisa lembrar de Honestino Guimarães, a gente precisa lembrar de Edson Luís. Esses foram nomes de pessoas que deram a vida para que a gente pudesse estar aqui hoje. A gente não pode deixar isso esquecer, a gente precisa sempre deixar nossa memória viva”, defendeu Azúca.

O estudante ressaltou, ainda, que diferentemente do final do regime militar, onde houve anistia dos crimes políticos cometidos por militares, tem que haver a responsabilização dos organizadores e participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro.

“A gente teve nossa sede [da UNE] incendiada na ditadura militar, nós fomos criminalizados, teve gente presa e torturada e isso não pode ser esquecido, isso faz parte de quem somos, isso faz parte de quem somos enquanto União Nacional de Estudantes, faz parte enquanto juventude, isso faz parte da nossa história. Por isso que é tão importante para a gente estar nesses locais falando com a população, falando com os estudantes e levando justamente para conhecimento desse momento da nossa história, que não pode ser esquecido. É até curioso pensar que tem gente que volta a falar sobre a anistia e foi isso que não possibilitou que a gente elaborasse a nossa perda, porque foi um pacto social de silêncio em relação a todos os desmandos que aconteceram”, relatou.

“A gente está falando sobre a necessidade de que a juventude, principalmente, tenha acesso a essa parte do nosso passado que afeta diariamente a gente. A gente veio de um governo nos anos anteriores que eram filhos e filhas dessa truculência, dessa violência e desses absurdos da ditadura militar. Isso voltou para a gente, foi a gente que sofreu agora. Por mais que isso seja um sofrimento diferente, que tenha acontecido em tempos diferentes, mas uma coisa está relacionada a uma outra. A gente não pode deixar de relacionar isso. E a gente não pode deixar de elaborar essa memória para que, justamente, isso não se repita”, finalizou Azúca.

São Paulo (SP), 23/03/2024 - Mobilização nacional de lutas pela democracia e contra anistia a golpistas, organizada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, Largo São Francisco. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Mobilização em defesa da democracia e contra anistia a golpistas movimentou São Paulo e outras cidades  Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil


Voz da juventude

A professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão, Arleth Borges, disse que a participação da juventude nesses espaços é fundamental para o impulsionamento das lutas populares no país.

“É muito simbólico, muito bom, que os estudantes estejam aqui, porque isso é uma garantia de vida, de luta, tanto no presente quanto no futuro, e a gente precisa disso, porque os desafios colocados são imensos, não são de agora, [eles são] uma luta tenaz, demorada”, argumentou.

“Estamos numa conjuntura muito desafiante e complexa. Mesmo o pouco que a gente alcançou [após a ditadura militar] está sob risco e a gente tem que dar a centralidade da luta de defender a democracia. Depois que terminou a ditadura, eles ficaram envergonhados, tiveram um momento de um certo acanhamento e, agora, a direita está aí, mais extremista do que nunca. Às vezes, a gente se ressente de que somos poucos, mas ninguém está aqui com condições facilitadas como as que a gente viu naquele 8 de janeiro. A nossa luta tem uma dignidade. Fico contente por todo mundo que está aqui lembrando a associação [do 8 de janeiro] com 1964”, emendou.

A professora relacionou, também, momentos históricos do país em que houve ruptura institucional quando governos progressistas chegaram ao poder, a exemplo do governo do presidente João Goulart (foto). Arleth disse ainda que é fundamental para a memória do país a construção do Museu de Memória e Direitos Humanos, com memórias da ditadura militar.

“Os indígenas e os quilombolas começam a levantar a cabeça e vem novamente a tal da roda-viva, querendo de novo nos rebaixar, nos agachar. Foi assim quando, por exemplo, a gente, como país, queria levantar a cabeça após a ditadura do Estado Novo, aí veio o golpe de 64. Aí, a gente estava se reerguendo, agora de novo, depois da ditadura militar, votando por partido e presidente de esquerda no comando do país, aí vem novamente. Então, é um desafio que é permanente, mas que só empresta grandiosidade à nossa luta e à nossa resistência. 1964 não acabou, é um desafio, é uma página que paira sobre as nossas cabeças. É fundamental que a gente nunca deixe de lembrar disso, pelos que se foram, por nós que estamos aqui e pelos outros que ainda virão e nós temos um compromisso com o futuro desse país, com a dignidade para as nossas novas gerações”, finalizou Arleth.

Palestina

Os atos de hoje - organizados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo - contaram com apoio de centrais sindicais e partidos progressistas e também chamam atenção para o massacre contra o povo palestino promovido por Israel em Gaza.

As autoridades de Gaza afirmam que, desde o início da guerra de Israel com o Hamas, em 7 de outubro, 32.142 pessoas morreram na Faixa de Gaza, a maioria mulheres e crianças. Pelo menos 72 pessoas morreram nas últimas 24 horas. Nessa sexta-feira (22), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiu aprovar uma resolução que pedia cessar-fogo imediato em Gaza.

“A gente está aqui falando de memória e a gente sabe que precisa saber da história para saber que está acontecendo um genocídio na Palestina”, finalizou Azúca.

Fonte: Agência Brasil

PL condiciona apoio às presidências da Câmara e do Senado a anistia aos golpistas do 8/1

 

Com 91 deputados e 12 senadores, o partido também quer priorizar votação de pautas de interesse da extrema direita

Plenário da Câmara dos Deputados e Jair Bolsonaro no detalhe
Plenário da Câmara dos Deputados e Jair Bolsonaro no detalhe (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados | REUTERS/Adriano Machado)

 

O PL condicionou o apoio do partido aos candidatos à presidência da Câmara e do Senado que se comprometerem em colocar na pauta de votação da Casa Legislativa projetos que visem a anistia a Jair Bolsonaro e seus aliados, investigados pela suposta tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destaca a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

Além da anistia, o PL também irá priorizar os candidatos que prometerem priorizar a votação de projetos alinhados com a agenda ideológica e conservadora de interesse do partido e da extrema direita, como temas ligados à segurança pública e valores familiares. O PL possui uma bancada composta por 96 deputados e 12 senadores.

Em seu relatório final, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas atribuiu ao ex-mandatário os crimes de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos. Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 29 anos de prisão.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna de Lauro Jardim, no O Globo

União Brasil vai pedir expulsão de Chiquinho Brazão, preso como mandante da morte de Marielle

 

Presidente do União Brasil, Antonio Rueda, irá pedir a expulsão imediata e o cancelamento da filiação do deputado federal Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão

 Chiquinho Brazão (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

 O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, irá pedir a expulsão imediata e o cancelamento da filiação do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), preso pela Polícia Federal na manhã deste domingo (24) como um dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “Rueda vai fazer uma representação à Executiva, que deve convocar uma reunião para deliberar pela expulsão”.

Chiquinho Brazão foi preso no âmbito da operação Murder, Inc., deflagrada nas primeiras horas da manhã deste domingo. O irmão do parlamentar, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), também foi preso como um dos mandantes do crime. O ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa foi preso pela suspeita de atrapalhar as investigações. Além dos mandados de prisão, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

A direção nacional do União Brasil interveio nos diretórios estadual e municipal do Rio de Janeiro em março do ano passado. Até então, o partido era dominado regionalmente pela família Brazão. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

Lewandowski convoca coletiva de imprensa sobre prisão dos mandantes da morte de Marielle

 

Entrevista coletiva do ministro da Justiça e Segurança Pública está marcada para o início da tarde deste domingo

Ricardo Lewandowski | Marielle Franco
Ricardo Lewandowski | Marielle Franco (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil | Bernardo Guerreiro/Mídia NINJA)

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, convocou uma entrevista coletiva para este domingo (24), às 14h, para falar sobre a operação da Polícia Federal (PF) que resultou na prisão de três suspeitos de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na terça-feira (19), Lewandowski anunciou que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes havia homologado a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado por investigadores como o responsável pelos tiros que mataram a parlamentar. 

 A operação da PF neste domingo resultou na prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa foi preso pela suspeita de acobertar o crime.

Além dos mandados de prisão, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

Fonte: Brasil 247

"Ainda há muita coisa a ser elucidada", diz a família de Marielle Franco, em nota oficial

 

Suspeitos de serem os mandantes do crime foram presos pela Polícia Federal no início da manhã deste domingo

Marielle Franco. Foto: Câmara Municipal do Rio
Marielle Franco. Foto: Câmara Municipal do Rio

 

A família da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), assassinada em 2018 juntamente com o motorista Anderson Gomes, divulgou uma nota afirmando que, apesar da prisão dos suspeitos de serem os mandantes da morte do parlamentar neste domingo (24), ainda “há muita coisa a ser investigada e elucidada”. 

“É importante não perdermos de vista que até o momento ninguém foi efetivamente responsabilizado por esse crime, entre os apontados como executores e mandantes. Todas as prisões são preventivas e ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada, principalmente sobre o esclarecimento das motivações de um crime tão cruel como esse. Mas, os esforços coordenados das autoridades são uma centelha de esperança para nós familiares”, diz um trecho da nota assinada por pelos pais de Marielle, Marinete Silva e Antônio Francisco da Silva Neto , a irmã Anielle Franco e a filha Luyara Santos. 

No comunicado, a família também destaca “o empenho da Procuradoria Geral da República, da Polícia Federal, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e do Ministro Alexandre de Moraes do STF para avançar por respostas sobre o caso” e que aguarda “o resultado da condução da investigação e a eventual denúncia dos mandantes e de todos os responsáveis pelas obstruções da Justiça”.

Neste domingo (24) a Polícia Federal prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão pela suspeita de serem os mandantes do crime. Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi preso pela suspeita de tentar obstruir a investigação.

Fonte: Brasil 247

 

"Marco na luta contra a violência política e de gênero", diz Gleisi sobre prisão de suspeitos de mandar matar Marielle


"Que sejam denunciados e julgados todos os envolvidos no crime", disse a presidente do PT

Gleisi Hoffmann e Marielle Franco
Gleisi Hoffmann e Marielle Franco (Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara | Mídia Ninja)


A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para afirmar que a prisão dos suspeitos de serem os mandantes das mortes da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes é “um marco na luta contra a violência política e de gênero”.

“Prisão dos suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle é um marco na luta contra a violência política e de gênero. Que sejam denunciados e julgados todos os envolvidos no crime, que também vitimou o Anderson. Trabalho sério da Polícia Federal, em sintonia com o Ministério Público e o STF, foi fundamental para que o país e o mundo conhecessem a verdade, por tanto tempo ocultada”, escreveu Gleisi no X, antigo Twitter.

A operação da Polícia Federal, deflagrada neste domingo (24), resultou na prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e de seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Eles foram presos pela suspeita de serem os mandantes do duplo homicídio. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa foi preso pela suspeita de acobertar o crime.

Além dos mandados de prisão, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247

 

Próximo passo da Polícia Federal será ir atrás de políticos e policiais que atrapalharam as investigações do assassinato de Marielle

 

Os investigadores do duplo homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes já têm em mente uma segunda etapa, após a prisão dos suspeitos de mandar matar a vereadora e o motorista: ir atrás de quem atrapalhou o andamento das investigações, desde 2018, informa Lauro Jardim, em O Globo.

No foco dessa etapa que virá a seguir estão, sobretudo, políticos e policiais.

No momento, porém, o foco da Polícia Federal permanece na investigação sobre os mandantes, com as priões dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa.

Fonte: Agenda do Poder com informação da coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo

Suspeitos de serem mandantes da morte de Marielle serão transferidos para presídios federais em diferentes estados

 Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa serão separados e ficarão em unidades de Brasília, Campo Grande e Porto Velho

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, serão inicialmente transferidos para um presídio federal em Brasília. Na manhã deste domingo (24), eles foram levados para a Superintendência da Polícia Federal do Rio, após serem presos preventivamente pela PF por serem suspeitos de mandar matar em 2018 a então vereadora Marielle Franco (PSOL) na operação batizada de Murder.Inc.

Segundo Camila Bomfim, da GloboNews, depois de irem para Brasília, eles serão separados por questões de segurança. Um deles permanecerá na capital federal. Os outros dois irão para unidades de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e Porto Velho, em Rondônia.

Chiquinho é deputado federal (União Brasil-RJ) e Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

No total, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O delegado Giniton Lages, que chefiava a Delegacia de Homicídios na época dos crimes, também é alvo de um mandado de busca e apreensão.

A operação Murder Inc. conta com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A operação ocorre menos de uma semana após a homologação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da delação premiada firmada por Ronniel Lessa, ex-policial militar preso em 2019 pela sua participação nas mortes de Marielle e Anderson. Lessa, apontado como autor dos disparos que vitimaram os dois, foi expulso da corporação e condenado em 2021 por ocultação de armas relacionadas ao crime.

Os investigadores ainda trabalham para identificar a motivação por trás do assassinato, com suspeitas direcionadas à expansão territorial da milícia no Rio de Janeiro. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou, em nota, que a operação conjunta visa investigar os supostos autores intelectuais dos homicídios, além de apurar crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

‘Minha filha confiava nele’, diz mãe de Marielle sobre a prisão do ex-chefe da Polícia Civil como um dos mandantes do crime

 Marcelo Freixo lembra que Rivaldo Barbosa foi a primeira pessoa para quem ligou ao saber da morte de Marielle

Marinete da Silva, mãe da vereadora Marielle Franco, manifestou sua surpresa diante da inclusão do nome do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa na lista de supostos mandantes do assassinato da filha. Em declarações à Globonews, Marinete revelou que a notícia pegou a família de surpresa, especialmente pelo fato de Barbosa, delegado de polícia, manter uma relação de confiança com eles.

Barbosa trabalhou próximo a Marielle quando a vereadora atuava como assessora do gabinete de Marcelo Freixo.

“A maior surpresa nisso tudo foi o nome do Rivaldo. Minha filha confiava nele, no trabalho dele”, afirmou Marinete.

A mãe de Marielle expressou sua dificuldade em aceitar o envolvimento de uma autoridade que se comprometeu a investigar o crime: “Ele falou que era questão de honra elucidar esse caso. Quando se vive uma coisa dessas com uma autoridade que deveria fazer seu trabalho, é mais difícil ainda. Ver o nome dele nessa lama”.

Marcelo Freixo, presidente da Embratur e amigo de Marielle, também se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal, destacando a prisão de Rivaldo Barbosa. Freixo recordou que foi para Barbosa que ligou ao saber do assassinato de Marielle e Anderson, e agora, após sua prisão, ressaltou que Barbosa teria atuado para proteger os mandantes do crime.

Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra, compartilhou a incredulidade da família diante do envolvimento de Barbosa, que chegou a ser chefe de polícia. “Surpresa de uma pessoa que foi um dos primeiros contatos com a família. Tanto como irmã como integrante do governo, tem muita coisa que para a gente dá uma sensação de vitória, mas que não acabou”, disse ela.

Segundo Anielle, a família aguarda novos desdobramentos da investigação para entender o papel de cada envolvido no crime: “A colocação do Rivaldo dá aquele gostinho de que o jogo não acabou”.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Caso Marielle: Moraes afasta Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios do RJ

 

Giniton Lages. (Foto: Reprodução)

O ex-titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, que ficou amplamente conhecido por liderar as investigações do caso Marielle Franco desde o seu início, foi afastado de suas atividades por decisão do ministro Alexandre de Moraes e também alvo de mandados de busca e apreensão em uma operação realizada neste domingo (24) pela Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro.

A  ação faz parte da “Operação Murder Inc.”, uma força-tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/FTMA) e também conta com a colaboração da Procuradoria-Geral da República.

Além de Giniton Lages, outros nomes importantes foram alvo desses mandados. Entre os investigados estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Vale destacar que após as revelações recentes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afastou Giniton de seu cargo.

Os irmãos Brazão, Rivaldo e Giniton são suspeitos de serem os mandantes do crime que resultou na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, motorista da parlamentar. As autoridades cumprem mandados de prisão contra os três principais alvos da operação.

As investigações também incluem 12 mandados de busca e apreensão, que estão sendo executados em locais estratégicos, como as sedes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Câmara dos Deputados, em Brasília. O objetivo é recolher evidências que possam contribuir para esclarecer os fatos relacionados ao caso Marielle e Anderson Gomes.

Anderson Gomes e Marielle Franco. (Foto: Reprodução

Os nomes dos suspeitos de serem os mandantes foram mencionados na delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que tiraram a vida da vereadora Marielle Franco. A colaboração de Lessa, que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe à tona informações cruciais sobre os possíveis mandantes do crime, incluindo políticos influentes.

Fonte: DCM

Esposa de Rivaldo Barbosa é alvo da PF por suspeita de lavagem de dinheiro

 

Erika Andrade, mulher de Rivaldo Barbosa. Foto: Arquivo Pessoal

Érika Andrade de Almeida Araújo, esposa de Rivaldo Barbosa, ex-diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro detido na operação que visava os suspeitos de ordenar o assassinato de Marielle Franco, foi alvo de uma ordem de busca e apreensão de seus telefones, além de ter seus bens bloqueados. Com informações de Octavio Guedes, do g1.

A Polícia Federal suspeita que ela estivesse envolvida em atividades de lavagem de dinheiro em benefício de Rivaldo.

Em 2017, uma das empresas de consultoria registradas em seu nome, juntamente com o do marido, auferiram faturamento superior a R$ 500 mil.

Fonte: DCM com informação de Octávio Guedes, do g1

Caso Marielle: vice de Bolsonaro deu chefia a Rivaldo Barbosa um dia antes do crime


Bolsonaro e Braga Netto. Foto: reprodução

 Rivaldo Barbosa, preso na manhã deste domingo (24) pela Polícia Federal (PF) pelo envolvimento na morte da ex-vereadora Marielle Franco, foi nomeado chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2018 pelo general Braga Netto, então interventor federal no RJ.

Barbosa foi nomeado pelo braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 13 de março, dia anterior ao assassinato de Marielle e seu motorista.

Em sua cerimônia de posse, Barbosa ressaltou o combate à corrupção como um dos focos principais de sua gestão, mencionando a importância do aprimoramento das operações de inteligência para enfrentar crimes financeiros.

Barbosa também destacou a necessidade de cooperação entre as diferentes instituições, sublinhando que a intervenção federal procurava atuar em harmonia com as entidades locais para promover a ordem e a segurança públicas.

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão também foram detidos pelo suposto envolvimento na morte da ex-vereadora. Os presos foram levados para a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Eles devem ser transferidos para o Distrito Federal ainda neste domingo.

Confira:

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Nomeação do ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa. Foto: reprodução

Fonte: DCM