domingo, 24 de março de 2024

Suspeitos de serem mandantes da morte de Marielle serão transferidos para presídios federais em diferentes estados

 Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa serão separados e ficarão em unidades de Brasília, Campo Grande e Porto Velho

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, serão inicialmente transferidos para um presídio federal em Brasília. Na manhã deste domingo (24), eles foram levados para a Superintendência da Polícia Federal do Rio, após serem presos preventivamente pela PF por serem suspeitos de mandar matar em 2018 a então vereadora Marielle Franco (PSOL) na operação batizada de Murder.Inc.

Segundo Camila Bomfim, da GloboNews, depois de irem para Brasília, eles serão separados por questões de segurança. Um deles permanecerá na capital federal. Os outros dois irão para unidades de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e Porto Velho, em Rondônia.

Chiquinho é deputado federal (União Brasil-RJ) e Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

No total, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O delegado Giniton Lages, que chefiava a Delegacia de Homicídios na época dos crimes, também é alvo de um mandado de busca e apreensão.

A operação Murder Inc. conta com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A operação ocorre menos de uma semana após a homologação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da delação premiada firmada por Ronniel Lessa, ex-policial militar preso em 2019 pela sua participação nas mortes de Marielle e Anderson. Lessa, apontado como autor dos disparos que vitimaram os dois, foi expulso da corporação e condenado em 2021 por ocultação de armas relacionadas ao crime.

Os investigadores ainda trabalham para identificar a motivação por trás do assassinato, com suspeitas direcionadas à expansão territorial da milícia no Rio de Janeiro. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou, em nota, que a operação conjunta visa investigar os supostos autores intelectuais dos homicídios, além de apurar crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

‘Minha filha confiava nele’, diz mãe de Marielle sobre a prisão do ex-chefe da Polícia Civil como um dos mandantes do crime

 Marcelo Freixo lembra que Rivaldo Barbosa foi a primeira pessoa para quem ligou ao saber da morte de Marielle

Marinete da Silva, mãe da vereadora Marielle Franco, manifestou sua surpresa diante da inclusão do nome do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa na lista de supostos mandantes do assassinato da filha. Em declarações à Globonews, Marinete revelou que a notícia pegou a família de surpresa, especialmente pelo fato de Barbosa, delegado de polícia, manter uma relação de confiança com eles.

Barbosa trabalhou próximo a Marielle quando a vereadora atuava como assessora do gabinete de Marcelo Freixo.

“A maior surpresa nisso tudo foi o nome do Rivaldo. Minha filha confiava nele, no trabalho dele”, afirmou Marinete.

A mãe de Marielle expressou sua dificuldade em aceitar o envolvimento de uma autoridade que se comprometeu a investigar o crime: “Ele falou que era questão de honra elucidar esse caso. Quando se vive uma coisa dessas com uma autoridade que deveria fazer seu trabalho, é mais difícil ainda. Ver o nome dele nessa lama”.

Marcelo Freixo, presidente da Embratur e amigo de Marielle, também se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal, destacando a prisão de Rivaldo Barbosa. Freixo recordou que foi para Barbosa que ligou ao saber do assassinato de Marielle e Anderson, e agora, após sua prisão, ressaltou que Barbosa teria atuado para proteger os mandantes do crime.

Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra, compartilhou a incredulidade da família diante do envolvimento de Barbosa, que chegou a ser chefe de polícia. “Surpresa de uma pessoa que foi um dos primeiros contatos com a família. Tanto como irmã como integrante do governo, tem muita coisa que para a gente dá uma sensação de vitória, mas que não acabou”, disse ela.

Segundo Anielle, a família aguarda novos desdobramentos da investigação para entender o papel de cada envolvido no crime: “A colocação do Rivaldo dá aquele gostinho de que o jogo não acabou”.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Caso Marielle: Moraes afasta Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios do RJ

 

Giniton Lages. (Foto: Reprodução)

O ex-titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, que ficou amplamente conhecido por liderar as investigações do caso Marielle Franco desde o seu início, foi afastado de suas atividades por decisão do ministro Alexandre de Moraes e também alvo de mandados de busca e apreensão em uma operação realizada neste domingo (24) pela Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro.

A  ação faz parte da “Operação Murder Inc.”, uma força-tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/FTMA) e também conta com a colaboração da Procuradoria-Geral da República.

Além de Giniton Lages, outros nomes importantes foram alvo desses mandados. Entre os investigados estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Vale destacar que após as revelações recentes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afastou Giniton de seu cargo.

Os irmãos Brazão, Rivaldo e Giniton são suspeitos de serem os mandantes do crime que resultou na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, motorista da parlamentar. As autoridades cumprem mandados de prisão contra os três principais alvos da operação.

As investigações também incluem 12 mandados de busca e apreensão, que estão sendo executados em locais estratégicos, como as sedes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Câmara dos Deputados, em Brasília. O objetivo é recolher evidências que possam contribuir para esclarecer os fatos relacionados ao caso Marielle e Anderson Gomes.

Anderson Gomes e Marielle Franco. (Foto: Reprodução

Os nomes dos suspeitos de serem os mandantes foram mencionados na delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que tiraram a vida da vereadora Marielle Franco. A colaboração de Lessa, que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe à tona informações cruciais sobre os possíveis mandantes do crime, incluindo políticos influentes.

Fonte: DCM

Esposa de Rivaldo Barbosa é alvo da PF por suspeita de lavagem de dinheiro

 

Erika Andrade, mulher de Rivaldo Barbosa. Foto: Arquivo Pessoal

Érika Andrade de Almeida Araújo, esposa de Rivaldo Barbosa, ex-diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro detido na operação que visava os suspeitos de ordenar o assassinato de Marielle Franco, foi alvo de uma ordem de busca e apreensão de seus telefones, além de ter seus bens bloqueados. Com informações de Octavio Guedes, do g1.

A Polícia Federal suspeita que ela estivesse envolvida em atividades de lavagem de dinheiro em benefício de Rivaldo.

Em 2017, uma das empresas de consultoria registradas em seu nome, juntamente com o do marido, auferiram faturamento superior a R$ 500 mil.

Fonte: DCM com informação de Octávio Guedes, do g1

Caso Marielle: vice de Bolsonaro deu chefia a Rivaldo Barbosa um dia antes do crime


Bolsonaro e Braga Netto. Foto: reprodução

 Rivaldo Barbosa, preso na manhã deste domingo (24) pela Polícia Federal (PF) pelo envolvimento na morte da ex-vereadora Marielle Franco, foi nomeado chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2018 pelo general Braga Netto, então interventor federal no RJ.

Barbosa foi nomeado pelo braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 13 de março, dia anterior ao assassinato de Marielle e seu motorista.

Em sua cerimônia de posse, Barbosa ressaltou o combate à corrupção como um dos focos principais de sua gestão, mencionando a importância do aprimoramento das operações de inteligência para enfrentar crimes financeiros.

Barbosa também destacou a necessidade de cooperação entre as diferentes instituições, sublinhando que a intervenção federal procurava atuar em harmonia com as entidades locais para promover a ordem e a segurança públicas.

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão também foram detidos pelo suposto envolvimento na morte da ex-vereadora. Os presos foram levados para a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Eles devem ser transferidos para o Distrito Federal ainda neste domingo.

Confira:

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Nomeação do ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa. Foto: reprodução

Fonte: DCM

Freixo: “Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube da morte da Marielle”

 

Marcello Freixo. (Foto: Reprodução)

Marcelo Freixo comentou sobre a prisão do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, no âmbito das investigações do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

“Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube do assassinato da Marielle e do Anderson e me dirigia ao local do crime. Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo”, escreveu Freixo na manhã deste domingo em seu perfil no X, antigo Twitter.

“Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”.

O nome de Rivaldo, juntamente com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão vieram à tona após a delação do executor do crime, o ex-policial militar Ronnie Lessa. Todos os três foram levados para a superintendência da PF no Rio e devem ser transferidos para o Distrito Federal ainda neste domingo.

Até o momento, as evidências apontam para uma possível conexão com a expansão territorial de milícias no Rio de Janeiro. A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Quem é Rivaldo Barbosa?

Rivado Barbosa é o delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio, que foi associado pela PF a um suposto recebimento de R$ 400 mil em propinas para impedir avanços na investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson.

Ele foi citado numa troca de mensagens entre o vereador Marcello Sicilliano e o miliciano Jorge Alberto Moreth, durante a qual é dito que o delegado recebeu dinheiro de suborno. A conversa telefônica ocorreu em fevereiro de 2019 e o arquivo foi encontrado no celular de Sicilliano por agentes federais.

Delegado Rivaldo Barbosa é o novo Chefe da Polícia Civil do Rio - Jornal O Globo
Rivaldo Barbosa. Foto: reprodução

Moreth afirmou que Rivaldo Barbosa recebeu dois pagamentos de R$ 200 mil cada, por meio de um inspetor da DH da Capital do Rio identificado como “Marcos”.

“Isso aí, é o Rivaldo Barbosa, é ele que levou quatrocentos cruzeiros, chefe. Foi quatrocentos cruzeiro, pô, tô te falando! Na hora que eles viram que ia babar, que o bagulho deu muita repercussão, o troço falhou, o troço ficou cara para caralho! Porque, chefe, quem rodar neste bagulho de Marielle vai para Catanduvas [presídio federal no Paraná] e vai ser esquecido, meu irmão! Porra, tô te falando, papo reto. Entendeu?”, diz um trecho da conversa.

Na época, Rivaldo negou que ter recebido a propina. “Não há nada disso”, afirmou Barbosa, ao telefone. “Trabalhei muito na DH [Delegacia de Homicídios] e nunca recebi nada de ninguém”

Vale destacar que não é a primeira vez que o delegado é citado como envolvido em esquema de propina para abafar o Caso Marielle.

Em depoimentos ao MPF (Ministério Público Federal) e PF, o miliciano Orlando Curicica afirmou que o delegado e outros agentes recebiam dinheiro da contravenção e de milicianos para arquivar inquéritos de homicídios cometidos pelo grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.

Fonte: DCM

Corrupção, fraude e milícias: quem é Domingos Brazão, preso pela PF no caso Marielle

 

Domingos Brazão. (Foto: Reprodução)

Domingos Brazão, preso na manhã deste domingo (24) pela Polícia Federal (PF), é uma figura proeminente na política do Rio de Janeiro, sendo reconhecido como uma espécie de mentor de seu grupo político, apesar de ser o mais novo entre os irmãos. Segundo a PF, a prisão do político ocorre após investigações o apontarem como sendo um dos autores intelectuais dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

Sua trajetória política teve início como assessor na Câmara Municipal, entre 1993 e 1994. Em 1997, foi eleito vereador na cidade do Rio, mas permaneceu no cargo por apenas dois anos. Posteriormente, em 1999, assumiu o cargo de deputado estadual, ocupando uma cadeira no Palácio Tiradentes por 17 anos.

Início de seu envolvimento em escândalos

No entanto, sua carreira política foi marcada por controvérsias e envolvimento em diversos escândalos. Em 2010, foi afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) após ser preso na operação Quinto do Ouro, acusado de corrupção junto com outros membros do tribunal. Mesmo com sua carreira política manchada por suspeitas de corrupção, fraude, envolvimento com milícias, improbidade administrativa e compra de votos, Brazão alimentava a expectativa de retornar à vida política.

Família Brazão

A família Brazão sempre exerceu influência na Zona Oeste do Rio, especialmente em Jacarepaguá. Em 2011, Domingos Brazão teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) por suspeita de compra de votos, por meio de uma ONG vinculada a ele, o Centro de Ação Social Gente Solidária. No entanto, conseguiu manter seu cargo com uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Máfia dos combustíveis e caso Marielle

Além disso, Brazão também esteve envolvido em outros escândalos, como a chamada máfia dos combustíveis, em 2004, e foi acusado de ameaçar uma deputada estadual em 2014. No entanto, foi em 2019 que seu nome ganhou destaque nacional quando a Polícia Federal o apontou como o principal suspeito de ser o autor intelectual dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

A vereadora Marielle Franco. (Foto: Reprodução)

Apesar das acusações, Domingos Brazão sempre negou qualquer envolvimento nos crimes e chegou a ser denunciado por atrapalhar as investigações. No entanto, a Justiça do Rio rejeitou o pedido de prisão. Ainda assim, sua ligação com o caso foi revisitada após a delação de Ronie Lessa, ex-policial militar suspeito de participação no crime.

Vale ressaltar que o nome de Domingos também foi mencionado no depoimento à Polícia Federal do miliciano Orlando Curicica sobre o crime.

Chiquinho Brazão

Irmão de Domingos, Chiquinho Brazão também foi preso na manhã deste domingo (24) como um dos suspeitos de ser o mandante da morte da ex-vereadora fluminense.

Fonte: DCM

Quem é Chiquinho Brazão, preso como suposto mandante da morte de Marielle

Chiquinho Brazão, em sua campanha para deputado federal em 2022, ao lado de Flávio Bolsonaro e correligionários. Reprodução

 Preso na manhã deste domingo como um dos suspeitos de ser o mandante da morte da ex-vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, o deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) teve seu nome mencionado na delação premiada pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos disparos fatais que vitimaram a vereadora e o motorista Anderson Gomes.

Devido à citação de uma figura com foro privilegiado, os autos da investigação foram encaminhados ao Supremo Tribunal Federal. A informação foi inicialmente divulgada pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, com base em fontes internas do STF. Outros veículos, como o Estadão, corroboraram essa informação.

A extensão do envolvimento de Chiquinho Brazão no crime ainda não está clara. Entretanto, em janeiro, o site Intercept Brasil indicou que Lessa apontou, na mesma delação, o irmão de Chiquinho, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas da União do Rio de Janeiro, como mandante do crime.

O nome do conselheiro surgiu pela primeira vez nas investigações do caso em 2019, por suspeita de obstrução da justiça, e voltou à tona no final do ano passado, durante a delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, que dirigiu o veículo para Ronnie Lessa durante o assassinato.

Além de Lessa e Queiróz, Domingos Brazão foi mencionado no depoimento à Polícia Federal do miliciano Orlando Curicica sobre o crime.

O reduto político da família Brazão está localizado em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, uma região dominada por milícias.

Chiquinho Brazão possui dois mandatos como deputado federal. Ele foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados em 2018 e reeleito para o cargo em 2022. Antes de sua chegada a Brasília, atuou como vereador do Rio de Janeiro por 12 anos, período que inclui os dois primeiros anos de mandato de Marielle na Câmara, entre 2016 e março de 2018, ano em que ela foi assassinada.

Fonte: DCM

Murder Inc.: PF emite nota sobre a operação que prendeu os irmãos Brazão

 

A PF emite nota sobre a operação que prende os suspeitos da morte de Marielle Franco. Fotomontagem

A Polícia Federal emitiu a seguinte nota na manhã deste domingo (24):

A Polícia Federal deflagrou neste domingo (24/3) a Operação Murder Inc., no interesse da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

Fonte: DCM

Anielle e Marcelo Freixo se pronunciam sobre a prisão dos irmãos Brazão: “Grande dia”

 

Anielle Franco, irmã de Marielle e Marcelo Freixo, padrinho político da ex-vereadora. Foto: Ascom/Embratur

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial manifestou-se em seu perfil no X (antigo Twitter) sobre a operação que prendeu os 3 supostos mandantes do crime que, em 2018, matou sua irmã Marielle e o motorista Anderson Gomes.

“Só Deus sabe o quanto sonhamos como esse dia!”, escreveu Anielle. “Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê? Agradeço o empenho da PF, do gov federal, do MP federal e estadual e do ministro Alexandre de Moraes. Estamos mais perto da Justiça!. Grande dia!”

Também próximo de Marielle, Marcelo Freixo, presidente da Embratur, também manifestou-se, lembrando que este domingo (24) seria aniversário de seu irmão, morto por milicianos, e lamentando que, por conta da prescrição, seus executores não foram punidos.

Na mesma mensagem, ele relacionou com as prisões realizadas pela Operação Murder Inc. da PF: “Hoje, que estaríamos em festa com Renato por seu anivesário, eu amanheço com os mandantes da morte de Marielle presos”.

Fonte:DCM

Caso Marielle: quem é Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do RJ preso pela PF


O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Foto: reprodução

 O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, foi preso na manhã deste domingo (24) durante uma operação da Polícia Federal (PF) relacionada à morte da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, bem como de seu motorista Anderson Gomes.

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão também foram detidos pelo suposto envolvimento na morte de Marielle. Os nomes teriam vindo à tona com a delação do executor do crime, o ex-policial militar Ronnie Lessa. Eles foram levados para a superintendência da PF no Rio e devem ser transferidos para o Distrito Federal ainda neste domingo.

Até o momento, as evidências apontam para uma possível conexão com a expansão territorial de milícias no Rio de Janeiro. A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Quem é Rivaldo Barbosa?

Rivado Barbosa é o delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio, que foi associado pela PF a um suposto recebimento de R$ 400 mil em propinas para impedir avanços na investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson.

Ele foi citado numa troca de mensagens entre o vereador Marcello Sicilliano e o miliciano Jorge Alberto Moreth, durante a qual é dito que o delegado recebeu dinheiro de suborno. A conversa telefônica ocorreu em fevereiro de 2019 e o arquivo foi encontrado no celular de Sicilliano por agentes federais.

Delegado Rivaldo Barbosa é o novo Chefe da Polícia Civil do Rio - Jornal O GloboRivaldo Barbosa. Foto: reprodução

Moreth afirmou que Rivaldo Barbosa recebeu dois pagamentos de R$ 200 mil cada, por meio de um inspetor da DH da Capital do Rio identificado como “Marcos”.

“Isso aí, é o Rivaldo Barbosa, é ele que levou quatrocentos cruzeiros, chefe. Foi quatrocentos cruzeiro, pô, tô te falando! Na hora que eles viram que ia babar, que o bagulho deu muita repercussão, o troço falhou, o troço ficou cara para caralho! Porque, chefe, quem rodar neste bagulho de Marielle vai para Catanduvas [presídio federal no Paraná] e vai ser esquecido, meu irmão! Porra, tô te falando, papo reto. Entendeu?”, diz um trecho da conversa.

Na época, Rivaldo negou que ter recebido a propina. “Não há nada disso”, afirmou Barbosa, ao telefone. “Trabalhei muito na DH [Delegacia de Homicídios] e nunca recebi nada de ninguém”

Vale destacar que não é a primeira vez que o delegado é citado como envolvido em esquema de propina para abafar o Caso Marielle.

Em depoimentos ao MPF (Ministério Público Federal) e PF, o miliciano Orlando Curicica afirmou que o delegado e outros agentes recebiam dinheiro da contravenção e de milicianos para arquivar inquéritos de homicídios cometidos pelo grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.

Fonte: DCM

Saiba o motivo da PF ter realizado em um domingo as prisões do caso Marielle

 


O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, segundo informações da colunista Andréia Sadi, do G1, revelou que a operação deste domingo (24) que resultou na prisão dos suspeitos de serem os mandantes da morte de Marielle Franco foi antecipada para evitar vazamentos.

A ação ter ocorrido no domingo, segundo o ministro, revela a excepcionalidade do caso.

“Uma investigação que durou seis anos – um ano com a Polícia Federal, um trabalho exitoso”, disse Lewandowski.

O que diz a PF

Para a corporação, o caso Marielle está encerrado do ponto de vista dos mandantes, e agora aguardam-se desdobramentos advindos dos mandados de busca e apreensão para desvendar mais aspectos do crime organizado no Rio de Janeiro.

Na operação de hoje, foram presos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ); Chiquinho Brazão, irmão de Domingos e deputado federal pelo União Brasil; e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Essa ação ocorreu menos de uma semana após a homologação da delação de Ronnie Lessa, suspeito de ser o autor dos disparos que vitimaram Marielle e Anderson Gomes, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Chiquinho Brazão. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal planeja usar a delação de Lessa para avançar nas investigações de outros crimes no Rio de Janeiro, incluindo atividades relacionadas ao jogo do bicho e à milícia.

Fontes no STF veem Lessa como uma fonte valiosa de informações, esperando que sua colaboração possa levar a um entendimento mais profundo do “ecossistema” do crime no estado. Ele é considerado “uma mina de informação” e pode contribuir para desmantelar a atuação dos milicianos no Rio de Janeiro, segundo visão de fontes ligadas à investigação.

Fonte: DCM

PF prende Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes da morte de Marielle Franco


Marielle Franco. Foto: reprodução

 A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação na manhã deste domingo (24) na qual prendeu os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão pelo suposto envolvimento na morte da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, bem como de seu motorista Anderson Gomes.

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa também foi detido. Os nomes teriam vindo à tona com a delação do executor do crime, o ex-Policial militar Ronnie Lessa.

Vale destacar que Rivado Barbosa já foi associado pela PF a um suposto recebimento de R$ 400 mil em propinas para impedir avanços na investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson.

Ele foi citado numa troca de mensagens entre o vereador Marcello Sicilliano e o miliciano Jorge Alberto Moreth, durante a qual é dito que o delegado recebeu dinheiro de suborno. A conversa telefônica ocorreu em fevereiro de 2019 e o arquivo foi encontrado no celular de Sicilliano por agentes federais.

Os presos foram levados para a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Eles devem ser transferidos para o Distrito Federal ainda neste domingo.
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos como mandantes da morte de Marielle Franco. Fotomontagem

Os investigadores continuam a trabalhar para esclarecer a motivação por trás do crime. Até o momento, as evidências apontam para uma possível conexão com a expansão territorial de milícias no Rio de Janeiro.

Conforme informações do G1, a decisão de realizar a operação no início deste domingo foi tomada para surpreender os suspeitos.

Além disso, informações da inteligência da polícia indicavam que eles estavam em estado de alerta nos últimos dias, especialmente após a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: DCM