terça-feira, 19 de março de 2024

Ministério da Justiça demite policial penal federal acusado de assassinato de militante petista

 As investigações conduzidas pelo Ministério Público do Paraná concluíram que o policial penal cometeu o crime por motivação política

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta terça-feira (19) a demissão do policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado pelo homicídio de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu. O crime ocorreu em julho de 2022.

Guaranho, que trabalhava na Penitenciária Federal de Cantaduvas, no interior do Paraná, foi alvo de um processo administrativo disciplinar instaurado em julho de 2022. As investigações conduzidas pelo Ministério Público do Paraná concluíram que o policial penal cometeu o crime por motivação política.

O assassinato ocorreu durante a comemoração do aniversário de 50 anos de Arruda, em uma festa cujo tema era o Partido dos Trabalhadores (PT). Guaranho invadiu a comemoração e atirou na vítima, resultando em seu falecimento.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Lewandowski afirma que delação de Ronnie Lessa traz ‘elementos importantíssimos’ para solução da morte de Marielle

 Lessa cita nos depoimentos autoridade que não estava no exercício da função na época do duplo homicídio, que completou seis anos na semana passada

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, anunciou hoje (19) que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu no duplo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator das investigações na Corte.

— Nós sabemos que esta colaboração é um meio de obtenção de prova e traz elementos importantíssimos que nos leva a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Mariele Franco — disse o ministro da Justiça.

Ele fez a declaração após se reunir com Moraes a portas fechadas na Corte. No encontro, foi decidido que o ministro da Justiça faria o pronunciamento.

Preso pela execução das vítimas, Ronnie Lessa entregou em delação premiada firmada com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) o nome dos supostos mandantes dos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STF), onde o caso estava tramitando antes, encaminhou o procedimento ao STF por entender que a Corte seria o foro adequado para apreciar as novas revelações.

Lessa cita nos depoimentos autoridade que não estava no exercício da função na época do duplo homicídio, que completou seis anos na semana passada. O Supremo é responsável pelo julgamento de autoridades como presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais e integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.

O ex-PM foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes. Conforme a delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, Lessa é apontado como o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista. Lessa foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.

— [O caso] está agora nas competentes mãos de Alexandre de Moraes e dentro em breve teremos o resultado daquilo que foi apurado pela competentíssima atuação da Polícia Federal, que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação — disse Lewandowski.

Em fevereiro do ano passado, a PF abriu um inquérito para apurar o caso em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro por um pedido do então ministro da Justiça, Flávio Dino.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal  O Globo.

Lewandowski fará pronunciamento hoje com novas informações do assassinato de Marielle Franco

 Coletiva de imprensa será agora no início da noite

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fará, nesta terça-feira, um pronunciamento com informações do caso Marielle Franco. A fala à imprensa está marcada para às 18h30.

A decisão de validar, ou não, a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu no duplo homicídio da vereadora e do motorista Anderson Gomes, passou para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator das investigações na Corte.

Preso pela execução das vítimas, Ronnie Lessa citou em delação premiada firmada com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) os supostos mandantes dos crimes.

Com informações de O Globo

Alexandre de Moraes homologa delação premiada de ex-PM Ronnie Lessa, assassino de Marielle Franco

 Colaboração de Lessa, preso há quase cinco anos pelo envolvimento no crime, foi fechada há duas semanas com a Polícia Federal

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta terça-feira (19) a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa no âmbito das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.

A homologação foi anunciada nesta noite pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na sede do Ministério da Justiça, informa Malu Gaspar, do Globo.

A colaboração de Lessa, preso há quase cinco anos pelo envolvimento no crime, foi fechada há duas semanas com a Polícia Federal (MPF) e o aval do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público estadual (MP-RJ).

Ronnie Lessa está detido na penitenciária federal de Campo Grande (MS) e responde a dez ações penais — entre elas, é réu por dois duplos homicídios e tráfico de armas.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.  

Lewandowski apresenta a Lula 29 ações para melhorar o sistema prisional federal

 Após a fuga de dois detentos da Penitenciária de Mossoró, ministro detalhou ao presidente o que sua pasta já fez para equacionar os problemas do sistema federal

Ricardo Lewandowski
Ricardo Lewandowski (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Em resposta à fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentou nesta segunda-feira (18) um conjunto de 29 ações adotadas por sua pasta para resolver os problemas do sistema federal, segundo Andréia Sadi, do g1.

Na reunião ministerial convocada pelo presidente Lula, Lewandowski detalhou as medidas implementadas durante sua gestão, visando resolver os problemas enfrentados pelo sistema penitenciário federal. Entre as medidas destacam-se a proposta de construção de uma muralha no presídio de Mossoró e o início da construção de outra em Porto Velho. Além disso, foram relatadas mudanças nos protocolos de segurança, incluindo revistas diárias em todas as celas, pátios de sol e parlatórios das cinco unidades federais, acompanhadas por relatórios semanais para a direção de cada uma. Também foi mencionada a aquisição de novos equipamentos de segurança, como câmeras, e o reforço das estruturas.

As buscas pelos criminosos já se estendem por 34 dias, sem sucesso até o momento. No entanto, duas observações positivas foram destacadas pelas equipes responsáveis pela busca. Primeiramente, cães farejadores indicam que os fugitivos ainda estão na região, não tendo conseguido escapar do cerco policial. Em segundo lugar, apesar do histórico de violência, os fugitivos não cometeram novos crimes.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

APUCARANA: Prefeitura inicia nesta quarta recape asfáltico da Rua Nagib Daher


Mais uma via da área central de Apucarana vai receber melhorias na pavimentação. A Prefeitura de Apucarana inicia amanhã (20) a obra de recape asfáltico na Rua Nagib Daher, no trecho entre as ruas Clóvis da Fonseca e Osvaldo Cruz.

No sentido de orientar a população para evitar transtornos na locomoção com seus veículos, a secretária municipal de obras, Caroline Moreira Souza, informa que serão executadas duas quadras por dia. Nesta quarta-feira a obra de recape, com aplicação de uma camada de três centímetros de asfalto em Concreto Betuminoso Usinado a Quente, o “CBUQ, vai se concentrar no trecho entre as ruas Clovis da Fonseca e João Cândido.

O trânsito ficará interditado nestas duas quadras já no início da manhã, antes mesmo das 7 horas. A obra em 600 metros lineares da Nagib Daher é executada com recursos municipais pela empresa Romo Pavimentação.  

O prefeito Junior da Femac pede a compreensão dos moradores, dos comerciantes da Nagib Daher e da população em geral em função dos transtornos que a obra de rejuvenescimento da capa asfáltica da via acaba acarretando.

Fonte: Prefeitura de Apucarana 

APUCARANA: Junior da Femac enaltece nota máxima do MEC para a Engenharia de Computação da UTFPR


 O prefeito de Apucarana Junior da Femac enalteceu hoje (19) a nota máxima (5) obtida pelo curso de Engenharia da Computação, do Campus Apucarana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em avaliação do MEC. O curso aberto em 2018 forma sua primeira turma nos próximos dias. “Esse resultado é excepcional pela qualidade do curso do Campus UTFPR de Apucarana, o único do Paraná a obter o conceito máximo na avaliação do Ministério da Educação”, cita o prefeito Junior da Femac. Ele fez questão de cumprimentar o diretor do campus, professor Marcelo Ferreira, e o coordenador do curso de Engenharia da Computação, professor André D’Amato.

Os fatores que contam pontos na avaliação do MEC incluem a infraestrutura do Campus, práticas de ensino e aprendizagem e processos de melhoria contínua do curso. Soma-se a isso ainda o aproveitamento e a qualificação dos docentes, além de publicações e projetos de extensão. “Essa conquista representa o conceito de excelência da nossa Engenharia da Computação no âmbito do Paraná, valorizando o curso e o Campus Apucarana”, comemora o diretor Marcelo Ferreira.

O prefeito Junior da Femac avalia que essa conquista da UTFPR é muito importante, no atual momento vivenciado por Apucarana, que une esforços e trabalha para estimular e avançar em inovação e tecnologia. “O Conecta Apucarana – mantido pela prefeitura, Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acia), universidades e outros segmentos organizados da sociedade – acaba de ser incluído no mapa da inovação nacional. E agora com o conceito máximo conferido pelo MEC ao nosso curso de Engenharia da Computação, temos um ambiente adequado para impulsionar ainda mais Apucarana, buscando atrair empreendedores no campo da inovação e tecnologia”, argumenta Junior da Femac.

Ao mesmo tempo, o prefeito lembra e agradece ao deputado federal Sérgio Souza (MDB), que foi o responsável pela conquista do curso de Engenharia da Computação para o Campus da UTFPR, em Apucarana.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Nesta quarta-feira o Mutirão da Dengue continua no Interlagos


Nesta quarta-feira (20) o Mutirão de Combate à Dengue continua no Residencial Interlagos. Somente hoje, as equipes da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos recolheram 12 caminhões de materiais inservíveis naquele bairro.

A administração municipal iniciou o mutirão no dia 8 de janeiro, lançando um apelo para população limpar seu quintal com o objetivo de eliminar criadouros do mosquito da dengue.

O mutirão já atendeu 82 bairros da cidade, de onde foram retirados 802 caminhões de materiais inservíveis como garrafas, pneus, latas, potes, copos, pneus, móveis e inservíveis, entre outros.

O Mutirão de Dengue é realizado em parceria pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Autarquia Municipal de Saúde. Os agentes de endemias visitam previamente o bairro atendido, realizando vistoria nas residências, passando orientações aos moradores dos cuidados preventivos da dengue e comunicando do serviço de recolhimento do material inservível.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Indiciamento de Bolsonaro vira destaque na imprensa internacional; veja a repercussão


Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil. Foto: reprodução

indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal no inquérito sobre a falsificação de certificados de vacinação ganhou destaque na imprensa internacional nesta terça-feira (19). Segundo a investigação, os documentos falsos teriam sido emitidos para viagens do ex-presidente aos Estados Unidos.

Além de Bolsonaro, também foram indiciados seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), juntamente com outras 14 pessoas por crimes como associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.

O jornal americano The New York Times enfatizou que, caso o Ministério Público opte por denunciar Bolsonaro por esses crimes, será a primeira vez em que o ex-presidente enfrentará acusações criminais.

NYT repercute indiciamento de Bolsonaro — Foto: Reprodução

A rede de TV americana ABC News destacou que Bolsonaro foi um dos poucos líderes mundiais a se posicionar contra a vacinação contra a Covid-19 durante a pandemia. Além disso, ele também se opôs às medidas restritivas de combate à doença e incentivou os brasileiros a seguir seu exemplo.

Ex-presidente é tema de matéria na imprensa internacional — Foto: Reprodução

O Clarín, maior jornal da Argentina, destacou que Bolsonaro deu a ordem para que Cid elaborasse a fraude no comprovante de vacinação: “Ele deu a ordem”, manchetou o veículo nesta terça-feira.

Jornal argentino também repercute indiciamento de Bolsonaro — Foto: Reprodução

Na Inglaterra, dois dos principais jornais locais noticiaram o indiciamento, destacando a falsificação dos comprovantes. O Independent vinculou a nova etapa da investigação aos atos golpistas de 8 de janeiro, publicando um vídeo de apoiadores do ex-presidente destruindo o Congresso no início de 2023.

Jornal britânico repercute indiciamento — Foto: Reprodução

Já o The Guardian explicou como o ex-presidente fraudou o sistema de saúde para inserir a falsa informação de que ele teria tomado doses da vacina contra a Covid-19.

Publicação britânica noticia caso Bolsonaro — Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Quem é o assediador que apertou nádegas de mulher em elevador


Após ser exposto, Israel excluiu perfil no LinkedIn e privou conta no Instagram. Foto: Reprodução

 O homem que assediou a nutricionista Larissa Duarte (25) em elevador de Fortaleza (CE) é Israel Leal Bandeira Neto. Ele foi flagrado por câmeras de segurança durante o episódio e é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da capital cearense.

Ele é assessor de investimentos da empresa M7 Investimentos, mas foi afastado do cargo após o episódio, que ocorreu na última sexta (15) em um prédio comercial e viralizou após ser exposto nas redes sociais. Dono de um Jeep Comander branco, avaliado acima de R$ 220 mil, ele fugiu no veículo após assediar a vítima.

Israel teve o rosto divulgado nesta terça (19) após o vídeo se tornar viral e decidiu sumir das redes sociais. Ele privou sua conta no Instagram, que possui mais de 800 seguidores, e excluiu o perfil no LinkedIn.

O caso ocorreu no Scopa Platinum Corporate e foi filmado por uma câmera de segurança no elevador do local. Segundo a vítima, ele “apalpou sua nádega e correu para fechar a porta do elevador e fugir” na ocasião. Raphael Bandeira e David Isidoro, advogados de Larissa, afirmam que ele foi identificado por um funcionário do edifício.

“Larissa sentiu-se profundamente abalada, manifestando sua impotência através de lágrimas e gritos. Felizmente, foi amparada por um colaborador do prédio comercial, que contribuiu na identificação do agressor”, diz nota dos advogados.

O inquérito que apura o episódio está na fase final de apuração e a previsão é a de que Israel, que ainda não se manifestou sobre o caso, preste depoimento nesta quarta (20).

Fonte: DCM

Lula pede a Nísia que, na reunião desta terça (19) no Alvorada, leve seus principais assessores

 Durante a reunião ministerial de segunda-feira (18), Lula disse que ele seria mantida no cargo, mas cobrou resultados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à ministra da Saúde, Nísia Trindade, que vá com sua equipe no encontro desta terça-feira (19). A reunião, marcada para o Palácio da Alvorada, contará com a presença dos principais integrantes do Ministério da Saúde, incluindo todos os secretários da pasta.

Lula pede a Nísia que, na reunião desta terça (19) no Alvorada, leve seus principais assessores e, emocionada, chegou a deixar o encontro para se recompor.

O presidente manifestou o desejo de conhecer a equipe ministerial, que enfrenta pressões do Congresso e do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro, contrariados com a disposição da ministra de centralizar a gestão dos hospitais federais no Rio.

Durante a reunião ministerial de segunda-feira (18), Lula disse que ele seria mantida no cargo, mas cobrou resultados. Nesta terça, o PT do Rio soltou nota de apoio à ministra.

Na segunda-feira, Alexandre Telles, diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) responsável pelos hospitais federais do Rio, foi exonerado, juntamente com o secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães.

Nomeado por Nísia para intervir nos seis hospitais federais do Rio, Magalhães foi citado em uma reportagem do programa “Fantástico” no domingo, relacionado a nomeações controversas e apadrinhamentos sem critérios técnicos, casos que foram denunciados ao Ministério Público.

A reunião inicialmente agendada para o Palácio do Planalto foi transferida para o Palácio da Alvorada, onde Lula realizará suas atividades durante a tarde.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Suprema Corte da Suíça devolve ao Brasil R$ 82 milhões de contas ligadas a Paulo Maluf

 

O órgão europeu acatou pedidos da AGU, do MPF e da pasta da Justiça. As instituições pediram a devolução do dinheiro e argumentaram que o STF já tinha condenado o ex-prefeito

Paulo Maluf
Paulo Maluf (Foto: GUSTAVO LIMA - AG. CÂMARA)


A Suprema Corte da Suíça determinou a devolução ao Brasil de US$ 16,3 milhões (cerca de R$ 82 milhões) bloqueados em contas bancárias ligadas ao ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP). Não há mais possibilidade de recursos. O órgão do país europeu acatou os argumentos apresentados pela Advocacia-Geral da União, Ministério Público Federal e Ministério da Justiça, conforme relatos publicados no portal Uol.   

As três instituições pediram a devolução do dinheiro e argumentaram que o Supremo Tribunal Federal já tinha condenado Maluf, em 2017, por lavagem de dinheiro quando comandava a prefeitura da capital paulista. O MPF acusou Maluf de usar contas no exterior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo quando foi prefeito da capital, entre 1993 e 1996. Segundo o MPF, mais de US$ 172 milhões foram aportados na empresa por meio desse esquema.

Em 2023, o STF extinguiu as penas de 7 anos e 9 meses de prisão de Maluf por entender que ele se encaixa nos critérios do indulto natalino concedido por Jair Bolsonaro (PL) no ano anterior. Os critérios preenchidos por Maluf são ter mais de 70 anos e ter cumprido mais de um terço da pena.

Em 2022, o ministro do Supremo Edson Fachin concedeu ao político liberdade condicional.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal UOL

Saiba como funcionou fraude de cartão de vacina de Bolsonaro


Ex-presidente e mais 16 pessoas foram indicadas pela Polícia Federal

O relatório final da Polícia Federal (PF) sobre a falsificação do certificado de vacinação contra covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro descreve como um esquema montado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro César Cid proporcionou certidões fraudadas a ao menos nove pessoas.

A PF tomou as conclusões após colher depoimentos e apurar uma série de provas, incluindo mensagens em aplicativos de celular, registros de login em sistemas da Saúde e dados de geolocalização dos investigados, entre outras.

O sigilo sobre o relatório final da PF foi levantado nesta terça-feira (19) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito no qual as investigações foram conduzidas.

Segundo a PF, o esquema começou em novembro de 2021, quando Cid pediu ao sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, seu colega na Ajudância de Ordens da Presidência, que o auxiliasse a conseguir um cartão de vacinação forjado para sua esposa Gabriela Santiago Cid.

Reis acionou então seu sobrinho, o médico Farley Vinicius de Alcântara, que obteve um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, preenchido com duas doses da vacina contra a covid-19, em nome de Gabriela.

Os dados da vacina (data, lote, fabricante, aplicador) foram retirados de um cartão de vacinação de uma enfermeira que teria sido vacinada na cidade de Cabeceiras (GO), segundo mensagens extraídas do serviço de nuvem em que Cid armazenou suas mensagens de WhatsApp.

Esse primeiro cartão de vacinação forjado foi produzido com anotações manuscritas, e assinado por Alcântara, médico sobrinho de Reis. Por meio de dados de geolocalização, a PF mostrou que o celular pessoal de Gabriela Cid encontrava-se em uso em Brasília, no dia em que ela supostamente tomou a vacina em Cabeceiras. 

Segundo os dados do cartão falso, Gabriela teria tomado uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529.

Inquirido, o médico reconheceu como autêntica sua assinatura e carimbo no documento, mas disse não saber se as doses foram de fato aplicadas. Para a PF, ele sabia da falsificação ao ter copiado as informações de um outro cartão de vacinação. Na época dos fatos, ele trabalhava como plantonista no hospital de Cabeceiras. Gabriela, por sua vez, admitiu aos investigadores que não tomou a vacina contra covid-19.

Em acordo de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid admitiu o envolvimento no esquema e ajudou na investigação.

Certificados falsos

De posse do cartão de vacinação falsificado, Cid contou ter procurado o segundo-sargento do Exército Eduardo Crespo Alves, em 23 de novembro de 2021, para que ele auxiliasse a inserir os dados do documento no sistema ConecteSUS, de modo a ser possível emitir o certificado de vacinação para covid-19.

A manobra, contudo, não deu certo, pois a tentativa de inserir os dados no sistema foi feita do Rio de Janeiro, enquanto os lotes das vacinas que constavam no cartão foram distribuídos para Goiás. As investigações apontam que Crespo não sabia da falsidade do documento. O procedimento depois teria sido tentado por outro militar, chamado Paulo Sérgio da Costa Ferreira, também sem sucesso.

A tentativa de inserção dos dados falsos no ConecteSUS teria sido feita por meio da prefeitura de São Gonçalo (RJ), com o cadastro de uma pessoa chamada Sonia, mas esta teria “rateado” ao saber da ilegalidade da manobra, mostram as investigações.

A inserção dos dados falsos no ConecteSUS somente teria dado certo após o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros ser acionado e conseguir realizar o procedimento no município de Duque de Caxias, com novos dados de vacina, provenientes de novo cartão falso de vacinação. Para a polícia, o registro das vacinas foi feito pelo secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos Brecha.

Em seu depoimento, Brecha disse desconhecer Ailton Barros e negou a inserção dos dados falsos no ConecteSUS, mas a PF conseguiu identificar que o login no sistema responsável por registrar as informações foi feito em seu computador, por meio de um modem instalado em sua residência, na cidade fluminense de Niterói.

Uma vez que o esquema deu certo para Gabriela Cid, foram inseridas posteriormente também registros de vacinação falsos para as três filhas de Mauro Cid e ainda para Jair Bolsonaro e sua filha, Laura.

Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro, auxiliares do ex-presidente, também se beneficiaram, segundo as investigações. O último a ter seus dados falsos incluídos no ConecteSUS foi o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ). Todas as inserções teriam sido feitas por Brecha, aponta a PF.

Em sua colaboração premiada, Mauro Cid confirmou todo o esquema e ainda afirmou “que imprimiu os certificados e entregou em mãos ao então presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, diz o relatório da PF. O ex-presidente teria tomado a primeira dose de vacina da fabricante Pfizer em 13 de agosto de 2022, do lote PCA0084, e a segunda em 14 de outubro de 2022, lote FP7082, ambas no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias.

A PF rastreou a impressão dos documentos até uma impressora no Palácio do Alvorada, acessada pelo usuário "maurocbc", pertencente a Mauro Cid, às 8h de 22 de dezembro de 2022.

O objetivo de todas as inserções fraudadas de dados de vacinação no ConecteSUS foi emitir certificados de vacinação contra covid-19 para entrar no Estados Unidos em viagens de lazer.

Bolsonaro, Cid e mais 15 pessoas foram indiciadas pela PF por diversos crimes relativos à falsificação de certificados de vacinação. O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que deve agora ordenar que o Ministério Público Federal apresente seu parecer sobre o inquérito policial.

Defesas

Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten criticou a divulgação do indiciamento. “Vazamentos continuam aos montes, ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu.

Em posts posteriores, Wajngarten disse que a defesa não teve acesso ao relatório e chamou o indiciamento do ex-presidente de “absurdo”. O defensor escreveu que “enquanto [Bolsonaro] exercia o cargo de Presidente, ele estava completamente dispensado de apresentar qualquer tipo de certificado nas suas viagens. Trata-se de perseguição política e tentativa de esvaziar o enorme capital politico que só vem crescendo”.

Bolsonaro sempre negou que tenha tomado a vacina para covid-19. “Não existe adulteração da minha parte, não existe. Eu não tomei a vacina, ponto final”, disse Bolsonaro a jornalistas em maio de 2023, ao comentar as investigações.

O deputado federal Gutemberg Reis disse que não irá se manifestar até que sua defesa tenha acesso integral ao processo.

Em nota, a defesa de Camila Paulino Alves Soares, enfermeira indiciada por inserção de informação falsa no sistema da Saúde, disse que ela colaborou com a investigação e "aguardava uma possível nova declaração, ainda em sede de inquérito, para comprovar sua inocência".

O advogado Jairo Magalhães acrescentou que sua cliente "confia na Justiça e em sua inocência" e afirma que não foi ela que inseriu dados no sistema. "Caso Camila seja denunciada, demonstraremos sua inocência na ação penal, com provas documentais e testemunhais."

Agência Brasil entrou em contato com a defesa de João Carlos Brecha, e aguarda retorno, bem como tenta contato com as defesas dos demais citados.