domingo, 17 de março de 2024

PEC das Igrejas será votada nesta semana após acordo costurado com equipes do Ministério da Fazenda

 ‘Ideia é que se uma igreja possui um posto de combustíveis ou qualquer outra atividade que gere renda, não seja beneficiada com isenção tributária’, afirma relator

Está prevista para a próxima quarta-feira a votação no plenário da Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/23, que visa a ampliar a imunidade tributária para templos religiosos.

Deputados ligados à bancada evangélica têm mantido encontros com representantes da equipe econômica do Ministério da Fazenda para discutir ajustes ao texto. Uma das propostas em debate é a remoção da isenção tributária de atividades de “geração de renda” realizadas por entidades religiosas.

O deputado Fernando Máximo (União-RO), relator da PEC na comissão especial, explicou: “A ideia é que se uma igreja possui um posto de combustíveis ou qualquer outra atividade que gere renda, não seja beneficiada com isenção tributária”.

Essa alteração foi bem recebida pelos parlamentares, e a equipe do ministro Fernando Haddad está calculando o impacto dessa mudança. Na manhã desta segunda-feira, os dois grupos voltam a se reunir para finalizar o formato da proposta que será apresentada no plenário.

O apoio do governo, que busca uma aproximação com o público evangélico, tem sido crucial para destravar a tramitação do texto.

Fernando Máximo enfatizou: “As igrejas desempenham um papel importante ao retirar crianças das ruas, cuidar de idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade, além de ajudar usuários de drogas e álcool. Elas resolvem problemas que o Estado muitas vezes não consegue, contando com recursos modestos e muitas vezes com trabalho voluntário”.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Menos de 10% dos detentos que usam tornozeleiras eletrônicas violam o equipamento

 Problemas diversos, como queda de bateria, somaram 1.175 registros em 2023

Em 2023, dos 8.220 detentos que usam tornozeleiras eletrônicas no Rio, 740 detentos danificaram seus equipamentos, resultando em uma média de dois casos diários. Além disso, houve 1.175 registros de problemas com bateria, mau funcionamento e violação do perímetro estabelecido pela Justiça, totalizando cinco infrações por dia.

A adoção da tecnologia das tornozeleiras tem como objetivo reduzir a superlotação carcerária, facilitar a ressocialização dos presos e economizar gastos no sistema prisional. Atualmente, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) monitora estes 8.220 detentos com tornozeleiras, evitando que ocupem espaço nas cadeias, onde já há mais de 43 mil presos. O custo de cada equipamento para o governo estadual é de R$ 231,30 por mês, totalizando um gasto de R$ 22,9 milhões somente em 2023.

Com tantas tornozeleiras em uso, é comum encontrar pessoas com seu uso nas ruas do Rio. Até mesmo figuras conhecidas, como o bicheiro Rogério de Andrade e o ex-tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, condenado pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, são monitorados pelo equipamento.

No entanto, chamam a atenção casos de pessoas em situação de rua que procuram a Seap para informar mudanças de localização ou recarregar a bateria do dispositivo.

A Justiça determina a área de circulação de cada preso, e qualquer violação é registrada pela central de monitoramento.

No entanto, alguns detentos arriscam burlar o sistema para comparecer a eventos, como shows de DJ Alok e Taylor Swift, resultando em alertas da Seap e notificações à Justiça, que pode decidir pelo retorno do preso à prisão. A maioria dos presos com tornozeleiras cumpre prisão albergue domiciliar, sendo monitorados em tempo real pela central da Seap.

O promotor de Justiça Murilo Bustamante, responsável pelo sistema penitenciário, enfatiza que o monitoramento eletrônico é eficiente, detectando violações que são comunicadas à Justiça para as devidas providências legais. Já o juiz auxiliar da 2ª vice-presidência do Tribunal de Justiça do Rio, André Ricardo de Franciscis Ramos, destaca que não há um levantamento específico sobre reincidência entre presos usando tornozeleiras.

Ele ressalta que o uso do dispositivo é uma alternativa para prisões domiciliares, permitindo que os detentos cumpram pena em casa, com exceção de saídas autorizadas para visitas familiares e trabalho.

A equipe da Seap realiza em média 130 atendimentos diários, solucionando problemas como oscilação de sinal, bateria descarregada e rompimento da cinta.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Saiba o que Lula cobrará de sua equipe na reunião ministerial desta segunda (18)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com ministros e membros de seu governo. (Foto: Reprodução)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja utilizar a reunião ministerial prevista para segunda-feira (18) como uma oportunidade para exigir mais empenho dos integrantes do governo na comunicação das ações do Executivo. Com informações da colunista Jeniffer Gularte do Globo.

A ação vem em resposta à preocupação do Palácio do Planalto com a recente queda na aprovação do presidente, conforme indicado por pesquisas realizadas no início do mês.

Segundo relatos de dois ministros palacianos, o atual mandatário brasileiro está demonstrando crescente impaciência com a falta de entregas e pretende cobrar resultados concretos dos ministros em relação a programas já anunciados. Ele deseja que os ministros de todas as áreas percorram o país, concedam entrevistas e ocupem espaços na mídia para divulgar ações consideradas positivas pelo governo.

Repercussões negativas

A estratégia visa contrabalançar possíveis repercussões negativas das declarações do presidente, que também afetam sua popularidade. Por exemplo, Lula comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto, o que gerou controvérsia. Além disso, os ministros serão instados a explorar melhor o canal direto que possuem com os eleitores por meio de suas redes sociais pessoais e a abordar questões além de suas áreas específicas durante viagens.

Desde o segundo semestre do ano passado, os ministros têm sido informados sobre as ações do governo nos estados que visitam e são orientados a defender Lula durante suas atividades. No entanto, parte do primeiro escalão não tem conseguido propagar as realizações de suas respectivas áreas e do governo de forma eficaz.

Desempenho de membros da equipe

Auxiliares de Lula mencionam ministros cujo desempenho na comunicação é considerado aquém do esperado. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, é citada como exemplo, pois apesar de sua competência técnica indiscutível, ela tem sido discreta na divulgação das ações de sua pasta. O Ministério da Saúde, em resposta, ressaltou que suas ações de comunicação visam prestar serviços à população.

O ministro Wllington Dias. (Foto: Reprodução

Wellington Dias, à frente do Desenvolvimento Social, é outro ministro que poderia destacar mais programas como o Bolsa Família, uma vitrine histórica do partido. Apesar de seus esforços para implementar mudanças no programa, o Planalto não considera suficiente sua atuação nesse aspecto.

Lula também espera que o Ministério da Educação, sob o comando de Camilo Santana, contribua para melhorar a popularidade do governo. Agora, Camilo tem em sua agenda programas como o Pé-de-Meia, escolas em tempo integral e renegociação de dívidas do Fies, que podem ajudar nesse objetivo.

Fonte: DCM com informações da colunista Jeniffer Gularte, do jornal O Globo

‘Líder’ do PCC morto era suspeito do assassinato de pré-candidato no Guarujá (SP)


Cristiano Lopes Costa, conhecido como Meia Folha. (Foto: Reprodução)

 O assassinato de Cristiano Lopes Costa, conhecido como Meia Folha, um indivíduo com ascendência no Primeiro Comando da Capital (PCC) na região da Baixada Santista, chamou atenção no Guarujá, São Paulo.

As autoridades policiais locais estão empenhadas em desvendar os detalhes do crime que ocorreu no último dia 12, e os rumores sugerem uma possível ligação de Meia Folha com o assassinato do jornalista Thiago Rodrigues, pré-candidato à Prefeitura do Guarujá, que foi morto a tiros em dezembro de 2023.

O jornalista Thiago Rodrigues. (Foto: Reprodução)

De acordo com fontes do colunista Josmar Jozino no Uol, Meia Folha não só gerenciava uma empresa responsável pela limpeza de unidades de saúde da Prefeitura do Guarujá, mas também tinha envolvimento com uma Organização Não Governamental (ONG) na Favela do Caixão, onde supostamente atuava como gerente do tráfico de drogas, em colaboração com André do Rap, um conhecido líder do narcotráfico.

A suspeita de que Meia Folha estivesse ligado ao assassinato de Thiago Rodrigues surge da descoberta de supostas irregularidades em uma das empresas de Meia Folha pelo jornalista, o que teria motivado sua execução.

Segundo informações, a recusa de Meia Folha em pagar propina a policiais também pode ter sido um fator determinante para seu assassinato, configurando um possível cenário de queima de arquivo.

O assassinato de Cristiano Lopes, ocorrido em uma lanchonete no cruzamento das Ruas São Paulo e São Jorge, levanta questionamentos sobre a autoria do crime, sendo apontada a possível participação de um policial militar.

Fonte: DCM

Ministério da Justiça vê com bons olhos o ingresso de Moraes no caso Marielle


A vereadora fluminense Marielle Franco. (Foto: Reprodução)

 O Ministério da Justiça, segundo informações do colunista Lauro Jardim no Globo, expressou satisfação com a recente transferência do inquérito relacionado ao caso Marielle Franco para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Anteriormente, o inquérito estava sob a responsabilidade do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o ministro Raul Fernandes encarregado do caso. No entanto, segundo avaliações do Ministério da Justiça, o progresso do processo estava ocorrendo de maneira lenta no STJ.

Com a mudança para o STF, a expectativa é que as investigações ganhem um novo impulso e que medidas concretas para a solução do crime.

O Ministério da Justiça enfatizou que essa transferência representa a remoção de possíveis obstáculos que poderiam estar atrasando o avanço do caso. Acredita-se que a nova condução do inquérito por Alexandre de Moraes, no STF, permitirá uma análise mais aprofundada e eficaz das informações disponíveis, contribuindo para uma resolução mais rápida e precisa do crime.

Assassinato de Marielle

Marielle fiscalizava a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro na época em que foi assassinada em 2018. Ela era relatora da comissão na Câmara dos Vereadores que acompanhava a medida, chefiada pelo general Walter Souza Braga Netto. Além da política, o motorista Anderson Gomes também foi assassinado no dia do crime.

Anderson Gomes era motorista de Marielle. (Foto: Reprodução)

Além de ser responsável por acompanhar a ação dos militares e dar um parecer final sobre a intervenção, a vereadora carioca já havia se manifestado contra a medida antes de assumir o posto.

Cerca de um mês antes de sua morte, ela denunciou que policiais militares estava “aterrorizando”, “violentando” e “ameaçando moradores” de Acari (RJ). “Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, afirmou na ocasião.

Fonte: DCM

Brasil tem US$ 3,1 bi de crédito com outros países e quer negociar para receber


Lula reunido com lideranças africanas em maio de 2023. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 O Brasil está engajado em uma iniciativa significativa para revisar o endividamento global, visando proporcionar recursos adicionais às nações devedoras, principalmente as africanas, para investimentos em projetos sociais e de desenvolvimento sustentável. Com informações do Globo.

De acordo com um levantamento do Ministério da Fazenda, o Brasil possui um crédito de US$ 3,1 bilhões com 13 países, com destaque para aqueles localizados no continente africano. Essa revisão das dívidas tornou-se uma das principais bandeiras do Brasil na presidência do G20, cujo mandato se estende até novembro.

Recentemente, o governo brasileiro iniciou negociações para possíveis descontos com outros países credores, com foco inicialmente nas nações africanas. Cuba e Venezuela, por exemplo, estão conduzindo discussões separadas com o Brasil, dada sua exclusão praticamente completa do sistema financeiro internacional.

Em fevereiro, Havana expressou interesse em honrar suas dívidas, mas citou desafios devido à pandemia e ao embargo dos Estados Unidos, em vigor há décadas.

A questão do endividamento global também está sendo abordada em relação à Venezuela, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressando a necessidade de consolidar os dados antes de qualquer discussão.

Nicolas Maduro, o presidente venezuelano, abraçado a Lula. Brasil é credor da Venezuela. Foto: Ricardo Stucker

Além disso, há esforços para ampliar a discussão sobre o tema para o G20, onde a China, um dos principais credores, não faz parte do Clube de Paris. O Brasil busca garantir que esse debate seja incluído na agenda do G20, aproveitando a representatividade do grupo.

Os esforços para obter um consenso mais amplo sobre o endividamento global refletem a busca do Brasil por uma solução abrangente e inclusiva para essa questão crítica.

No entanto, há desafios significativos, especialmente considerando as diferentes perspectivas e interesses dos diversos países envolvidos. Ainda assim, o Brasil está determinado a priorizar o desenvolvimento das nações sobre as questões de dívida, promovendo discussões que levem a soluções mutuamente benéficas.

Nesse contexto, especialistas destacam a importância de os países enfatizarem políticas de governança sólidas e práticas fiscais responsáveis como base para essas negociações. Além disso, ressaltam a necessidade de acordos que considerem não apenas os aspectos financeiros, mas também o impacto social e econômico das medidas adotadas.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

PF resgata trabalhadores em condição análoga à de escravidão no interior do RS


Situação do ‘alojamento’ onde os trabalhadores estavam alocados. (Foto: Reprodução)

 A Polícia Federal (PF) resgatou nove pessoas que estavam trabalhando em condições análogas à escravidão em uma propriedade de cultivo de arroz em Manoel Viana, na Fronteira Oeste do RS. A ação aconteceu na sexta-feira (15). Entre os resgatados, havia um adolescente.

Dois responsáveis pela propriedade e um suposto aliciador dos trabalhadores foram presos em flagrante no local. Após audiência de custódia, eles tiveram a liberdade concedida mediante pagamento de fiança e estabelecimento de medidas cautelares.

Os suspeitos responderão pelo crime de redução de ser humano a condição semelhante à de escravo, mas seus nomes não foram divulgados. A investigação da PF revelou que os trabalhadores viviam em condições desumanas, alojados em um galpão de madeira sem higiene e segurança adequadas.

De acordo com o delegado Vinicius Barancelli, os trabalhadores foram contratados para atuar na produção de arroz e estavam alojados em condições precárias. A investigação teve início após uma denúncia e contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Civil.

“Nove trabalhadores que estavam alojados numa espécie de barraco de madeira em situação absolutamente desumana. Realizamos entrevistas com eles e percebemos que eles estavam lá para o trabalho em lavoura de arroz, na aplicação de agrotóxicos”, disse o delegado.

Ministério Público do Trabalho. (Foto: Reprodução

Após o resgate, os homens foram encaminhados de volta para suas casas e receberam suporte do MPT (Ministério Público do Trabalho) para garantir seus direitos.

Fonte: DCM

Em editorial, Estadão chama Bolsonaro de “doidivanas” e “ressentido com a democracia”


Título do editorial do Estadão que bateu pesado no golpismo de Bolsonaro. Reprodução


Em duro editorial publicado na edição deste domingo (17), o Estadão pede que “não saia barato” o golpismo de Jair Bolsonaro, a cada dia mais exposto pelas “estarrecedoras” revelações dos comandantes militares e de pessoas de seu entorno, como o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. O inelegível foi chamado de “doidivanas” e de “ressentido com a democracia” no texto. Confira trechos:

O Brasil esteve à beira de um golpe de Estado nos estertores do governo de Jair Bolsonaro. Já não se trata mais de uma conjectura ou de um mero exagero retórico. Um golpe para impedir a posse de Lula da Silva como presidente da República legitimamente eleito foi uma possibilidade real, como ficou claro a partir dos depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, prestados à Polícia Federal (PF) no início de março. (…)

São estarrecedoras as revelações dos militares, trazidas a público agora que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu retirar o sigilo das investigações. Aos policiais, Freire Gomes afirmou que Bolsonaro convocou reuniões no Palácio da Alvorada com a cúpula das Forças Armadas após a derrota no segundo turno para apresentar aos comandantes “hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e estados de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”. (…)

O editorial do Estadão chamou o inelegível de “doidivanas” ressentido com a democracia. Reprodução

Que Bolsonaro é um ressentido com a democracia de marca maior, já era fato público e notório desde muito antes de ele cogitar concorrer à Presidência da República. Seus quatro anos de mandato como chefe de Estado e de governo só deixaram claro para um público mais amplo a sua índole liberticida. A natureza golpista de Bolsonaro, no entanto, não diminui a importância das revelações feitas por seus ex-comandantes militares – ao contrário. (…)

Inconformado com a derrota eleitoral, Bolsonaro se moveu para pôr tropas armadas nas ruas a fim de sustentá-lo no cargo, sob a falsa justificativa de que a eleição não teria sido limpa. Tramou prender autoridades políticas e judiciárias. Por óbvio, teria lançado suas garras também sobre a imprensa profissional e independente. No limite, Bolsonaro assumiu o risco de derramar o sangue de concidadãos em nome de um projeto pessoal de poder. Um doidivanas, assim como os fardados que anuíram com essa loucura.

Eis a dimensão da sordidez. Ao tempo que fazia chegar ao País a informação de que estaria “deprimido” por não ter sido reeleito, Bolsonaro, na verdade, estava maquinando o fim da democracia, cuja reconquista tanto custou aos brasileiros. Que isso não saia barato.

Fonte: DCM

Juiz que comprou carros de luxo para revender é condenado a receber sem trabalhar

 

O juiz Guilherme da Rocha Zambrano. (Foto: Reprodução)

Um juiz que comprou carros de luxo em leilões para revenda foi condenado à aposentadoria compulsória pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) em Porto Alegre. Segundo a Lei Orgânica da Magistratura, juízes não podem realizar atos de comércio. A decisão foi tomada em 1º de março e aguarda o trânsito em julgado da ação para ser aplicada.

Guilherme da Rocha Zambrano, o juiz afastado, recorreu da decisão. Ele arrematou um Land Rover Evoque em um leilão da Vara do Trabalho de Sapiranga em março de 2022 por R$ 98 mil. O magistrado também participou de outros leilões na mesma época, adquirindo um Audi A5 para a esposa, cedendo um Toyota Corolla para o irmão e um Nissan Frontier para a tia.

Range Rover Evoque, modelo de um dos casos adquiridos pelo juiz agora aposentado compulsoriamente. (Foto: Reprodução)

A desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, no caso, afirmou que os carros foram adquiridos com a finalidade de revenda.

“Verifica-se que os veículos foram adquiridos pelo Magistrado para venda, sem o que a sociedade não se capitalizaria, tampouco cumpriria seu objeto social, que envolve a venda de veículos”, disse trecho do relatório assinado pela desembargadora.

Zambrano foi afastado cautelarmente de suas funções, mas não sofrerá prejuízos financeiros até que a aposentadoria compulsória seja efetivada.

No entanto, após a confirmação, ele receberá vencimentos proporcionais ao tempo de serviço e contribuição, sendo que um juiz trabalhista em atividade ganha R$ 37.731,80, conforme o TRT4.

O Órgão Especial do tribunal considerou que Zambrano praticou atos de comércio e constituiu sociedade como sócio, o que é proibido. Ele foi punido também com pena de censura por participação em leilões promovidos pela Justiça do Trabalho e uso de certificado digital em atividades privadas.

Fonte: DCM

Lavajatista, Marco Aurélio Mello diz que o STF “ajudou a enterrar” a operação


O ministro aposentado Marco Aurélio Mello. (Foto: Reprodução)

 O ministro aposentado Marco Aurélio Mello, durante entrevista ao Estadão na última semana, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) ajudou a ‘enterrar’ a operação Lava Jato: “Acho que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo”. Durante a entrevista, Mello ainda disse que não vê com bons olhos a decisão do ministro Dias Toffoli relacionada a suspensão dos pagamentos das parcelas dos acordos de leniência firmados pela J&F e pela Odebrecht também no âmbito da operação.

Como um ministro que acompanhou, no Supremo Tribunal Federal, o auge e o declínio da Lava Jato, acredita que o STF ajudou a enterrar a operação?

Sem dúvida alguma. Quando se concluiu, por exemplo, que o juízo da 13.ª Vara Criminal do Paraná não seria competente, se esmoreceu o combate à corrupção. Aí talvez a colocação daquele senador da República (Romero Jucá), que disse que “precisamos estancar essa sangria”, acaba se mostrando procedente.

Por que o STF mudou o posicionamento em relação à investigação?

Estivesse vivo o relator inicial, grande juiz, Teori Zavaschi, se teria caminhado no sentido que se caminhou? A resposta, para mim, é negativa. (….)

Mas foi simplesmente pela troca de relatoria?

O que eu acho é que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo. Só não houve a mesma concepção quanto ao Mensalão porque foi o Supremo quem julgou, aí evidentemente o tribunal ficaria muito mal na fotografia se viesse a declarar vícios na investigação e no próprio processo-crime. (….)

Uma decisão como a que suspendeu o pagamento das multas dos acordos de leniência da J&F e da Odebrecht deveria ter sido tomada monocraticamente?

O grande problema é que nós passamos a ter, não pronunciamentos de órgão único, que seria o Supremo reunido em plenário, mas a visão individual de cada qual. Hoje a insegurança grassa, o que é péssimo. E mais do que isso: grassa o descrédito da instituição na qual eu estive durante 31 anos. Para mim, é uma tristeza enorme perceber isso. Avançamos assim? Como fica a sociedade? Fica decepcionada. Eu só ouço críticas quanto ao Supremo. Eu indago: hoje qualquer dos integrantes sai à rua? Eu sempre saí à rua e nunca fui hostilizado. Eu não creio que qualquer colega que tenha assento no Supremo saia sozinho hoje à rua e frequente locais públicos sem estar com uma segurança maior. (…)

Odebrecht. (Foto: Reprodução

Deve haver uma ponderação dos órgãos públicos sobre a repactuação das multas dos acordos de leniência?

Paga-se um preço por se viver em um Estado de Direito, um deles é o respeito em si pelas regras estabelecidas. Acordo que resulta da manifestação de vontade só é passível de anulação se ficar comprovado vício. Para mim, esse vício fica excluído no caso. Agora, vivenciamos essa época de tempos estranhos e já se fala em repactuação do acordado, isso acaba colando a tudo uma insegurança muito grande, levando inclusive partes a concordarem para depois questionar e terem o dito pelo não dito, a transformação do certo em errado.

As defesas e os acusados sempre estiveram defendidos. Sempre foram ouvidos mediante a voz de técnicos no âmbito do Direito. As empresas que fizeram acordo foram intimidadas? Elas tiraram, por exemplo, as multas do capital de giro? Não. Foi dinheiro que entrou indevidamente na contabilidade dessas empresas. Imaginar que aqueles que formalizaram os acordos estiveram pressionados, intimidados e coagidos não se coaduna com a realidade. (…)

Fonte: DCM

VÍDEO: “Acolhida” em universidade no RS põe veteranos nus para receber calouros


Alunos nus recebem calouros na Universidade Federal do Rio Grande. (Foto: Reprodução)

 A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) organizou uma “apresentação artística” com alunos nus no prédio dos cursos de Artes Visuais. Realizada em 8 de março, a exibição foi apoiada pelo diretório acadêmico da faculdade, como parte do programa “Acolhida Cidadã” para novos alunos.

Segundo a Coordenação dos Cursos de Artes Visuais, a apresentação foi projetada para ser vista por todos, inclusive crianças, sem cenas erotizadas. A Furg justifica a iniciativa como uma forma de acolher os calouros e encerrar trotes violentos, mostrando o contexto da universidade aos novos alunos.

Apesar disso, a nudez gerou debates entre os professores da Furg, com alguns expressando desaprovação. Um vídeo mostra os estudantes sem roupas no Prédio das Artes, dentro da universidade, no Rio Grande do Sul.

A Coordenação dos Cursos de Artes Visuais esclareceu que a performance foi uma iniciativa dos estudantes, sem conotação erótica ou sexual, apenas corpos nus, e ocorreu no Átrio, espaço expositivo do Prédio das Artes. A universidade enfatizou que incentiva práticas artísticas em performance e não vê problemas na ação realizada.

Fonte: DCM

Ex-comandantes militares foram poupados de pergunta delicada na PF; saiba qual

 

Freire Gomes. (Foto: Reprodução)

Nos depoimentos à Polícia Federal (PF), os ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Júnior, não foram questionados sobre possíveis indícios de apoio ao golpe bolsonarista dentro do alto comando das Forças Armadas.

Ambos, segundo informações da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, se posicionaram contra o golpismo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a pergunta sobre o envolvimento de outros oficiais nesse sentido não foi feita durante suas oitivas à PF.

Se os ex-comandantes fossem questionados sobre oficiais alinhados ao golpe, poderia haver uma ampliação do rol de militares implicados nas investigações, segundo indicaram seus depoimentos à PF.

Na Marinha, o ex-comandante, almirante Almir Garnier, foi citado como alguém que se colocou à disposição de Bolsonaro para a aventura golpista, levantando a possibilidade de que outros oficiais na Força também estivessem alinhados a essa ideia.

Fonte: DCM com informações do jornalista Guilherme Amado em sua coluna,  no Metrópoles

VÍDEO: Influencer defensora da submissão da mulher ao homem é vaiada na OAB-PR


Cíntia Chagas. (Foto: Reprodução)

 Durante a IV Conferência Nacional da Mulher Advogada, a influenciadora Cíntia Chagas, conhecida por defender a submissão das mulheres aos homens, enfrentou vaias enquanto realizava sua palestra. O evento ocorreu na sexta-feira (15) na sede da OAB-PR, em Curitiba.

Diante do coro de “machista”, várias mulheres advogadas expressaram seu descontentamento com as ideias de Cíntia, vaiando-a durante sua apresentação. Em resposta, a influenciadora acusou as participantes de “chororidade”.

A palestrante argumentou que um grupo minoritário estava impedindo todas as presentes de assistirem ao evento, rotulando as manifestações como “pseudodemocracia” e “pseudochoororidade”.

“Há um grupo minoritário ali no fundo que prega a democracia. Todavia, esse grupo está retirando o direito de todas vocês assistirem a minha palestra. De modo que a democracia evocada por esse grupo e a ‘chororidade’ não passam de pseudodemocracia e ‘pseudochoororidade'”, afirmou.


Fonte: DCM

Morador de rua inocentado no 8/1, diz que nunca simpatizou com Bolsonaro


Geraldo Filipe da Silva. (Foto: Reprodução)

 O morador de rua Geraldo Filipe da Silva, único inocentado no julgamento do caso 8/1 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que sempre manteve uma posição distante das ideologias de Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. Mesmo assim, Geraldo foi detido e passou 11 meses na Papuda, junto aos terroristas envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro após ter sido flagrado em meio aos participantes do ato.

“Eu não participava de grupos [no WhatsApp], não ia a manifestação e acampamentos. Eu ficava no Centro Pop [equipamento para pessoas vulneráveis] na Asa Sul. Não tinha envolvimento com os ‘patriotas'”, disse Geraldo recentemente.

Após esse período na prisão, Geraldo foi libertado antes do término do processo. Sua presença na Praça dos Três Poderes naquele dia resultou em agressões por parte dos manifestantes golpistas, que o confundiram com um infiltrado. Ele afirmou que, na ocasião, foi até a manifestação após ter ficado “curioso” com o que poderia estar ocorrendo na Praça dos Três Poderes: “Vi os helicópteros sobrevoando a área, como eu andava muito por aquela área, fui lá de curioso e acabei sendo detido”.

Durante seu tempo na prisão, o morador de rua enfrentou hostilidades dos bolsonaristas, sendo colocado até mesmo na solitária após conflitos. Mesmo em liberdade, ele continua a ser difamado, com os simpatizantes do ex-capitão o atacando em suas redes sociais, chamando-o de comunista, infiltrado e esquerdista.

Fonte: DCM