domingo, 17 de março de 2024

‘Líder’ do PCC morto era suspeito do assassinato de pré-candidato no Guarujá (SP)


Cristiano Lopes Costa, conhecido como Meia Folha. (Foto: Reprodução)

 O assassinato de Cristiano Lopes Costa, conhecido como Meia Folha, um indivíduo com ascendência no Primeiro Comando da Capital (PCC) na região da Baixada Santista, chamou atenção no Guarujá, São Paulo.

As autoridades policiais locais estão empenhadas em desvendar os detalhes do crime que ocorreu no último dia 12, e os rumores sugerem uma possível ligação de Meia Folha com o assassinato do jornalista Thiago Rodrigues, pré-candidato à Prefeitura do Guarujá, que foi morto a tiros em dezembro de 2023.

O jornalista Thiago Rodrigues. (Foto: Reprodução)

De acordo com fontes do colunista Josmar Jozino no Uol, Meia Folha não só gerenciava uma empresa responsável pela limpeza de unidades de saúde da Prefeitura do Guarujá, mas também tinha envolvimento com uma Organização Não Governamental (ONG) na Favela do Caixão, onde supostamente atuava como gerente do tráfico de drogas, em colaboração com André do Rap, um conhecido líder do narcotráfico.

A suspeita de que Meia Folha estivesse ligado ao assassinato de Thiago Rodrigues surge da descoberta de supostas irregularidades em uma das empresas de Meia Folha pelo jornalista, o que teria motivado sua execução.

Segundo informações, a recusa de Meia Folha em pagar propina a policiais também pode ter sido um fator determinante para seu assassinato, configurando um possível cenário de queima de arquivo.

O assassinato de Cristiano Lopes, ocorrido em uma lanchonete no cruzamento das Ruas São Paulo e São Jorge, levanta questionamentos sobre a autoria do crime, sendo apontada a possível participação de um policial militar.

Fonte: DCM

Ministério da Justiça vê com bons olhos o ingresso de Moraes no caso Marielle


A vereadora fluminense Marielle Franco. (Foto: Reprodução)

 O Ministério da Justiça, segundo informações do colunista Lauro Jardim no Globo, expressou satisfação com a recente transferência do inquérito relacionado ao caso Marielle Franco para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Anteriormente, o inquérito estava sob a responsabilidade do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o ministro Raul Fernandes encarregado do caso. No entanto, segundo avaliações do Ministério da Justiça, o progresso do processo estava ocorrendo de maneira lenta no STJ.

Com a mudança para o STF, a expectativa é que as investigações ganhem um novo impulso e que medidas concretas para a solução do crime.

O Ministério da Justiça enfatizou que essa transferência representa a remoção de possíveis obstáculos que poderiam estar atrasando o avanço do caso. Acredita-se que a nova condução do inquérito por Alexandre de Moraes, no STF, permitirá uma análise mais aprofundada e eficaz das informações disponíveis, contribuindo para uma resolução mais rápida e precisa do crime.

Assassinato de Marielle

Marielle fiscalizava a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro na época em que foi assassinada em 2018. Ela era relatora da comissão na Câmara dos Vereadores que acompanhava a medida, chefiada pelo general Walter Souza Braga Netto. Além da política, o motorista Anderson Gomes também foi assassinado no dia do crime.

Anderson Gomes era motorista de Marielle. (Foto: Reprodução)

Além de ser responsável por acompanhar a ação dos militares e dar um parecer final sobre a intervenção, a vereadora carioca já havia se manifestado contra a medida antes de assumir o posto.

Cerca de um mês antes de sua morte, ela denunciou que policiais militares estava “aterrorizando”, “violentando” e “ameaçando moradores” de Acari (RJ). “Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, afirmou na ocasião.

Fonte: DCM

Brasil tem US$ 3,1 bi de crédito com outros países e quer negociar para receber


Lula reunido com lideranças africanas em maio de 2023. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 O Brasil está engajado em uma iniciativa significativa para revisar o endividamento global, visando proporcionar recursos adicionais às nações devedoras, principalmente as africanas, para investimentos em projetos sociais e de desenvolvimento sustentável. Com informações do Globo.

De acordo com um levantamento do Ministério da Fazenda, o Brasil possui um crédito de US$ 3,1 bilhões com 13 países, com destaque para aqueles localizados no continente africano. Essa revisão das dívidas tornou-se uma das principais bandeiras do Brasil na presidência do G20, cujo mandato se estende até novembro.

Recentemente, o governo brasileiro iniciou negociações para possíveis descontos com outros países credores, com foco inicialmente nas nações africanas. Cuba e Venezuela, por exemplo, estão conduzindo discussões separadas com o Brasil, dada sua exclusão praticamente completa do sistema financeiro internacional.

Em fevereiro, Havana expressou interesse em honrar suas dívidas, mas citou desafios devido à pandemia e ao embargo dos Estados Unidos, em vigor há décadas.

A questão do endividamento global também está sendo abordada em relação à Venezuela, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressando a necessidade de consolidar os dados antes de qualquer discussão.

Nicolas Maduro, o presidente venezuelano, abraçado a Lula. Brasil é credor da Venezuela. Foto: Ricardo Stucker

Além disso, há esforços para ampliar a discussão sobre o tema para o G20, onde a China, um dos principais credores, não faz parte do Clube de Paris. O Brasil busca garantir que esse debate seja incluído na agenda do G20, aproveitando a representatividade do grupo.

Os esforços para obter um consenso mais amplo sobre o endividamento global refletem a busca do Brasil por uma solução abrangente e inclusiva para essa questão crítica.

No entanto, há desafios significativos, especialmente considerando as diferentes perspectivas e interesses dos diversos países envolvidos. Ainda assim, o Brasil está determinado a priorizar o desenvolvimento das nações sobre as questões de dívida, promovendo discussões que levem a soluções mutuamente benéficas.

Nesse contexto, especialistas destacam a importância de os países enfatizarem políticas de governança sólidas e práticas fiscais responsáveis como base para essas negociações. Além disso, ressaltam a necessidade de acordos que considerem não apenas os aspectos financeiros, mas também o impacto social e econômico das medidas adotadas.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

PF resgata trabalhadores em condição análoga à de escravidão no interior do RS


Situação do ‘alojamento’ onde os trabalhadores estavam alocados. (Foto: Reprodução)

 A Polícia Federal (PF) resgatou nove pessoas que estavam trabalhando em condições análogas à escravidão em uma propriedade de cultivo de arroz em Manoel Viana, na Fronteira Oeste do RS. A ação aconteceu na sexta-feira (15). Entre os resgatados, havia um adolescente.

Dois responsáveis pela propriedade e um suposto aliciador dos trabalhadores foram presos em flagrante no local. Após audiência de custódia, eles tiveram a liberdade concedida mediante pagamento de fiança e estabelecimento de medidas cautelares.

Os suspeitos responderão pelo crime de redução de ser humano a condição semelhante à de escravo, mas seus nomes não foram divulgados. A investigação da PF revelou que os trabalhadores viviam em condições desumanas, alojados em um galpão de madeira sem higiene e segurança adequadas.

De acordo com o delegado Vinicius Barancelli, os trabalhadores foram contratados para atuar na produção de arroz e estavam alojados em condições precárias. A investigação teve início após uma denúncia e contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Civil.

“Nove trabalhadores que estavam alojados numa espécie de barraco de madeira em situação absolutamente desumana. Realizamos entrevistas com eles e percebemos que eles estavam lá para o trabalho em lavoura de arroz, na aplicação de agrotóxicos”, disse o delegado.

Ministério Público do Trabalho. (Foto: Reprodução

Após o resgate, os homens foram encaminhados de volta para suas casas e receberam suporte do MPT (Ministério Público do Trabalho) para garantir seus direitos.

Fonte: DCM

Em editorial, Estadão chama Bolsonaro de “doidivanas” e “ressentido com a democracia”


Título do editorial do Estadão que bateu pesado no golpismo de Bolsonaro. Reprodução


Em duro editorial publicado na edição deste domingo (17), o Estadão pede que “não saia barato” o golpismo de Jair Bolsonaro, a cada dia mais exposto pelas “estarrecedoras” revelações dos comandantes militares e de pessoas de seu entorno, como o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. O inelegível foi chamado de “doidivanas” e de “ressentido com a democracia” no texto. Confira trechos:

O Brasil esteve à beira de um golpe de Estado nos estertores do governo de Jair Bolsonaro. Já não se trata mais de uma conjectura ou de um mero exagero retórico. Um golpe para impedir a posse de Lula da Silva como presidente da República legitimamente eleito foi uma possibilidade real, como ficou claro a partir dos depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, prestados à Polícia Federal (PF) no início de março. (…)

São estarrecedoras as revelações dos militares, trazidas a público agora que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu retirar o sigilo das investigações. Aos policiais, Freire Gomes afirmou que Bolsonaro convocou reuniões no Palácio da Alvorada com a cúpula das Forças Armadas após a derrota no segundo turno para apresentar aos comandantes “hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e estados de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”. (…)

O editorial do Estadão chamou o inelegível de “doidivanas” ressentido com a democracia. Reprodução

Que Bolsonaro é um ressentido com a democracia de marca maior, já era fato público e notório desde muito antes de ele cogitar concorrer à Presidência da República. Seus quatro anos de mandato como chefe de Estado e de governo só deixaram claro para um público mais amplo a sua índole liberticida. A natureza golpista de Bolsonaro, no entanto, não diminui a importância das revelações feitas por seus ex-comandantes militares – ao contrário. (…)

Inconformado com a derrota eleitoral, Bolsonaro se moveu para pôr tropas armadas nas ruas a fim de sustentá-lo no cargo, sob a falsa justificativa de que a eleição não teria sido limpa. Tramou prender autoridades políticas e judiciárias. Por óbvio, teria lançado suas garras também sobre a imprensa profissional e independente. No limite, Bolsonaro assumiu o risco de derramar o sangue de concidadãos em nome de um projeto pessoal de poder. Um doidivanas, assim como os fardados que anuíram com essa loucura.

Eis a dimensão da sordidez. Ao tempo que fazia chegar ao País a informação de que estaria “deprimido” por não ter sido reeleito, Bolsonaro, na verdade, estava maquinando o fim da democracia, cuja reconquista tanto custou aos brasileiros. Que isso não saia barato.

Fonte: DCM

Juiz que comprou carros de luxo para revender é condenado a receber sem trabalhar

 

O juiz Guilherme da Rocha Zambrano. (Foto: Reprodução)

Um juiz que comprou carros de luxo em leilões para revenda foi condenado à aposentadoria compulsória pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) em Porto Alegre. Segundo a Lei Orgânica da Magistratura, juízes não podem realizar atos de comércio. A decisão foi tomada em 1º de março e aguarda o trânsito em julgado da ação para ser aplicada.

Guilherme da Rocha Zambrano, o juiz afastado, recorreu da decisão. Ele arrematou um Land Rover Evoque em um leilão da Vara do Trabalho de Sapiranga em março de 2022 por R$ 98 mil. O magistrado também participou de outros leilões na mesma época, adquirindo um Audi A5 para a esposa, cedendo um Toyota Corolla para o irmão e um Nissan Frontier para a tia.

Range Rover Evoque, modelo de um dos casos adquiridos pelo juiz agora aposentado compulsoriamente. (Foto: Reprodução)

A desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, no caso, afirmou que os carros foram adquiridos com a finalidade de revenda.

“Verifica-se que os veículos foram adquiridos pelo Magistrado para venda, sem o que a sociedade não se capitalizaria, tampouco cumpriria seu objeto social, que envolve a venda de veículos”, disse trecho do relatório assinado pela desembargadora.

Zambrano foi afastado cautelarmente de suas funções, mas não sofrerá prejuízos financeiros até que a aposentadoria compulsória seja efetivada.

No entanto, após a confirmação, ele receberá vencimentos proporcionais ao tempo de serviço e contribuição, sendo que um juiz trabalhista em atividade ganha R$ 37.731,80, conforme o TRT4.

O Órgão Especial do tribunal considerou que Zambrano praticou atos de comércio e constituiu sociedade como sócio, o que é proibido. Ele foi punido também com pena de censura por participação em leilões promovidos pela Justiça do Trabalho e uso de certificado digital em atividades privadas.

Fonte: DCM

Lavajatista, Marco Aurélio Mello diz que o STF “ajudou a enterrar” a operação


O ministro aposentado Marco Aurélio Mello. (Foto: Reprodução)

 O ministro aposentado Marco Aurélio Mello, durante entrevista ao Estadão na última semana, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) ajudou a ‘enterrar’ a operação Lava Jato: “Acho que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo”. Durante a entrevista, Mello ainda disse que não vê com bons olhos a decisão do ministro Dias Toffoli relacionada a suspensão dos pagamentos das parcelas dos acordos de leniência firmados pela J&F e pela Odebrecht também no âmbito da operação.

Como um ministro que acompanhou, no Supremo Tribunal Federal, o auge e o declínio da Lava Jato, acredita que o STF ajudou a enterrar a operação?

Sem dúvida alguma. Quando se concluiu, por exemplo, que o juízo da 13.ª Vara Criminal do Paraná não seria competente, se esmoreceu o combate à corrupção. Aí talvez a colocação daquele senador da República (Romero Jucá), que disse que “precisamos estancar essa sangria”, acaba se mostrando procedente.

Por que o STF mudou o posicionamento em relação à investigação?

Estivesse vivo o relator inicial, grande juiz, Teori Zavaschi, se teria caminhado no sentido que se caminhou? A resposta, para mim, é negativa. (….)

Mas foi simplesmente pela troca de relatoria?

O que eu acho é que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo. Só não houve a mesma concepção quanto ao Mensalão porque foi o Supremo quem julgou, aí evidentemente o tribunal ficaria muito mal na fotografia se viesse a declarar vícios na investigação e no próprio processo-crime. (….)

Uma decisão como a que suspendeu o pagamento das multas dos acordos de leniência da J&F e da Odebrecht deveria ter sido tomada monocraticamente?

O grande problema é que nós passamos a ter, não pronunciamentos de órgão único, que seria o Supremo reunido em plenário, mas a visão individual de cada qual. Hoje a insegurança grassa, o que é péssimo. E mais do que isso: grassa o descrédito da instituição na qual eu estive durante 31 anos. Para mim, é uma tristeza enorme perceber isso. Avançamos assim? Como fica a sociedade? Fica decepcionada. Eu só ouço críticas quanto ao Supremo. Eu indago: hoje qualquer dos integrantes sai à rua? Eu sempre saí à rua e nunca fui hostilizado. Eu não creio que qualquer colega que tenha assento no Supremo saia sozinho hoje à rua e frequente locais públicos sem estar com uma segurança maior. (…)

Odebrecht. (Foto: Reprodução

Deve haver uma ponderação dos órgãos públicos sobre a repactuação das multas dos acordos de leniência?

Paga-se um preço por se viver em um Estado de Direito, um deles é o respeito em si pelas regras estabelecidas. Acordo que resulta da manifestação de vontade só é passível de anulação se ficar comprovado vício. Para mim, esse vício fica excluído no caso. Agora, vivenciamos essa época de tempos estranhos e já se fala em repactuação do acordado, isso acaba colando a tudo uma insegurança muito grande, levando inclusive partes a concordarem para depois questionar e terem o dito pelo não dito, a transformação do certo em errado.

As defesas e os acusados sempre estiveram defendidos. Sempre foram ouvidos mediante a voz de técnicos no âmbito do Direito. As empresas que fizeram acordo foram intimidadas? Elas tiraram, por exemplo, as multas do capital de giro? Não. Foi dinheiro que entrou indevidamente na contabilidade dessas empresas. Imaginar que aqueles que formalizaram os acordos estiveram pressionados, intimidados e coagidos não se coaduna com a realidade. (…)

Fonte: DCM

VÍDEO: “Acolhida” em universidade no RS põe veteranos nus para receber calouros


Alunos nus recebem calouros na Universidade Federal do Rio Grande. (Foto: Reprodução)

 A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) organizou uma “apresentação artística” com alunos nus no prédio dos cursos de Artes Visuais. Realizada em 8 de março, a exibição foi apoiada pelo diretório acadêmico da faculdade, como parte do programa “Acolhida Cidadã” para novos alunos.

Segundo a Coordenação dos Cursos de Artes Visuais, a apresentação foi projetada para ser vista por todos, inclusive crianças, sem cenas erotizadas. A Furg justifica a iniciativa como uma forma de acolher os calouros e encerrar trotes violentos, mostrando o contexto da universidade aos novos alunos.

Apesar disso, a nudez gerou debates entre os professores da Furg, com alguns expressando desaprovação. Um vídeo mostra os estudantes sem roupas no Prédio das Artes, dentro da universidade, no Rio Grande do Sul.

A Coordenação dos Cursos de Artes Visuais esclareceu que a performance foi uma iniciativa dos estudantes, sem conotação erótica ou sexual, apenas corpos nus, e ocorreu no Átrio, espaço expositivo do Prédio das Artes. A universidade enfatizou que incentiva práticas artísticas em performance e não vê problemas na ação realizada.

Fonte: DCM

Ex-comandantes militares foram poupados de pergunta delicada na PF; saiba qual

 

Freire Gomes. (Foto: Reprodução)

Nos depoimentos à Polícia Federal (PF), os ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Júnior, não foram questionados sobre possíveis indícios de apoio ao golpe bolsonarista dentro do alto comando das Forças Armadas.

Ambos, segundo informações da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, se posicionaram contra o golpismo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a pergunta sobre o envolvimento de outros oficiais nesse sentido não foi feita durante suas oitivas à PF.

Se os ex-comandantes fossem questionados sobre oficiais alinhados ao golpe, poderia haver uma ampliação do rol de militares implicados nas investigações, segundo indicaram seus depoimentos à PF.

Na Marinha, o ex-comandante, almirante Almir Garnier, foi citado como alguém que se colocou à disposição de Bolsonaro para a aventura golpista, levantando a possibilidade de que outros oficiais na Força também estivessem alinhados a essa ideia.

Fonte: DCM com informações do jornalista Guilherme Amado em sua coluna,  no Metrópoles

VÍDEO: Influencer defensora da submissão da mulher ao homem é vaiada na OAB-PR


Cíntia Chagas. (Foto: Reprodução)

 Durante a IV Conferência Nacional da Mulher Advogada, a influenciadora Cíntia Chagas, conhecida por defender a submissão das mulheres aos homens, enfrentou vaias enquanto realizava sua palestra. O evento ocorreu na sexta-feira (15) na sede da OAB-PR, em Curitiba.

Diante do coro de “machista”, várias mulheres advogadas expressaram seu descontentamento com as ideias de Cíntia, vaiando-a durante sua apresentação. Em resposta, a influenciadora acusou as participantes de “chororidade”.

A palestrante argumentou que um grupo minoritário estava impedindo todas as presentes de assistirem ao evento, rotulando as manifestações como “pseudodemocracia” e “pseudochoororidade”.

“Há um grupo minoritário ali no fundo que prega a democracia. Todavia, esse grupo está retirando o direito de todas vocês assistirem a minha palestra. De modo que a democracia evocada por esse grupo e a ‘chororidade’ não passam de pseudodemocracia e ‘pseudochoororidade'”, afirmou.


Fonte: DCM

Morador de rua inocentado no 8/1, diz que nunca simpatizou com Bolsonaro


Geraldo Filipe da Silva. (Foto: Reprodução)

 O morador de rua Geraldo Filipe da Silva, único inocentado no julgamento do caso 8/1 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que sempre manteve uma posição distante das ideologias de Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. Mesmo assim, Geraldo foi detido e passou 11 meses na Papuda, junto aos terroristas envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro após ter sido flagrado em meio aos participantes do ato.

“Eu não participava de grupos [no WhatsApp], não ia a manifestação e acampamentos. Eu ficava no Centro Pop [equipamento para pessoas vulneráveis] na Asa Sul. Não tinha envolvimento com os ‘patriotas'”, disse Geraldo recentemente.

Após esse período na prisão, Geraldo foi libertado antes do término do processo. Sua presença na Praça dos Três Poderes naquele dia resultou em agressões por parte dos manifestantes golpistas, que o confundiram com um infiltrado. Ele afirmou que, na ocasião, foi até a manifestação após ter ficado “curioso” com o que poderia estar ocorrendo na Praça dos Três Poderes: “Vi os helicópteros sobrevoando a área, como eu andava muito por aquela área, fui lá de curioso e acabei sendo detido”.

Durante seu tempo na prisão, o morador de rua enfrentou hostilidades dos bolsonaristas, sendo colocado até mesmo na solitária após conflitos. Mesmo em liberdade, ele continua a ser difamado, com os simpatizantes do ex-capitão o atacando em suas redes sociais, chamando-o de comunista, infiltrado e esquerdista.

Fonte: DCM

Um terço das sentenças de Moro na Lava Jato já foram anuladas


Sérgio Moro, ainda juiz, em participação em comissão na Câmara dos Deputados. Foto: Lula Marques

 Após uma década desde o início da Operação Lava Jato, 14 das 45 sentenças proferidas pelo ex-juiz Sergio Moro foram invalidadas em instâncias superiores.

Dentre os beneficiados por essas anulações, encontram-se figuras políticas proeminentes anteriormente acusadas pela força-tarefa em Curitiba, incluindo o atual presidente Lula, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Algumas das condenações, datadas entre 2014 e 2018, período em que Moro deixou a magistratura para ingressar na política, ainda estão aguardando decisões definitivas do Judiciário devido a recursos interpostos pelas partes.

Atualmente, o ex-magistrado, que também foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, atua como senador representando o Paraná pela União Brasil e enfrenta um pedido de cassação na Justiça Eleitoral. A primeira fase da Lava Jato teve início precisamente há dez anos, em 17 de março de 2014.

José Dirceu, um possível novo beneficiário das anulações das sentenças de Moro. Foto: Dida Sampaio

Há ainda processos pendentes de julgamento no STF, como é o caso do ex-ministro José Dirceu e do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que aguardam em liberdade.

Essas anulações ocorreram principalmente porque instâncias superiores entenderam que os casos não deveriam ter sido julgados pela Vara Federal de Curitiba ou, em dois processos, porque consideraram que réus delatados deveriam se manifestar apenas após os delatores nas fases finais das ações.

Essas decisões afetaram cerca de 60 réus condenados em 14 ações anuladas. A tendência de revisão foi impulsionada pela determinação do STF em 2019, que estabeleceu que casos relacionados a caixa de campanha devem ser julgados pela Justiça Eleitoral, não pela Justiça Federal.

Em casos de sentenças anuladas, o novo juiz responsável pode validar as decisões do magistrado anterior. A respeito das condenações de Lula, argumentou-se que os fatos já estavam prescritos, resultando posteriormente no arquivamento.

Sergio Moro, hoje senador, preferiu não comentar sobre a invalidação de suas sentenças. Algumas das antigas decisões dele envolviam delatores com acordos homologados na Justiça, que não optaram por recorrer em instâncias superiores.

Fonte: DCM

VÍDEO: Gleisi chama bolsonarista que a agrediu em aeroporto de ‘cachorro do fascismo’


Gleisi Hoffman. Foto: Reprodução

 Gleisi Hoffman afirmou neste sábado (16) que foi agredida por um bolsonarista durante seu desembarque no aeroporto Internacional de Natal, no Rio Grande do Norte. Sem citar o nome do indivíduo, a deputada federal afirmou que ele já tem passagem na polícia por conta de comentários feitos nas redes sociais.

“Olá pessoal, eu estou passando aqui para agradecer todas as manifestações de solidariedade que eu recebi em razão do ocorrido no aeroporto em Rio Grande do Norte. Não fiz antes porque eu estava aqui numa agenda intensa em Natal e que está terminando agora”.

Ela prosseguiu: “O elemento que me agrediu já é denunciado pelo Ministério Público por vários crimes cometidos nas redes sociais e também por agressão a outras pessoas. Responde a vários inquéritos policiais. Ele serve a turma bolsonarista, um cachorro do fascismo, que usa esses métodos para tentar intimidar e constranger as pessoas, mas com a gente não consegue não”.

“Esse pessoal, depois que caça a confusão, se faz de vítima, igualzinho ao Bolsonaro, que articula um golpe e depois quer anistia, dizendo-se perseguido. Mas por ser o aeroporto, em lugar de segurança federal, já acionamos a Polícia Federal e estamos tomando as medidas judiciais.

Logo esse elemento terá de responder financeiramente a mim e criminalmente à sociedade, ocupando o espaço na cadeia, como aqueles seus iguais pelos atos violentos na depredação da Praça dos Três Gordêdes em Brasília, na tentativa de golpe estimulada por Bolsonaro”, acrescentou.

No momento da abordagem, Gleisi estava recepcionada pelo deputado Fernando Mineiro. A presidente afirmou no vídeo que ele a defendeu do homem.  “Eu quero agradecer ao companheiro Mineiro, nosso deputado federal por Natal, que agiu em minha defesa”, complementou.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

“Acabou a patifaria”: como Bolsonaro iludia as massas enquanto tramava o golpe

Jair Bolsonaro com expressão de desconfiançaJair Bolsonaro teria apresentado minutas golpistas – Reprodução

Jair Bolsonaro acumulou uma série de atos e manifestações públicas que sugerem a possibilidade ou o desejo de uma ruptura institucional Ao longo de sua carreira, desde sua atuação na Câmara Municipal do Rio de Janeiro nos anos 80 até seu mandato como Presidente da República.

Entre eles, o recente depoimento de seu ajudante de ordens, Mauro Cid, e dos ex-comandantes militares Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Baptista Júnior reforçam a possibilidade de uma tentativa de golpe de Estado no final de 2022 para impedir a posse de Lula.

Esses depoimentos e colaborações, contudo, apenas confirmam algo que já vinha sendo manifestado de forma clara desde 2020. Bolsonaro já fazia declarações de teor antidemocrático desde a campanha eleitoral de 2018, questionando as urnas eletrônicas sem fundamentos.

No dia 19 de abril de 2020, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, Bolsonaro protagonizou uma das primeiras manifestações explícitas de ameaça à ordem institucional, desafiando o isolamento social durante a pandemia da Covid-19 e incitando apoiadores contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, com pedidos de intervenção militar.

O discurso do presidente Jair Bolsonaro aos apoiadores de intervenção militar. Foto: AFP

“Acabou a época da patifaria”, “agora é o povo no poder” e “não queremos negociar nada” foram algumas das frases ditas pelo presidente. Essa postura confrontacional, sustentada na suposta adesão militar que afirmava possuir, persistiu ao longo do tempo, culminando nos atos golpistas de bolsonaristas e do próprio Bolsonaro no 7 de setembro de 2021, onde ameaçou o STF e exortou à desobediência à Justiça.

Durante as eleições de 2022, Bolsonaro repetiu ataques às urnas eletrônicas, acusando-as de fraudes, sem apresentar provas. A proximidade das Forças Armadas com o processo eleitoral e a divulgação de uma “minuta do golpe” por parte do Ministério da Defesa alimentaram ainda mais os temores de uma tentativa golpista.

Apesar da derrota nas eleições para Lula, Bolsonaro nunca reconheceu publicamente o resultado, mantendo uma postura desafiadora e incentivando manifestações golpistas, o que culminou em episódios de violência e ameaças à ordem democrática.

A investigação aponta para a possível participação de membros do governo, como o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, na articulação de um golpe de Estado, algo negado por Bolsonaro e seus aliados. As informações são da Folha de S. Paulo.

Fonte: DCM