Ondas de calor e chuvas intensas em regiões já castigadas serão atenuadas no Brasil
Ondas de calor e chuvas
intensas em regiões já castigadas serão atenuadas no Brasil, mas a seca pode
piorar a situação em regiões como Pantanal. Depois de uma temporada de
superaquecimento, as águas do oceano Pacífico dão sinais de que vão ficar mais
geladas que o normal. Quase sem interrupção, o fenômeno El Niño será
substituído por seu oposto, La Niña, após uma temporada de temperaturas
recordes e eventos extremos em todo o Brasil. As informações são do G1.
La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo
resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial,
especialmente na região central e leste. Esse resfriamento das águas contrasta
com o fenômeno El Niño, que é caracterizado pelo aquecimento anormal dessas
mesmas águas. A previsão inicial é que a influência do La Niña, a partir de
junho, causará chuvas acima da média em parte da região Norte, Minas Gerais e
Bahia. Na região Sul, que registrou enchentes recordes em algumas localidades
influenciado pelo El Niño, as chuvas agora devem ficar abaixo da média.
As conclusões constam de dois estudos que
analisaram o impacto econômico da Lava Jato, que completa 10 anos
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - A operação que prometia combater a corrupção no setor de
petróleo e gás custou caro à economia e deixa o desafio da reconstrução de
setores . A Lava Jato resultou na destruição de 4,44 milhões de empregos entre
2014 e 2017 e reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) em 3,6% no mesmo período.
De 2015 a 2018, as maiores construtoras brasileiras perderam 85% da receita.
As conclusões constam de dois estudos que analisaram o
impacto econômico da Lava Jato, que completa 10 anos. O primeiro, do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),
rastreou os efeitos de 2014 a 2017 dos setores afetados diretamente e
indiretamente pela operação. O segundo, das universidades Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), mensurou as consequências
sobre as construtoras e a indústria pesada.
O estudo da UFRJ e da Uerj estimou em R$ 142 bilhões as perdas
nos setores de construção civil, indústria naval, engenharia pesada e indústria
metalmecânica. Os efeitos, no entanto, vão além dos segmentos diretamente
investigados pela operação e que tiveram de fechar delações premiadas e acordos
de leniência.
Segundo o Dieese, dos 4,44 milhões de postos de trabalho
perdidos, 2,05 milhões ocorreram nos setores e nas cadeias produtivas
diretamente afetadas pela Lava Jato. Os 2,39 milhões de empregos restantes
foram destruídos em setores prejudicados pela queda da renda e do consumo, como
comércio, transporte e alimentação.
A quina teve 72
apostadores e cada um vai receber R$ 59.349,01. Os 5.712 ganhadores da quadra
terão o prêmio individual de R$ 1.068,70
Agência
Brasil - Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.701 da Mega
Sena, sorteadas nesse sábado (16) à noite em São Paulo. O prêmio para o próximo
concurso, na terça-feira (19), será de R$ 67 milhões.
Foram sorteadas as dezenas 06 - 15 - 18 - 31 -
32 - 47.
A quina teve 72 apostadores e cada um vai
receber R$ 59.349,01. Os 5.712 ganhadores da quadra terão o prêmio individual
de R$ 1.068,70.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário
de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet,
no site da Caixa Econômica
Federal. Para apostar pela internet, é preciso fazer um cadastro, ser maior de
idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$
5,00.
Economistas do J.P. Morgan projetam agora um crescimento de 2,2% para o PIB deste ano
A economia brasileira
iniciou o ano de forma surpreendente, com indicadores que superaram as
expectativas do mercado. Os dados referentes a janeiro revelaram um desempenho
robusto no comércio varejista, nos serviços prestados e na geração de empregos
formais. Esses resultados inesperadamente positivos estão alimentando uma
perspectiva otimista para o crescimento econômico de 2024, levando alguns
analistas a revisarem suas projeções para cima, aponta reportagem do Valor.
Os números divulgados esta semana contrariaram as
previsões iniciais, indicando uma tendência de crescimento mais forte do que se
esperava. As vendas no varejo restrito apresentaram um aumento significativo de
2,5%, enquanto o volume de serviços prestados registrou uma alta de 0,7%, ambos
os casos surpreendendo os agentes do mercado. Além disso, a geração de empregos
formais em janeiro superou em muito as estimativas, com a criação de 180 mil
novas vagas, mais que o dobro do previsto.
Economistas do J.P. Morgan projetam agora um crescimento de 2,2%
para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, enquanto a Novus Capital indica
uma expansão de 0,8% no primeiro trimestre. Essas projeções mais otimistas
refletem a percepção de uma atividade econômica mais forte do que o esperado
inicialmente. Além disso, alguns bancos, como o Natixis e o C6 Bank, já
aumentaram suas estimativas de crescimento para o PIB de 2024, com base na
análise de uma demanda interna saudável e potenciais impulsos nas despesas do
governo e nas exportações.
Diante desses resultados inesperados, o mercado financeiro
está reavaliando suas previsões e adotando uma postura mais otimista em relação
ao crescimento econômico do Brasil para este ano. As revisões para cima nas
projeções de crescimento do PIB refletem a confiança renovada na força da
economia brasileira e nas perspectivas de recuperação após um período de
estagnação.
O Ministro manterá reuniões com o
chanceler da Autoridade Palestina e com outras autoridades, e participará de
evento na Fundação Arafat
O ministro das
Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou neste domingo (17) em Ramala, na
Cisjordânia, procedente de Amã. O Ministro manterá reuniões com o chanceler da
Autoridade Palestina e com outras autoridades, e participará de evento na
Fundação Arafat.
De acordo com o Itamaraty, Vieira irá se encontrar com os
representantes de cada nação e “passará em revista os principais pontos da
agenda bilateral do Brasil com os respectivos países, sobretudo em temas como
cooperação técnica, comércio e investimentos”.
Ele esteve em evento na Zona Oeste do Rio para oficializar a candidatura de Alexandre Ramagem (PL) à Prefeitura
Durante o evento político realizado no Rio de Janeiro, neste sábado (16), para oficializar a candidatura de Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio, Jair Bolsonaro voltou a contestar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos, após acusações de disseminação de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Questionando seus apoiadores, Bolsonaro perguntou: “Por que me tornaram inelegível?”.
Durante o discurso, Bolsonaro relembrou eleições passadas e afirmou que “decisões equivocadas têm suas consequências”. Ele também reiterou sua jornada até a Presidência, destacando seu governo entre 2019 e 2022, bem como a ascensão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao cargo de governador de São Paulo.
Ao lado do governador Cláudio Castro (PL) e do senador Flávio Bolsonaro (PL), o evento combinou elementos políticos e religiosos. Bandeiras de Israel foram vistas entre as do Brasil, assim como ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo.
Enquanto Bolsonaro participava desse evento de hoje, um dia antes o ministro Alexandre de Moraes, do STF, levantava o sigilo de depoimentos relacionados a um inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Utilizando trios elétricos e com uma multidão vestida de verde e amarelo, Bolsonaro percorreu seis cidades do litoral do Rio de Janeiro, apresentando candidatos a vereador e prefeito nessas localidades.
A divulgação de 27 depoimentos dados por militares, políticos e ex-assessores de Bolsonaro na sexta-feira reforçou as suspeitas investigadas pela Polícia Federal sobre o envolvimento do ex-presidente em uma trama para manter-se no poder e evitar a posse de Lula (PT).
Depoimentos-chave dos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, sugerem não apenas o envolvimento de Bolsonaro, mas também de seu ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira, e do então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos.
Bolsonaro já foi condenado pelo TSE por disseminação de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, e enfrenta diversas outras investigações no STF. Como resultado, está inelegível até pelo menos 2030.
Caso seja processado e condenado por crimes como tentativa de golpe de Estado, tentativa de subversão do Estado democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro pode enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos. No entanto, ele ainda não foi formalmente acusado desses delitos.
Após a finalização da investigação pela PF, a análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a decisão do STF sobre a transformação de Bolsonaro em réu, uma eventual prisão só ocorreria após a última etapa, caso ele seja condenado.
O objetivo do evento deste sábado foi apoiar a pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à prefeitura do Rio de Janeiro. A presença de Bolsonaro tinha como intuito reunir seus apoiadores em torno de Ramagem, cuja indicação para a disputa foi questionada após ele se tornar alvo de uma investigação da Polícia Federal.
O evento ocorreu na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, na zona oeste da capital. Esta área foi uma das que favoreceram a vitória de Bolsonaro sobre o presidente Lula na cidade.
A presença de Bolsonaro neste evento serviu como uma forma de pressão sobre Cláudio Castro para decidir se irá ou não apoiar o indicado pelo ex-presidente para a disputa.
A pré-candidatura de Ramagem se tornou incerta após ele ser alvo de investigação por suspeita de participação em monitoramentos ilegais durante sua gestão na Abin.
A ala mais próxima de Bolsonaro busca retratar Ramagem como um perseguido político, sugerindo uma conspiração entre o STF e o governo Lula. Esta estratégia visa a polarizar ainda mais a disputa com o prefeito Eduardo Paes (PSD), pré-candidato à reeleição, de forma a beneficiar o parlamentar do PL.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.
Pedido de advogados de Bolsonaro era para encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) recurso transferindo alçada das cortes
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou nesta sexta-feira um pedido da defesa de Jair Bolsonaro para encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um recurso contra a decisão que manteve em andamento no TRF-1 um processo por improbidade administrativa contra o ex-presidente.
O processo, na Justiça Federal, investiga possíveis irregularidades na contratação de Walderice Santos da Conceição, conhecida como “Wal do Açaí”, como assessora parlamentar de Bolsonaro quando ele ocupava o cargo de deputado federal.
Os advogados de Bolsonaro contestaram, no TRF-1, a competência da Justiça Federal para julgar o caso. Essa contestação foi rejeitada pelo tribunal em novembro do ano passado. Em seguida, a defesa apresentou um novo recurso, agora direcionado ao STF. Esse tipo de recurso é protocolado inicialmente no TRF-1 e passa por uma análise preliminar antes de ser encaminhado para o Supremo.
Ao decidir sobre o caso, o desembargador federal Marcos Augusto de Sousa, vice-presidente do TRF-1, rejeitou o argumento da defesa de que o processo deveria ser remetido à Justiça estadual.
A defesa de Bolsonaro ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão do desembargador, agora junto ao STF. O processo por improbidade administrativa envolvendo Bolsonaro e sua ex-assessora segue em tramitação na primeira instância da Justiça Federal.
A ação foi movida pelo Ministério Público Federal em março de 2022. De acordo com a acusação, Wal do Açaí esteve lotada no gabinete de Bolsonaro por mais de 15 anos, sem nunca ter ido a Brasília ou exercido suas funções relacionadas ao cargo.
O MPF alega que, durante esse período, Walderice e seu companheiro prestavam serviços particulares para Bolsonaro, especialmente relacionados à manutenção da casa e dos animais do ex-presidente na Vila Histórica de Mambucaba, no litoral do Rio de Janeiro.
As defesas de Bolsonaro e de Wal do Açaí argumentam que não houve irregularidades no caso.
Valores morais, questões identitárias e habilidade de mobilização política também desempenham papel crucial na formação da opinião pública e na popularidade dos governos
A inflação está sob controle, o desemprego atinge o menor nível desde 2014 e o Produto Interno Bruto (PIB) está crescendo além das expectativas do mercado. Porém, a popularidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em declínio.
Desde que o estrategista americano James Carville popularizou a frase “É a economia, estúpido” na campanha presidencial de Bill Clinton, em 1992, a importância da economia na política tem sido um mantra. No entanto, hoje, tanto dentro quanto fora do Brasil, essa máxima começa a ser questionada, embora a economia ainda desempenhe um papel crucial.
Segundo cientistas políticos e diretores de institutos de pesquisa, em um cenário de polarização consolidada, valores morais e questões identitárias se juntam à economia como temas fundamentais na formação da opinião pública. Em resumo, parece que o pensamento de Carville está passando por uma adaptação: a economia ainda importa, estúpido, mas não é mais suficiente por si só.
Felipe Nunes, diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa, afirma que essa nova dinâmica reflete uma opinião pública cada vez mais polarizada, onde cada lado tem convicções firmes e está fechado para ouvir o outro.
Ele destaca que, embora o debate econômico tenha sido predominante no passado, agora há uma disputa por narrativas que vai além da esfera econômica, abrangendo questões de valores e identidade.
Nas pesquisas da Quaest, a avaliação positiva do governo Lula caiu de 40% em fevereiro de 2023 para 35% no mesmo mês deste ano, enquanto a avaliação negativa aumentou de 20% para 34%. Os levantamentos do Ipec também mostram uma queda na popularidade do governo, com diminuição na aprovação e um aumento na desaprovação.
Apesar dos indicadores econômicos positivos, como inflação controlada, baixo desemprego e crescimento do PIB, os especialistas apontam que a percepção da população sobre a economia pode não estar alinhada com esses números. Márcia Cavallari, CEO do Ipec, destaca que a melhora na economia pode demorar a se refletir no cotidiano das pessoas, especialmente nas camadas de renda mais baixa.
Além disso, há uma oposição política mais ativa e eficaz, especialmente por parte do bolsonarismo, que tem conseguido mobilizar seus apoiadores em torno de pautas conservadoras e identitárias.
Josué Medeiros, professor da UFRJ, observa que o governo precisa lidar com essa oposição mais combativa e aprender a responder de forma eficiente às narrativas que são difundidas pela oposição.
Portanto, embora a economia continue sendo um fator importante na política, ela não é mais o único determinante. Valores morais, questões identitárias e a habilidade de mobilização política também desempenham um papel crucial na formação da opinião pública e na popularidade dos governos.
— Não é mais suficiente apenas a economia para gerar resultados políticos. É preciso disputar narrativas, compreender a guerra cultural num mundo de redes sociais e de formação de bolhas — avalia o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa e autor, junto com o jornalista Thomas Traumann, do livro “Biografia do Abismo”, que analisa a polarização na sociedade brasileira.
Essa nova lógica, afirma Nunes, evidencia uma opinião pública “calcificada”, palavra escolhida no livro para ilustrar como a sociedade está dividida, com cada lado convicto do que acredita e fechado a ouvir o outro.
— A sociedade brasileira sempre foi conservadora, e continua sendo. Um governo de esquerda, então, tem desafios — aponta o diretor da Quaest, que também é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). — Quando o debate era só econômico, conseguia superar pelas entregas voltadas para o bem-estar social. Quando isso deixa de ser o único determinante e entra a pauta de valores, o governo tem que debater temas não necessariamente favoráveis a ele na opinião pública, como o aborto.
Nas pesquisas da Quaest, o governo Lula passou de 40% de avaliação positiva em fevereiro de 2023 para 35% no mesmo mês deste ano; a negativa saltou de 20% para 34%. Nos levantamentos do Ipec, queda de 41% para 33% no índice de “ótimo ou bom” e crescimento de 24% para 32% no de “ruim ou péssimo”, quando comparados os meses de março de um ano para outro.
Os indicadores econômicos, por sua vez, têm registrado inflação abaixo de 5% na comparação com os 12 meses anteriores, taxa de desocupação em 7,4% e um PIB que cresceu 2,9% no ano passado, na contramão das expectativas de menos de 1% divulgadas pelo mercado no início do governo.
Outra interpretação para o descompasso versa sobre nuances da melhora da economia, destacam os especialistas. O PIB do ano passado, por exemplo, teve desempenho melhor nos dois primeiros trimestres, quando a avaliação do governo também estava superior. Pesa ainda a demora para dados econômicos despontarem como algo palpável para a população, analisa a CEO do Ipec, Márcia Cavallari.
— Uma coisa são os indicadores oficiais, outra é a percepção da opinião pública. A percepção às vezes demora a chegar —diz. — A economia pode estar melhorando, mas talvez a população ainda não tenha sentido isso no bolso. Até porque, quando vemos os segmentos em que Lula mais caiu, destaca-se o de renda mais baixa.
Adepto dessa leitura, o governo fez na última quinta-feira uma reunião em que o presidente reuniu ministros para discutir como reduzir os preços dos alimentos.
Cavallari, no entanto, também enfatiza que as outras pautas de fora da alçada econômica têm recebido mais atenção no Brasil e no mundo:
— Essa questão de pautas mais conservadoras também pega, está ficando mais forte nos últimos tempos. O que determina a aprovação é um misto de economia, segurança, pauta de costumes.
Um dado inédito das pesquisas Quaest, compartilhado agora com o Globo, dá sustentação à leitura do governo, apesar de os especialistas acreditarem que isso por si só não é o suficiente. Em dezembro do ano passado, 47% dos entrevistados acreditavam que o poder de compra do brasileiro era “menor do que antes”. No levantamento de fevereiro, o percentual saltou para 65%.
Na outra ponta, 33% avaliavam em dezembro que o poder de compra era maior; agora, apenas 20% pensam assim. Os números ilustram como indicadores positivos na economia nem sempre se convertem a curto prazo em impacto real para a população.
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o cientista político Josué Medeiros enxerga uma oposição distinta daquela a que os governos anteriores de Lula estavam acostumados, o que configura um desafio.
O bolsonarismo, diz, retomou o poder de mobilização perdido nos meses seguintes ao 8 de janeiro. Uma vez recuperada a capacidade de articulação, voltou a navegar por águas que lhes são convenientes, sobretudo na pauta de valores.
— As frases de Lula sobre Israel até servem de munição, mas de forma isolada não tem nada nas pesquisas que mostre diretamente que elas fizeram cair a popularidade. Mas há, além delas, um conjunto de fatores, como as fake news sobre Marajó, a nota técnica do Ministério da Saúde sobre aborto, debate sobre inflação. Precisamos sair de tópicos isolados e ver o processo — afirma o coordenador do Observatório Político e Eleitoral (Opel) e do Núcleo de Estudos sobre a Democracia Brasileira (Nudeb).
A lógica de que políticas públicas vão naturalmente se converter em melhora na popularidade, aponta Medeiros, não se sustenta mais. E o bolsonarismo disputa de forma mais eficiente as narrativas na base da sociedade.
— Quando retomam a capacidade de pautar a oposição e de se mobilizar, isso não encontra resposta do governo. Política é esporte de contato e só tem um lado que está dando carrinho, indo para a dividida, disputando a jogada.
Márcia Cavallari ressalta que a existência de uma oposição dura é algo com que o governo precisa aprender a lidar.
— Fizemos a pergunta sobre a dificuldade com o Congresso, por ter uma oposição mais ferrenha, e a percepção das pessoas é de que vai ser mais difícil governar. O governo vai ter que lidar com isso para cumprir o que prometeu, atender expectativas, colher resultados — observa a CEO do Ipec.
Nos Estados Unidos, onde o presidente Joe Biden tentará a reeleição em novembro, o cenário é parecido. O governo do democrata reduziu a inflação do patamar de 9,1%, raro na história americana, para 3,1% em pouco mais de um ano. O desemprego também está abaixo de 4%. Mesmo assim, a candidatura do republicano Donald Trump, afeita às pautas da extrema direita global, tem chances reais de sair vencedora.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
‘Ideia é que se uma igreja possui um posto de combustíveis ou qualquer outra atividade que gere renda, não seja beneficiada com isenção tributária’, afirma relator
Está prevista para a próxima quarta-feira a votação no plenário da Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/23, que visa a ampliar a imunidade tributária para templos religiosos.
Deputados ligados à bancada evangélica têm mantido encontros com representantes da equipe econômica do Ministério da Fazenda para discutir ajustes ao texto. Uma das propostas em debate é a remoção da isenção tributária de atividades de “geração de renda” realizadas por entidades religiosas.
O deputado Fernando Máximo (União-RO), relator da PEC na comissão especial, explicou: “A ideia é que se uma igreja possui um posto de combustíveis ou qualquer outra atividade que gere renda, não seja beneficiada com isenção tributária”.
Essa alteração foi bem recebida pelos parlamentares, e a equipe do ministro Fernando Haddad está calculando o impacto dessa mudança. Na manhã desta segunda-feira, os dois grupos voltam a se reunir para finalizar o formato da proposta que será apresentada no plenário.
O apoio do governo, que busca uma aproximação com o público evangélico, tem sido crucial para destravar a tramitação do texto.
Fernando Máximo enfatizou: “As igrejas desempenham um papel importante ao retirar crianças das ruas, cuidar de idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade, além de ajudar usuários de drogas e álcool. Elas resolvem problemas que o Estado muitas vezes não consegue, contando com recursos modestos e muitas vezes com trabalho voluntário”.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.
Problemas diversos, como queda de bateria, somaram 1.175 registros em 2023
Em 2023, dos 8.220 detentos que usam tornozeleiras eletrônicas no Rio, 740 detentos danificaram seus equipamentos, resultando em uma média de dois casos diários. Além disso, houve 1.175 registros de problemas com bateria, mau funcionamento e violação do perímetro estabelecido pela Justiça, totalizando cinco infrações por dia.
A adoção da tecnologia das tornozeleiras tem como objetivo reduzir a superlotação carcerária, facilitar a ressocialização dos presos e economizar gastos no sistema prisional. Atualmente, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) monitora estes 8.220 detentos com tornozeleiras, evitando que ocupem espaço nas cadeias, onde já há mais de 43 mil presos. O custo de cada equipamento para o governo estadual é de R$ 231,30 por mês, totalizando um gasto de R$ 22,9 milhões somente em 2023.
Com tantas tornozeleiras em uso, é comum encontrar pessoas com seu uso nas ruas do Rio. Até mesmo figuras conhecidas, como o bicheiro Rogério de Andrade e o ex-tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, condenado pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, são monitorados pelo equipamento.
No entanto, chamam a atenção casos de pessoas em situação de rua que procuram a Seap para informar mudanças de localização ou recarregar a bateria do dispositivo.
A Justiça determina a área de circulação de cada preso, e qualquer violação é registrada pela central de monitoramento.
No entanto, alguns detentos arriscam burlar o sistema para comparecer a eventos, como shows de DJ Alok e Taylor Swift, resultando em alertas da Seap e notificações à Justiça, que pode decidir pelo retorno do preso à prisão. A maioria dos presos com tornozeleiras cumpre prisão albergue domiciliar, sendo monitorados em tempo real pela central da Seap.
O promotor de Justiça Murilo Bustamante, responsável pelo sistema penitenciário, enfatiza que o monitoramento eletrônico é eficiente, detectando violações que são comunicadas à Justiça para as devidas providências legais. Já o juiz auxiliar da 2ª vice-presidência do Tribunal de Justiça do Rio, André Ricardo de Franciscis Ramos, destaca que não há um levantamento específico sobre reincidência entre presos usando tornozeleiras.
Ele ressalta que o uso do dispositivo é uma alternativa para prisões domiciliares, permitindo que os detentos cumpram pena em casa, com exceção de saídas autorizadas para visitas familiares e trabalho.
A equipe da Seap realiza em média 130 atendimentos diários, solucionando problemas como oscilação de sinal, bateria descarregada e rompimento da cinta.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com ministros e membros de seu governo. (Foto: Reprodução)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja utilizar a reunião ministerial prevista para segunda-feira (18) como uma oportunidade para exigir mais empenho dos integrantes do governo na comunicação das ações do Executivo. Com informações da colunista Jeniffer Gularte do Globo.
A ação vem em resposta à preocupação do Palácio do Planalto com a recente queda na aprovação do presidente, conforme indicado por pesquisas realizadas no início do mês.
Segundo relatos de dois ministros palacianos, o atual mandatário brasileiro está demonstrando crescente impaciência com a falta de entregas e pretende cobrar resultados concretos dos ministros em relação a programas já anunciados. Ele deseja que os ministros de todas as áreas percorram o país, concedam entrevistas e ocupem espaços na mídia para divulgar ações consideradas positivas pelo governo.
Repercussões negativas
A estratégia visa contrabalançar possíveis repercussões negativas das declarações do presidente, que também afetam sua popularidade. Por exemplo, Lula comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto, o que gerou controvérsia. Além disso, os ministros serão instados a explorar melhor o canal direto que possuem com os eleitores por meio de suas redes sociais pessoais e a abordar questões além de suas áreas específicas durante viagens.
Desde o segundo semestre do ano passado, os ministros têm sido informados sobre as ações do governo nos estados que visitam e são orientados a defender Lula durante suas atividades. No entanto, parte do primeiro escalão não tem conseguido propagar as realizações de suas respectivas áreas e do governo de forma eficaz.
Desempenho de membros da equipe
Auxiliares de Lula mencionam ministros cujo desempenho na comunicação é considerado aquém do esperado. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, é citada como exemplo, pois apesar de sua competência técnica indiscutível, ela tem sido discreta na divulgação das ações de sua pasta. O Ministério da Saúde, em resposta, ressaltou que suas ações de comunicação visam prestar serviços à população.
O ministro Wllington Dias. (Foto: Reprodução
Wellington Dias, à frente do Desenvolvimento Social, é outro ministro que poderia destacar mais programas como o Bolsa Família, uma vitrine histórica do partido. Apesar de seus esforços para implementar mudanças no programa, o Planalto não considera suficiente sua atuação nesse aspecto.
Lula também espera que o Ministério da Educação, sob o comando de Camilo Santana, contribua para melhorar a popularidade do governo. Agora, Camilo tem em sua agenda programas como o Pé-de-Meia, escolas em tempo integral e renegociação de dívidas do Fies, que podem ajudar nesse objetivo.
Fonte: DCM com informações da colunista Jeniffer Gularte, do jornal O Globo