quarta-feira, 13 de março de 2024

Analistas revelam interesses dos EUA na cooperação com a Lava Jato

 

Segundo analistas, além de intenções jurídicas e políticas, havia um interesse de impacto que ajudava financeiramente o governo estadunidense

 

Sergio Moro e Deltan Dallagnol
Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Marcos Corrêa/PR | Pedro de Oliveira/ALEP)


Sputnik - A colaboração secreta e ilegal entre o Departamento de Justiça dos EUA e os procuradores de Curitiba gerou críticas, evidenciando uma possível interferência estrangeira nas investigações da operação Lava Jato.

Revelações de conversas vazadas no Ministério Público Federal do Paraná, que já são conhecidas pelo público, apontam para uma subordinação a interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos. Dez anos depois, a Sputnik Brasil conversa com especialistas que dão visões acerca dos impactos e interesses por trás do envolvimento dos EUA na operação que impactou a Justiça, a política, a economia e a sociedade do Brasil.

Lier Pires Ferreira, pesquisador do Laboratório de Estudos Políticos de Defesa e Segurança Pública da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LEPDESP/UERJ) e do Núcleo de Estudos dos Países BRICS da Universidade Federal Fluminense (NuBRICS/UFF), trouxe à tona questões controversas sobre a cooperação entre autoridades americanas e brasileiras durante a operação Lava Jato.

"Conversas vazadas no Ministério Público Federal do Paraná revelam que um dos aspectos mais controvertidos da Lava Jato foi sua subordinação a interesses estrangeiros, em particular dos Estados Unidos. Há que se lembrar que, anos antes, no governo [do presidente americano Barack] Obama, a presidente Dilma Rousseff e a Petrobrás haviam sido alvos de espionagem ilegal dos americanos", relembra o especialista.

As discussões se concentram em como essa influência impactou não apenas as dinâmicas políticas e legais internas no Brasil, mas também a economia nacional.

A Petrobrás, principal alvo da Lava Jato, aceitou pagar uma multa significativa, parte da qual seria destinada a um fundo de combate à corrupção. No entanto, a tentativa dos procuradores de Curitiba de gerir esse fundo foi barrada pelo STF. A ação teve consequências devastadoras para grandes empresas brasileiras, como Petrobrás, Odebrecht e JBS, resultando na perda de valor patrimonial, fatias de mercado e desemprego em massa.

Arquitetura jurídica montada pelos EUA - À Sputnik Brasil, Fábio de Sá e Silva, autor de estudos sobre a Lava Jato, pesquisador e doutor em direito, política e sociedade da Universidade de Northeastern (EUA), e professor associado de estudos internacionais e professor Wick Cary de estudos brasileiros na Universidade de Oklahoma (EUA), relembra que muitas das opiniões e inferências acerca da influência dos EUA na operação foram tratadas como teoria da conspiração, mas que houve, de fato, uma ingerência por parte do governo norte-americano.

"O que é um fato — e muito bem documentado — é que os EUA construíram toda uma arquitetura jurídica de combate à corrupção no mundo alinhada com os interesses nacionais e a Lava Jato se deu um pouco a partir dessa arquitetura. [...] De certa forma, os americanos fazem o que é bom para eles. O que me interessa questionar é por que os brasileiros — procuradores, juízes, veículos de imprensa — fizeram o que fizeram na Lava Jato, cujas consequências para a economia, o direito, a política e o próprio combate à corrupção no país são terríveis", indaga Silva.

Questionado sobre o interesse dos EUA na operação, Lier Pires destaca que, para além de intenções jurídicas e políticas, era um interesse de impacto que ajudava financeiramente o governo norte-americano.

"O interesse dos EUA direcionava-se prioritariamente à Petrobrás, cujos desvios de conduta impactavam investidores norte-americanos, já que as ações da petrolífera brasileira eram negociadas em bolsas americanas. Não por outro motivo, em 2018 a Petrobrás aceitou pagar uma multa superior a US$800 milhões [aproximadamente, R$ 4 bilhões de reais]. Como se sabe, cerca de 80% desse dinheiro retornaria ao Brasil. Os procuradores de Curitiba pleiteavam a gestão dessa verba, que seria destinada a um fundo de combate à corrupção. Quase tiveram êxito. Todavia, a manobra foi abortada pelo STF", vaticina Ferreira à Sputnik Brasil.

'Ninguém é inocente' - O especialista destaca, ainda, que a interferência dos EUA na Lava Jato revela a importância de Washington na política brasileira. Além disso, ressalta a falta de visão estratégica das autoridades judiciais brasileiras, criticando a abordagem que prejudicou empresas em vez de focar mais nas pessoas físicas envolvidas.

"O fato que me parece mais relevante é que a influência dos EUA na Lava Jato revela primeiramente a importância de Washington na vida política brasileira, como já denunciava estridentemente o ex-governador Leonel Brizola. [...] Ela traz à tona a total falta de visão estratégica das autoridades judiciais brasileiras, míopes em aspectos básicos do Geodireito e do constitucionalismo estratégico. [...] O fato é que as punições devem pesar mais sobre as pessoas físicas do que sobre as empresas", avalia.

Para Rafael Ioris, professor de história moderna da América Latina na Universidade de Denver, existia uma combinação realizada entre os agentes brasileiros e norte-americanos. Segundo ele, "ninguém é inocente".

"Os atores do governo dos Estados Unidos, especialmente, o departamento de Justiça, tinham uma narrativa e perspectiva de que a corrupção era um grande problema na América Latina e já haviam criado treinamentos, cartilha de como combater a corrupção na América Latina. [...] Havia um interesse [dos EUA] na operação. [...] Ninguém é inocente. Um começou a ajudar o outro [Brasil e EUA]", crava.

A queda de uma farsa - Rafael Ioris continua destacando que, embora a grande mídia norte-americana legitimasse o que a mídia brasileira veiculava, com o tempo essa narrativa começou a ser desconstruída. Afinal, as coberturas tanto brasileira quanto norte-americana tinham o objetivo de disseminar que a corrupção era o problema principal da América Latina.

"Aos poucos, especialmente depois das eleições do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, muita gente começou a perceber que havia uma conexão entre o discurso antiestablishment, antipolítica que resultou na eleição de Bolsonaro [...] Houve uma certa preocupação com o resultado [...] e houve uma percepção de que precisávamos [o Brasil] investigar mais um pouco [a Lava Jato], [...] foi um processo com grandes danos para a economia brasileira", arremata.

A 'corrupção sistêmica' e o interesse por trás - À Sputnik Brasil, Larissa Liz Odreski Ramina, professora de direito internacional público da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenadora de Iniciação Científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da mesma instituição, ressalta que houve uma sistematização do que consideraram, à época, corrupção sistêmica, fazendo uso seletivo.

"Utiliza-se desse discurso da corrupção sistêmica de forma seletiva para atacar apenas governos, forças políticas e líderes do chamado progressismo latino-americano. Ou seja, aqueles que se opõem aos ajustes neoliberais ditados pelo Fundo Monetário Internacional. [...] A guerra jurídica foi utilizada contra todos os modelos alternativos às políticas neoliberais e essa narrativa da corrupção sistêmica teve o efeito de considerar a corrupção como um crime transnacional [...] da mesma forma que o tráfico de drogas e o terrorismo internacional são considerados — numa perspectiva militar como ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos", evidencia.

Para o pesquisador Lier Pires Ferreira, há aspectos legais na cooperação judiciária entre EUA e Brasil que não podem ser ignorados.

"Algo diverso ocorre nas ações interventivas, ainda que não tenham caráter direto, i.e., político ou militar. Essas ações são ao mesmo tempo ilegais e ilegítimas, pois ferem a soberania nacional. A submissão brasileira aos interesses norte-americanos no contexto da Lava Jato não apenas apequenou o Brasil, mas feriu sua soberania e imagem perante o conjunto das nações. Além disso, como já dito, teve um imenso custo econômico, muito superior aos recursos financeiros que conseguiu repatriar. A Lava Jato é um exemplo de que um país soberano jamais deve prostrar-se aos interesses estrangeiros, ainda que travestidos de nobres ideais", sobreleva Pires.

O historiador Fábio de Sá pontua que essas tais formas importadas pela Lava Jato sequer são dominantes no direito americano.

"Por exemplo, Moro condenou Lula utilizando decisões de tribunais federais americanos que diziam que não é preciso ato de ofício para configurar corrupção. Mas essa não é a 'lei da terra' nos EUA; a Suprema Corte decidiu, em 2016, que para se punir alguém por corrupção é preciso identificar com clareza um ato de ofício correspondente (quid pro quo). Então o que vejo em tudo isso é um apelo aos EUA que serve para legitimar abusos, o recurso aos EUA como fonte de legitimação simbólica — o que funciona bem num país com elites e imprensa que padecem do complexo de vira-latas", afirma o professor.

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik Brasil

Venezuela fecha espaço aéreo para voos da Argentina, que promete retaliar com "ações diplomáticas"


A crise entre os dois países teve início em 2022, com a retenção de uma aeronave venezuelana supostamente ligada às Forças Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã

Nicolás Maduro e Javier Milei
Nicolás Maduro e Javier Milei (Foto: Reuters)

 

Uma crise diplomática entre a Argentina e a Venezuela tem sacudido as relações entre os dois países sul-americanos, após um conflito envolvendo um Boeing 747 da Emtrasur, uma subsidiária de carga da empresa aérea estatal venezuelana Conviasa, e o governo dos Estados Unidos. A tensão atingiu novos patamares nesta terça-feira (12), quando o governo venezuelano anunciou o fechamento de seu espaço aéreo para qualquer voo proveniente da Argentina. Em resposta, o governo argentino iniciou ações diplomáticas contra Caracas, relata o g1.

O conflito teve início em junho de 2022, quando autoridades argentinas retiveram a aeronave ao aterrissar na cidade de Córdoba, na Argentina, transportando um carregamento de peças automotivas do México. O avião foi confiscado atendendo a um pedido dos Estados Unidos, que alegaram que a aeronave tinha ligações com as Forças Quds, uma unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã.

De acordo com Washington, o Boeing 747 foi adquirido pela Emtrasur da Mahan Air, uma companhia aérea iraniana sancionada pelos EUA, que realiza voos de apoio às Forças Quds. A tripulação, composta por 14 venezuelanos e cinco iranianos, foi detida e posteriormente liberada, mas o avião permaneceu em solo argentino enquanto a Justiça do país deliberava sobre o caso. Em fevereiro deste ano, uma decisão judicial argentina determinou que o voo da aeronave até Córdoba violou normativas norte-americanas de controle de exportações, autorizando assim sua entrega às autoridades dos Estados Unidos, a qual foi realizada pelo governo de Javier Milei.

Essa ação irritou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que já vinha trocando acusações com o líder argentino. As relações entre Argentina e Venezuela têm se deteriorado desde a ascensão de Milei ao poder, em dezembro de 2023. Milei, um economista ultraliberal, tem se referido a Maduro como um "socialista empobrecedor".

Fonte: Brasil 247 com G1

 

Beto Richa anuncia pré-candidatura à Prefeitura de Curitiba

 

Deputado federal e ex-prefeito da capital paranaense revelou que pesquisas recentes o colocaram tecnicamente empatado em primeiro lugar com outros postulantes

Beto Richa

O deputado federal Beto Richa (PSDB) anunciou, durante entrevista ao Blog do Esmael, sua pré-candidatura à Prefeitura de Curitiba. Questionado sobre sua decisão de concorrer à prefeitura em 2024, Richa revelou que pesquisas recentes o colocaram tecnicamente empatado em primeiro lugar com outros postulantes, o que destacaria o reconhecimento da população da capital paranaense por suas realizações enquanto prefeito.

Na entrevista, Richa destacou que sua campanha se concentrará em mostrar as realizações de sua gestão à frente do Executivo da capital comparando ponto a ponto com a gestão atual de Rafael Greca (PSD). Áreas como educação, saúde, redução da tarifa de ônibus e o cuidado com pessoas em situação de rua foram enfatizadas.

Richa também ressaltou suas conquistas, incluindo a geração recorde de vagas em creches, a redução das tarifas de ônibus durante sua gestão e a implementação de programas sociais que beneficiaram diretamente as famílias de baixa renda. Ele criticou o aumento do número de pessoas em situação de rua na cidade sob a administração atual, destacando a falta de ações efetivas para lidar com essa crise social. Richa citou dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que apontam uma redução da pobreza e da miséria durante seu mandato como prefeito.

Ao abordar sua pré-candidatura e possíveis alianças, Beto Richa afirmou que não é um candidato de si mesmo e enfatizou a importância das alianças políticas para ampliar o tempo de exposição na televisão de maneira a comunicar suas propostas e realizações.

O ex-governador e ex-prefeito reconheceu, ainda, o papel crescente das redes sociais nas campanhas eleitorais, mencionando a importância de aumentar seu engajamento online para atingir um público mais amplo. 

Fonte: Brasil 247 com informação do Blog do Esmael

Pepita de ouro encontrada com Valdemar é considerada 'peça rara' e teria origem fora do Brasil, diz PF

Técnicos sugerem que a “rocha mãe” seja de formação recente, possivelmente originada de regiões próximas a cadeias montanhosas, como os Andes ou a Costa do Pacífico

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto - 08/11/2022

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto - 08/11/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado) 

A perícia preliminar realizada pela Polícia Federal (PF) na pepita de ouro encontrada em poder de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), aponta que o metal é uma peça rara de colecionador, com características que indicam ter sido retirado de um garimpo artesanal fora do Brasil. A descoberta ocorreu durante uma operação de busca e apreensão da PF no endereço de Valdemar Costa Neto. A pepita foi apreendida juntamente com outros itens enquanto os agentes cumpriam mandados relacionados à investigação sobre o suposto planejamento de um golpe de Estado. 

“As análises técnicas indicam que a morfologia da peça não é compatível com o solo e as formações rochosas da Amazônia. Por meio do programa Ouro Alvo, a PF possui um banco de amostras de perfis auríferos que permitem identificar a origem do ouro confiscado em operações”, destaca o jornal O Globo

A peculiaridade da pepita reside no seu tamanho, já que foi encontrada em uma peça considerável em comparação com os fragmentos usuais, o que reforça a suspeita de que tenha sido extraída de um garimpo artesanal, onde a extração é mais delicada e não envolve explosivos, como na mineração industrial.

Os técnicos também sugerem que a “rocha mãe” da pepita seja de formação recente, possivelmente originada de regiões próximas a cadeias montanhosas, como os Andes, na América do Sul, ou a Costa do Pacífico, nos Estados Unidos e Canadá.  A hipótese se baseia na análise das características geológicas da pepita.

Ainda conforme a reportagem, a investigação ainda está em andamento e, nesta semana, a pepita foi submetida a uma máquina de aceleração de partículas para verificar a presença de outros minerais que possam fornecer mais pistas sobre sua origem.

Embora tenham sido colhidas amostras em áreas como a reserva indígena Yanomami, conhecida por invasões garimpeiras, não houve correspondência com os perfis auríferos da pepita encontrada com Valdemar Costa Neto.

Um laudo preliminar apontou que a pepita possui um teor aproximado de 91,76% de ouro, com um valor estimado em cerca de R$ 11,6 mil. A defesa de Valdemar Costa Neto alegou que a pepita é de "baixo valor" e estava guardada como uma "relíquia", refutando qualquer irregularidade.

Valdemar Costa Neto foi alvo da Operação Tempus Veritatis da PF, que investiga possíveis envolvimentos em uma suposta trama para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na época da apreensão, Valdemar teve a prisão preventiva decretada em função da apreensão da pepita e por posse irregular de arma de fogo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 


Afronta: Bolsonarista Allan dos Santos cria OnlyFans e desafia Moraes a derrubar site no Brasil

 

O bolsonarista Allan dos Santos. Foto: reprodução

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, desafiando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou na terça-feira (12) ter criado uma conta na plataforma de conteúdo adulto OnlyFans.

Banido de todas as plataformas a mando do magistrado, Allan anunciou a “afronta” no Instagram por meio da conta @38contadoallan, a trigésima oitava criada na plataforma após todas as outras serem derrubadas no Brasil por ordem da suprema corte.

“Quanto tempo ficará no ar o @onlyfans no Brasil? Veremos”, declarou o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro. Já na bio de sua nova conta, o blogueiro destacou um questionamento: “Teremos liberdade aqui?”

Conta de Allan dos Santos no OnlyFans. Foto: reprodução

Vale destacar que durante o discurso no plenário do Senado na última quinta-feira (7), o senador Jorge Seif (PL-SC) anunciou que a Justiça dos Estados Unidos arquivou o pedido de prisão e extradição de Allan dos Santos, solicitado pelas autoridades judiciais brasileiras.

O homem por trás do “Terça Livre” está sob investigação nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está foragido desde 2021, tendo se mudado para os Estados Unidos em 2020.

Em outubro de 2021, Moraes emitiu uma ordem de prisão contra o blogueiro, acompanhada da determinação para que o Ministério da Justiça, então liderado por Anderson Torres, iniciasse o processo de extradição. Contudo, o governo Bolsonaro não deu prosseguimento ao processo, levantando questionamentos sobre uma possível proteção ao aliado do ex-presidente.

Apesar das decisões judiciais, Allan dos Santos permanece nos EUA, continuando a divulgar fake news e a incentivar atos antidemocráticos, delitos pelos quais está sob investigação.

Fonte: DCM

Lewandowski faz acordo com o TSE para combater fake news: “Poder de polícia”


Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Foto: Divulgação

 O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a determinação do país em utilizar o poder policial contra a propagação de fake news durante o período eleitoral.

Em um evento realizado nesta terça-feira (12), Lewandowski assinou um termo de cooperação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para uma atuação conjunta durante as eleições: “O Estado brasileiro não hesitará em usar poder de polícia”.

O ministro enfatizou que a presença do Ministério da Justiça e Segurança Pública no acordo ressalta o cumprimento do princípio constitucional da independência e harmonia entre os Poderes Executivo e Judiciário.

Segundo Lewandowski, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tem como objetivo principal dar ênfase à dimensão educativa da iniciativa, mas ressaltou a importância de medidas repressivas para combater condutas abusivas, especialmente discursos de ódio e disseminação de fake news.

Presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

Ricardo Lewandowski ainda afirma que o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde), criado para coordenar essas ações, não será um órgão censor, mas sim um mecanismo de proteção à democracia.

Até o momento, foram convidados para participar do Ciedde a Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Justiça, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Agência Nacional de Telecomunicações. Posteriormente, as plataformas também serão chamadas a colaborar. O objetivo é agilizar a remoção de conteúdos proibidos e aprimorar a atuação preventiva.

Em outra frente, o Tribunal aprovou regras que proíbem o uso de deepfake e permitem a punição das plataformas que não removerem imediatamente conteúdos que representem riscos, como ataques às eleições e à democracia, além de discursos de ódio e deepfakes.

Fonte: DCM

Mauro Cid confirma que Alexandre de Moraes foi monitorado pelo governo Bolsonaro

 Um núcleo de inteligência teria espionado ilegalmente ministro do STF para garantir sua prisão após golpe.

Ao prestar depoimento pela quarta vez à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid confirmou a realização do monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A informação foi revelada durante as investigações sobre uma suposta trama em que integrantes do governo Jair Bolsonaro (PL) teriam acompanhado o itinerário, o deslocamento e a localização do magistrado com o objetivo de capturá-lo e detê-lo após a assinatura de um decreto de golpe de Estado.

À PF, o ex-ajudante de ordens esclareceu as circunstâncias em que foi realizado o monitoramento do ministro. Há cerca de um mês, foi deflagrada uma operação contra o ex-presidente, ex-ministros e ex-assessores dele investigados por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.

“A autoridade policial aponta que Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Marcelo Costa Câmara e Mauro César Barbosa Cid integraram o núcleo de inteligência paralela, responsável pela coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do ex-Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na consumação do golpe de Estado. 

Os membros teriam monitorado o itinerário, o deslocamento e a localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal e então chefe do Poder Judiciário Eleitoral, Alexandre de Moraes, e de possíveis outras autoridades da República, com o objetivo de captura e detenção, nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado”, afirma a decisão de Moraes, na ocasião.

De acordo com a PF, haveria um núcleo de inteligência, composto pelo general Augusto Heleno, por Mauro Cid e por Marcelo Câmara, “que teria monitorado a agenda, o deslocamento aéreo e a localização” do ministro do STF Alexandre de Moraes, “com o escopo de garantir a captura e a detenção do então chefe do Poder Judiciário Eleitoral nas primeiras horas do início daquele plano”.

Segundo a decisão, Cid e Câmara usavam o codinome “professora” para identificar o ministro Alexandre de Moraes. Os deslocamentos feitos entre Brasília e São Paulo pelo ministro no período coincidem com as informações relatadas pelos ex-assessores de Bolsonaro e também com as reuniões realizadas no Palácio da Alvorada sobre a confecção de uma minuta golpista.

“Considerando que a minuta do decreto que declarava o Golpe de Estado previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes, o acompanhamento e monitoramento da autoridade — inclusive durante o Natal (24/12/2022) — demonstra que o grupo criminoso tinha intenções reais de consumar a subversão do regime democrático, procedendo a eventual captura e detenção do Chefe do Poder Judiciário Eleitoral”, afirma a decisão.

Com informações do jornal O GLOBO.

Pagamento do 13º para aposentados e pensionistas do INSS será antecipado pelo governo; veja as datas

 Abono será pago a pessoas que receberam benefícios como aposentadoria ou auxílio-acidente neste ano.

O presidente Lula (PT) assinou um decreto antecipando o pagamento do abono anual aos beneficiários da Previdência Social, também conhecido como “13º do INSS”. A medida foi publicada nesta quarta-feira (13).


Terão direito ao abono pessoas que, em 2024, tenham recebido auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão da Previdência Social.


De acordo com o decreto, o abono será pago em duas parcelas:

  • a primeira será depositada junto com o benefício de abril;
  • a segunda será depositada junto com o benefício de maio.

Geralmente, o abono é pago no segundo semestre de cada ano. No entanto, nos últimos anos, o governo antecipou o benefício com o objetivo de estimular a economia.


Em 2022 e 2023, por exemplo, o abono foi pago em maio e junho.


Até a publicação desta reportagem, o governo não havia divulgado quantas pessoas seriam beneficiadas pela medida.


Calendário

Veja, a seguir, o calendário de pagamentos de benefícios do INSS para abril e maio de 2024.


Para quem recebe até 1 salário mínimo

Final do NISAbrilMaio
124/424/5
225/427/5
326/428/5
429/429/5
530/431/5
62/53/6
73/54/6
86/55/6
97/56/6
08/57/6
Fonte: INSS

Para quem recebe mais de 1 salário mínimo

Final do NISAbrilMaio
1 e 62/53/6
2 e 73/54/6
3 e 86/55/6
4 e 97/56/6
5 e 08/57/6
Fonte: INSS

Com informações do g1.

Mauro Cid dá informações de ao menos 5 encontros golpistas de Bolsonaro e militares

 

Em seu depoimento de mais de oito horas, o tenente-coronel Mauro Cid deu informações sobre todas as reuniões mapeadas pela Polícia Federal

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado

Em seu depoimento de mais de oito horas, o tenente-coronel Mauro Cid deu informações sobre todas as reuniões mapeadas pela Polícia Federal nas quais se discutiu um plano de golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens da Presidência confirmou a realização de ao menos cinco reuniões que envolveram diretamente Jair Bolsonaro, integrantes de seu governo e militares, revela a jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo.

"Entre as reuniões golpistas confirmadas por Cid, conforme relatos de integrantes da PF, está aquela na qual o ex-assessor especial da Presidência Filipe Martins, acompanhado do advogado Amauri Feres Saad, apresentou a Bolsonaro uma minuta com proposta de um decreto de golpe de Estado. Cid confirmou aos delegados que, após ajustes que teriam sido solicitados pelo próprio ex-presidente, o texto foi discutido novamente em um outro encontro, desta vez, entre Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas.  Outro encontro confirmado e detalhado por Mauro Cid foi realizado pelo coronel do Exército Bernardo Romão Correia Neto, que, na ocasião, era assistente do Comando Militar do Sul. A reunião aconteceu em 28 de dezembro de 2022, em Brasília, com a presença de oficiais com formação nas forças especiais e assistentes de generais supostamente favoráveis ao golpe. Mensagens interceptadas no celular do próprio Cid revelam que Correia Neto foi o responsável por selecionar os convidados para o encontro, que teve o golpe como tema”, destaca.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Michelle Bolsonaro ignora pedidos de ajuda de mulher agredida por Zé Trovão

 

Presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro foi procurada pela ex-esposa do deputado Zé Trovão

(Foto: Reprodução)


Presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro foi procurada pela ex-esposa do deputado Zé Trovão. No requerimento enviado à ex-primeira-dama, Jéssica Veiga diz que foi calada, dentro do partido, por denunciar o parlamentar com base na Lei Maria da Penha.

“Jéssica cobra a sua recondução à presidência do PL Mulher no município de Joinville (SC). Ela foi destituída do cargo após pedido de Zé Trovão. Até o momento, passados três meses da primeira denúncia de agressão contra Zé Trovão, feita também por uma outra ex-companheira dele, Michelle ainda não se manifestou sobre os casos”, destaca o jornalista Paulo Cappelli, em sua coluna no Metrópoles

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles


 

Gleisi: comitiva bolsonarista nos EUA para denunciar “ditadura” foi um verdadeiro vexame

“Comitiva foi barrada no Congresso norteamericano e teve que dar coletiva na rua. Que coisa feia”, destacou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, classificou como um “vexame” a comitiva de bolsonaristas nos EUA para denunciar a “ditadura” no Brasil. 

“Pensem no vexame, a comitiva de bolsonaristas foi aos EUA denunciar a ditadura no Brasil, foi barrada no Congresso norteamericano e teve que dar coletiva na rua. Que coisa feia, mentir lá fora sobre o próprio país, usar deputado americano para atacar o Judiciário e as instituições”, disse.

Saiba mais - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deu início a novos ataques à esquerda brasileira, durante coletiva de imprensa, nos Estados Unidos,onde foi se encontrar com o ex-presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano).

O filho de Jair Bolsonaro (PL) comparou o Brasil a ‘campos de concentração’ de Cuba e Venezuela. Também fez ataques ao Judiciário brasileiro. "O devido processo legal e a ampla defesa já não existem mais no Brasil", afirmou.

Fonte: Brasil 247