sábado, 9 de março de 2024

Em movimento oposto ao do STF, Alcolumbre marca a votação da PEC das Drogas para a próxima semana

 O projeto dos parlamentares criminaza o porte da cannabis. No Supremo Tribunal Federal, a maioria dos ministros votou pela descriminalização, embora o julgamento não tenha acabado

Davi Alcolumbre e a cannabisDavi Alcolumbre e a cannabis (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado I Reuters)

 O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), informou que a votação no colegiado da PEC sobre a criminalização do porte de drogas vai acontecer na próxima semana. A PEC 45/2023, chamada PEC das Drogas, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), consta na pauta de votação da quarta-feira (13), às 10h.

Parlamentares têm pressionado para que o debate ocorra no Congresso e não na Justiça, caso do senador Efraim Filho (União-PB), relator do texto. “É um debate que interessa a sociedade brasileira. No Congresso Nacional está essa prerrogativa e competência de descriminalização das drogas, não acredito que seja um tema a ser decidido pelos tribunais”, disse, conforme relatos publicados na Carta Capital.

Esta semana o Supremo Tribunal Federal adiou o julgamento (ainda sem data definida) sobre a descriminalização do porte de drogas. O placar está 5 a 3 a favor - os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Rosa Weber, Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso votaram pela descriminalização. Nunes Marques, André Mendonça e Cristiano Zanin foram contra.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, no início da sessão desta quarta-feira (6), explicou que o tema em discussão no Tribunal não é sobre a liberação das drogas, mas sim a definição de parâmetros para dizer o que pode ser caracterizado como tráfico ou como porte para consumo pessoal. Ele salientou que a discussão se dá unicamente em torno do uso pessoal de maconha e não de outras drogas. “As drogas não estão sendo, nem serão liberadas no país por decisão do STF. Legalizar é uma definição que cabe ao Poder Legislativo e não ao Poder Judiciário”, afirmou.

Barroso explicou que a Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) definiu que o usuário não vai para prisão e previu sanções alternativas para o usuário, mas não definiu parâmetros. Ele destacou que é necessário o estabelecimento de critérios objetivos para auxiliar a polícia, o Ministério Público e o Judiciário a diferenciar o usuário do traficante e evitar discriminação contra pessoas flagradas com maconha simplesmente em função de escolaridade, renda ou o local onde ocorrer o flagrante.

“O que está em jogo é evitar a aplicação desigual da lei em razão da cor e das condições sociais e econômicas do usuário”, disse. Para o ministro, portanto, é preciso que o Judiciário diga a quantidade de drogas compatível com o uso, para evitar a discriminação de pretos e pobres.

Fonte: Brasil 247 com informações do STF

Gleisi após aumento na renda dos brasileiros: 'governo Lula quer dinheiro na mão do trabalhador e das famílias'

 'Estamos fazendo a economia girar', afirmou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann e Luiz Inácio Lula da SilvaGleisi Hoffmann e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou neste sábado (9) a importância de o Brasil ter alcançado a maior renda desde o Plano Real (1995). De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9% em 2023, a massa de rendimentos do trabalho teve um aumento real de 11,7%, superando a inflação.

"Estudo do IPEA confirma o aumento da renda do trabalho no primeiro ano do governo Lula. É o maior crescimento desde 1995, após o lançamento do real. É dinheiro na mão do trabalhador e das famílias que faz a economia do país girar e melhora a vida das pessoas. Foi pra isso que a gente fez o L", escreveu a parlamentar na rede social X.

No site do Ipea, a instituição afirmou que, segundo o estudo com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), houve crescimento de 3,1% na renda habitual média do trabalho em 2023, frente a 2022. As estimativas mensalizadas mostram que o rendimento habitual médio real em dezembro de 2023 (R$ 3.100) foi 0,7% maior que o observado no mês anterior (R$ 3.078) e 3,9% superior ao valor de dezembro de 2022 (R$ 2.985). Em janeiro de 2024, a estimativa mensal avançou para R$ 3.118.

No segundo trimestre de 2023, a renda média ficou acima da observada no mesmo trimestre de 2019 pela primeira vez desde a pandemia (0,6%). Já no quarto trimestre de 2023, a renda média superou o mesmo trimestre de 2019 em 2,1%. O rendimento habitual refere-se à remuneração recebida por empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria, mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos, ou seja, sem parcelas que não tenham caráter contínuo.

Setores e tipo de vínculo trabalhista

No recorte por setor, no quarto trimestre de 2023, houve queda da renda no transporte (-1,7%) e na construção (-3,8%), em relação ao mesmo período de 2022. Já os trabalhadores da indústria (5,7%), do comércio (5,9%) e da administração pública (4,6%) obtiveram as maiores altas no último trimestre do ano passado. Outro ponto positivo foi a recuperação da renda na agricultura (0,9%), após uma forte queda de 4,6% no trimestre anterior.

Na análise por tipo de vínculo, excluindo os empregadores, os empregados do setor privado sem carteira foram aqueles que apresentaram um maior crescimento interanual da renda no quarto trimestre de 2023 (6,9%). Depois de alguns trimestres com forte elevação nos rendimentos, os trabalhadores autônomos obtiveram um aumento de 0,3% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Já os trabalhadores do setor público e os empregados com carteira assinada registraram altas de 3,9% e 2,1%, respectivamente.

Regiões e o recorde de gênero

Os maiores aumentos na renda em comparação ao quarto trimestre de 2022 foram registrados nas regiões Norte (4,1%) e Nordeste (4%), entre os trabalhadores de 40 a 59 anos (4,1%), com ensino médio completo (3,2%). Apenas os trabalhadores que têm no máximo o ensino fundamental completo apresentaram queda na renda. O crescimento foi menor para os que habitam no Sul e Centro-Oeste, os maiores de 60 anos, homens e chefes de família.

Os rendimentos habituais recebidos pelas mulheres registraram crescimento interanual maior que os dos homens ao longo de todos os trimestres de 2023 – revertendo o desempenho de anos anteriores. No quarto trimestre, o aumento entre as mulheres foi de 4,2%, contra 2,5% de alta na renda média habitual dos homens.

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Fonte: Brasil 247 com informações do IPEA


Relatório do Atlantic Council aponta o Brasil 247 como a principal fonte de "conteúdo pró-Rússia" no Brasil

 Brasil 247 defende, como princípios, a brasilidade, os interesses nacionais, o mundo multipolar, a paz mundial e o equilíbrio entre as nações

Lula, Joe Biden e Vladimir PutinLula, Joe Biden e Vladimir Putin (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Reuters)

 Um relatório publicado pelo Atlantic Council, think-tank estadunidense focado em relações internacionais, aponta o Brasil 247 como principal fonte de "conteúdo pró-Rússia" no Brasil. Preparado pelo Digital Forensic Research Lab, e repercutido no Brasil pela Gazeta do Povo, jornal paranaense vinculado à extrema direita, o relatório afirma que o Brasil 247 é o veículo que mais publica conteúdos de agências russas, como a Sputnik, mas também menciona outros sites, como o Uol, um dos maiores portais de notícias do País.

Em sua apresentação institucional, o Brasil 247 se posiciona como um veículo comprometido com a defesa da brasilidade, dos interesses nacionais e do multilateralismo na política externa, ou seja, da defesa do mundo multipolar. O Brasil 247 é também comprometido com a defesa da paz mundial e do equilíbrio entre as nações. É uma posição alinhada à tradição histórica do Itamaraty.

Na sua cobertura internacional, são utilizados textos de diversas fontes, como a agência ocidental Reuters, assinada pelo Brasil 247, assim como as agências russas Sputnik e Tass. Outras fontes frequentes são a agência chinesa Xinhua, a agência francesa Radio France International, a agência venezuelana Telesur e, até recentemente, a agência argentina Télam, que acaba de ser fechada pelo governo de extrema-direita de Javier Milei. Entre os colunistas frequentes, destacam-se nomes como Jeffrey Sachs, economista estadunidense, Chris Hedges, jornalista estadunidense, e Vijay Prashad, colunista indiano. O objetivo é oferecer aos leitores uma cobertura multifacetada dos temas internacionais, para que eles tenham acesso a amplas fontes de informação e opinião.

Fonte: Brasil 247

Decisão de Moraes deixa claro que Bolsonaro será condenado por tentar um golpe, dizem aliados

 Decisão que proíbe Bolsonaro de participar de cerimônias, festas ou homenagens em instituições militares indicou um "caminho sem volta"

(Foto: ABr)

Para aliados de Jair Bolsonaro (PL), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de proibi-lo de participar de cerimônias, festas ou homenagens realizadas em instituições militares deixou claro que o magistrado já se decidiu pela condenação do ex-mandatário por tentar dar um golpe de Estado, visando permanecer no poder e impedir a posse do presidente Lula (PT).

Segundo a revista Veja, a decisão de Moraes foi interpretada pelos aliados de Bolsonaro como um indicativo de um "caminho sem volta" nas investigações. O trecho da determinação de Moraes que causou esta percepção foi: "os elementos probatórios colhidos nos autos trazem vasto relato de complexa e coordenada atuação de organização criminosa, direcionada a propósito que inviabilizaria a manutenção do arranjo político do país, por meio da adoção de medidas que estipulavam estratégias de subversão da ordem jurídico-constitucional e adoção de medidas extremas que culminaram na decretação de um Golpe de Estado, a ser consumado mediante atuação das Forças Armadas, tudo a fim de assegurar a permanência no poder do então presidente Jair Messias Bolsonaro".

Fonte: Brasil 247 com informação da revista Veja

BNDES vai homenagear Maria da Conceição Tavares

 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social prepara uma cerimônia para a próxima terça-feira

(Foto: ANTONIO CRUZ/ABR)

No próximo dia 12, terça-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai homenagear Maria da Conceição Tavares, renomada economista, de 93 anos. A cerimônia prestará reconhecimento à longa carreira da professora.

Nascida em 1930, ela é conhecida por suas contribuições significativas para a economia política e o desenvolvimento econômico do Brasil. Tavares foi uma das primeiras economistas a analisar criticamente o modelo de desenvolvimento econômico brasileiro, especialmente durante o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985).

Ela se destacou por sua abordagem crítica em relação às políticas econômicas adotadas durante esse período, argumentando que elas beneficiavam principalmente os interesses das elites e não promoviam o desenvolvimento inclusivo do país. Tavares também foi uma defensora da industrialização e da importância de políticas públicas para promover o crescimento econômico e a redução das desigualdades sociais.

Além de suas contribuições acadêmicas, Maria da Conceição Tavares também desempenhou papéis importantes em diversas instituições, incluindo universidades e órgãos governamentais, onde suas ideias e análises tiveram influência sobre políticas econômicas e debates públicos no Brasil. Ela é reconhecida internacionalmente como uma das principais economistas latino-americanas.

Fonte: Brasil 247

Espera por decisão do STF sobre porte de droga é grande prejuízo para Brasil, afirmam ativistas

 Corte não tem prazo para retomar julgamento sobre caso, que depende de decisão de Barroso

(Foto: Michaela Rehle/Reuters)

Por Cristiane Sampaio, Brasil de Fato Ativistas ligados à luta pela legalização da maconha no Brasil lamentaram, em conversa com o Brasil de Fato, a lentidão que tem marcado o debate sobre porte de droga no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Com a última etapa do julgamento do caso suspensa na quarta-feira (6) após pedido de vista do ministro Dias Toffoli, o processo agora não tem nova data para ser debatido no plenário da Corte. O caso chegou ao STF em 2011 e começou a ser analisado em agosto de 2015.

"Toda essa lentidão do julgamento é um grande prejuízo. Quantas pessoas estão sendo presas, estão sofrendo violência de Estado porque não há um reconhecimento de que quem porta maconha para o consumo próprio não pode ser considerado um criminoso? Isso vai acarretar mais prejuízo, mas esses prejuízos já são de um cálculo difícil de se fazer. São anos e anos em que pessoas estão sofrendo injustiça por conta da conduta do Estado e porque não há um reconhecimento de que elas não poderiam ser consideradas criminosas", queixa-se o advogado e ativista Emílio Figueiredo, da diretoria da Rede Reforma – Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas.

O STF se debruça sobre um recurso extraordinário que questiona uma decisão tomada pela Justiça de São Paulo de manter a condenação de um homem flagrado com 3 gramas de maconha. O rapaz foi enquadrado no artigo 28 da Lei de Drogas (lei 13.343/06), de acordo com o qual "quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo para consumo pessoal drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de serviços à comunidade; medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo".

Como a legislação em si não determina ao usuário pena de prisão e há um vácuo normativo sobre qual padrão separa usuários e traficantes, os ministros tentam agora firmar um entendimento a respeito da diferença entre os dois grupos por meio do debate sobre a constitucionalidade do artigo 28. O objetivo é que a decisão a ser tomada sirva para orientar a ação de agentes de segurança em situações de flagrante e também para o sistema de Justiça como um todo.

Com o pedido de vista de Toffoli, o ministro tem prazo de 90 dias para devolver o processo, período a partir do qual a Corte pode voltar a discutir o assunto. A decisão sobre inserir a pauta novamente na agenda, no entanto, dependerá do presidente, Luís Roberto Barroso.  

"Infelizmente, nesse período teremos mais vários usuários sendo presos. A falta de sensibilidade para o caso, seja de ministros do Supremo, seja dos legisladores no parlamento ou dos governantes no Executivo, demonstra que, no fundo, eles não estão preocupados em resolver o problema das drogas no Brasil, e sim em agradar suas bases", critica Figueiredo, que também é membro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas e da Comissão de Cannabis Medicinal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).  

O ativista Daniel Mello, militante da Marcha da Maconha e do projeto Craco Resiste, reforça a preocupação com a criminalização de usuários e a lógica carcerária a que o segmento está submetido. "O sistema carcerário é um terror, uma masmorra. Estão pegando a juventude, principalmente jovens pretos e periféricos, jogando nesse sistema e destruindo a possibilidade de futuro deles, de estudo, de inserção no mercado de trabalho, destruindo suas relações familiares e fazendo eles virarem presas de grupos criminosos na prisão, que é o que vai sobrar pra essas pessoas, lamentavelmente. Só com muita força de vontade é que depois elas conseguem quebrar esse ciclo após serem jogadas na prisão."

'Erro histórico' - No Supremo, o placar atualmente está em cinco votos a três a favor da descriminalização do porte de maconha para usuários. Os votos favoráveis foram do relator, Gilmar Mendes, e dos ministros Rosa Weber, Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Com exceção deste último, o grupo defendeu que o uso pessoal deve ser caracterizado por um limite de 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. Já Fachin sustentou que o limite deve ser definido pelo Congresso Nacional, e não pela Justiça. Cristiano Zanin, André Mendonça e Nunes Marques votaram contra a descriminalização.

O caso tem repercussão geral, o que significa que a decisão final a ser tomada terá amplo impacto no sistema de Justiça. Inicialmente, quando Mendes apresentou o relatório, ele defendeu a descriminalização do porte para todas as drogas. Diante do conteúdo dos votos que vieram depois, o ministro resolveu alterar o parecer e afunilar o objeto da avaliação apenas para o porte de maconha. Desde então a decisão é alvo de críticas por parte de ativistas.

"É muito ruim ver o julgamento saindo do objeto porque o artigo fala em drogas em geral, e não somente em maconha. Na verdade, o que deveríamos estar discutindo é o fim da criminalização de todos os usuários, até porque é importante que o usuário não seja tratado como criminoso para ele ter acesso a um cuidado qualificado. Se ele é tratado como criminoso, evita até buscar cuidado. A manutenção da criminalização dos usuários é um rompimento de direitos em série. Deveríamos estar falando disso, e não apenas de porte de maconha", defende Daniel Mello.  

Para o advogado Emílio Figueiredo, a situação a que chegou e problemática das drogas no país exigiria que houvesse amplo engajamento dos diferentes atores políticos em torno do julgamento do caso no STF, o que ele considera que não tem ocorrido de forma satisfatória. "No caso do pessoal do Executivo e do Legislativo, eles estão preocupados em não perderem capital político e voto nas próximas eleições e o Judiciário também não quer ficar mal com a opinião pública, o que é um absurdo, porque ele não deveria se submeter à opinião pública. Eles têm que julgar conforme a Constituição Federal, e o que há na Constituição é uma garantia de que minorias, como são os usuários de drogas, têm garantias fundamentais perante as maiorias. A maioria não pode esmagar uma minoria, e é isso que está acontecendo."

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato


Dupla jornada atinge 83% das mulheres, revela pesquisa

 Levantamento do Infojobs também aponta que a maioria das mulheres já perdeu emprego devido a gênero

(Foto: Tânia Rêgo / ABr)


Brasil de Fato Uma pesquisa do Infojobs revela que 83% das mulheres dizem conciliar o emprego com tarefas domésticas e cuidados com idosos e crianças, acumulando dupla jornada de trabalho. O dado foi divulgado neste sábado pelo portal g1.

Das 742 pessoas do gênero feminino que responderam à pesquisa, 45% atestam não ter ajuda de parceiros ou redes de apoio. As respostas foram dadas à Infojobs entre fevereiro e março deste ano por participantes entre 18 e 60 anos. 

A pesquisa constatou uma leve evolução no percentual de mulheres que acreditam ter perdido oportunidades de trabalho por causa do seu gênero. O índice passou de 78% em 2023 para 7 em cada 10 mulheres em 2024. 

Perguntas invasivas e dificuldade de conseguir emprego - 58% das participantes atestam já ter enfrentado perguntas invasivas ou subjetivas durante entrevistas de emprego, com situações ou questionamentos que não envolviam suas habilidades profissionais.

Das mulheres que se dizem inseridas no mercado de trabalho, 77% acreditam que mulheres e homens não têm oportunidades iguais de crescimento profissional. 80% das participantes nunca tiveram empregadores com programas de contratação e desenvolvimento de mulheres nas empresas. 

Na pesquisa, as mulheres compartilharam suas perspectivas sobre os principais desafios enfrentados no mercado de trabalho. 

27% enfrentam desafio significativo para conseguir emprego; 26% dizem que conquistar reconhecimento e progredir na carreira é um obstáculo relevante; 18% afirmam que o machismo dentro das empresas é um desafio a ser superado; 16% têm dificuldade para equilibrar tarefas profissionais e pessoais. 

Do total, 13% das pessoas do gênero feminino relataram não enfrentar grandes obstáculos no ambiente de trabalho.

Credibilidade questionada e falta de lideranças femininas - 7 em cada 10 afirmam já terem tido sua credibilidade questionada no trabalho só por serem mulheres. Além disso, 42% já tiveram mulheres como chefes e 60% sempre atuaram em empresas com mais homens do que mulheres em cargos de liderança. 

A maioria - 78% - acredita que mulheres precisam demonstrar mais qualificações do que homens para conseguir cargos de chefia. Também são maioria - 62% - as participantes da pesquisa que responderam nunca ter trabalhado com uma mulher trans. 

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Renda do trabalho dos brasileiros cresce 11,7% em 2023, na maior alta desde o Plano Real

 O número é quase o dobro do registrado em 2022 e o melhor resultado desde 1995. Além disso, a renda real domiciliar per capita saltou 12,5% no ano passado

Fernando Haddad e LulaFernando Haddad e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em 2023, a renda do trabalho dos brasileiros experimentou um aumento significativo, registrando o maior salto desde o período do Plano Real, segundo a Folha de S. Paulo. Esse marco histórico coincide com uma série de fatores econômicos e políticas públicas que impulsionaram o poder de compra no país. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9% em 2023, a massa de rendimentos do trabalho teve um aumento real de 11,7%, superando a inflação. Essa elevação é quase o dobro do registrado em 2022 (6,6%) e representa o melhor resultado desde 1995, conforme cálculos realizados por Marcos Hecksher, do Ipea.

Além disso, informações fornecidas por Marcelo Neri, diretor da FGV Social, revelam que a renda real domiciliar per capita teve um salto de 12,5% no último ano. Essa análise considera a renda das famílias dividida pelo total de membros. Ambos os indicadores têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE. Para Neri, um dos principais impulsionadores desse aumento na renda em 2023 pode ser atribuído ao efeito do Bolsa Família. Ele destaca que ao direcionar recursos fiscais para programas voltados para os mais pobres, há um efeito multiplicador considerável não apenas na renda, mas também no emprego, contribuindo assim para a redução da pobreza e da desigualdade.

Estudos conduzidos por Neri e outros autores evidenciam a potência multiplicadora de programas como o Bolsa Família na renda e no emprego. Naercio Menezes Filho, do Centro Brasileiro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância, ressalta que para cada R$ 1 adicional per capita oferecido em programas como o Bolsa Família, o PIB per capita do município onde esses recursos são aplicados aumenta em R$ 4.

Esses dados revelam não apenas um avanço significativo na renda do trabalho dos brasileiros, mas também a importância de políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade e o estímulo ao emprego, refletindo positivamente no desenvolvimento econômico do país.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Márcia Lucena defende mais mulheres no Congresso: "uma ruma de homens brancos que não representam a sociedade brasileira"

 Em entrevista à TV 247, ex-prefeita de Conde defendeu as políticas do presidente Lula voltadas para as mulheres

Marcia Lucena Marcia Lucena (Foto: Reprodução)

 A ex-prefeita da cidade de Conde (PB) e diretora de Promoção dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Márcia Lucena, concedeu entrevista à TV 247 e falou sobre os desafios do Brasil em meio ao Dia das Mulheres. Ela defendeu o pacote de políticas para mulheres lançado pelo presidente Luiz Inácio da Silva, com ações que incluem inaugurações de casas da Mulher Brasileira e centros de referência, investimento em tornozeleiras eletrônicas para agressores e programa de inclusão de mulheres jovens no mercado de trabalho.

Questionada sobre a baixa representação de mulheres no Congresso Nacional, Márcia disse que é uma “vergonha” para o parlamento que a Câmara tenha apenas 18% de deputadas federais na atual legislatura. Já a participação de mulheres no Senado é de apenas 16%. “É uma vergonha não só porque tem 18% de mulheres, é uma vergonha porque ela não representa a sociedade brasileira. É uma ruma de homens brancos, ricos, que não representam a sociedade brasileira. E especialmente esse Congresso que nós temos hoje, eu considero-o ainda pior do que o que nós tínhamos”, afirmou. “Além disso, muitas mulheres que estão na política para sustentar as escolhas dos seus homens. Sejam seus pais, sejam seus maridos, sejam seus filhos. Muitas mulheres estão na política para dar continuidade quando os caras não podem se apresentar”, completou.

Márcia Lucena também mencionou a perseguição política da qual foi vítima no âmbito da Operação Calvário, quando foi presa em 2019 por acusações de supostos crimes praticados quando exerceu o cargo de secretária de Educação da Paraíba, na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho. A política lembrou que quatro anos após ter sido levada de sua casa para prisão, nunca foi ouvida por um juiz, e teve que cumprir prisão domiciliar e usar tornozeleira eletrônica.

Em razão dos efeitos da Calvário sobre sua vida pessoal e política, Márcia Lucena revelou em primeira mão à TV 247 que não irá se candidatar à Prefeitura de Conde. “Eu não vou concorrer esse ano à prefeitura do Conde, onde eu fui prefeita. Porque de fato os algozes de boa parte da Justiça e de boa parte da mídia, que construíram essa realidade, conseguiram macular a tal ponto de eu não ter forças hoje para enfrentar uma campanha política num território extremamente adverso”, afirmou.

Assista à entrevista na íntegra:

Fonte: Brasil 247

Brasil recebe R$ 117 bilhões em investimentos de montadoras com destaque para a produção de híbridos flex

 Apenas em 2024, empresas do setor automotivo anunciaram quase R$ 70 bilhões

Geraldo Alckmin, de óculos e gravata azul ( ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Luiz Inácio Lula da Silva, no centro (Presidência da Republica), Fernando Haddad, com gravata de cor amarela ouro (ministro da Fazenda), e outras lideranças durante reunião

Geraldo Alckmin, de óculos e gravata azul ( ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Luiz Inácio Lula da Silva, no centro (Presidência da Republica), Fernando Haddad, com gravata de cor amarela ouro (ministro da Fazenda), e outras lideranças durante reunião (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil | REUTERS/Paulo Whitaker)


A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que estão previstos R$ 117 bilhões de investimentos de montadoras no Brasil. São valores a partir de 2021, e que representam um recorde para o setor automotivo nacional. Em 2024, foram anunciados R$ 66 bilhões pelas empresas. Quase metade do valor deste ano é da Stellantis, dona de marcas como Fiat e Jeep, que irá investir R$ 30 bilhões em suas fábricas no país entre 2025 e 2030.

Uma das prioridades no pacote de investimento é o desenvolvimento de tecnologias de descarbonização de veículos, principalmente da chamada tecnologia bio-hybrid, modelo que combina a eletrificação com motores flex movidos a etanol. As estatísticas foram publicadas neste sábado (9) no portal G1.

De acordo com o professor Renato Romio, gerente da Divisão de Motores e Veículos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), "considerando todo o CO2 produzido por um carro durante sua produção, utilização e descarte — um veículo híbrido, quando operando com etanol no Brasil, é provavelmente o veículo mais limpo do planeta produzido em massa".

A BYD (China), especializada em elétricos, anunciou um centro de pesquisa para o desenvolvimento de um motor híbrido flex na Bahia. A Toyota (Japão) investirá R$ 11 bilhões e pretende consolidar a tecnologia de híbridos flex como forma de "manter seu protagonismo e liderança no país em eletrificação e exportações".

A Volkswagen (Alemanha) estimou aplicar um aporte de R$ 16 bilhões em um novo motor para veículos híbridos (sem especificar se será flex), 100% elétricos e totalmente flexíveis — além de uma plataforma "inovadora, tecnológica, flexível e sustentável".

A GM (EUA) afirmou que parte de seus R$ 7 bilhões servirá para uma reformulação completa do portfólio. Não informou ainda quais modelos estarão "em sintonia com a matriz energética predominantemente limpa do país".

Fonte: Brasil 247 com informações do portal G1

Com a investigação da trama golpista, bolsonaristas tentam contra-ataque no Congresso: 8 projetos preveem anistia

 A proposta mais conhecida partiu do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). É específica sobre os responsáveis pelos atos golpistas

Hamilton MourãoHamilton Mourão (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Parlamentares têm pelo menos oito projetos na Câmara dos Deputados e no Senado, para tentar anistia investigados por tentativa de golpe. A proposta mais conhecida é do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que é específica sobre os responsáveis pelos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Além dele, 29 senadores assinaram um projeto de emenda constitucional para conceder o perdão aos golpistas que participaram das manifestações terroristas na capital federal.

De acordo com informações publicadas neste sábado (9) pela coluna Painel, outro, dos senadores Guaracy Silveira (PP-TO) e Eliane Nogueira (PP-PI) anistia multas a caminhoneiros que se envolveram em atos após o anúncio do resultado das eleições de 2022, o que também alcançaria os manifestantes de janeiro de 2023.

Na Câmara, existem propostas feitas pelo deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e outras mais gerais, versando sobre atos ocorridos após a eleição. Os projetos têm autorias de parlamentares como Jorge Braz (Republicanos-RJ), Franciane Bayer (Republicanos-RS), José Medeiros (PL-MT), Major Vitor Hugo (PL-GO) e Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). Também há dois projetos específicos para anistiar candidatos condenados por manifestações antidemocráticas em redes sociais.

Além da investigação dos atos golpistas, a Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), no mês passado, com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel da Folha de S. Paulo

Analistas dizem que o pico da dengue no Brasil ainda está por vir

 Somente nos 3 primeiros meses de 2024, a quantidade de infecções representa 80% do total de casos em 2015

Mosquito da dengue, Aedes aegyptiMosquito da dengue, Aedes aegypti (Foto: nuzeee/Pixabay)

 O Brasil registrou em 2024 um total de 1,3 milhão casos da dengue até esta sexta-feira (8). O número de mortos é de 363. Durante todo o ano retrasado (2022), foram contabilizados 1,65 milhão de infecções pela doença, resultando em 1.053 nos 12 meses. Somente nos 3 primeiros meses de 2024, a quantidade de infecções representa 80% do total de casos em 2015, o pior desde o início do século 21. O aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue.

As entrevistas dos analistas foram publicadas no Poder 360. O pico deve se manter entre os meses de abril em maio, como nos anos anteriores, afirmou o professor do Departamento de Infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Alexandre Daime, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI).

Segundo o infectologista Kléber Luz, coordenador do comitê de arboviroses da SBI, "lamentavelmente, estamos iniciando uma curva com 90 graus de angulação". "A expectativa é de que teremos números recordes do final de marco ao início de abril. Deveremos ter graves problemas nos próximos meses”, afirmou.

O médico Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comentou sobre a circulação dos subtipos do vírus. “Geralmente, temos um subtipo do vírus predominante a cada ano. Aquelas pessoas que pegaram ele no passado está menos suscetível. Isso acontece menos quando a gente tem um alto número de casos, que é acompanha por uma grande variabilidade de subtipos. Nesse cenário, quanto mais casos, maior é a transmissibilidade", disse.

Até o momento, o Ministério da Saúde destinou R$ 44 milhões para apoiar gestores locais que declararam emergência em saúde pública para o enfrentamento da dengue. Os recursos são parte do R$ 1,5 bilhão reservados pela pasta para este fim. Do total destinado até agora, R$ 6,7 milhões foram para os estados, R$ 5,5 milhões para o Distrito Federal e R$ 31,7 milhões para os municípios. O apoio financeiro será destinado para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Essas ações estão no foco do Ministério da Saúde, uma vez que as doses de vacinas ainda são insuficientes para cobrir a maior parte da população.

O ministério orienta que os estados e municípios ampliem a faixa etária para vacinação contra a dengue para pessoas de 10 a 14 anos. A recomendação foi apresentada em Nota Técnica publicada pela pasta nesta quarta-feira (6).

Antes, diante do quantitativo de doses, que é restrito, baseado na capacidade de produção e entrega do laboratório produtor, a pasta distribuiu as duas primeiras remessas aos 521 municípios inicialmente elencados para receber a vacina, e havia recomendado que a estratégia fosse iniciada em pessoas de 10 a 11 anos de idade. A ampliação, portanto, busca alavancar a proteção entre o público-alvo.

Os municípios contemplados continuam sendo aqueles previamente definidos antes da recomendação de ampliação da faixa etária. As vacinas são destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

A decisão de expandir a idade do público contemplado foi tomada em conjunto com a representação dos conselhos municipais e estaduais de saúde, respeitando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Comitê Técnico Assessor em Imunização (CTAI).

Fonte: Brasil 247 com informações do POder 360

Eduardo Bolsonaro pretendia usar o Congresso dos EUA para atacar o Judiciário brasileiro

 Acuado com investigações, o deputado queria denunciar o que chamou de 'totalitarismo' da Justiça brasileira

Eduardo BolsonaroEduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu uma audiência para falar sobre o ‘sistema totalitário do Judiciário brasileiro’ no Congresso dos Estados Unidos. O pedido foi feito no fim de fevereiro, quando o parlamentar participou da Conferência de Ação Política Conservadora, em Washington. Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Estados Unidos, Jim McGovern (Partido Democrata, o mesmo de Joe Biden) vetou a presença de Eduardo no Legislativo norte-americano, de acordo com informações publicadas neste sábado (9) na Carta Capital

Jair Bolsonaro (PL), pai do parlamentar, é alvo de investigação da Polícia Federal por causa de um plano golpista. As apurações envolvem seus aliados. O ex-mandatário já está inelegível por atacar o sistema eleitoral brasileiro. Além da PF, a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal estão envolvidos nas investigações. 

O deputado criticou o veto. "Para calar a verdade sobre o que está ocorrendo no Brasil recorreram à censura, que é a arma dos covardes e fracos", escreveu. "Sigo com minha missão no Congresso dos EUA semana que vem. Vamos nos articular para que sejamos ouvidos em outras comissões e nos organizar para que nesta futura oportunidade sejamos ainda mais numerosos lá".

Críticas ao Judiciário são uma das alternativas do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Bannon, que foi estrategista do ex-presidente Donald Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.

Nos últimos anos, Jair Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. O chefe do Executivo federal defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Partidos de oposição denunciaram publicamente a hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe.

O ex-mandatário está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado por ter questionado, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes.

 

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Fonte: Brasil 247

Mauro Cid: a minuta do golpe tinha ordem para ‘prender todo mundo’

 Aliados de Bolsonaro que tentariam uma ruptura institucional defendiam a prisão de outras lideranças, e não apenas dos ministros do STF

Mauro Cid e Jair BolsonaroMauro Cid e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que uma das versões da minuta golpista discutida pelo então presidente no apagar das luzes de 2022 tinha uma extensa lista de autoridades para serem levadas à cadeia, e não somente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Investigadores apuram quem seriam os nomes da lista. As apurações para saber os alvos dos pedidos de prisão podem ter cruzamento de informações com a investigação da 'Abin paralela', sobre monitoramentos clandestinos feitos pela Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro. A PF havia dito que cerca de 30 mil espionagens ilegais foram identificadas

De acordo com informações publicadas neste sábado (9) por Veja, entre novembro e dezembro de 2022, Mauro Cid afirmou que "o documento tinha várias páginas de ‘considerandos’, que retratavam as interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e, no final, um decreto que determinava diversas ordens que prendiam (sic) todo mundo".

O coronel afirmou que Bolsonaro "queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura". O tenente discutiu a elaboração da lista durante uma reunião com o então assessor para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, e com o advogado Amauri Saad.

Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado por ter questionado, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes.

Fonte: Brasil 247 com informações da Veja