sábado, 9 de março de 2024

US$ 172 mil encontrados com suspeito no caso da ‘Abin paralela’ podem estar relacionados a uso de verba sigilosa, diz PF

 Busca ocorrida em outubro passado apreendeu quantia na casa de então número 3 da agência, que não se manifesta sobre o caso.

A investigação da Polícia Federal no caso da “Abin paralela” associa os US$ 172 mil em espécie encontrados na casa do então número 3 da agência a um suposto e atípico direcionamento da verba sigilosa da instituição para o gabinete do ex-diretor-geral do órgão de inteligência e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Na primeira busca e apreensão realizada no âmbito do inquérito, em outubro, a PF encontrou o dinheiro na casa do então secretário de planejamento de gestão da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Maurício Fortunato.

Relatório da PF, que está sob sigilo, sinaliza a hipótese de desvio da verba sigilosa usada em operações de inteligência para explicar a origem do dinheiro.

O relatório, que é datado do final de novembro, ou seja, mais de um mês depois da apreensão do dinheiro, afirma que até aquele momento não havia referência da origem dos dólares, podendo configurar “outra extirpe de delitos” além da investigada — o uso do software espião FirstMile para bisbilhotar ilegalmente adversários políticos.

Além da ausência de origem definida, a PF toma como base para fazer essa associação mais dois pontos.

O primeiro, o de que as notas de US$ 50 e US$ 100 apresentavam o mesmo estado de conservação e estavam divididas em blocos de série distintas, o que, segundo os investigadores, seria de difícil obtenção por uma pessoa comum, mas possível para instituições.

A segunda é o depoimento do ex-servidor da Abin Rodrigo Colli, que é um dos pivôs do caso FirstMile.

Ele e um colega sofreram processo administrativo interno por supostamente terem participado de uma licitação do Exército por meio de laranjas. Devido a isso, teriam ameaçado denunciar irregularidade no uso do FirstMile caso fossem punidos (os dois foram presos e acabaram demitidos pelo governo Lula no dia da operação da PF, em outubro).

Colli afirmou, de acordo com a transcrição feita pela PF, que em 2021 houve um direcionamento de verba sigilosa para o gabinete de Ramagem, o que teria causado estranhamento interno já que a direção-geral da agência não participa de operações de inteligência.

Disse ainda que a verba secreta era usada por meio de cartões e os valores, sacados em espécie.

Por fim, afirmou ter ouvido na agência que a saída de Fortunato da função que ocupava na Abin à época — ele esteve em cargos de chefia na agência durante a gestão passada — se deu “em razão de divergência com Ramagem sobre o uso da verba sigilosa”.

Em troca de mensagens que a PF também teve acesso, Fortunato diz que a maior parte da verba sigilosa alocada no gabinete de Ramagem era usada em viagens internacionais do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Questionado, Ramagem não respondeu às perguntas enviadas à sua assessoria.

Em entrevista à GloboNews no dia da operação, o deputado, que é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, negou qualquer utilização ou relação com softwares de espionagem da Abin e disse não ter tido acesso a informações sobre as investigações.

Na ocasião, Ramagem afirmou que há uma “salada de narrativas […] sem conjunto probatório” e que nunca utilizou, teve acesso ou sequer teve as senhas do FirstMile. “Nunca tivemos a utilização, execução, gestão ou senha desses sistemas.”

Fortunato não quis se manifestar. No dia da operação, a PF tentou tomar seu depoimento, mas ele optou naquele momento pelo direito de permanecer em silêncio.

Afastado do cargo por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o então diretor da Abin foi exonerado pelo governo dias depois da operação de outubro.

O relatório da PF do final de novembro serviu de base para que Moraes autorizasse a segunda operação de busca e apreensão do caso, dessa vez tendo os endereços de Ramagem como alvo, entre outros.

A PF pediu no relatório o afastamento do ex-chefe da Abin do cargo de deputado federal.

Moraes, porém, disse em sua decisão que não vislumbrava até aquele momento necessidade de adotar a medida, reproduzindo posição em igual sentido da PGR (Procuradoria-Geral da República), mas que isso poderia ser reanalisado caso Ramagem voltasse a usar a prerrogativa de parlamentar para tentar interferir nas investigações.

O ex-chefe da Abin chegou a ir na audiência fechada da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso que ouviu em outubro o atual diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, justamente sobre as investigações do uso do software durante a gestão Ramagem.

Moraes fez referência ainda aos requerimentos de informação feitos por Ramagem sobre as investigações das quais ele era alvo e disse que eventuais respostas dadas por órgãos como CGU (Controladoria-Geral da União), PGR e Abin deveriam ser submetidas a ele, “em face do sigilo das investigações”.

A Abin está no foco do inquérito da PF desde março do ano passado, sob suspeita de, na gestão Bolsonaro, ter sido usada para bisbilhotagem ilegal de adversários do então presidente. Isso teria ocorrido por meio do FirstMile, software israelense capaz de dar a localização aproximada de uma pessoa por meio das ondas da telefonia celular.

Moraes autorizou operações de prisão, busca e apreensão realizadas em outubro passado e em janeiro deste ano.

Além de Ramagem, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente da República, também foi alvo de operação de busca no dia 29 de janeiro.

Na ação relativa a Carlos, a PF mirou pessoas que supostamente foram destinatárias das informações produzidas de forma ilegal pela agência de inteligência do governo.

Entenda as investigações de uma ‘Abin paralela’

Uso ilegal da agência
A Polícia Federal apura a existência de uma estrutura paralela na Abin para rastrear adversários políticos de Jair Bolsonaro (PL);

FirstMile
É um software de monitoramento usado pela Abin entre 2019 e 2021, fornecido por Israel; ele acessava dados de geolocalização dos rastreados, e não podia interceptar ligações;

Alvos
Alguns dos investigados são Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da agência, e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

STF condena mais 15 “patriotas” pelos atos antidemocráticos de 8/1


Supremo Tribunal Federal votando contra os réus dos atos 8/1. Foto: Divulgação

 O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria na condenação de mais 15 réus processados pelos atos  antidemocráticos de 8/1. A decisão, fundamentada nas acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), acompanhou o voto do relator Alexandre de Moraes.

Sete ministros, entre eles Flávio Dino, Luiz Fux e Dias Toffoli, respaldaram a posição de Moraes. As sentenças variam de 14 a 17 anos de detenção, acompanhadas de uma multa por danos morais coletivos de R$ 30 milhões, a ser rateada entre os condenados.

Os delitos pelos quais os réus são acusados abrangem a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A gravidade das penas é estabelecida de acordo com a participação de cada réu nos ataques.

Bolsonaristas durante os atos do 8/1. Foto: Divulgação

Os votos dos ministros Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados pelo inelegível, estão pendentes neste caso. Adicionalmente, uma nova etapa de julgamentos teve início, trazendo uma decisão inédita do ministro Moraes: pela primeira vez, um réu foi inocentado.

Geraldo Filipe da Silva, que estava em situação de rua durante os ataques, alegou ter se aproximado por mera curiosidade. A Procuradoria-Geral da República (PGR) não encontrou evidências contra ele e também defendeu sua inocência.

Desde setembro do ano passado, o STF já emitiu sentenças para 116 envolvidos nos ataques golpistas, com os réus sendo julgados em lotes. Os casos do 8/1 ainda estão em andamento.

Fonte: DCM

"Resultados financeiros mostram que a Petrobras está no rumo certo", diz Jean Paul Prates

 "O resultado é a prova de uma Petrobras cada vez mais sólida, que gera valor para a sociedade", afirmou. Empresa teve em 2023 seu segundo maior lucro líquido da história

Lula e Jean Paul Prates na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE) 18/01/2024Lula e Jean Paul Prates na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE) 18/01/2024 (Foto: Ricardo Stuckert)

 O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, voltou a celebrar neste sábado (9), desta vez pelo X, antigo Twitter, o lucro líquido da empresa em 2023: R$ 124,6 bilhões, o segundo mais alto na história da companhia. "Os resultados financeiros da Petrobras mostram que a companhia está no rumo certo!", pubicou Prates.

Segundo ele, a companhia está comprometida em gerar valor para a sociedade: "o resultado é a prova de uma Petrobras cada vez mais sólida, que gera valor para a sociedade e que se prepara com responsabilidade para enfrentar os inúmeros desafios de um mundo em transição".

"Por isso que sempre reforço: a Petrobras voltou. Voltou para prosperar e contribuir para a construção de um Brasil cada vez mais forte", finalizou.

Fonte: Brasil 247

Diretórios do PT acionam a Justiça e pedem cassação do mandato de Rosângela Moro após mudança de domicílio eleitoral

 Advogados afirmam que o movimento da deputada representa uma violação clara ao ordenamento jurídico do país e caracteriza fraude

Rosângela MoroRosângela Moro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Os diretórios municipais do PT de São Paulo e Curitiba, juntamente com os estaduais de São Paulo e do Paraná, deram entrada em uma ação judicial neste sábado (9) contra a mudança de domicílio eleitoral promovida pela deputada federal Rosângela Moro (União-SP). O partido pede a cassação do mandato da parlamentar.

O pano de fundo da mudança feita pela deputada é a iminente cassação do mandato de seu marido, o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União-PR). Se cassado, o Paraná terá uma vaga disponível no Senado, o que interessa a Rosângela Moro.

A expectativa de que Sergio Moro perca seu mandato por fraudes eleitorais vem crescendo desde o início do ano, despertando os interesses de seus correligionários, inclusive de sua esposa. Rosângela Moro, conhecida por sua atuação como advogada de delatores julgados pelo seu esposo durante os anos da Operação Lava Jato, alterou seu domicílio eleitoral do de São Paulo para o Paraná, em um movimento visto pelos proponentes da ação como traição à base eleitoral que a elegeu. 

Para os advogados que subscrevem a ação na Justiça, a mudança de domicílio eleitoral de Rosângela Moro representa uma violação clara ao ordenamento jurídico do país. Wilton Gomes, um dos advogados envolvidos, argumenta que a deputada, ao retornar seu domicílio eleitoral para o Paraná às vésperas das eleições, deixa evidente que não representa mais a população paulista. “A mudança de domicílio eleitoral da deputada, do estado de São Paulo para o estado do Paraná, representa claramente uma violação ao ordenamento jurídico pátrio. A deputada sempre teve seu domicílio eleitoral no Estado do Paraná, no entanto, às vésperas das eleições de 2022 transferiu seu domicílio para São Paulo, e foi consideravelmente bem eleita. Agora, com menos de dois anos de mandato, por risco de cassação de seu marido, o Senador Sérgio Moro, a deputada retorna seu domicílio para o Paraná, deixando claro que ela não representa a população do Estado de São Paulo. Na prática, São Paulo perde uma cadeira na Câmara dos Deputados, pois uma das vagas do União Brasil de São Paulo passa a ser de uma deputada com domicílio no Paraná. Em nosso ponto de vista isso representa uma ruptura federativa, pela quebra da regra de representatividade eleitoral prevista na Constituição Federal”.

Angelo Ferraro, outro advogado que assina a ação, ressalta que a conduta de Rosângela Moro caracteriza uma fraude evidente. "Pela lógica constitucional que estabelece as condições de elegibilidade, não é possível que uma representante do estado de São Paulo possa fixar seu domicílio eleitoral em outra unidade da federação durante o curso do mandato. Isso significa dizer que a transferência do domicílio eleitoral da Rosângela Moro implica inquestionável fraude à representatividade do eleitorado paulista no Parlamento. A transferência de domicílio eleitoral no curso do mandato parlamentar viola frontalmente os postulados da soberania popular e da fidedignidade da representação política (princípio da autenticidade eleitoral), nos termos dos artigos 1 e 14 da Constituição, na medida em que macula a escolha do eleitorado do estado de São Paulo que, evidentemente, ficará sub-representado na Câmara dos Deputados”.

Fonte: Brasil 247

Deputada do Psol quer impedir Nikolas Ferreira de presidir a Comissão de Educação da Câmara

 Projeto de Luciene Cavalcante prevê modificações no regimento interno para proibir que deputados que se enquadrem nos casos previstos na Lei da Ficha Limpa assumam comissões

Nikolas FerreiraNikolas Ferreira (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Nesta sexta-feira (8), a deputada Luciene Cavalcante (Psol-SP) apresentou um projeto de lei que visa impedir que parlamentares réus assumam a presidência de qualquer comissão na Câmara dos Deputados. A proposta surge em meio à controvérsia em torno da eleição do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) como presidente da Comissão de Educação, mesmo ele sendo réu em um processo de transfobia, relata Igor Gadelha, do Metrópoles.

O projeto, se aprovado, traria modificações ao regimento interno da Casa para proibir que deputados que se enquadrem nos casos previstos na Lei da Ficha Limpa assumam a liderança de comissões parlamentares.

Nikolas Ferreira enfrenta acusações relacionadas a um incidente de transfobia ocorrido enquanto era vereador em Belo Horizonte. Ele gravou e expôs uma aluna trans enquanto ela usava o banheiro feminino em uma escola.

A deputada justificou seu projeto de lei argumentando que é inadmissível permitir que um parlamentar que responde a processos criminais por infrações graves, como as previstas na Lei da Ficha Limpa, assuma a presidência de comissões parlamentares. Segundo ela, há um risco significativo para a ordem dos trabalhos quando uma pessoa sob suspeita ocupa uma posição de liderança no Legislativo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Quem botou a gente nessa história foi ele", diz a cúpula militar sobre Barroso e o "papelão" no TSE

 Presidente do STF disse que os militares “foram manipulados e arremessados na política, por más lideranças” e que fizeram um "papelão" no TSE durante as eleições

Luís Roberto BarrosoLuís Roberto Barroso (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

 As recentes declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, sobre o papel das Forças Armadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a campanha de 2022 desencadearam insatisfação da cúpula militar, segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo. Em uma palestra no último dia 4, Barroso acusou as Forças Armadas de terem desempenhado um "papelão" no TSE, sugerindo que militares foram "manipulados" e "arremessados na política por más lideranças". Suas palavras foram uma clara referência à participação de oficiais militares em uma comissão de transparência do TSE durante a última eleição.

Oficiais da alta cúpula, já sob a tensão da investigação da Polícia Federal sobre uma trama golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT), passaram a responder, nos bastidores, às críticas de Barroso. "Ele [Barroso] se esquece de quem botou a gente nessa história foi ele [Barroso", disse um general não identificado.

Barroso, que presidiu o TSE de maio de 2020 a fevereiro de 2022, foi o responsável por instituir a comissão de transparência que incluía membros das Forças Armadas. A medida visava ampliar a fiscalização do processo eleitoral, contando também com representantes da OAB, Polícia Federal, Congresso Nacional, especialistas e entidades da sociedade civil. Contudo, a presença militar na comissão logo se tornou objeto de disputa política, tornando-se um ponto de conflito entre o governo Jair Bolsonaro (PL) e o TSE. Durante os trabalhos, os militares levantaram uma série de questionamentos e suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas, sendo criticados por ministros do tribunal que os acusaram de contribuir para a narrativa do governo contra a segurança das eleições.

Diante do trauma causado pela experiência, o TSE decidiu excluir as Forças Armadas do rol de entidades fiscalizadoras do sistema eletrônico de votação em setembro do ano passado, já sob a liderança de Alexandre de Moraes. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Cida Gonçalves lidera delegação brasileira na 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da ONU, em Nova York

 Agenda foca na discussão sobre igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. A primeira-dama, Janja, também participará do evento

Cida Gonçalves e JanjaCida Gonçalves e Janja (Foto: Divulgação)

Entre os dias 11 e 15 de março, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, estará em Nova Iorque para participar da 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), da Organização das Nações Unidas (ONU). Este encontro, anualmente realizado no mês de março, desempenha um papel crucial na promoção da igualdade de gênero e no empoderamento de mulheres e meninas em todo o mundo. Com o tema central deste ano sendo "Acelerar a conquista de igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, enfrentando a pobreza e fortalecendo as instituições e o financiamento com uma perspectiva de gênero", a participação brasileira reafirma o compromisso do país com essas questões.

O Brasil tem sido historicamente engajado na CSW desde a sua criação em 1946, com o Ministério das Mulheres agora sendo um signatário dos princípios fundamentais da Plataforma de Ação de Pequim. Isso reforça o país como um protagonista na discussão global sobre igualdade de gênero. A presença da ministra Cida Gonçalves, juntamente com a socióloga e primeira-dama Janja Lula da Silva, na agenda em Nova Iorque, destaca a retomada do protagonismo brasileiro na discussão de políticas públicas focadas na igualdade de gênero, desenvolvimento sustentável e justiça social.

A agenda da ministra inclui uma série de compromissos ao longo da semana. Na segunda-feira, 11 de março, ela participará da abertura da Sessão com a Discussão Geral, além de representar o governo brasileiro em reuniões bilaterais. Na terça-feira, 12 de março, os temas debatidos incluirão a articulação de ministras da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, bem como uma mesa temática de financiamento sobre igualdade de gênero e empoderamento de mulheres e meninas.

Na quarta-feira, 13 de março, a ministra se juntará a outras autoridades em um Painel Ministerial na Sede da ONU. Além disso, ela participará de eventos paralelos, como o "Geledés - Estratégias para o Empoderamento da Mulher Negra", no United Nations Plaza. Na quinta-feira, 14 de março, o Brasil assumirá a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, além de organizar um evento paralelo na CSW, promovendo o debate sobre ação interseccional e integrada no combate às desigualdades de gênero.

Encerrando a agenda da delegação brasileira, na sexta-feira, 15 de março, a ministra Cida Gonçalves e Janja Lula da Silva participarão do evento "Mulheres e o nosso Futuro Digital na CSW68" no Scandinavia House. À tarde, estão previstos diálogos interativos sobre sistemas de proteção social, acesso aos serviços públicos e infraestrutura sustentável para promover a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas.

A presença brasileira neste importante fórum internacional destaca o compromisso do país com a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, reforçando seu papel na busca por um mundo mais justo e inclusivo para todos.

Fonte: Brasil 247

Estadão detona Tarcísio e diz que "educação não é caso de polícia"

 "Projeto que implementa escolas cívico-militares mostra que, para o governo paulista, parece mais importante intimidar os alunos do que estimulá-los a ler e pensar", diz o jornal

Tarcísio de FreitasTarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enviou à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um projeto de lei que cria o Programa Escola Cívico-Militar, que pretende ampliar a administração de algumas escolas da rede estadual também para a Secretaria de Segurança Pública, em conjunto com a Secretaria de Educação. Em editorial publicado neste sábado (9), o Estado de S. Paulo detona a ideia: "Educação não é caso de polícia".

"As escolas cívico-militares padecem de um vício de origem: a educação pública deve ser civil. É inquestionável que há centros educacionais de excelência sob administração militar, particularmente no ensino técnico-científico. Mas seus objetivos e públicos são muito distintos. Numa República democrática, políticas voltadas à educação básica têm de estar a cargo, fundamentalmente, de gestores e professores civis", defende o texto.

O editorial ainda aponta "erros crassos" na justificativa apresentada pelo governo paulista para implementar o projeto. "O Poder Executivo sustenta que o objetivo do programa é 'complementar as ações pedagógicas e compartilhar com os estudantes valores como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito'. Ora, tais valores, evidentemente, não são exclusivos dos militares. Ademais, deveria ser ocioso enfatizar que não foram poucos os militares, inclusive os de alta patente, que violentaram esses mesmíssimos valores ao aderirem ao golpismo bolsonarista, e não foram poucos os defensores da suposta 'disciplina' das escolas civico-militares que ajudaram a depredar os prédios dos Três Poderes em Brasília no infame 8 de Janeiro. Naquelas cenas degradantes, havia tudo, menos 'civismo' e 'respeito'".

O jornal afirma que o governo paulista precisa se debruçar sobre os reais problemas da Educação: "qualquer projeto voltado à melhoria da educação básica no País tem de passar, necessariamente, pela formação dos professores, pela valorização material dos docentes e, não menos importante, pela reavaliação permanente dos modelos pedagógicos. O salto de qualidade de que a educação básica tanto carece no Brasil não será dado se distribuindo pequenas fardas para crianças, tampouco enchendo as escolas de policiais militares aposentados à guisa de prover segurança e disciplina".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Em encontro com senadores, Lula critica avanço do Congresso sobre o Orçamento

 Deputados e senadores controlam atualmente cerca de R$ 50 bilhões do Orçamento por meio de emendas

(Foto: Ricardo Stuckert)

Em encontro com senadores realizado nesta semana, o presidente Lula (PT) demonstrou, segundo Bela Megale, do jornal O Globo, insatisfação com o avanço do Congresso Nacional sobre o Orçamento. Deputados e senadores controlam atualmente cerca de R$ 50 bilhões por meio de emendas.

Em tom de ironia, o presidente lembrou que quando foi deputado, de 1987 a 1991, não tinha nenhum valor em emenda parlamentar. "Na minha época eu era oposição e não tinha nada disso de RP-9, RP-10, RP sei lá quanto", disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mídia golpista dispara canhões contra Lula e financistas lançam mais mentiras, diz Jorge Folena

 Advogado aponta agravamento da situação política

Luiz Inácio Lula da SilvaLuiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Por Jorge Folena, no X – Infelizmente, o momento político está se agravando contra o governo democrático e popular.

Estão atacando em várias frentes, tentando enfraquecer o presidente Lula por suas corretas ações em defesa do povo brasileiro e contra as injustiças internacionais.

A mídia golpista está com seus canhões disparando, alimentando o ódio e criando uma situação de suposto “enfraquecimento” do apoio popular ao presidente.

Por outro lado, os financistas especuladores, que sangram o país, fazem seu serviço e lançam mais mentiras.

Há outra coluna se movendo no parlamento, com as ameaças do centrão e do seu chefe provisório, o presidente da câmara. Impuseram uma derrota vergonhosa esta semana na câmara dos deputados (colocando fascistas desprezíveis em cargos importantes); é o “centrão” dando mostra do seu poder efetivo.

Todo o governo tem que se mexer (não apenas o presidente) para defender os interesses democráticos e nacionais.

Já assisti a este traumático filme em 2013/2016, com a presidenta Dilma. Temos que nos organizar imediatamente em defesa do Brasil, se quisermos ter realmente um futuro como país. A esquerda precisa parar de propagar as maquinações golpistas, isto só alimenta a tática de contrainformação deles!

Fonte: Brasil 247

Caiado admite que censurou livro que não leu

 Governador de Goiás afirmou que "O avesso da Pele", de Jeferson Tenório é promiscuidade

Ronaldo CaiadoRonaldo Caiado (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, admitiu ter censurado o livro "O Avesso da Pele", do renomado autor Jeferson Tenório, sem ao menos tê-lo lido. Em uma entrevista ao UOL, Caiado fez declarações incisivas, rotulando a obra como "promiscuidade plena" e criticando seu conteúdo como inapropriado para a educação.

"Aquilo é promiscuidade plena. Não tem nada de educativo. É um absurdo. É material de revistas de promiscuidade", afirmou Caiado sobre o livro de Tenório.

Indagado pelo jornalista Josias de Souza se havia lido a obra, Caiado admitiu: "Nem tive coragem de ler. Li o pedaço que foi divulgado."

As declarações do governador surgem em meio a uma controvérsia nacional envolvendo "O Avesso da Pele". O livro, que aborda questões sensíveis como racismo estrutural e violência policial, recentemente enfrentou uma tentativa de censura em diversos estados brasileiros.

Em uma entrevista ao programa Repórter Brasil da TV Brasil, Jeferson Tenório expressou sua frustração com a situação, criticando a priorização equivocada de valores na sociedade contemporânea. Ele apontou que o incômodo gerado por palavras consideradas de baixo calão muitas vezes supera questões mais profundas, como o racismo estrutural e a violência policial.

Premiado com o Prêmio Jabuti e reconhecido internacionalmente com direitos de publicação em mais de 10 países, "O Avesso da Pele" recebeu amplo apoio de professores, intelectuais e figuras políticas após a tentativa de censura.

A editora da obra enfatizou que a censura viola princípios fundamentais da educação e da democracia, contribuindo para empobrecer o debate cultural. A repercussão do caso levou a Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul a reverter a decisão de retirar o livro das escolas.

No entanto, o embate em torno da obra continua, com uma nova tentativa de censura no Paraná. A Regional de Educação de Curitiba determinou a entrega de todos os exemplares de "O Avesso da Pele" à sede do núcleo, visando uma análise pedagógica.

Enquanto a polêmica se intensifica, fica evidente o embate entre liberdade de expressão e controle do conteúdo cultural, colocando em xeque os limites da democracia e do acesso à informação em um contexto cada vez mais polarizado.

Fonte: Brasil 247

Rafael Cardoso ameaçou matar idoso agredido na Barra da Tijuca

 Ator o chamou, apertou sua mão com força e proferiu ameaças de morte, declarando "Eu vou te matar"

 No incidente ocorrido em um restaurante na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o idoso agredido por Rafael Cardoso detalhou à polícia os momentos que antecederam as agressões. Segundo relatos obtidos pelo jornal O Globo, João Fernando Brito, de 64 anos, afirmou que o ator o chamou, apertou sua mão com força e proferiu ameaças de morte, declarando "Eu vou te matar". Posteriormente, Brito foi agredido com um soco na nuca. As autoridades registraram o caso como lesão corporal e ameaça.

O depoimento do ator está agendado para a próxima terça-feira na 16ª DP (Barra), Zona Oeste do Rio. A equipe de advogados de Rafael Cardoso declarou que só irá se manifestar após o depoimento. A assessoria de imprensa do artista divulgou uma nota nas redes sociais, alegando que ele estava "sob efeito de medicação" e que está "muito arrependido" das ações cometidas.

O incidente, que ocorreu no dia 26 de fevereiro, chocou a comunidade local. A vítima, João Brito, gerente de um restaurante na Avenida Lúcio Costa, foi filmada sendo agredida pelo ator. Em entrevista ao jornal O GLOBO, Brito expressou sua consternação com a violência, classificando-a como "loucura".

A Polícia Civil está investigando o caso de agressão envolvendo Rafael Cardoso e o gerente de bar na Barra da Tijuca. Testemunhas serão ouvidas nos próximos dias, e o delegado da 16ª DP, Neilson Nogueira, afirmou que aguarda o depoimento do ator para esclarecer os fatos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Putin tem mais de 80% de aprovação entre os russos, aponta pesquisa

 O nível de confiança dos russos em Putin é de cerca de 82%

Vladimir PutinVladimir Putin (Foto: Reprodução)

Tass – Cerca de 83% dos russos consultados deram uma avaliação positiva ao trabalho do presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação de Opinião Pública (FOM). Segundo a pesquisa, 83% dos entrevistados afirmaram que avaliam positivamente os esforços de Putin. O nível de confiança dos russos em Putin é de cerca de 82%.

Além disso, 55% dos entrevistados aprovaram o trabalho do governo russo, enquanto 61% aprovaram o trabalho do primeiro-ministro, Mikhail Mishustin. O partido Rússia Unida lidera a classificação, com 53% dos entrevistados que votariam neste partido. A pesquisa semanal FOMnibus foi realizada entre 1.500 adultos de 104 localidades urbanas e rurais em 53 regiões russas de 1 a 3 de março de 2024.

Fonte: Brasil 247 com Agência Tass

Marilyn Monroe recriada por inteligência artificial estreia em feira de tecnologia

 A Digital Marilyn foi construída pela Soul Machines, uma empresa de IA especializada na criação de pessoas digitais realistas

Marilyn Monroe Digital
Marilyn Monroe Digital (Foto: Reuters)

Reuters – Você é fã de Marilyn Monroe e gostaria de conversar com uma versão digital bem realista dela? Isso agora poderia ser possível.

Mais de 60 anos após sua morte, a Marilyn Digital – criada com a ajuda de inteligência artificial – fez sua estreia na sexta-feira na conferência de tecnologia South by Southwest em Austin, Texas.

Aparecendo na tela do computador com um modesto suéter preto de gola alta e ostentando seu familiar penteado loiro de duende, a sósia digital da icônica atriz conversou com sua familiar voz sussurrante. Ela pode expressar emoções, como sorrir em resposta a um elogio.

Em um teste recente, Digital Marilyn falou sobre seu papel favorito no cinema como Sugar na comédia "Some Like It Hot", de 1959, parando e olhando para baixo de maneira reflexiva antes de oferecer suas respostas.

Ela disse que achou o personagem sexy, mas vulnerável, "um papel desafiador, mas também gratificante". Ela também recomendou outras comédias, como “Gentlemen Prefer Blondes”.

A Digital Marilyn foi construída pela Soul Machines, uma empresa de IA especializada na criação de pessoas digitais realistas, em parceria com o Authentic Brands Group. A empresa de marketing possui um portfólio de marcas, incluindo os direitos de imagem de Monroe, bem como de outras celebridades falecidas.

“Cada vez que converso com Marilyn, é um sentimento especial”, disse Greg Cross, CEO e cofundador da Soul Machines. “Você sente que tem um bom relacionamento com um ícone.”

Soul Machines apresentará Digital Marilyn em evento organizado pela The Information, onde os participantes terão a oportunidade de interagir com a personagem. Cross disse que espera que a demonstração desperte conversas sobre o uso do personagem como embaixador da marca.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governo fica mais dependente de Arthur Lira após avanço da extrema direita na Câmara

 Agenda econômica de Fernando Haddad está nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados

Arthur Lira e Fernando HaddadArthur Lira e Fernando Haddad (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)

BRASÍLIA (Reuters) - O avanço da agenda econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, este ano vai depender ainda mais do ritmo a ser ditado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disseram à Reuters fontes do governo e do Congresso, após a eleição de uma deputada bolsonarista para o comando da importante Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa

Após semanas de impasse e numa derrota para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi eleita presidente da CCJ na quarta-feira. Essa comissão, que em 2023 foi presidida pelo petista Rui Falcão (SP), é por onde regimentalmente têm de tramitar todos os projetos que chegam à Casa.

Uma fonte do Ministério da Fazenda admitiu, em tom de preocupação, que há falhas na articulação política do governo, citando o caso da eleição para o comando da CCJ e de outras comissões da Câmara, e avaliou que isso abre margem para o surgimento de pautas-bomba no Congresso.

Nesta mesma semana, ressaltou a fonte, uma comissão do Senado aprovou em caráter terminativo -- o que permite que o projeto siga diretamente para a Câmara sem passar pelo plenário do Senado -- uma proposta que prevê isenção de tributos de 4 bilhões de reais para empresas do ramo de fertilizantes, sem contestação de governistas.

Outros temas estão sendo monitorados para evitar problemas semelhantes, disse a fonte. 

Nesse cenário, ao menos na Câmara, a dependência da atuação de Lira para deslanchar as propostas governistas vai ser ainda maior com uma CCJ oposicionista, afirmaram fontes do governo e da Câmara. Em 2023, Lira já ditou o ritmo das aprovações do novo marco fiscal, da reforma tributária e da MP das subvenções, por exemplo, em negociações complicadas com o governo.

PREOCUPAÇÃO BILIONÁRIA

Em busca de zerar o déficit primário em 2024, Haddad tem como maior preocupação no momento encontrar uma solução para avançar com as propostas de reoneração da folha salarial de 17 setores da economia e a rediscussão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Inicialmente o governo tentou acabar, por meio de medida provisória, com a desoneração da folha e com o Perse, mas, diante da resistência do Congresso, o Executivo recuou e fará o debate por projetos de lei -- o da reoneração já está na Câmara e o programa para eventos deverá ser enviado em breve, com a Fazenda aceitando manter benefícios de forma mais focada.

A Fazenda defendeu que a renúncia de arrecadação com o Perse seja limitada a 8 bilhões de reais em 2024, nível mais baixo que o de anos anteriores, mas admite que o impacto poderá ser maior quando a proposta tramitar entre os parlamentares. Já a perda tributária com a desoneração este ano é de ao menos 12 bilhões de reais.

A fonte da Fazenda disse que o governo terá de aceitar um “meio termo” nos dois temas para aprovar as medidas, o que deve forçar a pasta a propor novas medidas compensatórias e provavelmente abrir novos atritos políticos com o Congresso. Ela afirmou ainda considerar improvável o avanço da reforma do imposto de renda neste ano e que está mais confiante na aprovação da agenda microeconômica de Haddad que teria menos polêmicas.

De maneira geral, os projetos da reoneração, do Perse e as outras oito propostas que fazem parte da agenda microeconômica, como a que prevê um novo regime para socorrer instituições financeiras e aprimoramento das regras da Lei de Falências, terão de passar pela CCJ da Câmara, assim como a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. É nesse cenário que entra o presidente da Câmara.

Duas fontes ligadas a Lira disseram que ele está comprometido com o avanço da agenda de Haddad, também considerando as negociações do Perse e da reoneração como prioritárias no momento. Na terça, o ministro da Fazenda reuniu-se com o presidente da Câmara e líderes partidários para pedir apoio à pauta.

Uma das fontes disse que a CCJ poderia até tentar atrapalhar a pauta do governo, mas têm um limite. Segundo ela, se, por exemplo, a comissão tentar inviabilizar a votação de algum projeto em qualquer momento, o governo pode recorrer a Lira para levá-lo diretamente para votação no plenário após a aprovação de um requerimento de regime de urgência.

Esse expediente tem sido adotado por Lira desde a gestão Bolsonaro, reduzindo, em consequência, o poder das comissões. No plenário, cabe ao próprio presidente da Casa indicar o relator da proposta.

A fonte destacou ainda que, se Lira tiver de escolher entre uma pauta de costumes e uma econômica, vai priorizar a segunda.

"É evidente que não vai aprovar tudo como vem da Fazenda, mas o que for bom para economia vai passar", disse ela, para quem Lira está comprometido com o déficit zero, mas também espera esforço do governo para controlar os gastos públicos.

Essa fonte ainda alertou para o fato de que, apesar da boa vontade do presidente da Câmara, há pouco tempo para o avanço da agenda econômica em um ano de eleições municipais, que tradicionalmente esvaziam os trabalhos do Congresso. Essa fonte espera maior empenho da articulação política para tentar agilizar as votações até junho, sob pena de a agenda poder ficar para depois do pleito de outubro.

Outra fonte ligada a Lira destacou que a CCJ não vai atrapalhar a agenda do Executivo porque o que for prioritário deve tramitar em regime de urgência, o que reduz os prazos de tramitação. Mas ressaltou que isso tornará o governo ainda mais refém do centrão e do presidente da Câmara, que está em seu último ano de gestão e empenhado em fazer seu sucessor.

IRRELEVANTE

Para o deputado governista Lindbergh Farias (PT-RJ), um dos vice-líderes da maioria, a CCJ perdeu relevância para a agenda econômica desde o ano passado e toda a articulação tem sido feita em plenário com Lira e os líderes partidários.

"As comissões estão esvaziadas. No ano passado, o Haddad aprovou todas as medidas importantes sem passar pela CCJ", disse o parlamentar, que, ao contrário de 2023, decidiu este ano não participar da comissão.

Assim como no ano passado, o governo terá de lançar mão de expedientes como liberação de emendas parlamentares e restos a pagar para avançar nas negociações, de acordo com a fonte da Fazenda. Em 2023, Lula bateu recorde anual de liberação de emendas em relação à gestão Bolsonaro. Este ano, devido às eleições, há restrições em relação ao pagamento dessas verbas.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou as preocupações com a eleição de uma bolsonarista radical para a CCJ. "Se ano passado a gente soube lidar bem com a composição que tinha (das comissões)..., também vamos saber lidar muito bem este ano com a Câmara, acho que não vai trazer dificuldades para votação das agendas prioritárias do governo", disse ele, em entrevista à CNN Brasil.

O governo também viu eleito como presidente da Comissão de Educação Nikolas Ferreira (PL-MG), outro bolsonarista radical que foi o deputado federal mais votado no país em 2022.

A eleição para as comissões de Nikolas e de Caroline de Toni segue o princípio de que partidos com maiores bancadas têm direito a escolher primeiramente as comissões que desejam presidir. Uma fonte palaciana, contudo, disse que o PL quebrou um acordo verbal de que não iria indicar nomes radicais para o comando das comissões.

Procurada, Caroline de Toni não respondeu de imediato a um pedido de comentário. Em seu discurso na quarta após ter sido eleita, ela adotou tom moderado e disse que atuará de forma equilibrada. 

"Encararei com muita responsabilidade essa posição institucional com uma gestão com transparência, equilíbrio, ouvindo todas as bancadas, respeitando o princípio de proporcionalidade que rege todo o regimento da Câmara dos deputados, o que deve se refletir na pauta da comissão", afirmou ela, que antecipou que buscará pautar matérias de costumes na CCJ, assuntos da sua plataforma eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Prates diz que acompanhou o voto da diretoria sobre dividendos da Petrobras

 "Eu, como presidente, me abstive de votar, porque não faria diferença nenhuma para o resultado, e acompanhei o voto da minha diretoria que propôs 50%/50%", disse ele

A Vibra tem atualmente o direito de usar a marca da BR, sem que a Petrobrás tenha participação na companhiaA Vibra tem atualmente o direito de usar a marca da BR, sem que a Petrobrás tenha participação na companhia (Foto: ABR)

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta sexta-feira que defendeu em reunião do conselho da empresa na véspera a distribuição de 50% do valor possível de dividendos extraordinários, conforme o proposto pela diretoria executiva, mas que foi voto vencido.

A afirmação confirma reportagem da Reuters publicada mais cedo, com fontes com conhecimento do assunto.

Mas a maioria do conselho decidiu por destinar o montante a uma reserva estatutária de remuneração de capital, com suporte dos votos dos conselheiros que representam a União, e não para dividendos extraordinários.

"Eu, como presidente, me abstive de votar, porque não faria diferença nenhuma para o resultado, e acompanhei o voto da minha diretoria que propôs 50%/50%, foi nosso encaminhamento inicial", disse Prates.

Os conselheiros que representam os minoritários, segundo o CEO, votaram na distribuição de 100%.

Fonte: Brasil 247 com Reuters