quinta-feira, 7 de março de 2024

Vice-líder do PT nega acordo para colocar Nikolas Ferreira à frente da Comissão de Educação: 'a responsabilidade é do PL'

 "Não houve qualquer acordo quanto a nomes. A responsabilidade pela escolha de Nikolas Ferreira é exclusiva do PL, é intransferível", disse o deputado federal Reimont

Nikolas Ferreira Nikolas Ferreira (Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados)

O deputado federal Reimont, vice-líder do PT na Câmara, negou que tenha havido um acordo entre o PT e o PL para emplacar o bolsonarista Nikolas Ferreira na presidência da Comissão de Educação. “Não houve qualquer acordo quanto a nomes. A responsabilidade pela escolha de Nikolas Ferreira é exclusiva do PL, é intransferível”, disse.

“A indicação é um escárnio com a Educação. Tanto que ele já anunciou que terá como prioridade o ensino em casa, pelos pais, o tal do homeschooling, que esvazia o papel das escolas e dos educadores”, completou o parlamentar que também é membro titular do colegiado.

De acordo com o parlamentar, os acordos ficaram restritos a garantir a proporcionalidade das bancadas tanto nas comissões como na mesa diretora. O PL e a Federação PT/PCdoB/PV têm as duas maiores bancadas da Casa.

Reimont, que também é professor, criticou a intenção de Nikolas Ferreira de colocar como uma de suas prioridades à frente do colegiado o chamado homeschooling, que retira as crianças das escolas e confia o processo pedagógico aos pais. Segundo o parlamentar, ao transferir a responsabilidade da educação para os pais e eliminar a responsabilidade de manter os filhos nas escolas, a iniciativa fere a Constituição, desobrigando o estado a garantir o acesso universal à educação de qualidade e gratuita.

“Além dos problemas de deficiência no aprendizado, falta de supervisão adequada, dificuldade de acompanhamento e fiscalização, esse projeto, que é a base do bolsonarismo, carreia diversos outros riscos importantes: aumento das desigualdades sociais e educacionais; invisibilidade perante o Censo Escolar; desproteção das crianças e adolescentes em relação a abusos, negligências e trabalho infantil; discriminação de gênero e de estudantes com deficiência no acesso à educação, entre outros”, afirmou.

“O potencial de danos é enorme. Como professor, estarei firme na luta contra qualquer dessas tentativas de ataques ou desmonte na educação”, completou.

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) criticou duramente pelo X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (7) a indicação e posterior eleição do deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) para a presidência da Comissão de Educação e a indicação da bolsonarista Caroline De Toni para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, também negou a existência de um acordo com o PL e destacou que “a legenda indicou gente radical demais, desrespeitosa para a CCJ e mal-educada, como o deputado para presidir a comissão da Educação. Isso depõe contra a própria Câmara, infelizmente. É lamentável".

Fonte: Brasil 247

Eleito para Comissão de Educação, Nikolas defende "direito de negar o Holocausto e fundar partidos nazistas"

 Em entrevista a podcast, o deputado Nikolas Ferreira propôs tolerância ao nazismo em nome da 'liberdade de expressão'

Nikolas FerreiraNikolas Ferreira (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

 O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) defendeu, durante uma entrevista ao podcast Irmão Dias, o "direito de negar o Holocausto e fundar partidos nazistas" sob a bandeira da liberdade de expressão. Esta declaração ocorreu após sua eleição como presidente da Comissão de Educação da Câmara, ocorrida na quarta-feira (6).

No vídeo divulgado, Nikolas justifica sua posição afirmando que "é melhor não proibir essas 'opiniões'". Entretanto, não citou a fonte do estudo que embasava sua argumentação.

A nomeação de Nikolas Ferreira para liderar a Comissão de Educação despertou preocupações e críticas de diversos setores da sociedade, que veem com desconfiança sua defesa de posições extremistas, sobretudo em um contexto educacional.

Assista: 

Fonte: Brasil 247

"Concessão da Jovem Pan deve ser cassada", diz Fernando Horta

 Historiador reforça necessidade de responsabilização da Jovem Pan em meio a controvérsia sobre liberdade de expressão

Fernando HortaFernando Horta (Foto: Brasil 247 | Reprodução)

 Na esteira de um embate jurídico em torno da concessão da rádio Jovem Pan, o historiador Fernando Horta concedeu uma entrevista ao editor-chefe do Brasil 247, jornalista Leonardo Attuch, onde destacou a necessidade de revogação da concessão da emissora e a exclusão de qualquer acesso a financiamento público por parte da empresa.

Horta enfatizou que a medida não constituiria um ataque à democracia ou à liberdade de expressão, mas sim uma resposta aos constantes embates de desinformação e disseminação de fake news promovidos pela emissora. "Não seria um ataque à democracia nem à liberdade de expressão, mas sim um ataque às mentiras", afirmou o historiador.

O historiador defendeu a importância de fazer da Jovem Pan um caso exemplar, destacando que seria "pedagógico" para evitar que outras empresas de comunicação sigam o mesmo caminho de desinformação.

O posicionamento de Horta surge em meio a uma recente divergência de opiniões dentro do governo federal em relação ao tema. O ministro Jorge Messias, da AGU, esclareceu a posição do governo em relação ao pedido de cassação da concessão da Jovem Pan. Em comunicado à imprensa, Messias afirmou que a petição protocolada é uma manifestação preliminar, sujeita a considerações técnicas mais detalhadas. Ele destacou que a AGU está engajada nas negociações com o MPF e que a União estará ao lado do Ministério Público para apurar a conduta da emissora.

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

"O Brasil vive um momento de ouro", diz Lula sobre a economia

 "Eu nunca vi tanta expectativa com relação ao Brasil como estou vendo nesse momento", afirmou o presidente com relação à imagem do país no exterior

Luiz Inácio Lula da SilvaLuiz Inácio Lula da Silva (Foto: Flickr/Lula Oficial)

O presidente Lula (PT) participou nesta quinta-feira (7), no Palácio do Planalto, de uma cerimônia de anúncio de investimento de R$ 23 bilhões via PAC Seleções. Durante discurso, Lula afirmou que o Brasil “vive um momento de ouro” na economia, com grandes expectativas e otimismo no exterior em relação ao país. “Eu estou muito otimista com o futuro desse país e com o que vai acontecer nos próximos anos. Esse ano a economia vai crescer. Se todo o dinheiro que nós anunciamos estiver funcionando a economia vai crescer. Não é possível”, afirmou.

O presidente ainda ironizou quem atribui o sucesso econômico de seu governo atual e dos passados à “sorte”. “Eu e o Alckmin fizemos uma reunião com a indústria automobilística. A indústria automobilística brasileira andava encruada, as empresas fechando, indo embora. De repente, como se fosse um passe de mágica - eu tenho sorte - nós, nesse começo de ano, já recebemos o anúncio de investimento de quase R$ 100 bilhões na indústria automobilística brasileira para os próximos três anos” 

O presidente citou o pagamento de precatórios como mais uma razão para esperar um crescimento da economia brasileira. “Se os R$ 94 bilhões de precatórios estiverem rodando o mundo, isso vai ter que gerar emprego. Se os bilhões que nós colocamos de financiamento para agricultura, alguma coisa vai dar, vai dar emprego. Se a quantidade de microcrédito que anuncia todo dia estiver funcionando, isso vai gerar emprego”.

“O Brasil vive um momento de ouro. Eu nunca vivi um momento de otimismo com relação ao Brasil como nós temos hoje no mundo inteiro”, afirmou Lula. “Eu acabei de participar de uma reunião com 54 países africanos na Etiópia. Cinco dias depois, fui participar de uma reunião na Guiana com os 15 países do Caricom. Terminou a reunião, fui fazer uma reunião em São Vicente e Granadinas com os 33 países da Celac. Eu nunca vi tanta expectativa com relação ao Brasil como estou vendo nesse momento. O Haddad recebeu comigo recentemente a diretora-geral do FMI, o diretor do Banco Asiático. Se vier para cá todo o dinheiro que eles acham que estão pensando em trazer para o Brasil, não tem por que a gente não acreditar que o Brasil vai voltar a fazer parte das principais da economia do planeta Terra”.

Ainda de acordo com o presidente, seu governo já criou o ambiente necessário para impulsionar a economia. “O que a gente dizia: precisamos garantir estabilidade jurídica; esse país tem. Precisamos garantir estabilidade econômica; esse país tem. Precisamos garantir estabilidade fiscal; esse país tem. Precisamos garantir estabilidade social; esse país tem”.

O presidente também afirmou que o governo federal precisará discutir em algum momento com o Congresso Nacional a mudança do "limite de gastos" do país. "Quando a gente tiver mais dinheiro a gente vai ter que discutir com a Câmara e o Senado esse limite de gastos, e vamos ver como é que a gente pode utilizar mais dinheiro para fazer mais benefício para o povo".

Fonte: Brasil 247

"Eu defendo que bandeira a democratização dos meios de comunicação seja levantada pelo nosso governo", diz José Genoino

 Ex-presidente nacional do PT fala sobre a Lei de Meios

José GenoinoJosé Genoino (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil | Reprodução)

 O ex-presidente nacional do PT, José Genoino, concedeu uma entrevista à jornalista Dafne Ashton onde discutiu a importância da democratização dos meios de comunicação. Durante a conversa, Genoino enfatizou a necessidade de regular a Lei de Meios e destacou o papel fundamental do direito à informação na cidadania e na democracia.

"Precisamos fazer a regulamentação da Lei de Meios", afirmou Genoino, ressaltando a importância de estabelecer diretrizes claras para a separação entre o direito à informação e a exploração econômica desse direito.

Ao longo da entrevista, Genoino enfatizou a necessidade de impor restrições à exploração econômica da informação, argumentando que a regulação é essencial para evitar abusos e garantir a responsabilidade política dos meios de comunicação.

"Dizer que os meios de exploração econômica da informação não podem ser regulados é criar um poder absoluto para a mídia", afirmou Genoino. "Eu sou contra essa ideia de se criar um poder absoluto. Tem que ter regulação. E essa regulação tem que envolver responsabilidade política."

O ex-presidente do PT defendeu que a bandeira da democratização dos meios de comunicação seja levantada pelo governo, enfatizando que a informação é livre para o exercício da cidadania, mas os exploradores dessa informação devem cumprir determinadas obrigações e ser submetidos a freios e contra-freios. Essa discussão veio na esteira sobre a disputa jurídica que envolve a possibilidade da de Cassação da rádio Jovem Pan.

"A discussão é fundamental e tem que ser orientada pelo princípio democrático", concluiu Genoino, destacando a importância de um debate público transparente e inclusivo sobre a regulamentação da mídia no Brasil.

Fonte: Brasil 247



Investigação da PF aponta uso político da Abin em levantamento de informações sigilosas durante eleições

 Investigadores apuram se a Abin levantou informações de inquéritos envolvendo políticos do Rio de Janeiro, além de ampliar o volume de consultas ao sistema de espionagem FirstMile

Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair BolsonaroAlexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação I Abin I Agência Brasil )

 A Polícia Federal (PF) está investigando a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a gestão do atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), em relação a possíveis práticas irregulares durante as eleições municipais de 2020. Segundo o jornal O Globo, os investigadores apuram se a Abin teria levantado informações de inquéritos sigilosos envolvendo políticos do Rio de Janeiro, além de ampliar o volume de consultas ao sistema de espionagem israelense FirstMile, utilizado para monitorar críticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL).

“Investigadores descobriram indícios de que, em fevereiro de 2020, Ramagem imprimiu na sede da Abin, em Brasília, uma lista com os números dos inquéritos relacionados a 66 políticos que foram candidatos nas eleições de 2018, mas não se elegeram. As informações foram extraídas de um sistema da superintendência da PF no Rio de Janeiro — e apontam ainda dados sobre ‘valores em apuração’”, destaca a reportagem. O relatório da PF sobre o caso sugere que essa ação demonstra um interesse "eleitoral" no ano de 2020.

A maioria dos nomes na lista pertencia a siglas hoje extintas, como PMB e Patriota, além de destacar membros do PSL, PP, MDB, DEM e PDT, todos do Rio de Janeiro, reduto eleitoral de Ramagem. A Controladoria-Geral da União (CGU) recuperou a planilha envolvendo os inquéritos, descobrindo que se tratavam de informações sensíveis e que Ramagem utilizou seu login para enviar arquivos à impressora da Abin.

No mesmo período, a Abin, sob a gestão de Ramagem, aumentou significativamente o volume de consultas ao sistema de espionagem FirstMile, utilizado para monitorar a localização de alvos selecionados por meio da conexão de rede de telefones celulares. Durante as eleições municipais de 2020, as buscas pela localização de alvos selecionados aumentaram 2.500%, levantando suspeitas de instrumentalização da Abin para fins políticos.

“O uso do sistema FirstMile em outubro de 2020, período eleitoral, apresentou discrepância na distribuição das consultas posto que das 60.734 (sessenta mil, setecentos e trinta e quatro) consultas constantes na tabela target, 30.344 (trinta mil, trezentos e quarenta e quatro consultas) foram realizadas no período eleitoral de 2020”, diz um trecho do relatório da PF, de acordo com O Globo. 

O sistema FirstMile foi utilizado pela Abin entre fevereiro de 2019 e abril de 2021. Nos demais meses, fora do período eleitoral, a média mensal foi de 1.168 buscas. A Procuradoria Geral da República (PGR) classificou esse pico de buscas como uma "concentração desarrazoada", corroborando a suspeita de uso político da Abin durante o governo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

MEC divulga calendário de pagamento do bônus do Pé-de-meia

 Governo vai pagar R$ 200 referentes ao bônus de matrícula de estudantes do ensino médio

(Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil)

Nesta quarta-feira (6), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o calendário de pagamento do bônus de matrícula no valor de R$ 200, destinado a estudantes do ensino médio elegíveis. Esse incentivo financeiro é parte do programa "Pé-de-meia", que visa apoiar financeiramente os alunos nessa fase educacional. O bônus será distribuído em uma única parcela entre os dias 26 de março e 3 de abril, dependendo do mês de nascimento do aluno. O valor não será deduzido do incentivo de frequência, fixado em R$ 1.800 e pago em nove parcelas ao longo do ano, informa o g1

Somados os três anos de estudo, o governo irá pagar até R$ 9,2 mil para os estudantes que concluírem o ensino médio. O programa deve atingir 2,5 milhões de alunos.

Calendário do pagamento do bônus conforme o mês de aniversário do estudante:

  • Janeiro e fevereiro: 26 de março
  • Março e abril: 27 de março
  • Maio e junho: 28 de março
  • Julho e agosto: 1º de abril
  • Setembro e outubro: 2 de abril
  • Novembro e dezembro: 3 de abril
Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Após pedido de vista no STF, Senado quer votar PEC sobre drogas na próxima semana

 Proposta de Emenda à Constituição deverá ser votada na próxima quarta-feira (13)

Rodrigo Pacheco e Davi AlcolumbreRodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Após um pedido de vista no Supremo Tribunal Federal (STF) adiar a votação sobre a descriminalização do porte de maconha, o Senado se prepara para votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa proibir o porte de qualquer quantidade de drogas ilícitas. Segundo a coluna da jornalista Camila Bomfim, do G1, um acordo costurado nos bastidores estabelece que a votação da PEC está agendada para a próxima quarta-feira (13). 

A decisão sobre a data foi tomada durante uma reunião do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com os integrantes da comissão. A posição do Senado é que as decisões relacionadas ao tema das drogas devem ser tomadas pelo Legislativo e não pelo STF. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já afirmou em diversas ocasiões que não cabe ao Supremo "legislar" sobre a questão das drogas.

As divergências entre STF e Senado sobre o tema das drogas se arrastam desde o ano passado. O presidente do Senado afirmou anteriormente que o Supremo não deveria interferir na legislação relacionada ao assunto, enquanto o STF busca julgar a questão desde 2015. 

Até a suspensão do julgamento pela Corte, o placar estava em 5 votos favoráveis à descriminalização do porte de drogas e 3 contra. 

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista Camila Bomfim, no G1

Produção de veículos salta mais de 24% em fevereiro ante janeiro

 Vendas somaram 165,2 mil veículos novos no mês passado, um crescimento de 2,2% na comparação mensal

montadora-carrosmontadora-carros (Foto: ABr)

Reuters - A indústria de veículos do Brasil apurou crescimento de 24,3% na produção em fevereiro ante janeiro, a 189,7 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou nesta quinta-feira a associação de montadoras, Anfavea.

As vendas somaram 165,2 mil veículos novos no mês passado, um crescimento de 2,2% na comparação mensal. Na média diária, os emplacamentos de fevereiro sobre janeiro dispararam 18,4%, para 8,7 mil unidades, afirmou o presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, em apresentação a jornalistas.

O executivo afirmou que os emplacamentos de fevereiro marcaram "a primeira vez que temos uma média diária superior ao período pré-pandemia".

O destaque nos licenciamentos seguiu sendo o segmento de modelos eletrificados, segundo a Anfavea, que somou no primeiro bimestre vendas de 22,5 mil veículos, dos quais 8 mil elétricos e 14,5 mil híbridos. No primeiro bimestre, a participação desses modelos eletrificados no total de vendas de veículos leves foi de 7,3% ante uma fatia de 4,3% em 2023, segundo os dados da Anfavea.

O crescimento das vendas de eletrificados em fevereiro ainda seguiu embalada pelas importações desses modelos realizada antes do aumento da tarifa de importação no início deste ano. No mês passado, a participação dos importados no total vendido de veículos leves foi de 17%, após 19,5% em janeiro. A fatia de importados em fevereiro é a maior para o mês desde pelo menos 2021.

Segundo o presidente da Anfavea, o movimento de emplacamento elevado de importados ainda deve se repetir em março.

Ante fevereiro de 2023, a produção mostrou expansão de 17,4% e as vendas saltaram 27,1%, segundo os dados da entidade.

O setor terminou fevereiro com estoque de 217,6 mil veículos novos, praticamente estável sobre janeiro e equivalente a 38 dias de vendas.

As exportações de fevereiro, porém, mostraram queda ante o mesmo mês do ano passado, recuando 14,1%, para 30,7 mil veículos.

No acumulado do bimestre, a produção subiu 8,9%, as vendas tiveram alta de 19,8% e as exportações mostravam recuo de 28%, afirmou a Anfavea.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

BNDES financia R$ 2,6 bi para programa florestal da Suzano, que criticou o banco e a nova política industrial do governo Lula

 "A neoindustrialização nacional, mais verde e mais inovadora, é uma prioridade do governo Lula", disse o presidente do BNDES, Alozio Mercadante

www.brasil247.com - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Foto: Reuteres/Sergio Moraes)

 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento da ordem de R$ 2,6 bilhões para o programa florestal bienal da Suzano. A aprovação ocorreu cerca de um mês depois que o então presidente da empresa, Walter Schalka, criticou o programa de incentivo à indústria lançado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e questionou a necessidade de subsídios governamentais para empresas. Schalka deixou o cargo em fevereiro alegando razões pessoais. 

Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, “o plano florestal da Suzano envolve o investimento total de R$ 3,6 bilhões e prevê o plantio de até 435 mil hectares de fazendas de eucalipto nas proximidades das indústrias da companhia em seis estados: Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pará e São Paulo”. 

O banco de fomento também aprovou por meio da linha BNDES Mais Inovação,um aporte de R$ 31 milhões destinado ao desenvolvimento de uma nova central de produção de árvores de eucalipto superiores,que incorpora melhorias genéticas para alcançar uma maior qualidade. “Esse recurso também direciona investimentos a outros projetos relacionados a agroflorestas, remoção de carbono, biomassa de eucalipto e embalagens sustentáveis”.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “a neoindustrialização nacional, mais verde e mais inovadora, é uma prioridade do governo Lula. O apoio do banco ao programa florestal e ao projeto de inovação da Suzano está alinhado à nova política industrial brasileira, estimulando a bioeconomia a partir do manejo florestal sustentável”.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

Novo PAC Seleções investe R$ 23 bilhões em saúde, educação, esporte e cultura

 Estados e municípios receberão recursos para 6.778 obras e equipamentos em locais com baixa cobertura

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC)Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) (Foto: Ricardo Stuckert )

 O presidente Lula (PT) revela nesta quinta-feira (7) os resultados de 16 das 27 modalidades do Novo PAC Seleções 2023. Essas modalidades, que abrangem os eixos de Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, e Infraestrutura Social e Inclusiva, representam um investimento total de R$ 23 bilhões. As 16 modalidades em questão são executadas pelos ministérios da Saúde, Educação, Cultura e Esporte, e têm como objetivo primordial a melhoria das condições de vida da população, principalmente em áreas carentes de assistência.

De acordo com os dados divulgados, foram selecionadas 6.778 obras e equipamentos em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, alcançando aproximadamente 59% dos municípios do país. O processo seletivo priorizou a cobertura de vazios assistenciais, além de considerar os critérios específicos de cada modalidade, conforme estabelecido no lançamento do programa.

Uma das grandes novidades é o investimento em saúde, que contempla a construção de 55 novas Policlínicas Regionais, beneficiando cerca de 19,2 milhões de pessoas em todas as regiões do Brasil. Essas estruturas inovadoras visam ampliar o acesso a serviços médicos especializados, exames e pequenos procedimentos.

Além disso, o Novo PAC Seleções destaca-se pela expansão da oferta de serviços de Atenção Primária à Saúde, com a construção de 1.800 Unidades Básicas de Saúde em municípios com maior vulnerabilidade social e econômica, beneficiando aproximadamente 8,6 milhões de pessoas.

Na área da Educação, o programa prevê a construção de 685 novas escolas de ensino fundamental e médio em tempo integral, em áreas de vulnerabilidade social, atendendo cerca de 119,7 mil estudantes. Além disso, serão construídas 1.178 novas creches e pré-escolas de Educação Infantil em tempo integral, ampliando a oferta de vagas para crianças de 0 a 5 anos em 1.177 municípios.

Outros setores beneficiados incluem transporte escolar, com investimento em 1.500 novos veículos para alunos da zona rural em 1.500 municípios; cultura, com a construção de 300 novos CEUs da Cultura; e esporte, com a construção de 240 novos Espaços Esportivos Comunitários em municípios com infraestrutura esportiva.

Fonte: Brasil 247

Cid quer usar novo depoimento à PF sobre trama golpista para 'anistiar' familiares

 Oitiva do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, está marcada para a próxima segunda-feira (11)

Mauro CidMauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), quer que o seu novo depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura uma suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resulte em uma “anistia” para os seus familiares. A oitiva do militar está marcada para a próxima segunda-feira (11).

Segundo a coluna do jornalista Ricardo Noblat, no Metrópoles, Cid e sua defesa já definiram que se o depoimento for aceito como uma nova delação premiada, “o prêmio da vez será uma 'anistia' para a esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid e o pai, Mauro Lourena Cid”.

Gabriela e o pai do militar são investigados por envolvimento em fraudes de cartões de vacinação e pela tentativa de venda das joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Bolsonaro tentou se apropriar.

“Esse tipo de acordo era um dos mais comuns da Lava Jato. Um dos benefícios pretendidos por Cid e sua defesa, na posição de colaborador, é que a família dele esteja protegida e não mais investigada”, destaca Noblat.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Ricardo Noblat, no Metrópoles

Lula anuncia viagens por todo o país para fiscalizar obras do PAC

 Presidente participou nesta quinta do lançamento do Novo PAC Seleções, que prevê investimentos de R$ 23 bilhões nas áreas de Saúde e Educação, entre outras

LulaLula (Foto: Reprodução/Youtube)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que viajará por todo o país para fiscalizar as obras do Novo PAC e PAC Seleções, anunciado durante uma cerimônia em Brasília nesta quinta-feira (7). O PAC Seleções prevê investimentos de cerca de R$ 23 bilhões nas áreas de Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, e Infraestrutura Social e Inclusiva. 

“A partir de agora, depois do último lançamento que vamos fazer aqui, dos institutos federais, nós vamos ter que visitar tudo que nós anunciamos para saber se está acontecendo. Então se preparem porque eu vou visitar os estados, as cidades; eu quero saber se tudo que foi anunciado aqui está acontecendo. Quero saber se a jabuticaba já está nascendo, porque é o olho do dono que engorda o porco”, disse Lula. 

Ainda segundo o presidente, os recursos chegarão aos estados e municípios por meio de critérios técnicos. “Houve um tempo em que o Brasil era governado de uma forma muito estranha. A relação do governo federal com os governos estaduais ou municipais era quase que uma política de amigo, um compadrio. Você precisava ter influência junto a um deputado ou senador, com alguém importante ligado ao governo para que o seu estado recebesse uma obra do governo federal, para que sua cidade recebesse um incentivo do governo federal. O critério era eminentemente político”, destacou.

"Aqueles que tinham força junto ao governo federal, inclusive deputados e senadores, falavam com o presidente e levavam a obra para a cidade. Mas não tinha um critério universal que garantisse a todos a oportunidade de participar de um processo de competição para ganhar uma obra do governo federal. É por isso que nós, desde 2007, criamos a ideia de ouvir os governadores. Era melhor ouvir o governador, ouvir o prefeito, ver a necessidade deles e ver o que a gente poderia fazer”, completou Lula. 

“Nesse PAC Seleções houve uma novidade: é como se vocês tivesse participado de um vestibular, sempre com mais aluno do que vaga. E o critério de escolha é sempre muito complicado. Poderia ser aleatório, pedir para a Casa Civil sentar, ver quais são os prefeitos, os pedidos ‘deixa eu ver quem eu gosto aqui, que eu não gosto’ e pronto. Mas resolvemos fazer diferente. É importante vocês saberem que eu tenho muitos problemas dentro do próprio governo, junto à minha bancada de deputados federais, porque as pessoas ficam sempre dizendo ‘não, mas você para fazer uma obra, aquela cidade é governada por um partido diferente’. Esse era o critério do passado. O critério que a gente quer inovar, eu não posso olhar o prefeito e a filiação dele - se bem que é importante levar em conta isso. Mas tenho que olhar a necessidade do povo, qual é a região que precisa mais daquele investimento naquele momento”, afirmou.

Para Lula, “esse critério do PAC Seleções é uma novidade extraordinária". "Agora tem um conjunto de prefeituras que vão ser premiadas com determinadas obras. Em janeiro vai ter outro PAC Seleções. Vocês estão percebendo que a arrecadação está aumentando além daquilo que muita gente esperava - lógico que nós temos um limite de gastos, e quando a gente estiver mais adiante a gente vai ter que discutir com a Câmara e o Senado esse limite e vamos ver como podemos utilizar esse dinheiro para trazer mais benefício para o povo. O que é importante é vocês terem clareza de que ninguém ficará de fora”.

Fonte: Brasil 247

Indicação de Nikolas depõe contra a própria Câmara, diz Gleisi

 Nikolas Ferreira é o novo presidente da Comissão de Educação da Câmara. Gleisi ainda criticou a eleição de Caroline De Toni para a CCJ

Gleisi Hoffmann e Nikolas FerreiraGleisi Hoffmann e Nikolas Ferreira (Foto: Câmara dos Deputados)

Presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) criticou duramente pelo X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (7) a indicação e posterior eleição do deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) para a presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. 

Gleisi ainda criticou a eleição da deputada também bolsonarista Caroline De Toni (PL-SC) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Tanto a presidência de Nikolas quanto a de De Toni, segundo Gleisi, depõem contra a própria Câmara dos Deputados. "Sobre a escolha dos presidentes das comissões na Câmara, é preciso dizer que nada tem a ver com o governo. Lidamos com quem a população elege, levando em conta o tamanho das bancadas. Assim como o PT presidiu a CCJ no ano passado, sendo a 2ª maior bancada, a alternância mediante acordos tem que acontecer. Mas também é preciso dizer que o desfecho de ontem foi muito ruim. PL indicou gente radical demais, desrespeitosa para CCJ e mal-educada, como o deputado para presidir a comissão da Educação. Isso depõe contra a própria Câmara, infelizmente. É lamentável", publicou Gleisi.

Ao chegar ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira, Gleisi comentou mais sobre o assunto à Folha de S. Paulo: "eu acho que foi uma irresponsabilidade do PL indicar pessoas desse nível, como um mal-educado para presidir a Comissão de Educação [Nikolas Ferreira]. Isso depõe contra a Câmara, depõe contra o PL, depõe contra as instituições. Só tenho a lamentar, não tem como intervir. Eu acho que o presidente da Casa deveria ter tentado fazer isso [intervir], mas a Câmara vai pagar um preço. Não somos nós, não. É a Câmara como instituição que vai pagar".

A presidente do PT, por outro lado, afirmou que as presidências de Nikolas e De Toni não deverão prejudicar o governo, já que as pautas de interesse do Planalto tramitam em regime de urgência e, portanto, não passam pelas comissões. "Os projetos principais do governo não têm tramitado pelas comissões. Aliás, nenhum deles. É só vocês analisarem que as comissões estão esvaziadas. Todos os projetos principais estão em regime de urgência para plenário. Nem a CCJ tem cumprido o seu papel de fazer uma análise mais profunda de projetos. O que tem ficado nas comissões são projetos que interessam mais aos deputados".

Para Gleisi, os bolsonaristas que assumiram postos de comando nas comissões só vão ficar "fazendo discurso, convocação [de autoridades], bagunça, que é o que eles sabem fazer". "O governo vai seguir, não vai depender do presidente da comissão de Educação, imagina, nem CCJ. Vai seguir a vida. O problema é que isso depõe contra a Casa, é isso que não se entendeu ali [na escolha], é ruim para a Câmara. O parlamento já tem uma avaliação negativa na sociedade, uma avaliação baixa, aí coloca pessoas nesse nível, dessa qualidade, que não têm não preparo, não tem estatura".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo