segunda-feira, 4 de março de 2024

Dengue: tire as principais dúvidas sobre a doença

 Mais de 1 milhão de brasileiros já foram infectados pelo mosquito Aedes aegypti nos primeiros dois meses do ano. Estimativa é de mais de 4 milhões de casos até dezembro

Mosquito da dengue, Aedes aegyptiMosquito da dengue, Aedes aegypti (Foto: nuzeee/Pixabay)

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein Nos primeiros dois meses do ano, o registro de casos prováveis de dengue no Brasil já ultrapassou 1 milhão. O número é mais de seis vezes do que o computado no mesmo período do ano passado (165.849 casos), segundo os dados mais recentes do painel de arboviroses do Ministério da Saúde, que monitora o avanço da doença diariamente. Somente neste ano, o Brasil já confirmou 214 mortes pela doença e outros 687 óbitos estão em investigação, sob a suspeita de também terem sido consequência da dengue.

A doença é considerada um sério problema de saúde pública e provavelmente ainda não atingiu o seu pico. Até o final do ano, estima-se que o Brasil registre cerca de 4,2 milhões de casos de dengue – um recorde histórico. Vários fatores influenciam para a explosão de casos, desde as mudanças climáticas até a volta de circulação de outros sorotipos. Mas, depois de mais de 40 anos de epidemia de dengue, o que sabemos é que é possível prevenir a doença e evitar as mortes com medidas básicas de prevenção e abordagem clínica correta.

Agência Einstein ouviu infectologistas para tirar as principais dúvidas sobre a doença, passando por transmissão, sintomas, tratamento e prevenção.

1 – O que é a dengue? A dengue é uma doença infecciosa viral que faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. Ela representa um grande problema de saúde pública não apenas no Brasil, mas também em vários países da América Latina. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

Segundo a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, pessoas de qualquer idade podem se contaminar, porém as gestantes, pessoas com mais de 65 anos, indivíduos com comorbidades e crianças até 2 anos têm o risco aumentado de desenvolverem a forma mais grave da doença e apresentar outras complicações, entre elas, o óbito.

“É importante ressaltar que o mesmo mosquito da dengue também pode transmitir outras doenças virais importantes, como Chikungunya e Zika. Por isso, é essencial fazer o diagnóstico correto e buscar o auxílio médico adequado”, disse a infectologista.

2 – Existem tipos diferentes de dengue? Sim. O vírus da dengue possui quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 e não apresentam diferenças clínicas. Nem todos os subtipos circulam ao mesmo tempo. Nos últimos anos, os sorotipos 1 e 2 foram os mais prevalentes. Em alguns estados, há a circulação do sorotipo 4 e, após 15 anos, o sorotipo 3 começa a ser detectado.

3 – Qual a principal diferença entre o pernilongo comum e o mosquito da dengue? Duas das principais diferenças envolvendo os dois mosquitos são a coloração e o tamanho: enquanto o pernilongo comum (Culex) é marrom e mede entre 3 e 4 mm, o mosquito da dengue (Aedes aegypti) é preto com listras brancas e é maior, medindo entre 5 e 7 mm. Outro detalhe também pode ajudar a diferenciá-los: o pernilongo comum costuma ser mais barulhento e voar mais devagar, já o mosquito da dengue é mais silencioso e ágil.

Segundo Gouveia, é importante ressaltar que, embora o mosquito da dengue tenha hábitos mais diurnos e costume picar as pessoas mais frequentemente no período da manhã, ele também pode picar no período noturno.

4 – É verdade que o vírus é transmitido apenas pela picada da fêmea? Sim. O vírus da dengue é transmitido somente pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. “A fêmea suga o sangue com o objetivo de amadurecimento dos ovos”, explicou Gouveia.

5 – Como ocorre a transmissão da doença? O mosquito se adaptou ao ambiente urbano e se reproduz principalmente em depósitos de água limpa e parada. Apesar disso, o mosquito evoluiu e adquiriu capacidade de proliferação em água com matéria orgânica. Seus ovos são depositados nas paredes de recipientes como garrafas, bandejas de ar-condicionado, calhas entupidas, vasos de plantas, pneus e até de piscinas não utilizadas.

Os ovos são escuros e muito pequenos – do tamanho de um grão de areia – e conseguem resistir a um ambiente seco por cerca de um ano. No período de chuvas, os ovos eclodem e surgem as larvas, que evoluem para pupa e depois para a forma de mosquito adulto, em um processo que demora entre sete e dez dias. A partir de então, as fêmeas saem e picam os humanos.

6 – Toda picada de fêmea do Aedes transmite a doença? Não necessariamente. A fêmea do mosquito Aedes aegypti tem que estar contaminada pela dengue para transmitir a doença. Isso pode acontecer após ela picar um humano contaminado e, se ela já estiver infectada quando puser seus ovos, há a possibilidade de as larvas nascerem com o vírus (um processo chamado de transmissão vertical).

7 – Quando surgem os sintomas? Nem sempre a pessoa contaminada com dengue desenvolverá sintomas – ela pode ser totalmente assintomática ou apresentar um quadro leve, que passa praticamente sem perceber. Mas, em geral, após a picada do mosquito infectado, o indivíduo poderá desenvolver sintomas em um intervalo de três a 15 dias. Mas normalmente os sintomas surgem após cinco ou seis dias da picada.

8 – Em que momento uma pessoa com sintomas sugestivos de dengue deve procurar um serviço de saúde para diagnóstico? De acordo com a infectologista do Einstein, todo indivíduo que apresente os sinais e sintomas sugestivos da doença deve procurar atendimento médico para avaliação de risco. Os principais sinais e sintomas são: Se a pessoa apresentar febre alta repentina (entre 39º e 40º C) acompanhada de pelo menos dois desses sintomas abaixo, ela deve procurar um serviço de saúde:

  • Dor de cabeça intensa
  • Dor atrás dos olhos
  • Dor nas articulações ou nos músculos
  • Prostração

Se após o declínio da febre (entre o terceiro e o sétimo dia após o início da doença), outros sinais continuarem presentes, é preciso buscar novamente o serviço de saúde porque eles podem indicar a evolução para uma forma grave da doença e a piora do quadro:

  • Dor abdominal intensa e contínua
  • Náusea e vômitos persistentes
  • Manchas vermelhas pelo corpo (hemorragias)
  • Acúmulo de líquido nas cavidades corporais
  • Sangramento de mucosas
  • Letargia e irritabilidade

9 – Como é feito o tratamento da dengue? Não existe um medicamento específico para o vírus da dengue – o tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos e no controle de sintomas. Em geral, como a maioria dos casos é leve, a recuperação completa acontece em torno de dez dias. A recomendação dos médicos é que a pessoa com dengue tome os seguintes cuidados:

  • Repouso enquanto durar a febre
  • Ingestão de líquidos
  • Uso de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre
  • Para o controle da dor e da febre, não utilizar AAS (ácido acetilsalicílico) e de anti-inflamatórios não hormonais (como diclofenaco, ibuprofeno etc.) a fim de minimizar o risco de sangramentos
  • Retorno ao serviço de saúde em caso de piora dos sintomas ou quando o médico orientar que o paciente deve retornar para reavaliação

10 – Quais medicamentos eu não posso tomar? “Anti-inflamatórios não hormonais, como diclofenaco e ibuprofeno, não são indicados, além do ácido acetilsalicílico, pois eles podem favorecer os sangramentos”, explica a médica. Caso já utilize esses medicamentos, consulte seu médico.

infografico



11- A doença acontece o ano inteiro? A dengue é uma doença sazonal – costuma acontecer nos períodos mais quentes e chuvosos (especialmente entre os meses de outubro e maio). No entanto, aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor e da doença o ano inteiro. 

12 – O que explica o aumento significativo no número de casos? Ainda não é possível saber o que tem motivado o aumento de casos de dengue. De acordo com Gouveia, uma série de fatores contribuem e, entre eles, as alterações climáticas, com o regime de chuvas intensas e temperaturas secundárias ao aquecimento global, além da suscetibilidade da população – a circulação de novos sorotipos resulta em novas infecções.

“Lembrando que temos quatro sorotipos do vírus da dengue. A maioria das infecções nos últimos anos no Brasil foi pelos sorotipos 1 e 2. A chegada do sorotipo 3, que não circulava havia cerca de 15 anos, encontrará indivíduos mais suscetíveis”, destacou a infectologista. Segundo ela, há também o descuido com as medidas de prevenção relacionadas aos focos de água parada.

Na avaliação do infectologista Luís Fernando Aranha Camargo, professor de infectologia da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, provavelmente o que acontece é uma combinação que envolve a falta de controle do vetor (que normalmente fica a cargo do município e do estado), as condições ambientais (o acúmulo de chuva e água não tratada) e o ciclo natural das epidemias, muitas vezes relacionadas com a imunidade.

“Em anos com muitos casos de dengue, você acaba imunizando um pouco mais da população para o ano seguinte. Depois de certo tempo, com outro sorotipo circulando, você perde a imunidade de massa e isso aumenta o número de suscetíveis. Combinando todos esses fatores, você tem um ciclo explosivo de casos de dengue”, explicou o professor.

13 - Posso ter dengue várias vezes? Sim. Como existem quatro sorotipos da doença, uma pessoa pode se contaminar até quatro vezes ao longo da vida – cada vez por um dos sorotipos. A recuperação da infecção por um sorotipo proporciona a imunidade vitalícia apenas contra ele.

14 – É verdade que uma segunda contaminação aumenta o risco de dengue grave? Sim. A pessoa só garante a imunidade permanente contra o sorotipo pelo qual foi contaminada. Ao ser picada e contaminada novamente por qualquer um dos outros sorotipos da dengue, aumenta-se o risco de desenvolver a forma mais grave da dengue.

“Os quatro sorotipos da dengue não causam diferenças clínicas – os sintomas são os mesmos, independentemente do subtipo que contaminou a pessoa. O que ocorre é que, quando acontece a segunda infecção, há o maior risco de desenvolvimento das formas graves da doença por causa de fenômenos imunológicos. O termo correto é dengue grave, tendo em vista que nem sempre o paciente vai apresentar hemorragia”, destacou Gouveia.

15 – Quais as formas de prevenção? Uma das principais formas de prevenir a transmissão da dengue é o controle do mosquito vetor da doença – evite deixar água parada em recipientes, pneus, vasos, calhas. Estima-se que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas. O controle do mosquito vetor acontece por meio de ações dos órgãos públicos, com campanhas de orientação e visitas dos agentes de saúde às casas em busca de criadouros e por meio das ações pessoais.

É importante entender que adotar medidas de controle ao vetor é essencial para reduzir a transmissão do vírus.

16 – E a vacina contra a dengue? A vacinação é mais uma importante ferramenta na busca pelo controle da doença, que continua causando a epidemia no Brasil. Ela ainda não está amplamente disponível para todas as pessoas.

No início de 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da vacina Qdenga, da farmacêutica Takeda. Em dezembro do mesmo ano, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, o imunizante integrou o Calendário Nacional de Vacinação em 2024 por meio da aplicação de duas doses. Por enquanto, a vacina será oferecida em municípios com mais de 100 mil habitantes que tiveram altas taxas de transmissão da doença. O público-alvo são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

Com essa decisão, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa vacina também estava disponível nos Centros de Imunização da rede privada, porém em quantidades limitadas porque a prioridade do laboratório é atender o sistema público de saúde.

“A vacina da Takeda é extremamente importante porque ela mostrou uma eficácia importante durante até quatro anos depois da vacinação. Embora ao longo dos anos a eficácia tenha diminuído, na prática constatou-se que tomar a vacina promove de duas a duas vezes e meia menos risco de ter dengue do que não tomar a vacina. É um resultado bem razoável”, disse o infectologista Camargo. Outra vantagem da vacinação, segundo o médico, é que ela diminuiu casos de internação e de dengue grave.

Além disso, o Instituto Butantan também está desenvolvendo uma vacina contra a dengue que até o momento apresenta resultados promissores – os resultados do estudo clínico com 16.235 voluntários apontaram a eficácia de 79,6% com uma única dose do imunizante, o que é uma vantagem. A expectativa é apresentar os dados para o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no segundo semestre de 2024.

“A vacina do Butantan tem uma vantagem, que é a administração em dose única. E, em até dois anos de estudo, ela tem se mostrado bastante eficaz, em torno de 80%”, disse o professor. Segundo Camargo, o maior desafio é conseguir promover a vacinação em massa da população.

17 – O uso de repelentes protege contra a picada do mosquito? Existem dois tipos de produtos usados para repelir o mosquito da dengue: os repelentes para aplicação na pele e aqueles para uso no ambiente. Não existem repelentes de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com uma indicação aprovada para repelir o mosquito.

Os repelentes para uso na pele são enquadrados na categoria “cosméticos” e devem obrigatoriamente estar registrados na Anvisa, que é a agência reguladora brasileira. Segundo a Anvisa, todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações do rótulo e ficar atento às possíveis restrições de uso.

Por exemplo, o uso de produtos repelentes de insetos que contenham o ingrediente DEET não é permitido em crianças menores de 2 anos. Já em crianças de 2 a 12 anos de idade, o uso de DEET é permitido desde que a sua concentração não seja superior a 10%, restrita a apenas três aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado.

“Se for usar um repelente na pele, siga sempre as instruções do fabricante e faça a reaplicação de acordo com a indicação. Para a aplicação da forma spray no rosto ou em crianças, o ideal é aplicar primeiro na mão e depois espalhar no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabonete depois da aplicação. Em caso de contato com os olhos, é importante lavar imediatamente a área com água corrente”, explica a infectologista Gouveia. “Não há a restrição de uso de repelentes por gestantes desde que o produto tenha registro na Anvisa. Elas precisam ter atenção, pois é uma população de risco para evolução para complicações”, disse.

No caso do uso de produtos para o ambiente, como inseticidas e repelentes de tomada, são indicados para matar e afastar mosquitos adultos, respectivamente. Mas a Anvisa faz um alerta importante: os repelentes em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas com asma ou alergias respiratórias.

18 – Repelentes “naturais”, como citronela, funcionam? De acordo com a Anvisa, os inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia. Ou seja, as velas, os odorizantes de ambientes e os incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela agência para esse fim.

19 - Moro em apartamento. Devo me preocupar? Sim. Embora o mosquito normalmente voe a uma altura de até cerca de 1,50 m, ele pode subir pelos elevadores e se estabelecer na casa das pessoas que vivem em apartamentos, caso ele encontre algum local com água parada.

20 – Existem outras medidas caseiras que podem ajudar a prevenir o mosquito? As medidas caseiras recomendadas de prevenção são: manter ralos desobstruídos e limpos e, caso apresentem água parada, eles devem ser tampados (as caixas-d’água também devem ter tampadas). Não deixar qualquer tipo de recipiente com água acumulada, como vasos de plantas, garrafas e copos. Olhar as calhas e as lajes para que não tenham água acumulada. Usar telas mosquiteiros nas janelas e portas também auxilia no controle.

“As pessoas devem ficar atentas a todos os locais em casa que podem acumular água parada, como banheiros pouco utilizados, onde o vaso sanitário fica destampado. Além disso, alguns refrigeradores podem acumular água em bandeja, que não é visível. É importante saber que, sempre que encontramos um Aedes em nossa casa, algum foco está próximo, pois ele não se distancia muito do local onde se proliferou”, disse Gouveia.

Outro dado importante é ficar atento à visita dos agentes de saúde, que vistoriam as casas em busca de focos de água parada. Estima-se que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas. Em São Paulo, diante de qualquer dúvida, ligue 156. Em outras cidades, procure ajuda nos canais oficiais das prefeituras.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Vereador do PR é mordido por burro enquanto andava na calçada

 

O animal atacou o vereador com uma mordida. Foto: Reprodução

O vereador Renato de Vicente (PSD), de São Manoel do Paraná (PR), no noroeste do estado, está se recuperando bem após ser alvo de uma mordida por parte de um jumento. O incidente foi capturado por câmeras de vigilância, no Centro da cidade, na manhã do último sábado (2).

Nas gravações, é possível observar que o animal estava engatado em uma carroça, estacionado junto à calçada por onde Renato passava. Logo após o ataque, o proprietário do animal chegou e o levou de volta para casa.

Segundo relato do parlamentar, a mordida resultou em ferimentos no peito. Ele recebeu cuidados médicos no hospital local, recebeu uma vacina contra a raiva e foi medicado para aliviar a dor.

Com uma população de pouco mais de 2 mil habitantes, São Manoel do Paraná está localizada a 534 quilômetros da capital, Curitiba. Na cidade, não existe legislação específica contra o uso de animais para tração. O bem-estar do animal será monitorado por uma equipe de saúde do município para identificar possíveis sinais de doença.

Confira o vídeo:

VÍDEO: Jogadores e diretoria do São Paulo são contidos pela PM após jogo com o Palmeiras

Confusão após jogo do São Paulo. (Foto: Reprodução)

 Jogadores e membros da diretoria do São Paulo se revoltaram com a arbitragem no clássico contra o Palmeiras. Após o empate por 1 a 1, precisaram ser contidos pela Polícia Militar nos corredores do estádio MorumBis.

Imagens mostram o diretor de futebol Carlos Belmonte e o presidente Julio Casares ao lado de jogadores como Calleri e Wellington Rato, expressando revolta e xingando o trio de arbitragem.

As queixas do São Paulo envolvem lances polêmicos não sinalizados pelo árbitro, como uma entrada dura não punida e um possível pênalti não marcado.

Julio Casares criticou a arbitragem na zona mista do estádio, afirmando que Abel, técnico do Palmeiras, não deveria apitar jogos do Paulistão. O clube proibiu Abel de falar na coletiva de imprensa após o jogo.

Fonte: DCM

Golpe, joias e vacina: PF já tem data para finalizar inquéritos que envolvem Bolsonaro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

A cúpula da Polícia Federal (PF) acredita que em até quatro meses concluirá as investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo. Os investigadores têm como objetivo apresentar o relatório final desse caso ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes até julho deste ano.

A investigação é considerada pelo ex-chefe do Executivo e seus advogados como a única que poderia resultar em sua prisão. Portanto, há grande alerta em relação ao prazo de conclusão do trabalho pela PF.

Entre os ministros do STF, há a convicção de que Bolsonaro será indiciado pela PF, devido à abundância de evidências que o implicam diretamente na tentativa de golpe. Os magistrados consideram que a prisão de Bolsonaro só deverá ocorrer após sua condenação definitiva, ou seja, após o esgotamento de todos os recursos legais.

A primeira investigação sobre o ex-mandatário que será concluída pela PF diz respeito à falsificação de certificados de vacinação, tanto do ex-presidente quanto de seus familiares e ex-assessores. A segunda investigação está relacionada às joias da Arábia Saudita que foram ilegalmente introduzidas no Brasil e destinadas a Jair e Michelle Bolsonaro.

Bolsonaro: Qualquer coisa que fala, mercado fica irritadinho; vamos deixar dissoO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O ex-presidente tentou apropriar-se ilegalmente de diamantes que pertenciam ao Estado brasileiro, não a ele como indivíduo. A conclusão desse inquérito depende de alguns documentos de cooperação internacional firmados com os Estados Unidos, pois algumas peças foram comercializadas naquele país.

Já o terceiro e mais significativo caso será finalizado até o final do primeiro semestre e concentra-se na tentativa de golpe de Estado, supostamente planejada pelo ex-capitão, ex-membros de seu governo e militares, para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora houvesse a expectativa de que esse caso pudesse ser encerrado no final do ano passado, surgiram novos elementos, exigindo diligências adicionais e uma ampliação da investigação.

Fonte: DCM com informações da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

Por 3 processos, CBF paga valor milionário para ex-ministra do TSE


Advogada Maria Cláudia Bucchianeri. Foto: Divulgação/ Assembleia Legislativa de Sergipe

 A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contratou os serviços da advogada Maria Claudia Bucchianeri, que já atuou como ministra substituta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por R$ 10 milhões

Ela tem ampla experiência em cortes superiores em Brasília, foi contratada para acompanhar três causas da CBF na capital federal, conforme contrato firmado em janeiro de 2024.

Do montante acordado, R$ 5 milhões foram pagos antecipadamente a Bucchianeri. Os outros R$ 5 milhões serão pagos em 10 parcelas mensais de R$ 500 mil ao longo deste ano.

A contratação de Bucchianeri não prevê uma “cláusula de sucesso”, comum em casos complexos, que garantiria um pagamento extra para o advogado apenas em caso de vitória no processo. Além disso, o adiantamento de 50% do valor total é pouco usual no mercado para uma quantia dessa magnitude.

Nota fiscal do escritório de advocacia indica valor pago pela CBF. Foto: Divulgação/Poder360

Dentre as três causas que Bucchianeri irá trabalhar, uma delas envolve um processo no qual a CBF já é praticamente a parte vencedora. O caso trata-se de uma disputa com a Marfrig, que rescindiu um contrato com a confederação no passado e já perdeu no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Embora o caso ainda possa ser levado ao STF (Supremo Tribunal Federal), a probabilidade de reversão da situação é mínima, uma vez que o Supremo raramente interfere em causas comerciais já decididas pelo STJ.

O valor a ser pago pela Marfrig à CBF está estimado em cerca de R$ 70 milhões, a ser definido na fase de liquidação. A empresa de alimentos considerou em seu relatório de referência de 2023 a possibilidade de derrota na ação e estimou uma multa de R$ 58,9 milhões, podendo chegar a até R$ 290 milhões.

As outras duas causas para as quais a advogada foi contratada são de menor relevância. Uma delas é uma disputa com a BRF, enquanto a outra envolve um processo de 2001 contra a Coca-Cola, com valor estipulado em R$ 10 milhões.

Fonte: DCM

Proposta de anistia tem mínimas chances de avançar no Senado; até oposição está cética

 Parlamentares alertam que a anistia poderia ser interpretada como um posicionamento contrário ao STF

Uma semana após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pedir anistia para envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e a base do presidente Lula na Casa afirmam que a possibilidade dessa pauta avançar é mínima. A oposição avalia que só um grande apoio popular faria a ideia ir adiante.

Senadores da base de Lula são categóricos ao rejeitar o projeto de anistia proposto pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), enfatizando a necessidade de responsabilizar quem agiu contra a ordem democrática. 

Alguns alertam que a anistia poderia ser interpretada como um posicionamento contrário ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, reforçando a importância de prosseguir com as investigações.

Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, destaca a diferença entre os golpistas e os militares anistiados após a ditadura. Ele questiona a necessidade de anistia em um cenário onde a nação já se encontra pacificada após a eleição, argumentando que atentados à democracia devem enfrentar a devida justiça.

A oposição e setores próximos ao governo convergem na preocupação com a imagem internacional do Brasil, considerando o impacto negativo de um perdão aos invasores do Palácio do Planalto, Supremo e Congresso Nacional.

Bolsonaristas salientam que nem todos os detidos em Brasília participaram ativamente da invasão, buscando minimizar a responsabilidade dos envolvidos. Hamilton Mourão, autor do projeto de anistia, justifica a proposta pela suposta incapacidade do STF em individualizar as condutas dos presos, alegando que estão sendo julgados na última instância do Judiciário.

O líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), ressalta a tradição brasileira de anistias, mas sublinha a necessidade de mobilização popular para a pauta avançar no Congresso. Ele destaca a importância do humor das ruas, da pressão da sociedade e da conexão entre parlamentares e eleitores nesse processo.

Fonte: Agenda do Poder

STF retoma julgamento sobre a descriminalização do porte de maconha nesta semana

 

Plenário do Supremo Tribunal Federal e ato pela legalização do uso de maconha Plenário do Supremo Tribunal Federal e ato pela legalização do uso de maconha (Foto: Carlos Moura/SCO/STF | ABR)

Nesta quarta-feira será retomado o debate para o plenário do STF formar uma maioria a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. O debate já foi adiado várias vezes desde 2015. No placar de 5 a 1, Cristiano Zanin foi o voto divergente. Falta apenas um voto.

De acordo com informações do UOL, o ministro Flávio Dino não vota neste tema porque sua antecessora no tribunal, Rosa Weber, já havia se pronunciado. Há divergências sobre o limite (a quantidade de gramas) do que é considerado porte de maconha para consumo próprio. Ainda faltam os votos de André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Polícia indiana intensifica busca por outros quatro suspeitos de estupro coletivo de turista brasileira

 Três agressores já foram presos e compareceram ao tribunal

(Foto: Reprodução)

A polícia do distrito de Dumka, no leste da ìndia, desencadeou uma intensa operação para localizar e prender outros quatro suspeitos de estupro coletivo contra uma turista brasileira que viajava com o marido de moto pelo país. Três dos agressores já foram presos e compareceram ao tribunal.

Segundo relatos, Fernanda e seu marido, Vicente, estavam acampados durante a noite no distrito de Dumka, no estado de Jharkhand, quando foram atacados por um grupo de sete homens na última sexta-feira (1). 

O superintendente da polícia local, Pitamber Singh Kherwar, afirmou à AFP que uma equipe especial, apoiada por oficiais forenses, foi designada para investigar o local do crime, enquanto outra equipe está empenhada na captura dos suspeitos remanescentes.

O casal, conhecido por compartilhar suas aventuras nas redes sociais enquanto viajam pelo mundo de moto, relatou o terror que enfrentaram durante o ataque. Fotos e mensagens postadas por Fernanda e Vicente em suas contas no Instagram mostram os ferimentos resultantes da agressão brutal.

Em meio a uma onda de indignação, o caso ressalta o alarmante histórico de violência sexual na Índia. O país tem sido alvo de críticas internacionais devido aos altos índices de estupros relatados, muitos dos quais não chegam a ser denunciados devido ao estigma associado à violência sexual e à desconfiança nas autoridades.

Fonte: Brasil 247 com informação da AFP

Bebês gêmeos palestinos assassinados por Benjamin Netanyahu são enterrados em Rafah

 "Meu coração se foi", chorou Abu Anza, que esperou dez anos para engravidar, antes de ver seus filhos assassinados por Israel

Abu Anza e seus dois bebês assassinados por IsraelAbu Anza e seus dois bebês assassinados por Israel (Foto: Reprodução X)

RAFAH (Reuters) - Nascidos há poucas semanas da guerra em Gaza, os bebês gêmeos Wesam e Naeem Abu Anza foram enterrados neste domingo, os mais jovens dos 14 membros da mesma família que, segundo as autoridades de saúde de Gaza, foram mortos em um ataque aéreo de Israel contra Rafah durante a noite.

A mãe deles, Rania Abu Anza, segurou um dos gêmeos, com o corpo minúsculo envolto em uma mortalha branca, em sua bochecha e acariciou sua cabeça durante o funeral no domingo. Uma pessoa que estava de luto segurou o segundo bebê por perto, com um pijama azul-claro visível sob a mortalha.

"Meu coração se foi", chorou Abu Anza, cujo marido também foi morto, enquanto as pessoas que estavam de luto a confortavam. Ela resistiu quando lhe pediram para liberar o corpo de um dos bebês antes do enterro. "Deixe-a comigo", disse ela, em voz baixa.

Os gêmeos - um menino e uma menina - estavam entre as cinco crianças mortas no ataque a uma casa em Rafah, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Abu Anza disse que deu à luz a eles - seus primeiros filhos - depois de 11 anos de casamento.

"Estávamos dormindo, não estávamos atirando e não estávamos lutando. Qual é a culpa deles? Qual é culpa deles?", disse Abu Anza. "Como vou continuar a viver agora?"

Parentes disseram que os gêmeos nasceram há cerca de quatro meses, cerca de um mês após o início da guerra que começou em 7 de outubro.

A ofensiva israelense já matou mais de 30 mil pessoas na Faixa de Gaza desde então, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, devastando o território e deixando desabrigada a maior parte de sua população.

Os membros da família Abu Anza mortos no ataque estavam enfileirados em sacos pretos para cadáveres. Um homem chorava sobre o corpo de um dos mortos, uma criança de pijama. "Deus tenha piedade dela, deus tenha piedade dela", disse outro homem, consolando-o.

Abu Anza disse que desejava um cessar-fogo antes do Ramadã, o mês de jejum muçulmano que começa por volta de 10 de março. "Estávamos nos preparando para o Ramadã, como devo viver minha vida? Como?", disse ela.

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Fonte: Brasil 247

Nikki Haley derrota Trump em Washington e tem 1ª vitória nas primárias

 Ela ainda enfrenta probabilidades quase impossíveis em sua busca para ganhar a indicação republicana para enfrentar o provável candidato democrata

A ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley anuncia sua candidatura à indicação presidencial republicana de 2024 em um evento de campanha em Charleston, Carolina do Sul, EUA, em 15 de fevereiro de 2023A ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley anuncia sua candidatura à indicação presidencial republicana de 2024 em um evento de campanha em Charleston, Carolina do Sul, EUA, em 15 de fevereiro de 2023 (Foto: REUTERS/Allison Joyce)

ReutersA candidata presidencial Nikki Haley venceu as primárias republicanas de Washington, D.C. no domingo, sua primeira vitória no processo de indicação. Haley, o único adversário remanescente de Donald Trump na disputa, obteve 62,9% dos votos, contra 33,2% obtidos pelo ex-presidente.

“Não é surpreendente que os republicanos mais próximos da disfunção de Washington estejam rejeitando Donald Trump e todo o seu caos”, disse a porta-voz da campanha de Haley, Olivia Perez-Cubas, num comunicado.

Haley foi a primeira mulher a vencer uma primária republicana na história dos EUA. Ela ainda enfrenta probabilidades quase impossíveis em sua busca para ganhar a indicação republicana para enfrentar o provável candidato democrata, o presidente Joe Biden, em novembro. Trump venceu as primeiras oito disputas de nomeação por margens significativas antes de perder para Haley na capital dos Estados Unidos.

O ex-presidente também deverá vencer quase todas as disputas de indicação no futuro, mostram as pesquisas de opinião.

Washington, D.C., é 100% urbana e uma proporção relativamente alta de residentes possui diploma universitário. O núcleo da base de Trump inclina-se para o meio rural e ele é particularmente forte em áreas com baixo nível de escolaridade.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Estadão ataca Gilmar por dizer que Bolsonaro confessou seus crimes na Paulista

 Jornal avalia que o ministro da suprema corte antecipou seu voto

Ministro do STF Gilmar MendesMinistro do STF Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

 O jornal Estado de S. Paulo atacou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em editorial publicado nesta segunda-feira. "O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi duro e claro ao comentar o discurso que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez durante a manifestação de 25 de fevereiro na Avenida Paulista. Em entrevista ao Estadão, Gilmar Mendes disse que as declarações de Bolsonaro parecem uma confissão de culpa em relação à chamada 'minuta do golpe', e foi além: acha que o ex-presidente saiu de uma situação de 'possível autor intelectual para pretenso autor material' da tentativa de golpe de Estado", escreveu o editorialista.

"Ao fazer comentários sobre a ‘confissão de culpa’ de Bolsonaro, Gilmar antecipa eventual voto sobre o ex-presidente e mostra como estão arraigados alguns maus hábitos de ministros do STF", acrescentou.

Fonte: Brasil 247