sábado, 2 de março de 2024

Peso do consumo das famílias no PIB reforça a importância do Estado no estímulo à economia, diz Esther Dweck

 Até mesmo o agronegócio, principal responsável pelo crescimento em 2023, contou com "forte apoio" de bancos públicos e da Embrapa, destacou a ministra

Esther DweckEsther Dweck (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck destacou dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que fechou em 2,9% de crescimento, que "reforçam a importância do Estado no estímulo à economia".

Tanto o setor da agricultura quanto o consumo das famílias, que puxaram para cima o resultado do PIB, foram alvo de ações do governo no ano passado. "Além do agronegócio, com forte apoio do financiamento de bancos públicos como Banco do Brasil e da pesquisa da Embrapa, o PIB 2023 foi puxado pelo consumo das famílias, em que pesou a recriação e reformulação do Bolsa Família e reajustes do salário mínimo e de servidores. Ações essenciais do governo Lula que reforçam a importância do Estado no estímulo à economia!", publicou a ministra no X, antigo Twitter, neste sábado (2).

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Fonte: Brasil 247

Marina Silva lança pré-candidatura de Túlio Gadêlha à Prefeitura de Recife

 A ex-senadora e presidente da Rede, Heloísa Helena, não esteve no evento

Túlio GadêlhaTúlio Gadêlha (Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados)

Neste sábado (2), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, protagonizou um evento político em Recife ao lançar seu aliado, o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE), como pré-candidato à prefeitura da capital pernambucana, informa o jornal O Globo. No entanto, a ausência da ex-senadora Heloísa Helena, presidente da Rede e líder de uma ala interna que rivaliza com o grupo de Marina, não passou despercebida durante a cerimônia.

Marina Silva, em seu discurso, abordou a necessidade de evitar a polarização política e destacou as qualidades de Gadêlha, ressaltando sua juventude e potencial para contribuir com uma gestão municipal resiliente. "Uma liderança política jovem tem uma contribuição a dar sobre como é fazer uma prefeitura resiliente. Tem uma contribuição que a gente pode fazer agora, que é destensionar este ambiente polarizado".

Entretanto, a candidatura de Túlio Gadêlha enfrenta um impasse, uma vez que a Rede está em federação com o Psol, que já lançou a deputada estadual Dani Portela como pré-candidata, em um pré-acordo costurado com Heloísa Helena.  Dirigentes partidários indicam que até as convenções partidárias, um dos dois nomes será escolhido para representar a federação. A expectativa é de que Gadêlha seja preterido.

Enquanto isso, o atual prefeito, João Campos (PSB), buscará a reeleição com o apoio do PT, que almeja indicar seu vice. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trump tem 48% contra 43% de Biden, aponta pesquisa nos Estados Unidos

 Presidente estadunidense pode ser derrotado por sua cumplicidade com o genocídio promovido por Israel em Gaza

Trump e BidenTrump e Biden (Foto: Reuters)

 Uma nova pesquisa realizada pelo The New York Times em parceria com a Siena College trouxe à tona preocupações significativas para a campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Com apenas oito meses antes das eleições gerais, o presidente enfrenta um cenário desafiador, com seu apoio registrado em 43%, cinco pontos percentuais atrás de seu antecessor, Donald J. Trump.

A pesquisa revelou que apenas um em cada quatro eleitores acredita que o país está seguindo na direção certa, refletindo uma ampla insatisfação em relação à direção do país sob a liderança de Biden. Mais alarmante ainda é o fato de que mais do que o dobro dos eleitores sentem que foram prejudicados pessoalmente pelas políticas de Biden em comparação com aqueles que acreditam ter sido ajudados.

A economia também emerge como uma questão crítica, com a maioria dos eleitores considerando-a em condições ruins. Além disso, a desaprovação em relação à maneira como Biden está conduzindo seu trabalho atingiu um novo recorde, com 47% dos eleitores expressando forte desaprovação, o que representa o ponto mais alto desde o início de seu mandato.

Os sinais de alerta não se limitam apenas à oposição republicana. Dentro da própria coalizão democrata, Biden enfrenta desafios, com fraquezas evidentes entre mulheres, eleitores negros e latinos. Enquanto Trump conseguiu consolidar seu partido, Biden ainda luta para unificar os democratas, mesmo com as primárias em curso.

Apesar das tentativas de Biden de projetar uma imagem de liderança forte, os resultados da pesquisa sugerem que a infelicidade generalizada com o estado do país está prejudicando suas perspectivas eleitorais. Dois terços dos entrevistados acreditam que a nação está no caminho errado, e Trump parece estar capitalizando essa insatisfação, ganhando a preferência de 63% desses eleitores.

Em meio a questões domésticas e internacionais complexas, como o genocídio do povo palestino promovido pelo Estado de Israel, com o apoio dos Estados Unidos, as opiniões dos eleitores permanecem divididas. A postura de Biden em relação ao conflito enfrenta críticas e protestos, com Trump obtendo vantagem entre os que apoiam Israel. Ex-agente da inteligência dos Estados Unidos, Edward Snowden sugeriu em postagem no X, antigo Twitter, neste sábado (2) que o genocídio poderá provocar a derrota de Biden: "deixar crianças famintas e alimentar guerras é uma má política".

Fonte: Brasil 247

Paulo Gala explica como a economia brasileira decolou em 2023

 Professor e Economista-Chefe do Banco Master explica por que 2023 "terminou surpreendendo os pessimistas" e a economia brasileira "ficou bem posicionada"

Paulo Gala, Fernando Haddad e LulaPaulo Gala, Fernando Haddad e Lula (Foto: Fator Administração de Recursos/Divulgação | ABR)

Professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo e Economista-Chefe do Banco Master, Paulo Gala fez uma longa postagem neste sábado (2) no X, antigo Twitter, para explicar por que 2023 "terminou surpreendendo os pessimistas" e as razões pelas quais "a economia brasileira ficou bem posicionada". O ano passado surpreendeu analistas econômicos e agentes do mercado financeiro com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro três vezes superior ao previsto no início do período. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1), a economia do país encerrou o ano alcançando a marca de R$ 10,9 trilhões, representando um crescimento de 2,9%. Com o resultado, Brasil voltou ao grupo das 10 maiores economias do mundo.

Abaixo, veja as razões apontadas pelo especialista: 

  1. O Brasil está bombando no setor externo - nossa balança comercial teve superávit recorde de US$ 8,8 bi em novembro;
  2. Dólar em queda - no acumulado do ano de 2023 a moeda americana recuou 8,64%;
  3. Desemprego - desemprego no Brasil caiu a 7,9% mínima desde 2014;
  4. O aumento do emprego não está pressionando os custos de produção - massa salarial batendo a máxima da série histórica; salário com maior poder de compra;
  5. Inflação em queda;
  6. PIB - a despeito de algumas análises do início do ano que apontavam crescimento de apenas 0,5%, o PIB cresceu 2,9% em 2023;
  7. Posição Estratégica - Brasil está no seleto grupo de países que tem simultaneamente: PIB maior do que US$1 trilhão; mais de 30 milhões de hectares de área agrícola; mais do que 80 milhões de pessoas morando em cidades;
  8. Indústria extrativa poderosa - o Brasil é a meca da transição energética do mundo; tem a matriz energética mais limpa e praticamente todos minérios necessários para se fazer, baterias elétricas, aço verde e fertilizantes limpos;
  9. S&P melhorou a nota de risco do Brasil de BB- para BB - é a primeira vez que essa nota é alterada em 12 anos;
  10. Alta recorde na Bovespa - a Bolsa atingiu 134 mil pontos com alta de 4,87% no mês e expressivos 21,69% no ano;
  11. Selic projetada em 9%, tanto na curva quanto no Focus.


 




 

Fonte: Brasil 247

Comissão internacional aprova novas regras no futebol para julho

 Mudanças incluem substituição extra em caso de concussão

(Foto: Pixabay)

 A International Football Association Board (IFAB), entidade que cuida das regras do futebol, realizou uma assembleia neste sábado (2), na Escócia, que determinou algumas mudanças a serem aplicadas a partir de 1º de julho. A principal delas estabelece que em caso de concussão (choque na cabeça), a equipe do jogador afetado poderá realizar uma substituição a mais, respeitando o protocolo necessário em situações deste tipo.

A assembleia também definiu mais quatro mudanças nas regras, de graus diferentes de importância no andamento do jogo. A primeira obriga os times a terem um capitão com uma braçadeira que o identifique.

Na regra 4, ficou estabelecido que os jogadores são responsáveis pelo tamanho e adequação das próprias caneleiras, que são um item de uso obrigatório.

Na regra 12, as infrações de toque de mão na bola de forma não deliberada, passíveis de marcação de pênalti quando dentro da área, devem ser tratadas da mesma forma que outras faltas.

Por último, em cobranças de pênalti, parte da bola deve tocar ou estar por cima da marca da cal, e a invasão da área por jogadores nessas situações só deve ser penalizada caso gere algum impacto no andamento da jogada.

Essas alterações entram em vigor no dia 1º de julho, mas, segundo a IFAB, competições que comecem antes desta data podem implementá-las mais cedo ou adiar até a próxima edição.

Além das mudanças nestes textos do livro de regras, a comissão anunciou três testes que serão feitos em competições sempre abaixo das duas principais divisões de cada país.

O primeiro teste será permitir que apenas o capitão da equipe possa se aproximar do árbitro em algumas situações. O segundo será a criação de um período para esfriar os ânimos das equipes em caso de confusão, em que o árbitro solicitará que cada time se dirija à sua própria área. Por último, será testada uma mudança no tempo que o goleiro tem para recolocar a bola em jogo: de seis para oito segundos. Caso não o faça, a posse será revertida.

"Cartão azul", por enquanto, fica de fora das mudanças - Um dos itens que geraram mais curiosidade nas semanas que antecederam a assembleia foi a possível adoção de um "cartão azul", uma espécie de meio-termo entre o cartão amarelo e o vermelho, que seria utilizado em situações em que um jogador cometa uma falta antidesportiva. Nesse caso, o atleta ficaria fora do campo de jogo por 10 minutos.

Segundo a agência Reuters, o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, disse ser completamente contrário à medida. No encontro deste sábado, o CEO da federação inglesa de futebol, Mark Bullingham, afirmou que houve um mal entendido quando a questão foi trazida à tona, em novembro.

"Quando fizemos o anúncio, não houve reação negativa. Pelo contrário. Houve muito apoio à proposta do cartão azul. Porém, por algum motivo, técnicos da Premier League [primeira divisão inglesa] acharam que isso se aplicaria às equipes deles e essa não era a intenção. Queremos acertar o protocolo antes de levar isso às divisões principais. Fazer isso longe da pressão das câmeras e dos torcedores", disse Bullingham.

Fonte: Brasil 247 com informações da EBC

Indiciada por invadir sistema do CNJ, Zambelli postou foto com Delgatti e prometeu que muitos ficariam "de cabelo em pé"

 Zambelli e Walter Delgatti Neto foram indiciados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica

Walter Delgatti e Carla ZambelliWalter Delgatti e Carla Zambelli (Foto: Reprodução (Twitter))

Polícia Federal indiciou a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, no âmbito do caso do hackeamento ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

A invasão teve como objetivo inserir documentos falsos, como um mandado de prisão forjado contra Moraes, imitando até mesmo a assinatura do ministro, além de ordem de quebra do sigilo bancário e dois recibos de bloqueio de bens de Moraes. Os agentes da PF avaliam que, além de Zambelli instigar Delgatti a invadir o sistema do CNJ, a bolsonarista também divulgou os documentos falsos inseridos no sistema para jornalistas, a fim de manchar a credibilidade de autoridades do Judiciário.

Em agosto de 2022, Zambelli publicou no X, antigo Twitter, uma foto de um "encontro fortuito" com Delgatti e prometeu que muitos ficariam "de cabelo em pé". 

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Fonte: Brasil 247

Após ataque a famintos, Israel bombardeia "tendas de pessoas deslocadas" em Rafah, na Faixa de Gaza

 Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 11 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas

Ataque a "tendas de pessoas deslocadas” em Rafah, na Faixa de GazaAtaque a "tendas de pessoas deslocadas” em Rafah, na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução/X/@FepalB)

 Depois de assassinar mais de uma centena de palestinos que buscavam por suprimentos alimentares em um raro comboio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, Israel matou neste sábado (2) 11 pessoas e feriu outras 50 em um ataque aéreo “visando tendas de pessoas deslocadas” na cidade de Rafah, disse o Ministério da Saúde de Gaza em um comunicado, relata a Al Jazeera.

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Fonte: Brasil 247 com informações da Al Jazeera

Milei promete fechar agência de notícias pública argentina Télam

 Serviço tem 78 anos e produz 500 matérias por dia

Javier MileiJavier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

 O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que vai fechar a agência pública de notícias Télam. A declaração foi feita na noite de sexta-feira (1º) no discurso de abertura das sessões ordinárias do Congresso argentino. Como justificativa, o presidente argumentou que a agência “tem sido utilizada como meio de propaganda kirchnerista”. O kirchnerismo é o principal movimento de oposição a Milei na Argentina, associado aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner.

Criada há 78 anos, com o propósito de difundir informação por toda a Argentina, com um caráter federal e pluralista, a Télam conta com mais de 700 funcionários e é a única agência de notícias com correspondentes em todas as províncias argentinas. A agência produz cerca de 500 matérias por dia.

O veículo de comunicação também tem parcerias com instituições de imprensa internacionais, como a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), da qual faz parte a Agência Brasil.

Milei anunciou também no discurso que enviará ao Congresso um pacote de leis chamado de “anticasta”. Entre as medidas previstas estão a eliminação das aposentadorias privilegiadas para presidente e vice-presidente e a penalização como crime "imprescritível" de funcionários e legisladores que aprovam, disse ele, “um orçamento que contempla o financiamento do déficit fiscal com emissão monetária”.

Fonte: Agência Brasil com informações da Télam


Forças Armadas se irritam com revelações da PF sobre participação de militares na tentativa de golpe

 O Alto Comando estaria incomodado com as revelações feitas “a conta gotas”

Militares e os atos golpistasMilitares e os atos golpistas (Foto: Agência Brasil (Joedson Alves / Elza Fiúza))

 Oficiais da ativa das Forças Armadas estão irritados com a Polícia Federal diante da investigação em curso sobre a trama golpista supostamente arquitetada por Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros, ex-assessores e militares. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, a cúpula militar demonstra uma grande irritação diante dos desdobramentos desta investigação, principalmente porque as revelações da PF estariam vindo à tona “a conta gotas”. Na visão dos membros do Alto Comando, isso tem causado um desgaste constante nas Forças Armadas, que se queixam de não ter acesso completo às investigações, conduzidas sob sigilo.

Além disso, outro ponto de tensão é a situação dos militares que estão sob prisão preventiva no âmbito do inquérito do golpe. Internamente, há uma pressão sobre a própria cúpula militar para justificar as detenções desses indivíduos, que ainda não foram condenados pela Justiça. Atualmente, três militares estão detidos: o coronel Bernardo Romão Correia Neto, o major Rafael Martins de Oliveira e o coronel Marcelo Costa Câmara. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Senadores esperam sinal de Lira para avançar com PEC dos mandatos para o STF

 A pauta é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas a avaliação é que a Câmara precisa também estar disposta a enfrentar o possível desgaste com o Supremo

Rodrigo Pacheco e Arthur LiraRodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Agência Senado)

 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem defendido uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa fixar mandatos para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, segundo a Folha de S. Paulo, para que essa iniciativa seja encaminhada, o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é crucial.

A articulação conjunta entre Pacheco e Lira é considerada fundamental por parlamentares próximos ao presidente do Senado. Segundo eles, essa estratégia visa evitar que possíveis desgastes relacionados à proposta recaiam exclusivamente sobre o Senado. Como exemplo, citam a PEC aprovada em novembro pelos senadores, que limita decisões individuais de ministros do STF, mas que desde então permanece estagnada na Câmara.

Ainda não se sabe como Lira vai reagir a uma eventual PEC para mandatos no STF. O presidente da Câmara está envolvido nas discussões sobre medidas para reforçar o respeito às prerrogativas parlamentares diante de operações policiais em gabinetes de deputados. Lira pediu aos líderes partidários que consultassem suas bancadas sobre as medidas que estão na mesa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

"Essa é uma não crise", diz professor sobre hostilidades de Israel contra Lula após crítica pelo genocídio

 Presidente Lula comparou o genocídio do povo palestino promovido por Israel ao Holocausto e despertou a ira do governo de Benjamin Netanyahu e seus apoiadores

Lula e Benjamin NetanyahuLula e Benjamin Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reuters/Ronen Zvulun/Pool)

"Essa é uma não crise", afirma o cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dawisson Lopes sobre as hostilidades do governo de Israel contra o presidente Lula (PT), que comparou o genocídio do povo palestino cometido pelas forças israelenses ao Holocausto. Desde então, Lula foi declarado 'persona non grata' no país, teve que chamar o embaixador brasileiro em Tel Aviv de volta a Brasília e passou a ser atacado nas redes sociais pelos perfis de membros do governo Benjamin Netanyahu.

Segundo disse Lopes ao The Intercept Brasil, "Essa é uma não crise. Embora se tenha essa impressão quando se liga a televisão no Brasil e você é bombardeado por vários aspectos – pouca factualidade, mas muita análise moral e histórica. Mas esse não é um tema internacional de qualquer relevância e o que está acontecendo com essa chamada dos diplomatas, isso é o beabá da diplomacia. Acontece o tempo todo em todos os lugares".

Para o professor, a histeria da imprensa corporativa com o ocorrido tem duas razões: a intenção deliberada de atacar o governo e o lobby judeu no Brasil. "A grande imprensa brasileira, a imprensa liberal e hegemônica, acaba tendo uma postura hoje muito de oposição política muito entrincheirada e que utiliza essa política exterior, temas internacionais para questionar o governo e contestar as orientações desse governo. Acho que essa é uma razão importante". 

"A outra razão importante é que estamos falando de um grupo de interesse, a comunidade judaica organizada no Brasil, os judeus no Brasil são cerca de 150 mil, mas que conseguem se organizar e fazer pressão, tem um lobby muito bem organizado por meio de organizações ostensivamente voltadas para busca dos interesses de Israel. Estou falando de Instituto Brasil Israel, Conib, StandWithUs. Existe uma organização da busca por interesses desses grupos por pressão que ajuda a explicar porque foi feito tanto barulho. São atores poderosos com boas alavancas de poder que conseguiram pautar e imprimir um viés muito claro nessa discussão", explicou.

Para ele, as críticas de Lula podem até não mudar a tragédia humanitária na Faixa de Gaza, mas colocam o mandatário brasileiro como líder do sul global. "Não vejo a fala de Lula como algo que irá mudar o jogo. Mas o Lula conseguirá se projetar a partir desse momento como talvez a principal liderança do sul global. Ao lado de Narendra Modi, primeiro-ministro indiano, o Lula é quem tem as melhores condições de vocalizar as pautas desse grande consórcio de países, uns 130 ou 140 países no mundo, a que se convencionou chamar de sul global. Estou falando de América Latina e Caribe, África, Ásia, Oceania e Pacífico Sul. Esses países encontram numa personalidade como o Lula uma representação forte. E a fala dele, da forma estridente como foi, chegou a muitos lugares, isso é inegável. O que vem na sequência é uma incógnita, mas não tenho dúvida de que o Lula levou em conta esse alcance da sua voz, e essa possibilidade de se tornar um guardião dos interesses do sul do planeta quando construiu de forma retórica a comparação do que acontece agora em Gaza com o Holocausto na Segunda Guerra Mundial".

Fonte: Brasil 247 com The Intercept Brasil

TCU vê 'superfaturamento' e 'favorecimento' na compra de blindados pela PRF na gestão Bolsonaro

 A Combat Armor seria uma empresa de fachada, sem envolvimento real na fabricação de blindados, e teria vencido pregões pela condescendência de agentes públicos

Jair Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei VasquesJair Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei Vasques (Foto: Anderson Riedel/PR)

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou um caso de possível superfaturamento e favorecimento na aquisição de veículos blindados por órgãos federais durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), informa o jornal O Globo. A investigação da Corte revelou indícios de irregularidades em contratos firmados entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Federal (PF), o Ministério da Defesa e a Polícia Militar do Rio de Janeiro com a empresa Combat Armor Defense.

O relatório do TCU expõe que a Combat Armor Defense, que passou a ter representação no Brasil logo nos primeiros meses de 2019, coincidindo com o início do mandato de Bolsonaro, encerrou suas atividades no primeiro semestre de 2023, após a posse do presidente Lula (PT). Segundo o tribunal, a subsidiária americana da Combat Armor seria uma empresa apenas de fachada, sem qualquer envolvimento real na fabricação de blindados, e teria vencido os pregões devido a supostas condescendências de agentes públicos.

O relator do caso no TCU, Jhonatan de Jesus, apontou que a empresa teria vencido os pregões com documentos de capacidade técnica potencialmente inidôneos, o que levanta suspeitas sobre a lisura dos processos. Durante a gestão Bolsonaro, a Combat Armor conquistou contratos que totalizam aproximadamente R$ 47,4 milhões com a PRF e o Ministério da Defesa, além de outros R$ 20,8 milhões com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Os contratos questionados pelo TCU incluem acordos firmados em dezembro de 2022, que somam R$ 33,5 milhões com a PRF. Entre estes, estão valores destinados à aquisição de veículos blindados operacionais, transformação de viaturas para o enfrentamento ao crime organizado e implementação de proteção balística. A investigação revelou ainda que a Combat Armor teria entregado veículos com qualidade inferior ao exigido nos termos contratuais.

Os pagamentos realizados à empresa também chamaram atenção do TCU, que destacou que boa parte dos valores foram quitados nos últimos três meses de 2022, próximo ao final do mandato de Bolsonaro. Entre outubro e dezembro, a PRF desembolsou R$ 12,4 milhões à Combat Armor, levantando questionamentos sobre a urgência e a transparência dessas transações.

Além das possíveis irregularidades financeiras, a investigação aponta que a empresa não cumpriu prazos de entrega de veículos blindados e manutenções garantidas, deixando em cheque a eficácia e a seriedade desses contratos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Camilo Santana afirma que projeto do Novo Ensino Médio não deve ser alvo de disputa política

 Projeto do governo para atualizar o ensino médio está parado na Câmara

Camilo SantanaCamilo Santana (Foto: Reprodução)

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, que a votação do projeto que atualiza o Novo Ensino Médio no Congresso Nacional não deve ser encarada como uma disputa política. O texto está parado na Câmara desde dezembro de 2023 por falta de acordo entre o governo e o relator da proposta, Mendonça Filho (União-PE), que foi ministro da Educação do governo Michel Temer (MDB).

Em entrevista ao Metrópoles, Camilo Santana disse que a oposição precisa entender que o projeto foi apresentado por um novo governo após um processo de escuta de representantes da sociedade civil pelo MEC.

“O que eu tenho tentado sensibilizar a todos do Congresso e no debate, vou procurar me esforçar muito para isso aqui, é que, primeiro, não é uma disputa política. As pessoas vão entender que é um novo governo, um governo que tem um estilo diferente de agir. Por exemplo, podia feito medida provisória, de ter revogado o Ensino Médio logo, logo no início. Como houve uma pressão muito grande por parte de alguns setores, mas por conta de uma responsabilidade, um processo que já estava em curso, nós decidimos fazer uma escuta, entender, ouvir os atores para tomar a decisão. Então, o que eu estou tentando sensibilizar, primeiro, é que o relator Mendonça vai entender que é um novo governo, novo momento, um governo que tem compromisso, que tem um estilo diferente de governar e que isso é, repito, que esse foi um processo de escuta, não foi um processo da cabeça do ministro ou do presidente, foi consensuado. Todas as entidades, foram, junto com o presidente, assinar o projeto de lei que foi encaminhado ao Congresso. Então eu espero que isso seja levado em consideração”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula defende mundo multipolar e fim dos conflitos internacionais na cúpula da Celac

 Presidente destacou, ainda, a importância da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

Lula na cúpula da CelacLula na cúpula da Celac (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Agência Gov – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a integração dos países da América Latina e Caribe e pediu o fim dos conflitos internacionais durante discurso na 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro ocorre em Kingstown, em São Vicente e Granadinas.

Sobre a integração regional, Lula ressaltou que num contexto de difusão do poder global e de reforço constante da multipolaridade, a questão é se os países da América Latina e do Caribe querem se integrar ao mundo unidos ou separados. “Isso é particularmente relevante no momento atual, em que a nossa região se converterá no centro de gravidade da diplomacia global, ao receber as cúpulas do G20, da APEC, do BRICS e da COP30. Se falamos como região, temos mais chances de influenciar os grandes debates da atualidade. Se atuamos juntos, criamos sinergias que fortalecem nossos projetos individuais de desenvolvimento”, defendeu o presidente. 

Lula destacou, ainda, que a proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, defendida pela Presidência do Brasil no G20, pode se beneficiar do Plano de Segurança Alimentar e Erradicação da Pobreza da CELAC. Segundo ele, dos 660 milhões de latino-americanos e caribenhos, ainda há 180 milhões de pessoas que não possuem renda suficiente para suas necessidades básicas e 70 milhões ainda passam fome. “Esse é um paradoxo para uma região que abriga grandes e diversificados provedores de alimentos. O desenvolvimento sustentável e a transição energética são uma urgência do nosso tempo e uma oportunidade para todos nós”, complementou.

Sobre io conflito na Faixa de Gaza, Lula disse que a “indiferença da comunidade internacional é chocante” e sugeriu ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que propusesse uma moção da CELAC pelo fim imediato do que chamou de “genocídio” em Gaza.

“O secretário-geral pode invocar o artigo 99 da Carta da ONU para levar a atenção do Conselho tema que ameaça a paz e a segurança internacional. Faço um apelo ao governo japonês, que assume a presidência do Conselho a partir de hoje, para que paute esse tema com toda a urgência. Peço aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que deixem de lados suas diferenças e ponham fim a essa matança. Já são mais de 30 mil mortos. As vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo. As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo”, disse. 

Lula também citou a guerra na Ucrânia e a situação de violência e desestabilidade no Haiti.

Fonte: Brasil 247 com Agência Gov