sábado, 2 de março de 2024

Forças Armadas se irritam com revelações da PF sobre participação de militares na tentativa de golpe

 O Alto Comando estaria incomodado com as revelações feitas “a conta gotas”

Militares e os atos golpistasMilitares e os atos golpistas (Foto: Agência Brasil (Joedson Alves / Elza Fiúza))

 Oficiais da ativa das Forças Armadas estão irritados com a Polícia Federal diante da investigação em curso sobre a trama golpista supostamente arquitetada por Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros, ex-assessores e militares. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, a cúpula militar demonstra uma grande irritação diante dos desdobramentos desta investigação, principalmente porque as revelações da PF estariam vindo à tona “a conta gotas”. Na visão dos membros do Alto Comando, isso tem causado um desgaste constante nas Forças Armadas, que se queixam de não ter acesso completo às investigações, conduzidas sob sigilo.

Além disso, outro ponto de tensão é a situação dos militares que estão sob prisão preventiva no âmbito do inquérito do golpe. Internamente, há uma pressão sobre a própria cúpula militar para justificar as detenções desses indivíduos, que ainda não foram condenados pela Justiça. Atualmente, três militares estão detidos: o coronel Bernardo Romão Correia Neto, o major Rafael Martins de Oliveira e o coronel Marcelo Costa Câmara. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Senadores esperam sinal de Lira para avançar com PEC dos mandatos para o STF

 A pauta é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas a avaliação é que a Câmara precisa também estar disposta a enfrentar o possível desgaste com o Supremo

Rodrigo Pacheco e Arthur LiraRodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Agência Senado)

 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem defendido uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa fixar mandatos para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, segundo a Folha de S. Paulo, para que essa iniciativa seja encaminhada, o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é crucial.

A articulação conjunta entre Pacheco e Lira é considerada fundamental por parlamentares próximos ao presidente do Senado. Segundo eles, essa estratégia visa evitar que possíveis desgastes relacionados à proposta recaiam exclusivamente sobre o Senado. Como exemplo, citam a PEC aprovada em novembro pelos senadores, que limita decisões individuais de ministros do STF, mas que desde então permanece estagnada na Câmara.

Ainda não se sabe como Lira vai reagir a uma eventual PEC para mandatos no STF. O presidente da Câmara está envolvido nas discussões sobre medidas para reforçar o respeito às prerrogativas parlamentares diante de operações policiais em gabinetes de deputados. Lira pediu aos líderes partidários que consultassem suas bancadas sobre as medidas que estão na mesa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

"Essa é uma não crise", diz professor sobre hostilidades de Israel contra Lula após crítica pelo genocídio

 Presidente Lula comparou o genocídio do povo palestino promovido por Israel ao Holocausto e despertou a ira do governo de Benjamin Netanyahu e seus apoiadores

Lula e Benjamin NetanyahuLula e Benjamin Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reuters/Ronen Zvulun/Pool)

"Essa é uma não crise", afirma o cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dawisson Lopes sobre as hostilidades do governo de Israel contra o presidente Lula (PT), que comparou o genocídio do povo palestino cometido pelas forças israelenses ao Holocausto. Desde então, Lula foi declarado 'persona non grata' no país, teve que chamar o embaixador brasileiro em Tel Aviv de volta a Brasília e passou a ser atacado nas redes sociais pelos perfis de membros do governo Benjamin Netanyahu.

Segundo disse Lopes ao The Intercept Brasil, "Essa é uma não crise. Embora se tenha essa impressão quando se liga a televisão no Brasil e você é bombardeado por vários aspectos – pouca factualidade, mas muita análise moral e histórica. Mas esse não é um tema internacional de qualquer relevância e o que está acontecendo com essa chamada dos diplomatas, isso é o beabá da diplomacia. Acontece o tempo todo em todos os lugares".

Para o professor, a histeria da imprensa corporativa com o ocorrido tem duas razões: a intenção deliberada de atacar o governo e o lobby judeu no Brasil. "A grande imprensa brasileira, a imprensa liberal e hegemônica, acaba tendo uma postura hoje muito de oposição política muito entrincheirada e que utiliza essa política exterior, temas internacionais para questionar o governo e contestar as orientações desse governo. Acho que essa é uma razão importante". 

"A outra razão importante é que estamos falando de um grupo de interesse, a comunidade judaica organizada no Brasil, os judeus no Brasil são cerca de 150 mil, mas que conseguem se organizar e fazer pressão, tem um lobby muito bem organizado por meio de organizações ostensivamente voltadas para busca dos interesses de Israel. Estou falando de Instituto Brasil Israel, Conib, StandWithUs. Existe uma organização da busca por interesses desses grupos por pressão que ajuda a explicar porque foi feito tanto barulho. São atores poderosos com boas alavancas de poder que conseguiram pautar e imprimir um viés muito claro nessa discussão", explicou.

Para ele, as críticas de Lula podem até não mudar a tragédia humanitária na Faixa de Gaza, mas colocam o mandatário brasileiro como líder do sul global. "Não vejo a fala de Lula como algo que irá mudar o jogo. Mas o Lula conseguirá se projetar a partir desse momento como talvez a principal liderança do sul global. Ao lado de Narendra Modi, primeiro-ministro indiano, o Lula é quem tem as melhores condições de vocalizar as pautas desse grande consórcio de países, uns 130 ou 140 países no mundo, a que se convencionou chamar de sul global. Estou falando de América Latina e Caribe, África, Ásia, Oceania e Pacífico Sul. Esses países encontram numa personalidade como o Lula uma representação forte. E a fala dele, da forma estridente como foi, chegou a muitos lugares, isso é inegável. O que vem na sequência é uma incógnita, mas não tenho dúvida de que o Lula levou em conta esse alcance da sua voz, e essa possibilidade de se tornar um guardião dos interesses do sul do planeta quando construiu de forma retórica a comparação do que acontece agora em Gaza com o Holocausto na Segunda Guerra Mundial".

Fonte: Brasil 247 com The Intercept Brasil

TCU vê 'superfaturamento' e 'favorecimento' na compra de blindados pela PRF na gestão Bolsonaro

 A Combat Armor seria uma empresa de fachada, sem envolvimento real na fabricação de blindados, e teria vencido pregões pela condescendência de agentes públicos

Jair Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei VasquesJair Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei Vasques (Foto: Anderson Riedel/PR)

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou um caso de possível superfaturamento e favorecimento na aquisição de veículos blindados por órgãos federais durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), informa o jornal O Globo. A investigação da Corte revelou indícios de irregularidades em contratos firmados entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Federal (PF), o Ministério da Defesa e a Polícia Militar do Rio de Janeiro com a empresa Combat Armor Defense.

O relatório do TCU expõe que a Combat Armor Defense, que passou a ter representação no Brasil logo nos primeiros meses de 2019, coincidindo com o início do mandato de Bolsonaro, encerrou suas atividades no primeiro semestre de 2023, após a posse do presidente Lula (PT). Segundo o tribunal, a subsidiária americana da Combat Armor seria uma empresa apenas de fachada, sem qualquer envolvimento real na fabricação de blindados, e teria vencido os pregões devido a supostas condescendências de agentes públicos.

O relator do caso no TCU, Jhonatan de Jesus, apontou que a empresa teria vencido os pregões com documentos de capacidade técnica potencialmente inidôneos, o que levanta suspeitas sobre a lisura dos processos. Durante a gestão Bolsonaro, a Combat Armor conquistou contratos que totalizam aproximadamente R$ 47,4 milhões com a PRF e o Ministério da Defesa, além de outros R$ 20,8 milhões com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Os contratos questionados pelo TCU incluem acordos firmados em dezembro de 2022, que somam R$ 33,5 milhões com a PRF. Entre estes, estão valores destinados à aquisição de veículos blindados operacionais, transformação de viaturas para o enfrentamento ao crime organizado e implementação de proteção balística. A investigação revelou ainda que a Combat Armor teria entregado veículos com qualidade inferior ao exigido nos termos contratuais.

Os pagamentos realizados à empresa também chamaram atenção do TCU, que destacou que boa parte dos valores foram quitados nos últimos três meses de 2022, próximo ao final do mandato de Bolsonaro. Entre outubro e dezembro, a PRF desembolsou R$ 12,4 milhões à Combat Armor, levantando questionamentos sobre a urgência e a transparência dessas transações.

Além das possíveis irregularidades financeiras, a investigação aponta que a empresa não cumpriu prazos de entrega de veículos blindados e manutenções garantidas, deixando em cheque a eficácia e a seriedade desses contratos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Camilo Santana afirma que projeto do Novo Ensino Médio não deve ser alvo de disputa política

 Projeto do governo para atualizar o ensino médio está parado na Câmara

Camilo SantanaCamilo Santana (Foto: Reprodução)

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, que a votação do projeto que atualiza o Novo Ensino Médio no Congresso Nacional não deve ser encarada como uma disputa política. O texto está parado na Câmara desde dezembro de 2023 por falta de acordo entre o governo e o relator da proposta, Mendonça Filho (União-PE), que foi ministro da Educação do governo Michel Temer (MDB).

Em entrevista ao Metrópoles, Camilo Santana disse que a oposição precisa entender que o projeto foi apresentado por um novo governo após um processo de escuta de representantes da sociedade civil pelo MEC.

“O que eu tenho tentado sensibilizar a todos do Congresso e no debate, vou procurar me esforçar muito para isso aqui, é que, primeiro, não é uma disputa política. As pessoas vão entender que é um novo governo, um governo que tem um estilo diferente de agir. Por exemplo, podia feito medida provisória, de ter revogado o Ensino Médio logo, logo no início. Como houve uma pressão muito grande por parte de alguns setores, mas por conta de uma responsabilidade, um processo que já estava em curso, nós decidimos fazer uma escuta, entender, ouvir os atores para tomar a decisão. Então, o que eu estou tentando sensibilizar, primeiro, é que o relator Mendonça vai entender que é um novo governo, novo momento, um governo que tem compromisso, que tem um estilo diferente de governar e que isso é, repito, que esse foi um processo de escuta, não foi um processo da cabeça do ministro ou do presidente, foi consensuado. Todas as entidades, foram, junto com o presidente, assinar o projeto de lei que foi encaminhado ao Congresso. Então eu espero que isso seja levado em consideração”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula defende mundo multipolar e fim dos conflitos internacionais na cúpula da Celac

 Presidente destacou, ainda, a importância da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

Lula na cúpula da CelacLula na cúpula da Celac (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Agência Gov – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a integração dos países da América Latina e Caribe e pediu o fim dos conflitos internacionais durante discurso na 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro ocorre em Kingstown, em São Vicente e Granadinas.

Sobre a integração regional, Lula ressaltou que num contexto de difusão do poder global e de reforço constante da multipolaridade, a questão é se os países da América Latina e do Caribe querem se integrar ao mundo unidos ou separados. “Isso é particularmente relevante no momento atual, em que a nossa região se converterá no centro de gravidade da diplomacia global, ao receber as cúpulas do G20, da APEC, do BRICS e da COP30. Se falamos como região, temos mais chances de influenciar os grandes debates da atualidade. Se atuamos juntos, criamos sinergias que fortalecem nossos projetos individuais de desenvolvimento”, defendeu o presidente. 

Lula destacou, ainda, que a proposta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, defendida pela Presidência do Brasil no G20, pode se beneficiar do Plano de Segurança Alimentar e Erradicação da Pobreza da CELAC. Segundo ele, dos 660 milhões de latino-americanos e caribenhos, ainda há 180 milhões de pessoas que não possuem renda suficiente para suas necessidades básicas e 70 milhões ainda passam fome. “Esse é um paradoxo para uma região que abriga grandes e diversificados provedores de alimentos. O desenvolvimento sustentável e a transição energética são uma urgência do nosso tempo e uma oportunidade para todos nós”, complementou.

Sobre io conflito na Faixa de Gaza, Lula disse que a “indiferença da comunidade internacional é chocante” e sugeriu ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que propusesse uma moção da CELAC pelo fim imediato do que chamou de “genocídio” em Gaza.

“O secretário-geral pode invocar o artigo 99 da Carta da ONU para levar a atenção do Conselho tema que ameaça a paz e a segurança internacional. Faço um apelo ao governo japonês, que assume a presidência do Conselho a partir de hoje, para que paute esse tema com toda a urgência. Peço aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que deixem de lados suas diferenças e ponham fim a essa matança. Já são mais de 30 mil mortos. As vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo. As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo”, disse. 

Lula também citou a guerra na Ucrânia e a situação de violência e desestabilidade no Haiti.

Fonte: Brasil 247 com Agência Gov


VÍDEO – Pastor que pediu para Deus quebrar mandíbula de Lula se diz arrependido de ser bolsonarista


O pastor Anderson Silva. Foto: reprodução

 O pastor Anderson Silva, que viralizou nas redes sociais após pedir para Deus “quebrar as mandíbulas” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz estar arrependido de ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

“Eu quero ser preso se o Estado e a esquerda me perseguirem como pastor, mas não quero ser preso como bolsonarista. O que você fez por Bolsonaro, você faria por Jesus? Essa sempre foi a minha reflexão”, afirmou o religioso em vídeo divulgado na última semana.

“Você não me viu e não me vê em eventos públicos babando o ovo de políticos. Mesmo mantendo essa postura, eu me ‘bolsonarizei’. Por que é difícil, né? O indivíduo ter uma visão política e ser pastor. Como desvencilhar sua crença do seu sacerdócio?”.

Em seguida, o pastor expressou vergonha por ter apoiado o ex-capitão: “As viagens sempre fazem bem para mim. Estou nos Estados Unidos, você se afasta do turbilhão, da guerra, e se vê. Então, esses trinta dias me deixaram com vergonha de mim, sabe? Tipo, caramba cara, como eu fiz isso, como eu apoiei isso?”.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

VÍDEO: Eduardo Bolsonaro diz que Daniel Silveira foi preso injustamente e teme futuro parecido


Eduardo Bolsonaro em entrevista ao Tucker Carlson. Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) revelou em entrevista a Tucker Carlson, ex-âncora da Fox News, seu receio de ser preso em virtude de suas declarações. O diálogo, transmitido nas redes sociais de Carlson na última quinta-feira (29), contou também com a participação de Paulo Figueiredo, comunicador de extrema-direita.

Durante a entrevista, repleta de alegações falsas, Eduardo Bolsonaro concordou com Carlson sobre a suposta fraude nas eleições brasileiras e a influência chinesa no governo. Ele destacou a prisão do deputado Daniel Silveira, condenado por ataques à Suprema Corte em um vídeo gravado em 2021.

“Tem um congressista na cadeia porque fez um vídeo, Tucker, falando coisas ruins sobre a Suprema Corte. Esse homem, um congressista, foi condenado a 9 anos. Seu nome é Daniel Silveira”, contou. Após a declaração, o apresentador estadunidense se disse assustado por saber que o bolsonarista estaria preso simplesmente por criticar membros do Supremo Tribunal Federal (STF), sem de fato ter conhecimento das ameaças envolvidas no processo.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda mencionou a liberdade de expressão garantida pela Constituição brasileira, mas expressou preocupação com a possibilidade de enfrentar o mesmo destino de Silveira. Carlson demonstrou surpresa com a situação, questionando a liberdade no Brasil.

Veja a entrevista na íntegra, traduzida por IA. A fala sobre a suposta censura começa em 1m37:

“No Brasil temos alguns artigos na Constituição que garantem a senadores e congressistas, como eu, que você não receba nenhum tipo de punição sobre o que fala. Nós temos liberdade de expressão no Brasil, ao menos na Constituição. Mas esse deputado está na prisão e as coisas estão piorando”, prosseguiu com seu relato.

Eduardo também aproveitou para citar outros casos de indivíduos supostamente perseguidos, como Allan dos Santos e Rodrigo Constantino. Allan dos Santos está nos EUA após ter um pedido de prisão expedido pelo STF em 2021, enquanto Figueiredo e Constantino foram afastados de seus cargos na Jovem Pan devido a um inquérito instaurado pelo Ministério Público Federal.

“Sempre existe o risco de ser preso pela Suprema Corte. Para ser sincero, não é toda a Suprema Corte, mas um ministro chamado Alexandre de Moraes. Ele abriu uma investigação por mais de 5 anos perseguindo, normalmente, conservadores. Então, estes cavalheiros, Allan dos Santos, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino, estão morando aqui porque estão censurados no Brasil”, finalizou o deputado.

Fonte: DCM

Durante cúpula da Celac, Lula e Maduro debatem parcerias, eleições na Venezuela e garimpo ilegal

 Presidentes do Brasil e da Venezuela realizam encontro bilateral

Nicolás Maduro e Lula Nicolás Maduro e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Sputnik - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, conversaram por mais de uma hora, nesta sexta-feira (1º), à margem da 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, no Caribe.

No encontro, que teve a presença do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, os principais temas debatidos pelos mandatários foram o comércio bilateral, parcerias para combater o garimpo ilegal nas regiões fronteiriças e as eleições presidenciais na Venezuela no segundo semestre, segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto.

Maduro afirmou na ocasião que as eleições presidenciais de seu país ocorrerão no segundo semestre, e que haverá observadores internacionais e auditoria para garantir a lisura do pleito. O chefe de Estado venezuelano disse ter articulado amplo acordo com partidos de oposição na Assembleia Nacional.

Ainda de acordo com a nota divulgada pelo Executivo brasileiro, a dívida da Venezuela com o Brasil também foi abordada, "em especial a busca de alternativas para equacionar a questão e ampliar as trocas comerciais bilaterais".

Garimpo ilegal na Amazônia

Os dois países se comprometeram a intensificar as parcerias para combater a exploração ilegal de minério na região de fronteira, em especial nas terras indígenas Yanomami, que abrangem áreas dos dois países, na região amazônica.

A taxa de mortes violentas intencionais de indígenas na região é de 13,1 por 100 mil indígenas, 11% maior do que a média brasileira, que é de 11,8 por 100 mil indígenas.

Desde 2023, o Brasil tem uma ação mais direta no estado de Roraima para levar ações de saúde e ampliar a segurança aos povos indígenas da região.

A Polícia Federal (PF) tem destruído aeronaves e maquinários utilizados para garimpo na chamada Operação Libertação, que visa à interrupção da logística do crime, com foco na inutilização da infraestrutura e materialização das provas sobre a atividade criminosa.

Essequibo fica de fora da conversa

O conflito envolvendo a Venezuela e a Guiana na disputa pelo território de Essequibo não foi tratado na reunião bilateral.

Lula já havia expressado na véspera que o tema pode ser debatido posteriormente, em fórum mais apropriado, e que o Brasil sempre estará disponível para contribuir na perspectiva de promoção e manutenção da paz no continente.

Celac

A 8ª Cúpula dos Líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) ocorreu nesta sexta-feira (1º) na ilha caribenha. Participaram da cúpula 33 países da América Latina e do Caribe, além de representantes de países convidados e organismos regionais e internacionais.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik


Com Lula e Haddad, PIB cresceu três vezes mais do que o previsto

 Soma das riquezas produzidas pelo Brasil anualmente já chega a R$ 10,9 trilhões

Fernando Haddad e LulaFernando Haddad e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 Com Lula e Haddad, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil experimentou um crescimento três vezes superior às projeções iniciais para o ano de 2023. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a economia nacional atingiu a marca de R$ 10,9 trilhões ao término do ano, impulsionada principalmente pelo excepcional desempenho do agronegócio. O primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu um avanço significativo na atividade econômica, surpreendendo positivamente o mercado, segundo reportagem do Globo.

O setor agropecuário foi o grande destaque, registrando um crescimento expressivo de 15,1%. Essa performance excepcional, aliada ao aumento na extração de petróleo e gás natural, impulsionou as exportações, que cresceram 9,1%. O segmento de serviços também apresentou um desempenho sólido, com uma expansão de 2,4%, enquanto a indústria registrou um crescimento de 1,6%.

Apesar dos resultados positivos ao longo do ano, o último trimestre mostrou estabilidade em relação ao período anterior, desafiando as expectativas de um pequeno crescimento. As projeções para o ano seguinte, 2024, sugerem um ritmo de crescimento mais moderado. O mercado de trabalho e os pagamentos de precatórios emergem como impulsionadores potenciais da atividade econômica, mesmo diante dos desafios enfrentados pela agropecuária devido às condições climáticas desfavoráveis.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo

Celac aprova declaração sobre política externa feminista da América Latina e do Caribe

 Entre outros pontos, a Declaração reitera o compromisso dos países signatários com a paridade e a igualdade de gênero

Cartaz da Cúpula da Celac 2024Cartaz da Cúpula da Celac 2024 (Foto: Prensa Latina )

Foi adotada nesta sexta-feirqa (1), com o apoio do Brasil, a Declaração sobre a Política Externa Feminista da América Latina e do Caribe. São cossignatários: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México e República Dominicana, informa o serviço de imprensa do Palácio do Planalto.

A adoção do documento ocorreu à margem da VIII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizada em São Vicente e Granadinas, e se soma a outras iniciativas brasileiras em favor da igualdade de gênero, como a criação, em março de 2023, do cargo de Alta Representante para Temas de Gênero do Ministério das Relações Exteriores e a adesão do Brasil, em fevereiro de 2024, ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero.

Entre outras disposições, a Declaração reitera o compromisso dos países signatários com a paridade e a igualdade de gênero, bem como com o fortalecimento do acesso pleno e igualitário das mulheres a posições de liderança e a processos de tomada de decisão na América Latina e no Caribe. Reafirma, igualmente, a importância da promoção dos direitos econômicos das mulheres e o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, da Agenda 2030, sobre igualdade entre os gêneros e empoderamento de mulheres e meninas.

Fonte: Brasil 247

Dia D contra a dengue convoca população a eliminar focos do mosquito

 Mobilização é para reforçar ações de prevenção e eliminação dos focos

(Foto: Paulo Whitaker - Reuters)

Agência Brasil - O Ministério da Saúde realiza neste sábado (2), em todo o país, o Dia D de Mobilização contra a Dengue. O objetivo do evento, denominado Brasil unido contra a dengue, é fazer uma ação integrada de mobilização nacional em todas os estados, convocando a sociedade civil, influenciadores digitais, mídia e atores locais para conscientizar a população sobre características da dengue e procedimentos de prevenção.

Com o tema Dez minutos contra a dengue, a mobilização nacional pretende reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito. Segundo o Ministério, a ação terá a participação maciça de agentes de saúde, ministros, governadores, prefeitos e secretários para serem porta-vozes do combate ao mosquito Aedes aegypti. 

Nesta semana, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu com os secretários estaduais de Saúde do país para mobilizar os estados em torno da iniciativa e reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito. Durante o encontro, a ministra enfatizou a necessidade da união dos entes da federação para o enfrentamento do surto da doença.

“Este é um momento de atenção não só das autoridades sanitárias, do Ministério da Saúde, mas também de toda a sociedade”, alertou. 

Desde o início do ano, o Brasil registrou 1.038.475 casos prováveis de dengue e 258 mortes confirmadas pela doença. Outros 651 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país neste momento é de 511,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses.

Campanha

O governo federal lançou recentemente a campanha Dez minutos contra a dengue. O conteúdo sugere ao cidadão que separe dez minutos por semana para o combate à dengue, já que cerca de 75% dos criadouros estão nos domicílios.

A ideia é que esse tempo é suficiente para garantir que caixas d´água estejam bem fechadas, jogar areia nos vasos de planta, garantir que os sacos de lixo estejam bem amarrados, conferir calhas, evitar pneus em locais descobertos, não acumular sucatas e entulhos e esvaziar garrafas PET, potes e vasos.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

"Lula tem razão e quem é cristão não pode aceitar genocídio", diz Omar Aziz

 Senador expressou indignação diante do genocídio perpetrado pelo governo de Israel contra o povo palestino

Senador Omar AzizSenador Omar Aziz (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O senador Omar Aziz (PSF-AM) expressou seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que "quem é cristão não pode aceitar a morte de inocentes que apenas buscavam comida." A afirmação foi feita em meio aos crescentes conflitos na região de Gaza, que têm resultado em uma escalada de violência e mortes de civis inocente. Nesta semana, o governo de Benjamin Netanyahu cometeu um dos maiores crimes contra a Humanidade da história, ao abrir fogo contra uma multidão de pessoas famintas que buscavam ajuda humanitária, matando mais de 100 palestinos.

Aziz destacou a importância de uma reflexão sobre os eventos recentes, enfatizando a necessidade de solidariedade e empatia diante das tragédias humanas que estão ocorrendo. Sua declaração sugere uma preocupação ética e moral com os acontecimentos que impactam profundamente a vida das pessoas, especialmente aquelas que estão em situações vulneráveis e buscando condições básicas de sobrevivência.

O senador não apenas endossou a posição do presidente Lula, mas também instou outros a considerarem os valores humanitários diante das tragédias que assolam Gaza. A mensagem de Aziz representa um apelo à consciência global sobre a importância da vida e da paz. A declaração de Omar Aziz adiciona sua voz ao coro de líderes e figuras públicas que buscam sensibilizar o mundo sobre os horrores do genocídio perpetrado por Israel. Assista:

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Fonte: Brasil 247

Perfis nas redes sociais massacram Paulo Guedes após números positivos da economia no governo Lula (vídeo)

 Internautas recordaram a avaliação feita pelo ex-ministro de que, nas mãos do PT, o Brasil demoraria 'seis meses para virar a Argentina' e 'um ano e meio para virar uma Venezuela'

Paulo GuedesPaulo Guedes (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Internautas massacraram Paulo Guedes, que foi ministro da Economia no governo Jair Bolsonaro (PL). Perfis nas redes sociais recordaram a avaliação feita pelo ex-ministro, em 2021, quando ele afirmou que, se Lula (PT) ganhasse a eleição, o Brasil demoraria 'seis meses para virar a Argentina' e 'um ano e meio para virar uma Venezuela'.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu 2,9% no ano passado. No trimestre encerrado em janeiro, o rendimento médio real dos trabalhadores chegou a 3.078 reais, uma alta de 1,6% na comparação trimestral e de 3,8% no ano. A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,6%, menor percentual desde 2015.

Usuários da rede social X cutucaram o ex-ministro de Bolsonaro. "Procura-se! Nome: Paulo Guedes. Vulgo: Pibinho", escreveu uma pessoa.

Outro internauta postou: "lamento informar ao Sr. Paulo Guedes q sua previsão de o Brasil virar Venezuela foi cancelado. Lembrando q Lula herdou um Brasil na 11ª colocação e em 1 ano já entrega na 9ª posição. Aos 'patriotas' q torcem contra o Brasil só resta chorar. Pibão do Lula".

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Fonte: Brasil 247

Historiadora é indiciada por causa de postagens contra judeus

 Policiais do Rio indiciaram Maria Janaína Botelho Corrêa pelos crimes de racismo e intolerância religiosa

Protesto de judeus em BerlimProtesto de judeus em Berlim (Foto: Reuters/F. Bensch)

A presidente da Academia Friburguense de Letras, Maria Janaína Botelho Corrêa, foi indiciada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro pelos crimes de racismo e intolerância religiosa contra judeus. A acusação, encaminhada para a Justiça, leva em consideração postagens em redes sociais. O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Entre as publicações, feitas entre janeiro e fevereiro deste ano, estão textos como Judeus canalhas!; Judeus sionistas genocidas!; E também sou antissemita. E daí?; Está na hora do olho por olho dente por dente e fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas.

Pela legislação, “crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” podem ser punidos com pena de prisão de 1 a 3 anos, além de multa.

A historiadora Janaína Botelho enviou nota à reportagem da Agência Brasil se defendendo.

“Eu, Maria Janaína Botelho Corrêa, venho a público esclarecer que em relação a meus comentários em postagens no X (Twitter), a exemplo de “Mentiras, Mentiras e mentiras dos judeus genocidas” (12/02/24) e “Judeus canalhas!” (fevereiro 2024), que houve erro material neste texto, devido a uma falha na digitação que suprimiu a palavra “sionista”. A minha intenção era apenas externar minha posição crítica ao sionismo e a extrema-direita que governa o Estado de Israel, no contexto dos bombardeios de Gaza. Reafirmo que meus comentários tinham como alvo o sionismo enquanto corrente política-ideológica e jamais o povo judeu, mas a publicação suprimiu uma palavra que faz toda diferença, o que não aconteceu em outras citações: “Judeus sionistas genocidas!” (09/01/24), “Santo Deus. Que covardia. Malditos Judeus sionistas.” (24/01/24).

No que concerne a frase “E também sou antissemita. E daí?” (04/01/24) houve igualmente erro material na digitação, pois minha intenção era escrever “antissionista”. Infelizmente não percebi no momento esta lamentável substituição de palavra pelo sistema, sendo sabedora de que é crime a intolerância religiosa. A minha responsabilidade e confiança dos meus pares como presidente da Academia Friburguense de Letras, honrosa instituição no qual estou no segundo mandato consecutivo, me impediria de fazer tão execrável comentário, além de me prejudicar nos canais de comunicação em que presto serviços.

Com relação a frase “Está na hora do olho por olho dente por dente e fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas” (fevereiro 2024) trata-se de uma frase no qual eu me arrependo profundamente, estando ligada a um contexto de assassinatos seletivos de opositores, militares de alta patente, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Na realidade não foi uma afirmação, mas uma provocação, uma indagação a uma postagem. Insisto foi um comentário infeliz porque não comungo de violência mesmo em uma situação de guerra”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil