segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

VÍDEOS – Gaviões confrontam bolsonaristas a caminho de ato na Paulista


Bolsonaristas viram piada e são confrontados por membros da Gaviões da Fiel. Foto: Reprodução

 Membros da Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada do Corinthians, confrontaram bolsonaristas que iam ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo (25). Na Estação Paraíso, grupos de torcedores pararam nas portas e impediram a entrada dos golpistas.

“Ninguém entra. Vai entrar não. Volta, volta”, afirmaram os membros da organizada enquanto um grupo vestido de verde e amarelo tentava entrar no vagão.

Na Estação da Luz, um grupo de torcedores soltou fogos e deixou os apoiadores dos ex-mandatário calados. Aos gritos de “faz o L” e “bonde do Lula”, os apoiadores de Bolsonaro ficaram calados e não se manifestaram contra a Gaviões.

Os torcedores ainda cantaram “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” e “Ei, Bolsonaro, vai tomar no cu” enquanto um grupo de bolsonaristas estava no local.

Dentro de trens e metrôs, os bolsonaristas ainda foram alvos de chacota. Torcedores do clube que encontraram um grupo de apoiadores de golpistas cantou: “O Bolsonaro é noia, ele cheira e bafora… Esconde a joia” (sic).

A torcida do Santos também entrou na brincadeira. No Shopping Butantã, na capital paulista, santistas cantaram “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” após encontrarem um grupo de bolsonaristas.

Essa não é a primeira vez que a torcida organizada bate de frente com apoiadores do ex-presidente. Em novembro de 2022, após a derrota de Bolsonaro nas eleições, membros da Gaviões desmobilizaram ao menos dois bloqueios em estradas de São Paulo, feitas por golpistas em protesto contra o resultado da disputa.

Fonte: DCM

Apresentadora Fátima Bernardes deixa a TV Globo após 37 anos

 O contrato da emissora com a jornalista venceu no ano passado e não foi renovado

Fátima BernardesFátima Bernardes (Foto: Reprodução)

A jornalista Fátima Bernardes, 61 anos, deixará de trabalhar na TV Globo após 37 anos. A emissora está fazendo corte de gastos e não renovou o contrato, que terminou em 2023.

Ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Encontro, Fátima vai trabalhar por obra certa. Terá contrato com a Globo enquanto durar determinado programa, segundo informações publicadas nesta segunda-feira (26) pelo Notícias da TV.

A última atuação da jornalista foi no The Voice Brasil, cancelado no ano passado após 12 edições. Não há projeto previsto para ela nos próximos meses na emissora.

Fonte: Brasil 247 com informações do site Notícias da TV

Internautas massacram Eduardo Bolsonaro e "Bananinha cassado" fica entre os assuntos mais comentados nas redes

 "Os golpistas passaram quatro anos ameaçando o judiciário brasileiro", escreveu um perfil em rede social

Eduardo BolsonaroEduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Internautas publicaram mensagens cobrando a perda de mandato de Eduardo Bolsonaro, deputado federal do PL-SP. Na rede social X, antigo Twitter, a expressão "Bananinha cassado" chegou à seção Assuntos do Momento.

De acordo com um perfil, "os golpistas passaram quatro anos ameaçando o judiciário brasileiro". "Perdeu Mané Malafaia. Sem anistia. Chuva de Lula", escreveu outra pessoa.

O deputado ganhou o apelido "bananinha" em 2020, quando o então vice-presidente Hamilton Mourão, atual senador do Republicanos-RS, comentou sobre as agressões de Eduardo à China e disse que a posição dele não representava a posição do governo Jair Bolsonaro na época.

"O Eduardo Bolsonaro é um deputado. Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha não era problema nenhum. Só por causa do sobrenome. Ele não representa o governo", disse Mourão à Folha de S.Paulo. "Não é a opinião do governo. Ele tem algum cargo no governo?".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Juíza abre ação contra acusados de ligação com Hezbollah após interferência do Mossad

 Eles foram alvo da Operação Trapiche, da PF em contato com o Mossad, o serviço de inteligência de Israel

(Foto: Reuters)

 A juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, da 2ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte (MG), tornou réus Mohamad Khir Abdulmajid e Lucas Passos Lima, recentemente alvos da Operação Trapiche, da Polícia Federal em contato com o serviço de inteligência de Israel, informou a agência Estadão Conteúdo nesta segunda-feira (26). 

A operação teve como alvo um grupo que teria o objetivo de promover “atos preparatórios de terrorismo” e pessoas supostamente afiliados ao grupo militante libanês Hezbollah. No entanto, a PF contestou o governo de Israel e reforçou que não se pode antecipar a conclusão das investigações antes de se determinar se os indivíduos planejavam atos terroristas com o Hezbollah. 

Segundo a juíza, a denúncia do Ministério Público Federal contra os dois acusados preenche os requisitos do Código de Processo Penal, uma "vez que as imputações abrangem fatos aparentemente criminosos" e são lastreadas "em elementos informativos idôneos". 

Os acusados, segundo ela, teriam sido alvo de recrutamento por parte do Hezbollah. No entanto, ela observa que certas diligências fundamentais ainda não foram finalizadas. 

Fonte: Brasil 247

TSE vota amanhã regra para inteligência artificial nas eleições

 A relatora, Cármen Lúcia, propôs que uso de material fabricado por meio de IA seja permitido apenas se a informação sobre a tecnologia for divulgada de forma explícita e destacada

Sede do Tribunal Superior EleitoralSede do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

 O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a sessão desta terça-feira (27) a votação das regras para a eleição municipal de outubro, com destaque para a resolução sobre propaganda eleitoral, que deve disciplinar o uso de tecnologias de inteligência artificial (IA) nas campanhas. 

No texto que deverá ser colocado em votação, a relatora, ministra Cármen Lúcia, propôs que a utilização de material “fabricado ou manipulado” por meio de IA somente seja permitido se a informação sobre o uso da tecnologia for divulgada de forma “explícita e destacada”.

Além disso, a norma traz vedações ao uso de qualquer “conteúdo fabricado e manipulado” com fatos sabidamente não verdadeiros, ou gravemente descontextualizados, que possam causar danos ao equilíbrio da eleição.

A minuta prevê ainda que os provedores de aplicações na internet são responsáveis pela implantação de medidas que impeçam a publicação de conteúdo irregular, que atinja a integridade do pleito.

A minuta sobre o tema foi divulgada em janeiro. Em seguida, foram realizadas audiências públicas obrigatórias, entre 23 e 25 de janeiro, na sede do TSE, para receber contribuições sobre as normas eleitorais.

Os demais ministros estudaram as resoluções sobre as eleições durante o fim de semana. Eles também podem sugerir mudanças. Em mais de uma oportunidade, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, defendeu punições para o uso de material manipulado por IA, fenômeno que classificou como “extremamente perigoso”. 

O ministros do TSE devem votar, nesta terça, além da resolução sobre propaganda eleitoral, também as regras relativas ao Fundo Eleitoral, a pesquisas eleitorais, a auditorias e fiscalizações do pleito e a prestação de contas, entre outros temas.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Diretora do FMI elogia combate à inflação no Brasil e vê reforma tributária como 'histórica'

 Em texto publicado no blog do FMI, Kristalina Georgieva exaltou a "liderança demonstrada" pela gestão de Fernando Haddad à frente da Economia para melhorar administração tributária

Kristalina GeorgievaKristalina Georgieva (Foto: Reprodução | ABR | Reuters)

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, expressou elogios ao Brasil em seu recente texto intitulado "Como o G-20 pode aproveitar a recente resiliência da economia mundial", publicado no blog do FMI nesta segunda-feira (26). Georgieva destacou tanto o sucesso do país no combate à inflação quanto a aprovação da reforma tributária como marcos significativos para a economia brasileira.

Sobre o combate à inflação, a diretora do FMI ressaltou a importância dos bancos centrais em trazer a inflação de volta à meta, especialmente em países de baixa renda afetados desproporcionalmente pela alta dos preços.

Georgieva destacou o Brasil como exemplo de agilidade na formulação de políticas econômicas, elogiando a rápida resposta do Banco Central do Brasil ao aumento da inflação: "a resposta firme e antecipada do Brasil ao aumento da inflação durante a pandemia é um bom exemplo de como a agilidade na formulação de políticas pode render frutos. O Banco Central do Brasil foi um dos primeiros bancos centrais a elevar os juros e, em seguida, relaxar a política à medida que a inflação voltava para o intervalo da meta".

No que diz respeito à reforma tributária, a diretora do FMI enfatizou a importância de os países aumentarem a receita e eliminarem ineficiências fiscais. Nesse contexto, ela classificou a reforma do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no Brasil como "histórica", destacando a liderança do país nessa área. A reforma tributária, aprovada em 2023 durante o governo Lula (PT), contou com uma significativa participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas negociações com o Congresso Nacional. 

"É vital que os países continuem a fazer avanços importantes para aumentar a receita e eliminar ineficiências. O Brasil demonstrou liderança nessa área com sua histórica reforma do IVA. Mas muitos países estão atrasados, e têm margem para ampliar sua base tributária, fechar brechas e melhorar a administração tributária", escreveu a diretora.

A mensagem de Kristalina Georgieva ressoa em meio às discussões que antecedem a reunião de ministros da Economia dos países do G-20, programada para esta semana. 

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro depõe na PF sobre "importunação intencional" de baleia jubarte no litoral de São Paulo

 Depoimento está marcado para esta terça-feira

Jair BolsonaroJair Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

 Investigado por participar de um suposto planejamento para um golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL), prestará um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (27) no âmbito de um inquérito que investiga um suposto crime de "importunação intencional" de uma baleia jubarte em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, diz o jornal O Estado de S. Paulo.

O depoimento ocorrerá na superintendência da PF na capital paulista, dois dias após realizar um ato na Avenida Paulista. Além de Bolsonaro, o advogado e ex-assessor de comunicação Fabio Wajngarten também será ouvido pela PF. A oitiva estava marcada inicialmente para o dia 7 deste mês.

mostrava um homem pilotando um jet ski se aproximando de uma baleia com o motor ligado, chegando a cerca de 15 metros do animal. A PF está averiguando se houve o cometimento de crimes previstos em lei, que proíbem a pesca ou "molestamento intencional" de baleias. A entrada da PF no caso se deu a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Em novembro do mesmo ano, o Ministério Público Federal (MPF) também passou a acompanhar o inquérito. A suspeita da Procuradoria é de que Bolsonaro seria o condutor do veículo aquático que se aproximou do mamífero. Durante o feriado de Corpus Christi de 2023, o ex-mandatário visitou a região, onde se encontrou com o vereador Wagner Teixeira, multado pelo Ibama por "desrespeito às regras de observação de baleias".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

'Bolsonaro confessou crimes em ato na Paulista', diz ministro Rui Costa

 Segundo o ministro da Casa Civil, a manifestação bolsonarista de domingo "foi muito aquém do que os próprios organizadores vinham divulgando"

Rui Costa e Jair BolsonaroRui Costa e Jair Bolsonaro (Foto: Camila Souza/GOVBA | Reuters)

 O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira (26) que o discurso de Jair Bolsonaro no ato do último domingo (25) em São Paulo o surpreendeu porque foi uma 'confissão de crimes praticados'.

No entanto, segundo o ministro, o público do ato na Avenida Paulista decepcionou os organizadores. "[A manifestação] Foi muito aquém do que os próprios organizadores vinham divulgando, a surpresa é só em relação ao conteúdo da confissão dos crimes praticados. O Brasil inteiro ficou surpreso. Talvez seja a primeira vez na história que alguém chama um evento em praça pública e confessa o crime. E vai além disso: pede anistia aos crimes praticados", disse.

“É um negócio inusitado de alguém confessar que fez a prática criminosa”, completou o ministro. 

No último domingo (25), os bolsonaristas agitaram bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado que a cada dia se agravam. O evento lotou a Paulista, segundo relatos.

Fonte: Brasil 247

Deputado do Podemos é condenado a 20 anos por peculato, fraude e lavagem de dinheiro

 Advogado afirma que o deputado federal Ruy Carneiro mantém sua elegibilidade

Deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB)Deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB) recebeu uma sentença de 20 anos de reclusão por crimes de peculato, fraude e lavagem de dinheiro, acompanhada da ordem de restituir R$ 750 mil aos cofres públicos.

O juiz Adilson Fabrício Gomes Filho emitiu a sentença na noite de quinta-feira (22), em um processo conduzido sob sigilo judicial. A decisão foi divulgada pelo G1 no domingo (25).

O processo envolve acusações contra o parlamentar relativas ao período em que ocupou o cargo de secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba. Além dele, mais três indivíduos receberam condenações, enquanto dois foram absolvidos pela Justiça. Os condenados têm o direito de apelar da decisão enquanto permanecem em liberdade.

De acordo com a acusação apresentada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Ruy Carneiro e os demais condenados foram acusados por fazerem parte de um esquema criminoso voltado para a manipulação de licitações, no processo conhecido como Caso Desk. A denúncia foi aceita pela Justiça no ano de 2018.

Segundo informações do portal Paraíba Já, durante uma entrevista concedida nesta segunda-feira (26), Felipe Negreiros, advogado que representa o deputado federal, afirmou que o parlamentar mantém sua elegibilidade e participará das eleições de outubro deste ano.

“Está se recorrendo para o Tribunal. [Ele] é totalmente elegível e vai continuar porque ele vai ser inocentado. Com todo respeito, com extremo respeito, uma discussão de quatro ou cinco cadeiras gerar uma pena como está se alardeando aí 15 a 20 anos, só se fosse um quadro por homicídio”, afirmou Negreiros.

Fonte: Brasil 247


Dino diz que críticas sobre ativismo do STF partem de quem quer instrumentalizá-lo

 "Eles não querem fechar o STF, querem instrumentalizá-lo para os seus propósitos. Se o STF for instrumentalizado, perdeu o sentido de existir”, disse o ministro

Flávio DinoFlávio Dino (Foto: Reprodução )

 O ex-ministro da Justiça e recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, negou nesta as acusações de que a Corte pratique um ativismo judicial durante uma palestra acadêmica, realizada nesta segunda-feira (26), promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), fundado pelo ministro Gilmar Mendes.

“Muito se diz que o STF é ativista, mas alguns dos que dizem isso, na verdade, gostariam de um STF para chamar de seu. Eles não querem fechar o STF, querem instrumentalizá-lo para os seus propósitos. Se o STF for instrumentalizado, perdeu o sentido de existir”, disse Dino de acordo com O Globo.

Dino também destacou a importância do STF em desempenhar seu papel de controle sobre outras instituições, mesmo que isso gere polêmicas e questionamentos. “Nosso ofício exige desagradar. Quando o Supremo controla o funcionamento de outras instituições, as instituições controladas, públicas ou privadas, reagem, e se estabelece uma polêmica”, disse.

“Se não houver controvérsia, é um mau sinal. Se o Supremo não fosse tão questionado, era sinal de irrelevância, e não cabe a nenhuma instituição a renúncia de seu papel por conta de gritos alheios. Cada um tem que cumprir seu papel e dialogar sempre”, completou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula ignora provocações de Bolsonaro na Paulista

 Presidente foi questionado por uma jornalista sobre o evento na Avenida Paulista no último domingo

O presidente Luiz Inácio Lula da SilvaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Lula não comentou o ato de Jair Bolsonaro realizado no último domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), quando questionado por uma jornalista sobre o evento durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. 

A jornalista aproveitou o evento para a apresentação de um programa para dar uso social a imóveis abandonados da União para questionar Lula sobre o ato de Bolsonaro, que reuniu milhares de pessoas na Paulista. Logo após, o presidente se retirou do evento antes de sua conclusão.

No último domingo (25), os bolsonaristas agitaram bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado que a cada dia se agravam. O evento lotou a Paulista, segundo relatos. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

'Brasil gasta muito e mal e o objetivo é zerar o déficit', diz Tebet sobre revisão de gastos

 Ministra do Planejamento e Orçamento disse que entre as medidas que entre as medidas analisadas há uma estimativa de revisão de gastos de R$ 50,6 bilhões no INSS e no Proagro

Simone TebetSimone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

Fábio Matos, Infomoney - Depois de apresentar ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), um cronograma de revisão dos gastos públicos para este ano, na semana passada, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), acredita que pode contribuir com o objetivo da equipe econômica de zerar o déficit primário em 2024.

Entre as medidas que estão sobre a mesa, há uma estimativa de revisão de gastos de R$ 50,6 bilhões apenas no INSS e no Proagro (programa de auxílio a agricultores prejudicados por fenômenos climáticos) entre 2024 e 2026.

Segundo Tebet, somente a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios neste ano deve render à União uma economia de cerca de R$ 2 bilhões.

"O Brasil gasta muito e mal. O meu compromisso é ajudar a zerar o déficit. O principal objetivo da avaliação de políticas públicas, da revisão, é a qualidade de gastos. Temos uma contribuição para a meta fiscal, com a organização da máquina pública, com revisão e com corte mesmo, quando tem erro, fraudes e desperdícios”, afirmou Tebet em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

“O nosso papel principal é garantir qualidade do gasto público e fazer com que o recurso chegue à ponta, para quem mais precisa. Não vamos deixar faltar um centavo em programas sociais relevantes e eficazes para conseguir meta zero”, prosseguiu a ministra.

Entre as principais medidas mencionadas por Tebet, estão a revisão de inconsistências e irregularidades no Bolsa Família, com a exclusão de 1,7 milhão das chamadas famílias unipessoais. “Pusemos uma meta de economizar R$ 7 bilhões para o Orçamento Geral da União e [dissemos]: o ‘resto é seu’ [do Ministério do Desenvolvimento Social]. Ele entregou os R$ 7 bilhões, havia fraude mesmo e conseguiu mais R$ 2 bilhões”, relatou.

De acordo com Tebet, em relação ao INSS, havia um objetivo inicial de economizar R$ 12,5 bilhões no ano. “Estamos avaliando o seguro-defeso, auxílio-acidente, auxílio-doença, benefício de incapacidade permanente e Benefícios de Prestação Continuada (BPC)”, disse.

Para a ministra do Planejamento, “nada é proibido” nesse processo de revisão de gastos do governo. “A única coisa que está interditada é a valorização do salário mínimo acima da inflação. Essa sempre vai acontecer. Mas, veja, só com esses programas do INSS e outros, estamos falando de R$ 50 bilhões em três anos”, observou.

Precatórios - Quanto aos precatórios, Tebet ressalta que, apenas neste ano, são R$ 87 bilhões e “a cada ano, aumenta mais”. “No PAC, tem só sessenta e poucos bilhões de investimento. Não tem lógica. Estamos em um grupo de trabalho com o comitê de riscos fiscais, capitaneado pela AGU [Advocacia-Geral da União], a fim de estudar o que está acontecendo com as requisições de pequeno valor, que somam cerca de R$ 30 bilhões”, disse.

“A Fazenda, a AGU e nós, para não sermos pegos de surpresa, ficamos com a lupa naquelas dívidas acima de R$ 1 bilhão. Mas a gente tem que cuidar desses pequeninos. Não é para segurar, é para rever a legislação, o que há de decisões do Supremo, mudar o pensamento e decisões do governo. É trabalho de um ano, visão de 2025.”

Indexação dos benefícios - Segundo Simone Tebet, “a revisão de gastos não está lenta”, mas caminha “dentro do possível”. “De acordo com uma vontade política, de acordo com o que a gente sabe que o Congresso toparia fazer. Tem uma pauta que a gente tem de discutir, uma vez que o salário mínimo sobe acima da inflação, que é a indexação dos benefícios”, afirmou.

“Não estou dizendo que é para acabar com tudo, mas é uma pauta que a gente tem de enfrentar. Não estou dizendo que o presidente aceitaria, mas esse é o nosso papel. Não dá para mexer no BPC, mas dá para mexer no abono salarial? No seguro-desemprego?”, sugere.

Questionada sobre a possível intenção de Haddad rever a vinculação do gasto em saúde e educação ao aumento da receita, Tebet disse que o ministro da Fazenda “é mais otimista com a política”.

“Acho que vamos colocar [a discussão], não estou dizendo que neste semestre, pode ser que apresentemos o relatório para o presidente neste ano. Vamos colocar na mesa o piso de saúde e educação. Nada está interditado. Nosso papel é apresentar os dados. Aí vem a discussão política. Há ‘ene’ maneiras de rever o piso de educação e saúde”, afirma.

“Você pode atrelar ao novo regime fiscal, ao crescimento de até 70% [do aumento total da receita]. Mas nem comecei a mexer com isso. O que se pode dizer é que está tudo na mesa, mas é um ano em que, sendo realista, a coisa não anda. Mas, mesmo que algumas coisas sejam barradas, por decisão política ou porque não passa no Congresso, temos convicção de que temos muita gordura para cortar”, concluiu Tebet.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Advogado socorre Bolsonaro e diz que fala em ato foi sobre minuta do golpe recebida após deixar o governo

 Bolsonaro citou a conhecida "minuta do golpe" em discurso neste domingo. Polícia Federal vê confirmação de que ele sabia da existência do documento ilegal

Jair Bolsonaro em ato na PaulistaJair Bolsonaro em ato na Paulista (Foto: Reprodução)

 Paulo Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que as declarações do ex-mandatário durante o ato na Avenida Paulista, em que reconheceu a existência de uma minuta golpista, referiam-se a um texto recebido por ele em 2023, após deixar o governo. "A declaração do presidente foi em cima da minuta que ele só teve conhecimento em outubro de 2023. Não reforça em nada a investigação, porque foi a primeira minuta que ele viu. Não tinha visto antes", disse Bueno à Folha de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF), porém, avalia que o discurso de Bolsonaro confirma que ele tinha conhecimento da minuta golpista e que o ex-mandatário reforçou a linha de investigação de que houve o planejamento de uma tentativa de golpe de Estado. O primeiro documento foi encontrado na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Um segundo texto, mais enxuto, foi encontrado pela PF no gabinete utilizado por Bolsonaro na sede do PL, em Brasília, em fevereiro, durante o cumprimento de mandados judiciais no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que apura a trama golpista. O documento previa a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a decretação de uma ação de garantia da lei e da ordem (GLO). 

A defesa teve acesso ao texto ao receber os autos do inquérito em 18 de outubro do ano passado. “Segundo o advogado, o presidente pediu para que ele encaminhasse por telefone o texto para que ele pudesse imprimir e ler fisicamente”, destaca a reportagem. Ao depor à PF sobre o caso na semana passada, Bolsonaro permaneceu em silêncio, alegando que a defesa não teve acesso aos autos processuais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Primeira semana de Dino no STF promete agenda cheia de julgamentos

 Novo ministro do STF enfrenta casos de corrupção e sobras eleitorais em sua primeira semana, entre outros

A posse de Flávio Dino no STF, em 22 de fevereiro de 2024 A posse de Flávio Dino no STF, em 22 de fevereiro de 2024 (Foto: Antonio Augusto/SCO/STF )

As sessões desta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) serão as primeiras com a participação do ministro Flávio Dino, que tomou posse na semana passada. Antes do plenário, o ministro vai atuar, na terça-feira (27), na Primeira Turma da Corte.  

Na Primeira Turma do STF, está em análise um pedido de habeas corpus apresentado por um advogado, acusado de corrupção ativa, exploração de prestígio e lavagem de dinheiro.

Dino marcará sua presença na primeira sessão plenária, na quarta-feira, que continuará a avaliar a distribuição das "sobras eleitorais", as vagas que não foram ocupadas na eleição mais recente para o Poder Legislativo.

Os ministros devem se debruçar ainda sobre a suposta omissão de órgãos ambientais no controle ao desmatamento e sobre recursos que tratam da chamada "revisão da vida toda" no INSS. Constam também na previsão de julgamentos ações que tratam do poder de investigação do Ministério Público.

Fonte: Brasil 247

Temer foi fiador de Bolsonaro junto ao STF antes de ato na Paulista

 Temer foi escalado por Bolsonaro para garantir a ministros do Supremo que não haveria ataques por parte dele ao tribunal e seus ministros

Michel Temer, Silas Malafaia, Jair e Michelle BolsonaroMichel Temer, Silas Malafaia, Jair e Michelle Bolsonaro (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil | Paulo Pinto/Agência Brasil)

Michel Temer desempenhou um papel crucial ao interceder junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que Jair Bolsonaro (PL) manteria um discurso moderado e sem ataques à corte ou a seus ministros durante seu pronunciamento na Avenida Paulista neste domingo (25).

Segundo relata Daniela Lima, do g1, Temer contatou pessoalmente os membros da corte para assegurar que Bolsonaro estava ciente dos possíveis riscos de uma retórica anti-institucional e garantir que ele adotaria uma postura de "pacificação". Temer, inclusive, se dispôs a pegar um avião exclusivamente para tratar do assunto com Bolsonaro.

Essa não é a primeira vez que Temer socorre Bolsonaro em momentos de crise. Em 2021, após ato do 7 de setembro onde Bolsonaro proferiu declarações criminosas em relação ao STF e Alexandre de Moraes, Temer foi convocado para redigir uma carta de reparação na qual Bolsonaro elogiava Moraes e tentava amenizar a tensão.

No entanto, apesar dos esforços de Temer em garantir uma abordagem mais conciliatória por parte de Bolsonaro, os resultados práticos parecem ser limitados. Integrantes do STF afirmam que as evidências sobre a atuação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado permanecem inalteradas.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

PF quer concluir inquérito da trama golpista já no primeiro semestre

 Investigadores também já ponderam a melhor forma de, eventualmente, prender Jair Bolsonaro

Polícia Federal e Mauro Cid com Jair BolsonaroPolícia Federal e Mauro Cid com Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/PF | REUTERS/Adriano Machado)

A expectativa na Polícia Federal (PF) é que o inquérito que apura a trama golpista, envolvendo Jair Bolsonaro, seja concluído ainda no primeiro semestre deste ano, informa a coluna Radar, na revista Veja, nesta segunda-feira (26). 

À medida que se consolidam as investigações sobre a trama golpista, que culminou nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023, a PF também pondera quais formas de prisão poderiam ser decretadas contra Bolsonaro, após a condenação ou a cautelar, indica a mesma coluna nesta segunda. 

Os investigadores também não excluem a possibilidade de uma eventual prisão em flagrante. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar, na revista Veja

Dificuldade de crédito complica finanças das pequenas indústrias

 Setor também cita carga tributária como problema nos últimos dez anos

www.brasil247.com - Indústria Indústria (Foto: Reuters/Jorge Adorno)

A dificuldade de acesso ao crédito e a alta carga tributária têm complicado a situação financeira das pequenas indústrias nos últimos dez anos. A conclusão consta de um balanço da pesquisa Panorama da Pequena Indústria entre 2013 e 2023, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O levantamento analisou a situação financeira em 40 trimestres. Em todos eles, os pequenos empresários industriais registraram dificuldade de acesso ao crédito. O indicador ficou abaixo da média histórica em 21 trimestres para a pequena indústria de transformação e em 24 trimestres para a pequena indústria da construção.

Em 2016, o Índice de Situação Financeira atingiu o pior resultado da série com 29,5 pontos. Na época, a taxa Selic (juros básicos da economia) estava em 14,25% ao ano. O indicador manteve-se abaixo da média história de 38,4 pontos de 2015 a 2019, só superando a média em 2020, quando a Selic foi reduzida para 2% ao ano, no início da pandemia de covid-19.

Em meados de 2020, o indicador atingiu o maior valor da série histórica, 43,1 pontos. Além dos juros baixos, a criação de programas emergenciais para as micro e pequenas empresas, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), favoreceram as finanças das indústrias de menor porte.

Mesmo com essas ajudas, o Índice de Situação Financeira nunca superou a marca de 50 pontos, que separa avaliações favoráveis de desfavoráveis. Segundo a CNI, isso se deve principalmente à dificuldade de acesso ao crédito em todos os segmentos. No fim de 2023, o indicador estava em 42,2 pontos, recuperando-se após o Banco Central começar a reduzir os juros no segundo semestre.

Outros problemas

Outro problema citado pelas pequenas indústrias, nos últimos dez anos, foi a carga tributária. Apesar de oscilações ao longo da década, tanto as empresas tributadas pelo Simples Nacional quanto médias indústrias que não se enquadram no regime reclamaram do peso dos impostos sobre o faturamento.

No fim de 2023, os principais problemas percebidos pelos pequenos empresários da indústria de transformação foram a elevada carga tributária, demanda interna insuficiente e competição desleal (como informalidade e contrabando). Nas indústrias de construção, aumentaram as menções aos juros elevados. O segmento é diretamente afetado pela alta dos juros, que impacta empresários e consumidores.

Perspectivas

O Índice de Confiança do Empresário (ICEI), que mostra como ele percebe as condições atuais e quais são suas expectativas, registrou 51,2 pontos em janeiro de 2024. O indicador está acima da linha divisória de 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança.

No entanto, esse otimismo levará algum tempo para se refletir nos investimentos e no emprego. Em janeiro de 2024, o Índice de Perspectivas da Pequena Indústria ficou em 49,4 pontos, um pouco abaixo da linha divisória de 50 pontos. Segundo a CNI, o indicador demonstra cautela dos empresários na hora de investir e contratar.

De acordo com a entidade, a melhoria no indicador pode ser relacionada às medidas de apoio às pequenas empresas, como o programa Novo Brasil Mais Produtivo, que pretende investir R$ 2 bilhões em 200 mil micro e pequenas empresas brasileiras; e o Programa de Apoio à Competitividade das Micros e Pequenas Indústrias (Procompi), que vai injetar R$ 24 milhões em soluções que reduzem custos e aumentam a competitividade até 2026.

Expansão

Apesar das dificuldades, as pequenas empresas têm se expandido. O total de micro e pequenas indústrias subiu de 433 mil para 459 mil, segundo levantamento da CNI, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Esses negócios empregam mais de 3,4 milhões trabalhadores formais e pagam R$ 85 bilhões por ano em salários.

Divulgado a cada três meses, o Panorama da Pequena Indústria consulta cerca de 900 empresários de indústrias de pequeno porte em todo o país. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam otimismo. Abaixo dessa marca, indicam pessimismo.

Fonte: Brasil 247