segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

TSE vota amanhã regra para inteligência artificial nas eleições

 A relatora, Cármen Lúcia, propôs que uso de material fabricado por meio de IA seja permitido apenas se a informação sobre a tecnologia for divulgada de forma explícita e destacada

Sede do Tribunal Superior EleitoralSede do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

 O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a sessão desta terça-feira (27) a votação das regras para a eleição municipal de outubro, com destaque para a resolução sobre propaganda eleitoral, que deve disciplinar o uso de tecnologias de inteligência artificial (IA) nas campanhas. 

No texto que deverá ser colocado em votação, a relatora, ministra Cármen Lúcia, propôs que a utilização de material “fabricado ou manipulado” por meio de IA somente seja permitido se a informação sobre o uso da tecnologia for divulgada de forma “explícita e destacada”.

Além disso, a norma traz vedações ao uso de qualquer “conteúdo fabricado e manipulado” com fatos sabidamente não verdadeiros, ou gravemente descontextualizados, que possam causar danos ao equilíbrio da eleição.

A minuta prevê ainda que os provedores de aplicações na internet são responsáveis pela implantação de medidas que impeçam a publicação de conteúdo irregular, que atinja a integridade do pleito.

A minuta sobre o tema foi divulgada em janeiro. Em seguida, foram realizadas audiências públicas obrigatórias, entre 23 e 25 de janeiro, na sede do TSE, para receber contribuições sobre as normas eleitorais.

Os demais ministros estudaram as resoluções sobre as eleições durante o fim de semana. Eles também podem sugerir mudanças. Em mais de uma oportunidade, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, defendeu punições para o uso de material manipulado por IA, fenômeno que classificou como “extremamente perigoso”. 

O ministros do TSE devem votar, nesta terça, além da resolução sobre propaganda eleitoral, também as regras relativas ao Fundo Eleitoral, a pesquisas eleitorais, a auditorias e fiscalizações do pleito e a prestação de contas, entre outros temas.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Diretora do FMI elogia combate à inflação no Brasil e vê reforma tributária como 'histórica'

 Em texto publicado no blog do FMI, Kristalina Georgieva exaltou a "liderança demonstrada" pela gestão de Fernando Haddad à frente da Economia para melhorar administração tributária

Kristalina GeorgievaKristalina Georgieva (Foto: Reprodução | ABR | Reuters)

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, expressou elogios ao Brasil em seu recente texto intitulado "Como o G-20 pode aproveitar a recente resiliência da economia mundial", publicado no blog do FMI nesta segunda-feira (26). Georgieva destacou tanto o sucesso do país no combate à inflação quanto a aprovação da reforma tributária como marcos significativos para a economia brasileira.

Sobre o combate à inflação, a diretora do FMI ressaltou a importância dos bancos centrais em trazer a inflação de volta à meta, especialmente em países de baixa renda afetados desproporcionalmente pela alta dos preços.

Georgieva destacou o Brasil como exemplo de agilidade na formulação de políticas econômicas, elogiando a rápida resposta do Banco Central do Brasil ao aumento da inflação: "a resposta firme e antecipada do Brasil ao aumento da inflação durante a pandemia é um bom exemplo de como a agilidade na formulação de políticas pode render frutos. O Banco Central do Brasil foi um dos primeiros bancos centrais a elevar os juros e, em seguida, relaxar a política à medida que a inflação voltava para o intervalo da meta".

No que diz respeito à reforma tributária, a diretora do FMI enfatizou a importância de os países aumentarem a receita e eliminarem ineficiências fiscais. Nesse contexto, ela classificou a reforma do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no Brasil como "histórica", destacando a liderança do país nessa área. A reforma tributária, aprovada em 2023 durante o governo Lula (PT), contou com uma significativa participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas negociações com o Congresso Nacional. 

"É vital que os países continuem a fazer avanços importantes para aumentar a receita e eliminar ineficiências. O Brasil demonstrou liderança nessa área com sua histórica reforma do IVA. Mas muitos países estão atrasados, e têm margem para ampliar sua base tributária, fechar brechas e melhorar a administração tributária", escreveu a diretora.

A mensagem de Kristalina Georgieva ressoa em meio às discussões que antecedem a reunião de ministros da Economia dos países do G-20, programada para esta semana. 

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro depõe na PF sobre "importunação intencional" de baleia jubarte no litoral de São Paulo

 Depoimento está marcado para esta terça-feira

Jair BolsonaroJair Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

 Investigado por participar de um suposto planejamento para um golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL), prestará um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (27) no âmbito de um inquérito que investiga um suposto crime de "importunação intencional" de uma baleia jubarte em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, diz o jornal O Estado de S. Paulo.

O depoimento ocorrerá na superintendência da PF na capital paulista, dois dias após realizar um ato na Avenida Paulista. Além de Bolsonaro, o advogado e ex-assessor de comunicação Fabio Wajngarten também será ouvido pela PF. A oitiva estava marcada inicialmente para o dia 7 deste mês.

mostrava um homem pilotando um jet ski se aproximando de uma baleia com o motor ligado, chegando a cerca de 15 metros do animal. A PF está averiguando se houve o cometimento de crimes previstos em lei, que proíbem a pesca ou "molestamento intencional" de baleias. A entrada da PF no caso se deu a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Em novembro do mesmo ano, o Ministério Público Federal (MPF) também passou a acompanhar o inquérito. A suspeita da Procuradoria é de que Bolsonaro seria o condutor do veículo aquático que se aproximou do mamífero. Durante o feriado de Corpus Christi de 2023, o ex-mandatário visitou a região, onde se encontrou com o vereador Wagner Teixeira, multado pelo Ibama por "desrespeito às regras de observação de baleias".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

'Bolsonaro confessou crimes em ato na Paulista', diz ministro Rui Costa

 Segundo o ministro da Casa Civil, a manifestação bolsonarista de domingo "foi muito aquém do que os próprios organizadores vinham divulgando"

Rui Costa e Jair BolsonaroRui Costa e Jair Bolsonaro (Foto: Camila Souza/GOVBA | Reuters)

 O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira (26) que o discurso de Jair Bolsonaro no ato do último domingo (25) em São Paulo o surpreendeu porque foi uma 'confissão de crimes praticados'.

No entanto, segundo o ministro, o público do ato na Avenida Paulista decepcionou os organizadores. "[A manifestação] Foi muito aquém do que os próprios organizadores vinham divulgando, a surpresa é só em relação ao conteúdo da confissão dos crimes praticados. O Brasil inteiro ficou surpreso. Talvez seja a primeira vez na história que alguém chama um evento em praça pública e confessa o crime. E vai além disso: pede anistia aos crimes praticados", disse.

“É um negócio inusitado de alguém confessar que fez a prática criminosa”, completou o ministro. 

No último domingo (25), os bolsonaristas agitaram bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado que a cada dia se agravam. O evento lotou a Paulista, segundo relatos.

Fonte: Brasil 247

Deputado do Podemos é condenado a 20 anos por peculato, fraude e lavagem de dinheiro

 Advogado afirma que o deputado federal Ruy Carneiro mantém sua elegibilidade

Deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB)Deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB) recebeu uma sentença de 20 anos de reclusão por crimes de peculato, fraude e lavagem de dinheiro, acompanhada da ordem de restituir R$ 750 mil aos cofres públicos.

O juiz Adilson Fabrício Gomes Filho emitiu a sentença na noite de quinta-feira (22), em um processo conduzido sob sigilo judicial. A decisão foi divulgada pelo G1 no domingo (25).

O processo envolve acusações contra o parlamentar relativas ao período em que ocupou o cargo de secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba. Além dele, mais três indivíduos receberam condenações, enquanto dois foram absolvidos pela Justiça. Os condenados têm o direito de apelar da decisão enquanto permanecem em liberdade.

De acordo com a acusação apresentada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Ruy Carneiro e os demais condenados foram acusados por fazerem parte de um esquema criminoso voltado para a manipulação de licitações, no processo conhecido como Caso Desk. A denúncia foi aceita pela Justiça no ano de 2018.

Segundo informações do portal Paraíba Já, durante uma entrevista concedida nesta segunda-feira (26), Felipe Negreiros, advogado que representa o deputado federal, afirmou que o parlamentar mantém sua elegibilidade e participará das eleições de outubro deste ano.

“Está se recorrendo para o Tribunal. [Ele] é totalmente elegível e vai continuar porque ele vai ser inocentado. Com todo respeito, com extremo respeito, uma discussão de quatro ou cinco cadeiras gerar uma pena como está se alardeando aí 15 a 20 anos, só se fosse um quadro por homicídio”, afirmou Negreiros.

Fonte: Brasil 247


Dino diz que críticas sobre ativismo do STF partem de quem quer instrumentalizá-lo

 "Eles não querem fechar o STF, querem instrumentalizá-lo para os seus propósitos. Se o STF for instrumentalizado, perdeu o sentido de existir”, disse o ministro

Flávio DinoFlávio Dino (Foto: Reprodução )

 O ex-ministro da Justiça e recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, negou nesta as acusações de que a Corte pratique um ativismo judicial durante uma palestra acadêmica, realizada nesta segunda-feira (26), promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), fundado pelo ministro Gilmar Mendes.

“Muito se diz que o STF é ativista, mas alguns dos que dizem isso, na verdade, gostariam de um STF para chamar de seu. Eles não querem fechar o STF, querem instrumentalizá-lo para os seus propósitos. Se o STF for instrumentalizado, perdeu o sentido de existir”, disse Dino de acordo com O Globo.

Dino também destacou a importância do STF em desempenhar seu papel de controle sobre outras instituições, mesmo que isso gere polêmicas e questionamentos. “Nosso ofício exige desagradar. Quando o Supremo controla o funcionamento de outras instituições, as instituições controladas, públicas ou privadas, reagem, e se estabelece uma polêmica”, disse.

“Se não houver controvérsia, é um mau sinal. Se o Supremo não fosse tão questionado, era sinal de irrelevância, e não cabe a nenhuma instituição a renúncia de seu papel por conta de gritos alheios. Cada um tem que cumprir seu papel e dialogar sempre”, completou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula ignora provocações de Bolsonaro na Paulista

 Presidente foi questionado por uma jornalista sobre o evento na Avenida Paulista no último domingo

O presidente Luiz Inácio Lula da SilvaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Lula não comentou o ato de Jair Bolsonaro realizado no último domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), quando questionado por uma jornalista sobre o evento durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. 

A jornalista aproveitou o evento para a apresentação de um programa para dar uso social a imóveis abandonados da União para questionar Lula sobre o ato de Bolsonaro, que reuniu milhares de pessoas na Paulista. Logo após, o presidente se retirou do evento antes de sua conclusão.

No último domingo (25), os bolsonaristas agitaram bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado que a cada dia se agravam. O evento lotou a Paulista, segundo relatos. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

'Brasil gasta muito e mal e o objetivo é zerar o déficit', diz Tebet sobre revisão de gastos

 Ministra do Planejamento e Orçamento disse que entre as medidas que entre as medidas analisadas há uma estimativa de revisão de gastos de R$ 50,6 bilhões no INSS e no Proagro

Simone TebetSimone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

Fábio Matos, Infomoney - Depois de apresentar ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), um cronograma de revisão dos gastos públicos para este ano, na semana passada, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), acredita que pode contribuir com o objetivo da equipe econômica de zerar o déficit primário em 2024.

Entre as medidas que estão sobre a mesa, há uma estimativa de revisão de gastos de R$ 50,6 bilhões apenas no INSS e no Proagro (programa de auxílio a agricultores prejudicados por fenômenos climáticos) entre 2024 e 2026.

Segundo Tebet, somente a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios neste ano deve render à União uma economia de cerca de R$ 2 bilhões.

"O Brasil gasta muito e mal. O meu compromisso é ajudar a zerar o déficit. O principal objetivo da avaliação de políticas públicas, da revisão, é a qualidade de gastos. Temos uma contribuição para a meta fiscal, com a organização da máquina pública, com revisão e com corte mesmo, quando tem erro, fraudes e desperdícios”, afirmou Tebet em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

“O nosso papel principal é garantir qualidade do gasto público e fazer com que o recurso chegue à ponta, para quem mais precisa. Não vamos deixar faltar um centavo em programas sociais relevantes e eficazes para conseguir meta zero”, prosseguiu a ministra.

Entre as principais medidas mencionadas por Tebet, estão a revisão de inconsistências e irregularidades no Bolsa Família, com a exclusão de 1,7 milhão das chamadas famílias unipessoais. “Pusemos uma meta de economizar R$ 7 bilhões para o Orçamento Geral da União e [dissemos]: o ‘resto é seu’ [do Ministério do Desenvolvimento Social]. Ele entregou os R$ 7 bilhões, havia fraude mesmo e conseguiu mais R$ 2 bilhões”, relatou.

De acordo com Tebet, em relação ao INSS, havia um objetivo inicial de economizar R$ 12,5 bilhões no ano. “Estamos avaliando o seguro-defeso, auxílio-acidente, auxílio-doença, benefício de incapacidade permanente e Benefícios de Prestação Continuada (BPC)”, disse.

Para a ministra do Planejamento, “nada é proibido” nesse processo de revisão de gastos do governo. “A única coisa que está interditada é a valorização do salário mínimo acima da inflação. Essa sempre vai acontecer. Mas, veja, só com esses programas do INSS e outros, estamos falando de R$ 50 bilhões em três anos”, observou.

Precatórios - Quanto aos precatórios, Tebet ressalta que, apenas neste ano, são R$ 87 bilhões e “a cada ano, aumenta mais”. “No PAC, tem só sessenta e poucos bilhões de investimento. Não tem lógica. Estamos em um grupo de trabalho com o comitê de riscos fiscais, capitaneado pela AGU [Advocacia-Geral da União], a fim de estudar o que está acontecendo com as requisições de pequeno valor, que somam cerca de R$ 30 bilhões”, disse.

“A Fazenda, a AGU e nós, para não sermos pegos de surpresa, ficamos com a lupa naquelas dívidas acima de R$ 1 bilhão. Mas a gente tem que cuidar desses pequeninos. Não é para segurar, é para rever a legislação, o que há de decisões do Supremo, mudar o pensamento e decisões do governo. É trabalho de um ano, visão de 2025.”

Indexação dos benefícios - Segundo Simone Tebet, “a revisão de gastos não está lenta”, mas caminha “dentro do possível”. “De acordo com uma vontade política, de acordo com o que a gente sabe que o Congresso toparia fazer. Tem uma pauta que a gente tem de discutir, uma vez que o salário mínimo sobe acima da inflação, que é a indexação dos benefícios”, afirmou.

“Não estou dizendo que é para acabar com tudo, mas é uma pauta que a gente tem de enfrentar. Não estou dizendo que o presidente aceitaria, mas esse é o nosso papel. Não dá para mexer no BPC, mas dá para mexer no abono salarial? No seguro-desemprego?”, sugere.

Questionada sobre a possível intenção de Haddad rever a vinculação do gasto em saúde e educação ao aumento da receita, Tebet disse que o ministro da Fazenda “é mais otimista com a política”.

“Acho que vamos colocar [a discussão], não estou dizendo que neste semestre, pode ser que apresentemos o relatório para o presidente neste ano. Vamos colocar na mesa o piso de saúde e educação. Nada está interditado. Nosso papel é apresentar os dados. Aí vem a discussão política. Há ‘ene’ maneiras de rever o piso de educação e saúde”, afirma.

“Você pode atrelar ao novo regime fiscal, ao crescimento de até 70% [do aumento total da receita]. Mas nem comecei a mexer com isso. O que se pode dizer é que está tudo na mesa, mas é um ano em que, sendo realista, a coisa não anda. Mas, mesmo que algumas coisas sejam barradas, por decisão política ou porque não passa no Congresso, temos convicção de que temos muita gordura para cortar”, concluiu Tebet.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Advogado socorre Bolsonaro e diz que fala em ato foi sobre minuta do golpe recebida após deixar o governo

 Bolsonaro citou a conhecida "minuta do golpe" em discurso neste domingo. Polícia Federal vê confirmação de que ele sabia da existência do documento ilegal

Jair Bolsonaro em ato na PaulistaJair Bolsonaro em ato na Paulista (Foto: Reprodução)

 Paulo Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que as declarações do ex-mandatário durante o ato na Avenida Paulista, em que reconheceu a existência de uma minuta golpista, referiam-se a um texto recebido por ele em 2023, após deixar o governo. "A declaração do presidente foi em cima da minuta que ele só teve conhecimento em outubro de 2023. Não reforça em nada a investigação, porque foi a primeira minuta que ele viu. Não tinha visto antes", disse Bueno à Folha de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF), porém, avalia que o discurso de Bolsonaro confirma que ele tinha conhecimento da minuta golpista e que o ex-mandatário reforçou a linha de investigação de que houve o planejamento de uma tentativa de golpe de Estado. O primeiro documento foi encontrado na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Um segundo texto, mais enxuto, foi encontrado pela PF no gabinete utilizado por Bolsonaro na sede do PL, em Brasília, em fevereiro, durante o cumprimento de mandados judiciais no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que apura a trama golpista. O documento previa a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a decretação de uma ação de garantia da lei e da ordem (GLO). 

A defesa teve acesso ao texto ao receber os autos do inquérito em 18 de outubro do ano passado. “Segundo o advogado, o presidente pediu para que ele encaminhasse por telefone o texto para que ele pudesse imprimir e ler fisicamente”, destaca a reportagem. Ao depor à PF sobre o caso na semana passada, Bolsonaro permaneceu em silêncio, alegando que a defesa não teve acesso aos autos processuais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Primeira semana de Dino no STF promete agenda cheia de julgamentos

 Novo ministro do STF enfrenta casos de corrupção e sobras eleitorais em sua primeira semana, entre outros

A posse de Flávio Dino no STF, em 22 de fevereiro de 2024 A posse de Flávio Dino no STF, em 22 de fevereiro de 2024 (Foto: Antonio Augusto/SCO/STF )

As sessões desta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) serão as primeiras com a participação do ministro Flávio Dino, que tomou posse na semana passada. Antes do plenário, o ministro vai atuar, na terça-feira (27), na Primeira Turma da Corte.  

Na Primeira Turma do STF, está em análise um pedido de habeas corpus apresentado por um advogado, acusado de corrupção ativa, exploração de prestígio e lavagem de dinheiro.

Dino marcará sua presença na primeira sessão plenária, na quarta-feira, que continuará a avaliar a distribuição das "sobras eleitorais", as vagas que não foram ocupadas na eleição mais recente para o Poder Legislativo.

Os ministros devem se debruçar ainda sobre a suposta omissão de órgãos ambientais no controle ao desmatamento e sobre recursos que tratam da chamada "revisão da vida toda" no INSS. Constam também na previsão de julgamentos ações que tratam do poder de investigação do Ministério Público.

Fonte: Brasil 247

Temer foi fiador de Bolsonaro junto ao STF antes de ato na Paulista

 Temer foi escalado por Bolsonaro para garantir a ministros do Supremo que não haveria ataques por parte dele ao tribunal e seus ministros

Michel Temer, Silas Malafaia, Jair e Michelle BolsonaroMichel Temer, Silas Malafaia, Jair e Michelle Bolsonaro (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil | Paulo Pinto/Agência Brasil)

Michel Temer desempenhou um papel crucial ao interceder junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que Jair Bolsonaro (PL) manteria um discurso moderado e sem ataques à corte ou a seus ministros durante seu pronunciamento na Avenida Paulista neste domingo (25).

Segundo relata Daniela Lima, do g1, Temer contatou pessoalmente os membros da corte para assegurar que Bolsonaro estava ciente dos possíveis riscos de uma retórica anti-institucional e garantir que ele adotaria uma postura de "pacificação". Temer, inclusive, se dispôs a pegar um avião exclusivamente para tratar do assunto com Bolsonaro.

Essa não é a primeira vez que Temer socorre Bolsonaro em momentos de crise. Em 2021, após ato do 7 de setembro onde Bolsonaro proferiu declarações criminosas em relação ao STF e Alexandre de Moraes, Temer foi convocado para redigir uma carta de reparação na qual Bolsonaro elogiava Moraes e tentava amenizar a tensão.

No entanto, apesar dos esforços de Temer em garantir uma abordagem mais conciliatória por parte de Bolsonaro, os resultados práticos parecem ser limitados. Integrantes do STF afirmam que as evidências sobre a atuação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado permanecem inalteradas.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

PF quer concluir inquérito da trama golpista já no primeiro semestre

 Investigadores também já ponderam a melhor forma de, eventualmente, prender Jair Bolsonaro

Polícia Federal e Mauro Cid com Jair BolsonaroPolícia Federal e Mauro Cid com Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/PF | REUTERS/Adriano Machado)

A expectativa na Polícia Federal (PF) é que o inquérito que apura a trama golpista, envolvendo Jair Bolsonaro, seja concluído ainda no primeiro semestre deste ano, informa a coluna Radar, na revista Veja, nesta segunda-feira (26). 

À medida que se consolidam as investigações sobre a trama golpista, que culminou nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023, a PF também pondera quais formas de prisão poderiam ser decretadas contra Bolsonaro, após a condenação ou a cautelar, indica a mesma coluna nesta segunda. 

Os investigadores também não excluem a possibilidade de uma eventual prisão em flagrante. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar, na revista Veja

Dificuldade de crédito complica finanças das pequenas indústrias

 Setor também cita carga tributária como problema nos últimos dez anos

www.brasil247.com - Indústria Indústria (Foto: Reuters/Jorge Adorno)

A dificuldade de acesso ao crédito e a alta carga tributária têm complicado a situação financeira das pequenas indústrias nos últimos dez anos. A conclusão consta de um balanço da pesquisa Panorama da Pequena Indústria entre 2013 e 2023, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O levantamento analisou a situação financeira em 40 trimestres. Em todos eles, os pequenos empresários industriais registraram dificuldade de acesso ao crédito. O indicador ficou abaixo da média histórica em 21 trimestres para a pequena indústria de transformação e em 24 trimestres para a pequena indústria da construção.

Em 2016, o Índice de Situação Financeira atingiu o pior resultado da série com 29,5 pontos. Na época, a taxa Selic (juros básicos da economia) estava em 14,25% ao ano. O indicador manteve-se abaixo da média história de 38,4 pontos de 2015 a 2019, só superando a média em 2020, quando a Selic foi reduzida para 2% ao ano, no início da pandemia de covid-19.

Em meados de 2020, o indicador atingiu o maior valor da série histórica, 43,1 pontos. Além dos juros baixos, a criação de programas emergenciais para as micro e pequenas empresas, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), favoreceram as finanças das indústrias de menor porte.

Mesmo com essas ajudas, o Índice de Situação Financeira nunca superou a marca de 50 pontos, que separa avaliações favoráveis de desfavoráveis. Segundo a CNI, isso se deve principalmente à dificuldade de acesso ao crédito em todos os segmentos. No fim de 2023, o indicador estava em 42,2 pontos, recuperando-se após o Banco Central começar a reduzir os juros no segundo semestre.

Outros problemas

Outro problema citado pelas pequenas indústrias, nos últimos dez anos, foi a carga tributária. Apesar de oscilações ao longo da década, tanto as empresas tributadas pelo Simples Nacional quanto médias indústrias que não se enquadram no regime reclamaram do peso dos impostos sobre o faturamento.

No fim de 2023, os principais problemas percebidos pelos pequenos empresários da indústria de transformação foram a elevada carga tributária, demanda interna insuficiente e competição desleal (como informalidade e contrabando). Nas indústrias de construção, aumentaram as menções aos juros elevados. O segmento é diretamente afetado pela alta dos juros, que impacta empresários e consumidores.

Perspectivas

O Índice de Confiança do Empresário (ICEI), que mostra como ele percebe as condições atuais e quais são suas expectativas, registrou 51,2 pontos em janeiro de 2024. O indicador está acima da linha divisória de 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança.

No entanto, esse otimismo levará algum tempo para se refletir nos investimentos e no emprego. Em janeiro de 2024, o Índice de Perspectivas da Pequena Indústria ficou em 49,4 pontos, um pouco abaixo da linha divisória de 50 pontos. Segundo a CNI, o indicador demonstra cautela dos empresários na hora de investir e contratar.

De acordo com a entidade, a melhoria no indicador pode ser relacionada às medidas de apoio às pequenas empresas, como o programa Novo Brasil Mais Produtivo, que pretende investir R$ 2 bilhões em 200 mil micro e pequenas empresas brasileiras; e o Programa de Apoio à Competitividade das Micros e Pequenas Indústrias (Procompi), que vai injetar R$ 24 milhões em soluções que reduzem custos e aumentam a competitividade até 2026.

Expansão

Apesar das dificuldades, as pequenas empresas têm se expandido. O total de micro e pequenas indústrias subiu de 433 mil para 459 mil, segundo levantamento da CNI, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Esses negócios empregam mais de 3,4 milhões trabalhadores formais e pagam R$ 85 bilhões por ano em salários.

Divulgado a cada três meses, o Panorama da Pequena Indústria consulta cerca de 900 empresários de indústrias de pequeno porte em todo o país. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam otimismo. Abaixo dessa marca, indicam pessimismo.

Fonte: Brasil 247

Caixa paga novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7

 Além do benefício mínimo de R$ 600, há pagamento de adicionais

(Foto: Roberta Aline/MDS)

Agência Brasil - A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (21) a parcela de fevereiro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 7.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 686,10. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,06 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,45 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos de idade e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos de idade.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos 10 dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Cadastro

Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 300 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 240 mil famílias foram incluídas no programa neste mês. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Regra de proteção

Cerca de 2,29 milhões de famílias estão na regra de proteção em fevereiro. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até 2 anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 372,45.

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta quarta-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 7. O valor caiu para R$ 102, por causa das reduções recentes no preço do botijão.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,5 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

AgRural reduz projeção para safra de soja a 147,7 mi t; colheita vai a 40%

 A AgRural também informou que a colheita da safra brasileira de soja 2023/24 chegou a 40% da área cultivada

(Foto: Agência Brasil)

(Reuters) - A safra de soja do Brasil 2023/24 deve alcançar 147,7 milhões de toneladas, disse nesta segunda-feira a AgRural, reduzindo sua previsão em relação às 150,1 milhões de toneladas estimadas em meados de janeiro.

O corte de cerca de 2,4 milhões de toneladas nas estimativas decorre especialmente de perdas de produtividade no Paraná e em Mato Grosso do Sul, que sofreram com calor e chuvas irregulares em janeiro e parte de fevereiro, afirmou a consultoria.

A AgRural também informou nesta segunda-feira que a colheita da safra brasileira de soja 2023/24 chegou a 40% da área cultivada na última quinta-feira, contra 32% uma semana antes e 33% um ano atrás.

O avanço dos trabalhos perdeu fôlego durante a semana devido à finalização da colheita em algumas regiões, como o oeste do Paraná e o norte e o oeste de Mato Grosso.

Já o plantio da safrinha de milho foi estimado em 73% da área para o Centro-Sul do Brasil na última quinta-feira, contra 59% na semana anterior e 56% um ano atrás.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


'Encurralado pela justiça': imprensa internacional repercute ato de Bolsonaro na Paulista

 Ato realizado por Jair Bolsonaro em São Paulo foi comentado por jornais estrangeiros, que estranharam as bandeiras de Israel, quase tão numerosas quanto as do Brasil

(Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Rede Brasil Atual Veículos da imprensa internacional repercutiram o ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (25). Em comum, as postagens mostram o encontro de bolsonaristas e políticos aliados que quiseram dar uma demonstração da resiliência do bolsonarismo, mas que não passou de um discurso de defesa que não irá além de uma foto com a multidão. O jornal espanhol El País ressaltou, por exemplo, o desespero do ex-presidente “cada vez mais encurralado pela justiça”.

De acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), o ato de apoio do bolsonarismo conseguiu reuniu 185 mil pessoas em seu ápice. O levantamento foi feito a partir de 43 fotos tiradas entre às 15h – horário aproximado da chegada do ex-presidente, agora inelegível – e às 17h, quando ele foi embora, e analisadas por um software. Embora grande, a manifestação acabou sendo menor do que a esperada por Bolsonaro e esvaziada de grandes nomes.

“Foi abaixo do público que eles pretendiam, que era entre 500 mil e 700 mil, mas foi uma demonstração de força”, observou o cientista político Rudá Ricci ao Brasil de Fato. Além disso, apesar da presença de figuras carimbadas da extrema-direita brasileira, nove dos 13 governadores eleitos com apoio dos bolsonaristas não compareceram à manifestação: Cláudio Castro (RJ), Ratinho Jr (PR), Mauro Mendes (MT), Wanderley Barbosa (TO), Gladson Cameli (AC), Antonio Denarium (RR), Ibaneis Rocha (DF), Wilson Lima (AM), Marcos Rocha (RO) e Eduardo Riedel (MS).

Bolsonaro reforçou provas contra ele - O que foi comentado pelo El País. “Cerca de 185 mil fiéis, segundo uma contagem de acadêmicos, apoiaram-no juntamente com quatro governadores aliados e dezenas de parlamentares. Três dias depois de permanecer em silêncio ao ser questionado pela polícia sobre a suposta trama golpista, Bolsonaro queria uma foto de multidão para rebater o que considera uma perseguição judicial”. O jornal também comentou a contradição do discurso do ex-presidente que deu explicações confusas sobre a acusação de tentativa de golpe, justificando que não havia “tanques nas ruas”.

“Bolsonaro ignorou que no século 21 os golpes são perpetrados distorcendo as leis”, rebateu o jornal. A mesma fala, de acordo com a Polícia Federal neste domingo, reforçou a linha de investigação de que houve uma trama golpista. Durante ela, Bolsonaro questionou “agora o golpe é porque tem uma minuta de decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”. Para os investigadores, essa afirmação indica que o direitista sabia da existência das minutas de roteiro para mantê-lo no poder e impedir a posse de Lula. Segundo informações da Folha de S. Paulo, o ato entrará no contexto de toda a investigação sobre a trama.

O francês Le Monde também comentou que a multidão bolsonarista, como esperado, estava lá. “Mas longe do entusiasmo das mobilizações anteriores. Sob um lindo sol, os rostos permaneceram fechados, e as palavras eram controladas. O medo de serem presos por convocarem um golpe é real entre esses bolsonaristas que agora seguram seus ataques contra os odiados juízes do Supremo Tribunal Federal”, avaliou. Além de comedidos, o veículo antecipou que, com o avanço das investigações e das provas, a extrema-direita já se articula em torno de um “bolsonarismo sem o próprio Bolsonaro”.

Outras repercussões - “Já condenado a oito anos de inelegibilidade pelos seus ataques ao sistema de votação eletrônica do Brasil, poderá o ‘capitão’ ver a sua cavalgada política terminar atrás das grades? Na extrema direita, alguns já parecem estar preparando a sucessão e imaginando um bolsonarismo sem Bolsonaro. O candidato mais sério continua sendo o ex-ministro e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Presente no Paulista, ele prestou homenagem ao ‘amigo’ e ex-presidente”, disse a reportagem.

O Le Monde ainda chamou atenção para as bandeiras de Israel “quase tão numerosas quanto as do Brasil”. Ao noticiar o ato, o jornal britânico Daily Mail enumerou as acusações contra Bolsonaro, investigado não apenas pela trama golpista. “Ele enfrenta diversas outras investigações, como a falsificação de certificados de vacinação contra a covid-19, ou a suposta apropriação indébita de presentes recebidos de outras nações, como jóias oferecidas pela Arábia Saudita. Em junho, o tribunal eleitoral proibiu Bolsonaro de concorrer ao cargo até 2030 devido aos seus ataques ao sistema eleitoral”, listou.

Já o também britânico Independent ressaltou o fascismo de seus apoiadores. “O evento mostrou que a mensagem de Bolsonaro ainda ressoa entre muitos brasileiros, alguns dos quais evidentemente são a favor de qualquer tentativa de golpe que o coloque no poder. Um homem desfilou com chapéu militar e gritou: ‘Brasil, nação, salve nossas forças. As Forças Armadas não dormiram!'”, escreveu.ão dormiram!'”, escreveu.

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual

STF realiza audiência de conciliação para rever acordos de leniência firmados na Lava Jato

 Ação pede a suspensão de todas as leniências firmadas antes de agosto de 2020

Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF)Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF))

 Empresas investigadas na finada Lava Jato e autoridades públicas realizam nesta segunda-feira (26) uma audiência de conciliação com o objetivo de rever os acordos de leniência firmados pela autodenominada força-tarefa até 2020. A audiência foi convocada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em ação apresentada ao STF, PSOL, PCdoB e Solidariedade pediram a suspensão de todas as leniências firmadas antes de agosto de 2020, quando passou a vigorar o acordo de cooperação técnica assinado por Supremo, Controladoria-Geral da União (CGU), Advocacia-Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Justiça.

Antes dessa cooperação técnica, afirmaram os partidos, a finada “lava jato” usava os acordos de leniência para chantagear acusados. As legendas solicitaram que o STF avalie a possibilidade de revisar os acordos.

Participam da reunião três instituições: a Procuradoria-Geral da República (PGR), a AGU e a CGU. Os partidos autores e as empresas multadas também poderão participar, assim como o TCU, que foi convidado. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur 

"Frouxos, covardes e X9", diz Malafaia sobre afastamento de Caiado, Zema e Jorginho Mello em ato bolsonarista

 Governadores se afastaram do pastor quando ele começou a atacar o STF e o ministro Alexandre de Moraes em ato na Paulista

Silas MalafaiaSilas Malafaia (Foto: Abr)

O pastor bolsonarista Silas Malafaia, responsável pela organização do ato de apoio a Jair Bolsonaro (PL), realizado neste domingo (25) na Avenida Paulista (SP), reagiu com virulência ao afastamento dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União); de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), durante o discurso em que desferiu ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro da Corte Alexandre de Moraes. 

“Cambada de frouxos, covardes e X9. São caras que estão ali, mas não estarão ali. Eles desceram porque são frouxos. Deixo aqui o registro do meu respeito ao Tarcísio [governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos)], porque não compactuou com a molecagem”, disse Malafaia à coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. Aliados de Tarcísio, porém, teriam dito que o governador paulista demonstrou incômodo com o teor do discurso proferido por Malafaia.

Malafaia também negou ter feito ataques ao STF e a Moraes, afirmando ter apenas mostrado "fatos". "Desafio dizerem onde eu menti", disse. “Não chamei o Alexandre de ditador da toga, não pedi o impeachment dele, nem disse que ele tem que ser preso”, completou. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Igor Gadelha, no Metrópoles

Jorge Seif gastou R$ 32 mil dos cofres públicos para chegar a tempo ao ato de Bolsonaro na Paulista

 Equipe do senador cancelou passagens a fim de que Seif retornasse do exterior para São Paulo no domingo. Custo total da viagem ultrapassou os R$ 77 mil

Jorge SeifJorge Seif (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

 O senador Jorge Seif (PL-SC) utilizou R$ 32 mil de recursos públicos para conseguir chegar a tempo ao ato de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25), segundo o jornal O Globo. O parlamentar, que estava em missão oficial nos Emirados Árabes Unidos, em Dubai, antecipou sua passagem de volta ao Brasil, resultando em um custo adicional aos cofres públicos.

Inicialmente, Seif retornaria da capital emiradense para Lisboa, em Portugal, onde participaria da Bolsa de Turismo de Lisboa, antes de seguir para São Paulo e, posteriormente, para Florianópolis. Contudo, um novo plano foi traçado para que o senador conseguisse estar presente no ato de Bolsonaro na capital paulista.

Em resposta às críticas, o senador afirmou, por meio de nota, que a missão oficial em Lisboa foi um convite do governador de seu estado, Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC), e que a viagem foi "devidamente autorizada e custeada pelo presidente do Senado", o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Como membro da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo e pelo ineditismo da participação de Santa Catarina em feira internacional, representarei o nosso estado e o Brasil, não só na feira, mas em diversas outras agendas bilaterais de interesse no fomento do setor turístico catarinense", afirmou o senador em sua nota.

Segundo dados do Portal da Transparência, a equipe de Seif cancelou as passagens da viagem de Dubai para Lisboa, que já estavam compradas desde o dia 30 de janeiro, a fim de que o senador retornasse para São Paulo no domingo. Essa alteração gerou um custo adicional de R$ 32 mil, integralmente coberto pelo Senado. O custo total da viagem ultrapassou os R$ 77 mil. Seif participou da manifestação de seu aliado na Avenida Paulista e seguiu viagem para Paris ainda no mesmo dia. De lá, ele irá para Lisboa, onde retomará suas atividades previamente programadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo