Registro do vídeo enviado por leitor do DCM. Foto: Reprodução
Horas antes do início da passeata de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, um policial foi visto nas imediações da avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25) incentivando um casal de manifestantes. Em um vídeo enviado por uma fonte doDCM, o agente de segurança é visto conversando com um transeunte: “Vai lá e vê se muda esse país”.
De acordo com o relato, a cena aconteceu próximo a rua Peixote Gomide, onde um palco é montado para recepcionar o ex-presidente Bolsonaro junto com seus apoiadores políticos.
O inelegível convocou o ato para este domingo (25) com o intuito de mostrar força política pouco depois de se tornar alvo de uma investigação da Polícia Federal por arquitetar um golpe no estado para caso Lula ganhasse as eleições de outubro de 2022.
Ronaildo da Silva Fernandes. Foto: Reprodução/ Folha de S.Paulo
A polícia identificou um esconderijo próximo à divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará, onde os fugitivos da penitenciária federal de Mossoró se refugiaram. O mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, 38, afirma que sua família foi feita refém pelos criminosos, enquanto ele era responsável por levar comida aos foragidos, gastando cerca de R$ 500 durante o período.
Fernandes relatou às autoridades que foi rendido junto com sua esposa e bebê enquanto dormiam, permanecendo sob o poder dos bandidos por quase oito dias.
O cerco na divisa foi intensificado após as novas informações, resultando na prisão de três pessoas suspeitas de colaborar na fuga dos detentos. Dois indivíduos foram detidos em flagrante com armas e drogas, enquanto um terceiro, alvo de um mandado de prisão, foi capturado pela Polícia Federal em Quixabeirinha, Mossoró. A abordagem ocorreu durante uma barreira feita pelo Grupo de Ações Especiais Penitenciárias do Sistema Penitenciário Federal (Gaep).
Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, o Deisinho, são os fugitivos suspeitos de ligação com a facção Comando Vermelho. Eles escaparam da penitenciária no dia 14 de fevereiro e, após se evadirem, fizeram uma família refém, levando consigo celulares e carregadores.
A investigação indica que os detentos utilizaram uma barra de ferro retirada da estrutura da cela para abrir um buraco na luminária e escapar. Descobriu-se também falhas na segurança da prisão, como a falta de proteção de concreto na luminária e a inatividade de câmeras de vigilância e lâmpadas.
A prisão do irmão de um dos fugitivos, realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) do Acre, reforça os esforços das autoridades para conter a situação. O indivíduo detido possuía mandado de prisão em aberto por roubo e participação em organização criminosa.
O ex-presidente Jair Bolsonaro em meio a apoiadores. (Foto: Reprodução)
Neste domingo (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcará presença em um evento que representa um teste crucial para seu futuro político.
A partir das 15h, o ex-presidente fará um discurso do alto de um grande caminhão de som, reunindo seus apoiadores convocados por ele mesmo na Avenida Paulista, em São Paulo. Esta é a primeira vez que Bolsonaro retorna ao principal ponto turístico da cidade desde que deixou a Presidência.
No evento de hoje, Bolsonaro contará com o apoio de dezenas de parlamentares, ex-ministros e governadores, incluindo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que participam do ato convocado pelo ex-capitão.
O principal foco do evento será a defesa dos “valores da direita”, como a liberdade, a família e a democracia, além da denúncia de suposta “perseguição judicial” e “violação de prerrogativas”.
Demonstração de força política
Apesar dos cinco inquéritos que enfrenta no Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro aposta em uma demonstração de força através da mobilização de seus apoiadores. Organizadores do evento, como o pastor Silas Malafaia, estimam a presença de no mínimo 300.000 pessoas na Avenida Paulista.
Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)
Bolsonaro instruiu seus apoiadores a evitarem faixas ou cartazes contra instituições como o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal, temendo que tais manifestações possam ser usadas para justificar uma resposta mais dura por parte das autoridades.
O evento contará com uma seleção estratégica de oradores, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, parlamentares como Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer, senadores como Magno Malta e Rogério Marinho, além do governador Tarcísio de Freitas e outros nomes de destaque. O encerramento será reservado para Bolsonaro, que pretende falar por aproximadamente trinta minutos, abordando não só questões sobre sua própria defesa, mas também lançando críticas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Filósofa fez sua análise sobre os atos bolsonaristas deste domingo em São Paulo na Superlive da TV 247. Assista
A filósofa Marcia Tiburi, em participação na Superlive da TV 247 deste domingo (25), fez uma crítica profunda à estética bolsonarista, que perturba a Avenida Paulista, em São Paulo, onde ocorre um ato de apoiadores de Jair Bolsonaro.
De verde e amarelo, os bolsonaristas começam a agitar bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado que a cada dia se agravam. O evento já começa a lotar a Paulista, segundo relatos.
A filósofa disse que a feiura dos bolsonaristas não se trata apenas da aparência, como também da subjetividades dessas pessoas, obcecadas com seu líder.
'É um gente muito feia, é um neocafona transbordante. Passeando pela rua, vendo aquela gente vestida de verde e amarelo, sem estilo, que não tem uma boa relação com o corpo. Diz respeito à formação das subjetividades dessas pessoas. É a gente que tem coragem de ir à Paulista a cavalo. É uma gente muito cafona, que tem um problema estético profundo, não só da aparência, e tem a ver com o conteúdo. Esse é o conteúdo dessas pessoas, terrível do ponto de vista da subjetividade. Falta sexo a eles, com certeza. Mas ali, com certeza, tem algo mais bizarro, que é muito ressentimento. Falta a eles um erotismo com a vida', disse Tiburi. Acompanhe a Superlive na TV 247:
Apoiadores de Jair Bolsonaro começam a agitar bandeiras do Brasil e de Israel no ato na Paulista
Jair Bolsonaro passou a última noite no Palácio dos Bandeirantes e deve chegar ao ato em sua defesa na Avenida Paulista junto com o governador Tarcísio de Freitas, com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, se juntando posteriormente. As informações são da CNN Brasil.
Apoiadores de Jair Bolsonaro começam a agitar bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado que a cada dia se agravam. O evento já começa a lotar a Paulista, segundo relatos.
Embora tenham feito gestos recentes de aproximação com o governo do presidente Lula, alguns políticos mantêm uma forte conexão com o bolsonarismo, refletindo o apoio de suas bases eleitorais a Bolsonaro. Eles também foram alvo de ameaças veladas por parte do ex-ocupante do Palácio do Planalto.
Manifestação em São Paulo defender das acusações que a cada dia se agravam
O senador Rogério Marinho publicou em suas redes sociais uma foto ao lado de Jair Bolsonaro e dos governadores Jorginho Mello (SC), Romeu Zema (MG) e Tarcísio de Freitas (SP), antes de irem para a Avenida Paulista, em São Paulo (SP), onde manifestantes bolsonaristas se congregam para apoiar o ex-ocupante do Palácio Planalto investigado pela tentativa de golpe de Estado.
Apoiadores de Jair Bolsonaro começam a agitar bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado por ele para se defender das acusações que a cada dia se agravam. O evento já começa a lotar a Paulista, segundo relatos.
Embora tenham feito gestos recentes de aproximação com o governo do presidente Lula, os três governadores mantêm uma forte conexão com o bolsonarismo, refletindo o apoio de suas bases eleitorais a Bolsonaro.
Sérgio Tavares publicou vídeo nas redes sociais alegando que teria sido indevidamente impedido de entrar no país
A Polícia Federal (PF) desmentiu a versão apresentada pelo youtuber português bolsonarista Sérgio Tavares de que teria sido impedido de entrar no Brasil por motivos políticos.
Tavares, que divulgou um vídeo em suas redes sociais reclamando do suposto impedimento, afirmou que veio ao Brasil para participar do ato bolsonarista deste domingo (25), em São Paulo.
No entanto, segundo informações da PF, o motivo da retenção do youtuber no setor de imigração foi a falta de um visto adequado para exercício de atividades profissionais no país. Durante o processo de imigração, Tavares teria mencionado que sua viagem tinha como propósito o trabalho, o que exigiria uma autorização específica não apresentada por ele.
“Tal indivíduo teria publicado em suas redes sociais que viria ao país para fazer a cobertura fotográfica de um evento. Todavia, para isso, é necessário um visto de trabalho, o que ele não apresentou”, diz a nota da corporação.
Além disso, a nota da PF destaca que o português foi questionado sobre declarações feitas por ele em relação à democracia brasileira. Tavares atacou o sistema democrático do país, referindo-se a ele como uma “ditadura".
Apesar dos contratempos, a PF informou que o jornalista português foi liberado, permitindo sua permanência no Brasil.
Deputado federal foi às redes sociais rechaçar o ato bolsonarista deste domingo na Avenida Paulista
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) foi às redes sociais enviar um recado aos bolsonaristas presentes no ato em defesa de seu líder, investigado pela Polícia Federal por conta da tentativa fracassada de golpe de Estado.
Apoiadores de Jair Bolsonaro começam a agitar bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações que a cada dia se agravam. O evento já começa a lotar a Paulista, segundo relatos.
Aos golpistas, Lindbergh deu o recado de que o presidente incontestável é Luiz Inácio Lula da Silva e que o ex-ocupante do Palácio do Planalto, além de estar inelegível, será preso.
"Aos golpistas da Paulista: O presidente é Lula e a democracia venceu! O líder de vocês é inelegível, golpista e ladrão de joias. Responde por genocídio e inúmeros outros crimes. Está desesperado porque sabe que será preso! #BolsonaroPreso", escreveu o parlamentar na rede social X (antigo Twitter).
Com medo de ser preso, Bolsonaro pai já deu diversas ordens a seus apoiadores
O senador Flávio Bolsonaro trata os próprios apoiadores de seu pai, Jair, como "infiltrados" por terem levado cartazes ao ato bolsonarista deste domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Com medo de ser preso, Bolsonaro já deu diversas ordens a seus apoiadores, como a de não realizar atos semelhantes em outras localidades do país.
Em postagem na plataforma social X, Flávio disse que o objetivo da proibição aos cartazes é tornar a manifestação "pacífica e ordeira": "Já observamos alguns infiltrados na multidão que estão desrespeitando a orientação. Estamos de olho. Logo mais nosso presidente Jair Bolsonaro estará no trio. Até lá!".
Apoiadores de Bolsonaro, investigado pela Polícia Federal por conta da tentativa de golpe de Estado, começam a agitar bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações que a cada dia se agravam. O evento já começa a lotar a Paulista, segundo relatos.
Presidente do PT classificou o ato em defesa de Bolsonaro, investigado pela tentativa de golpe, como ilegítimo e um risco para a democracia
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), expressou suas preocupações em relação ao ato bolsonarista deste domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), afirmando que a manifestação representa um risco para a democracia e é ilegítima.
Apoiadores de Bolsonaro, investigado pela Polícia Federal por conta da tentativa de golpe de Estado, começam a agitar bandeiras do Brasil e de Israel no ato convocado pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto para se defender das acusações que a cada dia se agravam.
"Bolsonaro quer levar seus seguidores para a cadeia também, essa é a única explicação para convocar um ato ilegítimo em "defesa do Estado democrático de Direito" quando ele está sendo investigado justamente por articular um golpe de Estado. Nunca é demais lembrar que esse grupo, marcado por perseguir ministros do STF, pedir intervenção militar e o fechamento do Congresso, atacou a Constituição no quebra-quebra do 8 de janeiro de 2023. Representantes do verdadeiro risco para a democracia brasileira não podem ser normalizados!", escreveu a presidente do PT na rede social X (antigo Twitter).
Grupo vai reunir 50 entidades da sociedade civil em um encontro em São Paulo
A coalizão "Pacto pela Democracia" está convocando 50 entidades da sociedade civil em São Paulo para um encontro crucial, visando discutir e estabelecer uma campanha em defesa das urnas eletrônicas nas eleições municipais deste ano. Segundo aColuna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, “o grupo entende que as corridas municipais são uma espécie de ‘ensaio geral’ para a disputa de 2026 e as seguintes”.
A coordenadora executiva, Flávia Pellegrino, enfatiza que a desconfiança em relação ao sistema eletrônico de votação ainda persiste no imaginário de uma parcela significativa dos eleitores. Ela destaca os resultados de uma pesquisa AtlasIntel, divulgada no aniversário de um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro, que aponta 38,2% dos entrevistados não acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu as últimas eleições.
“Isso é preocupante. Essa suspeição não existia tempos atrás. Foi resultado de muita desinformação nos últimos anos. Precisamos defender nosso sistema eleitoral, que sempre foi reputado”, destacou Flávia.
Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo
Youtuber português de extrema direita Sérgio Tavares diz que veio ao Brasil para cobrir ato convocado por Bolsonaro
O youtuber português de extrema direita Sérgio Tavares diz ter sido retido pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), na manhã deste domingo (25). Tavares afirma ser jornalista e que veio ao Brasil para cobrir o ato convocado por Jair Bolsonaro (PL), marcado para esta tarde na avenida Paulista.
No início de fevereiro, Tavares usou o YouTube para divulgar uma entrevista que fez com Bolsonaro, onde o ex-mandatário desferiu ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e voltou a colocar dúvidas sobre a higidez do sistema eleitoral brasleiro.
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a PF decidiu apreender o passaporte de Tavares e investigar a situação porque, segundo a lei brasileira, ele precisaria apresentar um visto de trabalho para realizar a cobertura jornalística da manifestação.
"Estou sendo interrogado pela Polícia Federal sobre declarações minhas sobre urnas, fraude eleitoral, ditadura do judiciário e vacinas. Por orientação do advogado de defesa, mantenho-me em silêncio”, disse Tavares em mensagens enviadas a grupos de WhatsApp, de acordo com a reportagem.
Em nota, a PF afirmou que, "em relação ao vídeo que circula em redes sociais de um cidadão português alegando que foi indevidamente impedido de entrar no Brasil, a Polícia Federal informa que tal alegação é falsa" e que está “conduzindo o procedimento padrão para avaliar a situação do indivíduo, verificando se ele está no país a turismo ou a trabalho e por quanto tempo pretende permanecer no país, seguindo o protocolo regular de admissão de estrangeiros".
"Além disso, o estrangeiro foi indagado sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil, afirmando que o pais vive um "ditadura do Judiciário", além de outras afirmações na mesma linha, postadas em suas redes sociais. Vale ressaltar que as mesmas medidas são adotadas por padrão na grande maioria dos aeroportos internacionais", destaca um outro trecho da nota da PF sobre o caso.F sobre o caso.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo
Monitoramento aponta que 46,2% das mensagens sobre a manifestação foram contrárias ao ato convocado por Bolsonaro, ante 27,5% de menções positivas e 26,2% neutras
Um levantamento da plataforma de monitoramento digital Torabit revelou que as menções negativas ao ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25), na Avenida Paulista, para se defender das investigações da Polícia Federal (PF) sobre seu envolvimento no planejamento de um golpe de Estado, superaram as positivas durante o período analisado.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o levantamento aponta que entre a zero hora do sábado (24) e as 10h30 deste dia 25, foram registradas 47.579 menções aos atos nas plataformas Facebook, Twitter (agora X) e Instagram, além de sites e blogs. De acordo com a Torabit, 46,2% das menções foram negativas, com usuários expressando críticas a Bolsonaro e, em alguns casos, prevendo sua prisão durante o evento.
Por outro lado, 27,5% das mensagens foram positivas, refletindo a expectativa de apoiadores do ex-mandatário em relação ao tamanho do ato. As menções neutras representaram 26,2%, consistindo principalmente em notícias sem juízo de valor.
A análise apontou, ainda, que 70,3% das menções citaram Jair Bolsonaro, enquanto 29,7% mencionaram Lula. Os perfis com maior repercussão sobre o evento foram os do próprio Jair Bolsonaro, especialmente no Instagram e Facebook, além do perfil do senador Flávio Bolsonaro no Facebook.
A Torabit também destacou um aumento no interesse pelo assunto nas últimas 24 horas, com os internautas buscando não apenas informações sobre a manifestação, mas também sobre um possível pronunciamento do ex-mandatário durante o evento.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
"Lula nunca desafiou uma ordem de prisão", disse o jurista Marco Aurélio Carvalho. "E o que acentua ainda mais a diferença, Lula é e sempre foi inocente", ressaltou
O coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, o jurista Marco Aurélio de Carvalho, afirmou que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez um "paralelismo desonesto" ao comparar o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de sua prisão ilegal, em 2018, e o ato convocado por Jair Bolsonaro para se defender das investigações da Polícia Federal (PF) sobre seu envolvimento em um suposto planejamento para um golpe de Estado, que será realizado neste domingo (25), na Avenida Paulista.
"Lula nunca desafiou uma ordem de prisão, contrariando inclusive inúmeras lideranças políticas que acreditavam que ele não deveria se curvar a um juiz que atuava de forma constrangedoramente parcial e criminosa", disse Carvalho à colunaPainel, da Folha de S. Paulo, em referência ao ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
“E o que acentua ainda mais a diferença, Lula é e sempre foi inocente. Bolsonaro , por sua vez, retorna à cena do crime para incensar as hordas fascistas que ainda lhe dão algum tipo apoio . Que voltem da avenida Paulista de camburão", completou.
Fonte: Brasil 247 com informação da coluna Painel, da Folha de S. Paulo
Iniciativa quer contrapor as tentativas de Zema de privatizar a Cemig, a Copasa e a Gasmig sem ouvir a população
Lucas Wilker e Ana Carolina Vasconcelos, Brasil de Fato- De 19 de abril a 1º de maio deste ano, será realizado o Plebiscito Popular em Defesa das Estatais de Minas Gerais, uma consulta que visa entender o que a população pensa sobre a tentativa do governador Romeu Zema (Novo) de entregar à iniciativa privada empresas públicas estratégicas do estado.
"A ideia de construir um plebiscito popular nasceu de um conjunto de organizações, movimentos sociais, estudantes, sindicatos e servidores públicos, movimentos de diversas trajetórias, que já têm acúmulo de luta por uma Minas Gerais mais justa, mais solidária e mais democrática. A gente entende que defender essas empresas públicas é defender o povo de Minas Gerais", explica Maria Oliveira, integrante da coordenação estadual do Plebiscito Popular em Defesa das Estatais.
A consulta é considerada, pelos movimentos populares, uma ferramenta de disputa de ideias na sociedade para a defesa e a conquista de direitos, além de promover a participação popular organizada pelo povo, diante das tentativas do governador de impedir o processo de escuta da população.
Para facilitar o plano de privatizações, Zema enviou em outubro de 2023 à Assembleia de Minas Gerais (ALMG) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que pretende, acabar com a obrigatoriedade de consultar a população, via referendo, sobre a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A PEC também diminui o quórum necessário para a aprovação da matéria.
Organização e estratégia - Aline Maia, professora de Barbacena, e uma das lideranças da iniciativa, explica que o plebiscito popular permite desburocratizar o processo de participação social na tomada de decisões, contemplando as diversas realidades do estado.
"É um estado só, mas são realidades diversas, e as estratégias que nós utilizamos em cada canto para construir o diálogo com a população são também diversas", aponta.
Já Auro Maia, assessor parlamentar e membro do Movimento Brasil Popular encara o plebiscito popular como uma ferramenta decisiva de disputa política no atual contexto de Minas.
"É a melhor resposta ao Zema, governador autoritário e antidemocrático. É o povo organizado nas ruas. Ninguém vai tirar do povo o direito constitucional de se manifestar sobre a venda das estatais. Através do diálogo intensivo e permanente com a população vamos mostrar a força do povo mineiro", afirma.
O processo - A votação será organizada pelos comitês de cada cidade. Desta forma, o processo pode ocorrer em urnas eleitorais fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral ou improvisadas em caixas comuns, lacradas e com a devida identificação.
‘Perdemos tamanho e protagonismo, e todo mundo sabe que se o partido quiser voltar em 2026, a grande figura que temos é o Eduardo’, afirma Paulo Serra
Depois de troca de acusações e disputas de poder que atravessaram o ano passado, o grupo de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e os tucanos paulistas aliados ao ex-governador João Doria, atualmente fora da legenda, firmaram acordo de paz e devem chegar unidos à convenção que elege, hoje, a nova executiva do PSDB no estado de São Paulo.
A costura para dar fim ao racha interno prevê que Marco Vinholi volte à presidência do diretório paulista e, em contrapartida, apoie, junto a outras lideranças do estado, o projeto presidencial de Leite.
Em outubro, Leite abriu uma crise no estado ao suspender a eleição do PSDB-SP e tirar Vinholi do comando do partido. Chegou a ser acusado de dar um “golpe” no diretório.
— Essa história de grupo de A e grupo de B no PSDB-SP não existe mais. Vale, agora, quem está no partido e quer trabalhar. Estamos unidos em São Paulo e, também, com a nacional — diz Vinholi. — Leite representa a renovação na política brasileira e tem nosso total apoio.
Leite e Doria romperam após embate nas prévias que definiram em 2021 o nome tucano para a disputa presidencial. Doria saiu vencedor, mas desistiu da disputa ao Planalto. Posteriormente, desembarcou do PSDB.
Para equilibrar as forças dos dois grupos, o prefeito de Santo André, Paulo Serra, segue na presidência da federação PSDB-Cidadania no estado. Desde novembro, Serra lidera a executiva provisória de São Paulo, montada por Leite.
—Não tem mais lógica falar em grupo de Doria e grupo de Eduardo. A prévia foi há dois anos, temos uma eleição pela frente, o PSDB perdeu tamanho e protagonismo, e todo mundo sabe que se o partido quiser voltar em 2026, a grande figura que temos é o Eduardo — afirma Paulo Serra.
A unidade entre os grupos foi demonstrada pelo registro de uma chapa única para o diretório estadual, que definirá, ainda hoje, o novo presidente. Além de Vinholi, que foi secretário de Desenvolvimento Regional da gestão Doria, estão na chapa os prefeitos Paulo Serra (Santo André) e Duarte Nogueira (Ribeirão Preto); o ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia; Tomás Covas, filho do ex-prefeito Bruno Covas, morto em maio de 2021; Renata Covas, mãe de Bruno Covas; e o ex-senador da República José Aníbal, entre outros.
A convenção começará às 9h, na Assembleia Legislativa, com Leite e Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB. Após sua posse, Vinholi planeja avaliar a situação do partido em cada cidade do estado, visando a definição de quantos candidatos a prefeito e vereador serão lançados. O cenário na capital é delicado, com metade da bancada de vereadores indicando possível desfiliação.