sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Mais de 90% dos brasileiros contam com serviço de coleta de lixo

 A proporção de coleta de lixo, direta e indireta, no Censo de 2000, subiu de 76,4% para 85,8% em 2010, chegando aos 90,9% em 2022

(Foto: Antônio Cruz/ABr)

 Os serviços de coleta de lixo, direta ou indireta, beneficiavam 90,9% dos brasileiros em 2022, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que 82,5% dos moradores têm seus resíduos sólidos coletados diretamente no domicílio por serviços de limpeza.

O censo aponta que 8,4% dos brasileiros precisam depositar seu lixo em uma caçamba, para que seja coletado pelas equipes de limpeza. A proporção de coleta de lixo, direta e indireta, no Censo de 2000, subiu de 76,4% para 85,8% em 2010, chegando aos 90,9% em 2022.

“As unidades da federação que têm menor proporção de coleta em 2022, como Piauí, Acre e Maranhão, tiveram bastante elevação de 2010 para 2022. O Maranhão, por exemplo, foi o estado que mais elevou a proporção da população atendida por coleta de lixo”, disse o pesquisador do IBGE Bruno Perez.

Os percentuais de cobertura subiram de 53,5% para 69,8% no Maranhão, de 60,1% para 73,4% no Piauí e de 71,2% para 75,9% no Acre. São Paulo é o estado com maior cobertura (99%). Em 2010, eram 98,2%.

Entre os 9,1% que não têm acesso à coleta de lixo, 7,9% precisam recorrer à queima dos resíduos em sua propriedade, 0,3% enterram em sua propriedade, 0,6% jogam em terrenos baldios ou áreas públicas e 0,3% dão outro destino.

Água 

Em relação ao acesso à água para consumo, 82,9% dos brasileiros são abastecidos por redes gerais de distribuição, 9% por poços profundos ou artesianos, 3,2% por poços rasos ou cacimbas e 1,9% por fontes, nascentes ou minas. Essas quatro modalidades são, segundo o IBGE, consideradas adequadas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico, e totalizam 96,9%.

“É claro que o Plano Nacional de Saneamento estabelece essas formas como adequadas desde que a água seja potável e não falte água. Essas características, de potabilidade e intermitência, a gente não investiga no censo. Então, a gente não consegue dizer se, de fato, essa população tem fornecimento de água que seria adequado”, ressalta Perez.

Não é possível comparar o abastecimento de água por rede geral com 2010 porque houve mudança conceitual na pesquisa. Em 2010, o censo perguntou apenas qual era a “melhor forma” de abastecimento da residência, mas não questionou se a principal fonte de uso era a água canalizada.

O Censo 2010 detectou que 81,5% das pessoas tinham acesso ao abastecimento pela rede geral.

Já em 2022, o censo perguntou se tinha acesso à rede geral e qual era a principal forma de abastecimento de água. Naquele ano, 86,6% dos brasileiros eram abastecidos pela rede geral, mas 3,7% recorriam principalmente a outras fontes.

Além das quatro fontes consideradas adequadas, outras modalidades de acesso à água no país são carro-pipa (1,1%), água da chuva armazenada (0,6%), rios, açudes, córregos, lagos e igarapés (0,9%) e outras (0,6%).

Apesar da baixa relevância nacional, o abastecimento por carro-pipa é a principal forma em 68 municípios do país, todos eles no Nordeste. A água de chuva é predominante em 21 municípios nordestinos. Já os rios são a principal fonte para 18 municípios, sendo 17 no Norte.

Em 2022, 95,1% dos moradores tinham canalização interna em suas residências e 2,5% só tinham canos no terreno e 2,4% não tinham canalização. Em 2010, os percentuais eram de 89,3%, 4% e 6,8%, respectivamente.

Tipos de moradia 

As casas são o principal tipo de domicílio no Brasil. São 84,8% dos brasileiros vivendo nesse tipo de moradia. Em segundo lugar, aparecem os apartamentos (12,5%), seguidos por casas em vilas ou em condomínios (2,4%).

Outros tipos de residência registrados são casa de cômodos ou cortiços (0,2%), habitação indígenas sem parede/malocas (0,03%) e estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas (0,04%).

Os únicos três municípios em que os apartamentos superam as casas são Santos e São Caetano do Sul, ambos em São Paulo, e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Entre as unidades da federação, a maior proporção de pessoas vivendo em apartamentos é encontrada no Distrito Federal (28,7%), enquanto o Piauí tem a maior parcela de moradores vivendo em casas (95,6%).

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Sessão Solene na Câmara homenageia 40 anos do MST

 Atividade convocada por parlamentares do PT e Psol busca reconhecer a importância do Movimento para a luta social no Brasil

(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

 No próxima quarta-feira (28), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) será homenageado em Sessão Solene na Câmara dos Deputados, em Brasília. A sessão, marcada para iniciar às 9h, foi convocada pelos deputados federais Valmir Assunção (PT-BA), João Daniel (PT-SE), Dionilso Marcon (PT-RS) e Luiza Erundina (Psol-SP).

Até o momento, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o embaixador de Cuba Rolando Antonio Gonzáles, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Preto, a representante da Secretaria Geral de Diálogos Sociais e Articulação e Políticas Públicas Raquel Buitrón Vuelta e integrantes do Ministério de Saúde confirmaram presença. Outras diversas representações de movimentos, entidades e organizações populares participarão do evento. 

A atividade buscará reconhecer a importância do MST para a luta social no Brasil, destacando a relevância das famílias Sem Terra para a produção de alimentos. A atividade é pública e será transmitida pelos canais oficiais da TV Câmara.

“Nos enche de alegria sermos homenageados por nossos deputados aliados no coração da casa do povo brasileiro”, afirma Ceres Hadich, da direção nacional do MST. De acordo com a dirigente, a Sessão será um momento de celebrar os 40 anos do movimento mas também de reafirmar a continuidade da luta pela reforma agrária. “Celebramos nossos 40 anos olhando para a frente, para o prosseguimento da nossa luta, para a realização do nosso VII Congresso Nacional e é isso que queremos apresentar no próximo dia 28”, destaca.

Em 2024, além de completar 40 anos, o MST também realizará seu VII Congresso Nacional. Previsto para acontecer em julho, em Brasília, a atividade pretende reunir cerca de 20 mil Sem Terra. Com sua primeira edição realizada em 1985, os Congressos Nacionais do MST têm o objetivo de deliberar sobre a estratégia da organização.

Fonte: Brasil 247

Censo IBGE: 18,4 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de lixo

 Censo aponta que 455 cidades têm menos da metade da população atendida por serviços.

Cerca de 18,4 milhões de brasileiros precisam usar soluções locais ou individuais para dar destino ao lixo. O número representa a parcela de 9,1% da população sem atendimento de coleta direta ou indireta de resíduos.

Ainda, 7,9% dos habitantes disseram queimar o lixo no imóvel, e grupos menores citaram como solução jogar o lixo em um terreno baldio, encosta ou área pública (0,6%), ou enterrá-lo na propriedade (0,3%).

Os dados são das características de domicílios do Censo 2022, publicadas nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Brasil tem registrado aumento na proporção da população atendida pela coleta de lixo, mas entre os estados, o Maranhão tem a pior taxa, com cerca de 30% da população sem coleta. Já entre as regiões, a cobertura mais baixa é no Norte do país (21,5%).

Belém, que vai receber a COP30 (conferência do clima da ONU) em 2025, tem 2,7% da população — 35.739 pessoas — sem coleta de lixo. Já o Pará é o quarto pior em cobertura, embora tenha registrado aumento de 68%, segundo o Censo de 2010, para 75,9% em 2022.

São Paulo lidera com 99% da população atendida por coleta de lixo. A situação é a mesma em relação a 2010, incluindo o Maranhão com a pior cobertura.

O acesso à coleta de lixo, assim como ao esgotamento sanitário, diminui em cidades pequenas, com menos de 5.000 habitantes, que têm 78,9% da população atendida. Em todo o país, 455 desses municípios tinham menos da metade da população atendida pela coleta de lixo.

O descarte inadequado de lixo, como a queima, o enterramento ou o acúmulo em terrenos baldios, gera problemas de saúde pública quando essas são as soluções adotadas por comunidades inteiras.

“É como se fosse um lixão dentro de casa”, afirma Jaime Oliveira, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, vinculada à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Em grandes quantidades, o lixo acumulado contamina o solo e corpos de água subterrânea, podendo chegar a rios ou mesmo a poços usados para abastecimento.

Para Leonardo Musumeci, diretor-executivo adjunto do Instituto de Arquitetos do Brasil, o desafio da gestão de resíduos — que inclui a coleta de lixo — está nas grandes cidades e regiões metropolitanas. “O maior dos problemas de áreas de grande concentração populacional talvez seja o alto volume de resíduo gerado e a ausência de áreas disponíveis para construção de aterros sanitários.”

Uma solução, aponta, seria o fortalecimento de programas de coleta seletiva e parcerias com cooperativas ou associações de catadores, programas de logística reversa e ações de educação ambiental.

Já as dificuldades para cidades com populações pequenas giram em torno do custo para instalar aterros e definir os programas de coleta. Em Barcelos (AM), com 18.831 habitantes e 122,4 mil km² de área, 43% dos moradores não são atendidos por coleta.

Mas imaginar uma rota de caminhões que cubra todos os locais também parece inviável, segundo André Marques, diretor-presidente da Agevap (Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul) e ex-consultor do Ministério das Cidades.

“O Brasil tem que buscar soluções para cada região, mas acho que elas já existem.” Um dos exemplos, para ele, é o de aterros compactos, de pequeno porte e licenciamento simplificado.

O outro é a promoção de compostagem de resíduos em cidades pequenas, o que ajuda a reduzir a quantidade de lixo que precisa ser levada a aterros.

Tanto Marques quanto Oliveira apontam, porém, que a gestão de resíduos, orientada pela política nacional de resíduos sólidos, de 2010, precisa de ações de educação ambiental e participação popular na responsabilidade pelo lixo produzido.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Pretos e pardos, que são 55% da população brasileira, somam 69% dos que contam com menor acesso a saneamento básico

 Conforme Censo do IBGE, amarelos e brancos têm mais acesso a condições ideais de saneamento básico e têm maior presença de banheiro nos domicílios.

No Brasil, o índice de pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas conectadas a serviços e condições ideais de saneamento básico, como acesso a rede de esgoto e banheiros, é inferior do que entre amarelas e brancas, segundo o Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios.

Os dados foram divulgado nesta sexta-feira (23/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o IBGE, nacionalmente, amarelos e brancos têm mais acesso a condições ideais de saneamento básico e maior presença de instalações sanitárias nos domicílios.

No recorte da população residente em residências com rede de esgoto coletora, pluvial ou fossa séptica, há uma predominância de amarelos (91,8%) e brancos (83,5%). Logo em seguida vem pretos (75%), parda (68,9%) e indígena (29,9%).

Vale ressaltar que o percentual de indígenas não necessariamente corresponde ao total da população indígena no país, mas sim aqueles que se autodeclararam durante o recenseamento.

Distribuição geográfica influencia desigualdades

O IBGE explica que tais desigualdades podem, em parte, ser atribuídas à distribuição geográfica dessas populações. Tendo em vista a grande proporção de brancos e amarelos em municípios que apresentam melhores condições de saneamento básico.

Ainda de acordo com o Censo Demográfico 2022, mesmo saindo da análise na esfera das cidades, essas diferenças permanecem consideráveis entre cor ou raça.

Além disso, todos os 20 municípios brasileiros com maior população, as condições de acesso a coleta de lixo, esgotamento sanitário e abastecimento de água apresentam marcas melhores entre a população branca do que para a preta, parda ou indígena.

Entre essas cidades, os menores índices ficam divididos da seguinte maneira:

  • Amarela: 59,6 Maceió (AL)
  • Indígena: 60,1 em Manaus (AM)
  • Preta: 64,1 Maceió (AL)
  • Parda: 65,1 Maceió (AL)
  • Branca: 72 Maceió (AL)

Já as maiores são:

  • Amarela: 99,6 Curitiba (PR)
  • Branca: 98,9 Curitiba (PR)
  • Preta:  97,9 Curitiba (PR)
  • Parda: 97,7 Curitiba (PR)
  • Indígena: 97,2 Curitiba (PR)

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Ministério Público do Rio finaliza perícia sobre ‘rachadinha’ de Carlos Bolsonaro

 Primeira versão do relatório apontava existência de “um caminho” para comprovar prática ilegal no gabinete.

O Ministério Público do Rio de Janeiro finalizou, nas primeiras semanas de fevereiro, o relatório da perícia dos dados da quebra de sigilo de Carlos Bolsonaro e 26 assessores e empresas ligadas ao vereador.

Segundo o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, a primeira versão do relatório pericial ficou pronta em abril de 2023, mas voltou para a perícia com mais perguntas da investigação. Quase um ano depois, o relatório chegou à sua versão final.

Agora, as informações da perícia técnica serão disponibilizadas para os advogados dos investigados junto a uma tese do MP sobre a interpretação dos dados.

Na primeira versão do relatório, o órgão apontava que “existia um caminho” para comprovar a prática de ‘rachadinha’ — quando funcionários de um parlamentar destinam a ele parte de seu próprio salário — que é ilegal.

Fonte: Agenda do Poder com informações do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles

Presidente do PL corta salários de Braga Netto e de ex-assessor de Bolsonaro que foi preso

 Valdemar Costa Neto suspendeu pagamentos desde que foi proibido de falar com ambos, pois todos estão sendo investigados pela PF.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, cortou salários do ex-ministro Braga Netto e do ex-assessor pessoal de Bolsonaro, Marcelo Câmara, que foi preso na operação Tempus Veritatis. As informações são do Blog da Andréia Sadi no portal g1.

Segundo a reportagem apurou, Braga Netto ganhava cerca de R$ 40 mil, enquanto Câmara recebia cerca de R$ 20 mil pagos pelo partido. Valdemar suspendeu os pagamentos desde que foi proibido de se comunicar com ambos, uma vez que estão sendo investigados pela Polícia Federal no inquérito do roteiro do golpe.

Braga Netto atua no PL como uma espécie de responsável por logística e organização de palanques eleitorais.

Ele sempre foi elogiado por Costa Neto, mas, no entorno do presidente do PL, o nível de envolvimento de Braga Netto com o roteiro do golpe — revelado pelas investigações policiais — surpreendeu até mesmo o presidente do partido.

Depoimento

Valdemar falou à PF por cerca de três horas e foi questionado se conhecia pessoas envolvidas com o roteiro do golpe. O advogado de Valdemar, Marcelo Bessa, disse nesta sexta-feira (23) que nunca foi cogitado que Valdemar não falasse e que ele respondeu a uma “bateria de perguntas”.

“Sem volta”

No PL, há o entendimento de que não há volta para Bolsonaro com o avanço das investigações. Aliados de Bolsonaro acreditam que, ao fim das apurações, ele será preso e calculam efeitos desse desfecho para o quadro eleitoral, já que ele é tido como principal cabo eleitoral do partido.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Blog da Andréia Sadi, no G1

Com montante de R$280.636 bilhões, arrecadação federal de janeiro é a maior desde 2000

 A equipe econômica do governo, que tem como meta zerar o déficit das contas públicas, alcançou o montante após as alterações nas regras de tributos

Receita Federal Receita Federal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência GovA arrecadação das receitas federais de janeiro de 2024 totalizou R$280.636 bilhões. Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, quando o montante ficou em R$ 251.741 bilhões, o crescimento real (IPCA) atingiu 6,67% já descontada a inflação e a variação nominal positiva foi de 11,48%. Esse é o melhor desempenho arrecadatório para o mês de janeiro desde 2000, de acordo com a Receita Federal, que divulgou os dados em coletiva de imprensa transmitida on-line nesta quinta-feira (22/02).

A equipe econômica do governo, que tem como meta zerar o déficit das contas públicas, alcançou o montante após as alterações nas regras de tributos aprovadas em 2023. Entre elas, a retomada parcial da tributação do setor de combustíveis, cuja base se encontrava desonerada.  Além disso, o valor foi impactado pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas.

“Com relação às receitas administradas pela Receita Federal, o valor de janeiro somou R$262.875 bilhões, enquanto no mesmo período anterior foi de R$234.932, resultando em variação nominal de R$ 11,89 e crescimento real de 7,07%, descontada a inflação”, complementou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, auditor-fiscal Claudemir Malaquias.

Desempenho em janeiro de 2024

Sobre os destaques para o primeiro mês do ano, o relatório divulgado detalha que o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) totalizaram uma arrecadação de R$ 44.034 milhões, representando crescimento real de 14,37%. Esse desempenho é explicado pelo bom resultado do setor financeiro e por alterações na legislação do Pis/Cofins, com destaque para a retomada parcial da tributação do setor de combustíveis, cuja base se encontrava desonerada.

A Receita Previdenciária teve arrecadação de R$ 53.908 milhões, com acréscimo real de 7,58%. Esse resultado pode ser explicado pelo aumento real de 2,55% da massa salarial. Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18.

Outro destaque apresentado no relatório é sobre o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital, que teve arrecadação de R$ 14.104 milhões, com acréscimo real de 24,41%. O valor foi alcançado devido a arrecadação de R$ 4,1 bilhões decorrentes da tributação dos fundos de investimento assinalados no art.28, inciso I, da Lei 14.754/2023, que trata sobre a tributação de aplicações em fundos de investimento no País.

Já o IRRF - Rendimentos do Trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 23.920 milhões, representando crescimento real de 8,74%. O número foi atingido devido ao acréscimo real na arrecadação do “Rendimentos do Trabalho Assalariado” (+13,75%), combinado com os decréscimos de “Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público” (-37,21)

Fonte: Brasil 247 com Agência Gov

Advogado de Bolsonaro faz matemática mirabolante e prevê 700 mil em ato na Paulista

 No entanto, em São Paulo, capital, a maioria dos eleitores apoiou o presidente Lula nas últimas eleições

Fábio WajngartenFábio Wajngarten

 O advogado e assessor de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, apresentou cálculos superotimistas, prevendo a presença de 700 mil bolsonaristas no ato programado para o próximo domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), informou o portal UOL

No entanto, na capital paulista, Bolsonaro é rejeitado e o presidente Lula tem a preferência da população. O ex-ocupante do Palácio do Planalto perdeu com 46% dos votos nas eleições de 2022, contra 53% obtidos por Lula. Além disso, as pesquisas de opinião indicam que os eleitores da maior metrópole do País rejeitariam candidatos apoiados por Bolsonaro. 

O ato na Paulista tem o objetivo de defender Bolsonaro das investigações da Polícia Federal contra o ex-mandatário por conta da tentativa de golpe de Estado. Ele é investigado diretamente na Operação Tempus Veritatis. 

Fonte: Brasil 247 com informação do UOL

Haddad presidirá reunião do G20 com ministros de Finanças

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, representarão o Brasil.

Ministro Fernando HaddadMinistro Fernando Haddad (Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS)

Agência Brasil - A cidade de São Paulo sediará a primeira reunião em nível ministerial da Trilha de Finanças do G20, grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Africana e União Europeia. Entre os dias 28 e 29 de fevereiro, ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos países membros se reúnem no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, representarão o Brasil.

O encontro será precedido da segunda reunião de deputies, representantes em nível vice-ministerial de Finanças e bancos centrais, nos dias 26 e 27, no mesmo local. Nessa reunião, o Ministério da Fazenda será representado pela embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais da pasta e coordenadora da Trilha de Finanças.

A Trilha de Finanças do G20 propôs uma agenda que se inicia com o debate sobre o papel de políticas públicas no combate às desigualdades, em linha com as prioridades gerais do Brasil no G20.

A reunião ministerial também trará à tona as perspectivas globais sobre aspectos macroeconômicos, como crescimento, emprego, inflação e estabilidade financeira. Serão debates em busca de melhores práticas para lidar com a dívida global crescente e financiamento para o desenvolvimento sustentável, taxação internacional e como as nações vislumbram o setor financeiro para um futuro próximo.

Com as participações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o primeiro encontro de deputies da Trilha de Finanças aconteceu em dezembro de 2023, em Brasília. Na ocasião, também houve o primeiro encontro conjunto da Trilha de Sherpas e Finanças, mostrando o comprometimento da presidência brasileira no G20 em propor soluções construídas pelo diálogo entre as trilhas.

Confirmações

Entre membros e convidados, 27 delegações já confirmaram presença na 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais. A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen; o ministro de Finanças da Alemanha, Christian Lindner; o comissário para o Comércio e Indústria da União Africana, Albert Muchanga; a ministra das Finanças da Indonésia, Sri Indrawati; e o ministro da Economia da Argentina, Luis Toto Caputo, confirmaram presença.

Representantes de alto nível de 16 de organizações e bancos internacionais, convidados oficiais de toda a Trilha de Finanças, também estarão presentes. Dentre eles, a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff; o presidente do Banco Mundial, Ajay Bang; o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfajn; a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva; e o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, Jin Liqun.

Membros e convidados que confirmaram presença na reunião: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, União Europeia, Coreia do Sul, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Nigéria, Noruega, Portugal, Reino Unido, Rússia, Singapura, Suíça, Turquia e União Africana.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

"Inimigos do sionismo devem morrer": Sâmia Bomfim é ameaçada e aciona Lewandowski por investigação

 Deputada recebeu e-mail que fala em exterminar os palestinos e quem os apoia e alerta para atentados terroristas em São Paulo e no Rio: 'estão com os dias contados'

Sâmia BomfimSâmia Bomfim (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) recebeu um e-mail ameaçador contra sua postura em defesa do povo palestino e contrária ao genocídio promovido pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza. Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a parlamentar acionou o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal seja convocada a investigar a ameaça.

O e-mail "os inimigos do sionismo devem morrer e você é um deles" foi enviado na quarta-feira (21) e fala em exterminar aqueles que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. O texto ainda afirma que a deputada e outras autoridades que apoiam os palestinos estão "com os dias contados". "Traidores se preparem", diz a mensagem.

O texto ainda faz menção a possíveis ataques terroristas em São Paulo e no Rio de Janeiro, alertando para que locais "com alta concentração" de muçulmanos sejam evitados "pois em breve faremos uma nova nakba [catástrofe, em árabe]".

"Palestinos estão pra Israel assim como negros, índios e nordestinos estão pro sul do Brasil: são subhumanos [sic], raça inferior e insetos que devem ser eliminados. Vamos erradicar a presença dos insetos palestinos, muçulmanos e cristãos de Gaza e de Judeia e Samaria e faremos a Grande Israel. Ninguém vai nos impedir", diz o conteúdo do e-mail.

No texto, o criminoso destacou o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e dos deputados federais Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) ao Estado de Israel que, liderado por Benjamin Netanyahu, deveria ajudar a derrubar o presidente Lula (PT).

No ofício enviado ao Ministério da Justiça, comandado por Ricardo Lewandowski, Sâmia diz que a mensagem apresenta teor xenofóbico e criminoso e aponta para fóruns anônimos de ódio da deep web como fontes das ameaças. "Como se sabe, muitos grupos criminosos se organizam de maneira descentralizada e utilizam-se de artifícios digitais que dificultam o rastreamento e a origem das mensagens, sendo comum o uso de servidores localizados em outros países para obstaculizar as investigações conduzidas por autoridades brasileiras. Não obstante o oferecimento da devida notícia-crime à Polícia Federal, serve o presente [ofício] para solicitar vossa atenção para a tomada de providências deste ministério junto a órgãos e autoridades nacionais e de outros países".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Filho de Eliza Samudio assina contrato como goleiro do Athletico; veja como está o adolescente atualmente

 O goleiro Bruno foi condenado a 23 anos e um mês por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza

Goleiro Bruno e Eliza SamudioGoleiro Bruno e Eliza Samudio (Foto: Reprodução/Rio Branco-AC | Reprodução)

Bruninho Samudio, filho de Eliza Samudio, assinou contrato como goleiro do Athletico-PR nesta quinta-feira (22). A assinatura do contrato foi realizada no dia em que a sua mãe faria 39 anos, se estivesse viva. Bruninho é filho do ex-goleiro Bruno Fernandes e de Eliza Samudio, assassinada em 2010. De acordo com G1, a partir da assinatura do contrato com o Athletico-PR, Bruninho a receberá uma ajuda de custo do time, estudar no próprio Centro de Treinamento e será atendido pelos especialistas do clube. Junto da avó, Sônia Moura, os dois deixaram Campo Grande para viverem o sonho do adolescente em ser goleiro profissional, na capital paranaense.

Relembre - O goleiro Bruno foi condenado a 23 anos e um mês por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza. Ele foi para o regime semi-aberto em 2018 e está em liberdade condicional desde janeiro de 2023. Chegou a jogar bola profissionalmente quando deixou a prisão. Atualmente é comerciante na região dos lagos, norte fluminense. 

bruninho-samudio-de-souza

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Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Pesquisadores desenvolvem uma insulina oral para o tratamento de diabetes

 A nova versão se mostrou mais prática e deve gerar menos efeitos colaterais, como a hipoglicemia, do que a versão injetável, usada hoje em dia

(Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil)

 Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, estão desenvolvendo uma insulina oral, que pode ser uma revolução no tratamento de pacientes com diabetes que precisam fazer o uso do medicamento na forma injetável para controlar o nível de glicose no sangue.

A insulina oral já foi usada em ratos e camundongos com diabetes e babuínos saudáveis, mostrando ótimos resultados (publicados no periódico científico Nature). A expectativa é testar a nova insulina em seres humanos a partir do próximo ano. Segundo os especialistas ouvidos pela Agência Einstein, os efeitos obtidos com os animais dão indícios de que a nova forma de utilização da insulina leva vantagem sobre a injetável porque entrega o hormônio diretamente no fígado, onde pode ser absorvido ou entrar na circulação sanguínea.

O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela produção ineficiente ou pela resistência à ação da insulina, o hormônio produzido pelo pâncreas, que controla a quantidade de glicose no sangue para fornecer energia ao corpo humano. Segundo dados da pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), 10,2% da população brasileira tem diabetes.

Até agora o uso da insulina por via oral não era uma possibilidade, pois a substância é uma proteína, o que faz com que ela sofra a digestão no estômago e não consiga chegar intacta ao fígado, onde deve agir. “Por isso, os pesquisadores desenvolveram nanopartículas que conseguem resistir a esse processo e são absorvidas adequadamente”, explica o endocrinologista Simão Lottenberg, do Hospital Israelita Albert Einstein.

No caso das injeções, uma grande parte da insulina acaba nos músculos e no tecido adiposo. Além de tornar a ação da substância mais eficaz, esse fator pode ajudar a evitar a hipoglicemia, que é caracterizada por uma baixa quantidade de açúcar no sangue, sendo um efeito colateral bem conhecido por quem utiliza a versão injetável. Isso porque, quando chega ao fígado, a insulina é quebrada por enzimas e é utilizada pelo organismo apenas quando os níveis de glicose no sangue estão altos – nada acontece se eles estiverem normais. “Como o hormônio aplicado pela agulha impregna o tecido adiposo, parte dele é liberada mesmo quando a glicose está normal, o que pode desencadear o quadro de hipoglicemia, o que faz que a alternativa oral ofereça uma segurança muito maior”, afirma a endocrinologista Deborah Beranger, do Rio de Janeiro.

“Isso reduz o risco de hipoglicemia, ou seja, a queda do açúcar do sangue, pois a liberação ocorre de maneira controlada, de acordo com as necessidades do paciente, diferentemente do que acontece com as injeções, que fazem com que a insulina seja disponibilizada de uma vez só”, explica a médica.

A insulina oral facilita o tratamento

Outra vantagem da utilização da insulina oral é que ela provavelmente garantirá uma adesão maior ao tratamento, pois os pacientes não terão a necessidade de se picar. Segundo os médicos, muitos pacientes evitam aplicar a substância quando estão fora de casa com o receio de sofrerem um episódio de hipoglicemia, que pode provocar confusão mental, tontura, palpitações, tremores e, em casos mais graves, desencadear crises convulsivas, a perda de consciência e até o risco para a vida. “Isso sem falar que a necessidade de ficar monitorando a glicemia com um furinho na ponta do dedo seria menor”, diz a médica.

“Apesar de as insulinas atuais terem um manejo bem mais confortável do que no passado, a administração oral poderia levar à maior aderência, sim”, concorda Lottenberg. Os médicos ouvidos pela Agência Einstein dizem, no entanto, que a única má notícia é que ainda há um longo caminho a percorrer para que a insulina oral esteja acessível aos diabéticos.

Fonte: Brasil 247 cpom Agência Einstein

Confiança do consumidor no Brasil cai ao menor patamar em 9 meses em fevereiro, diz FGV

 O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) mostrou queda de 1,1 ponto em fevereiro

(Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

Reuters - A confiança do consumidor brasileiro piorou em fevereiro, indo ao menor patamar em 9 meses, com o nível ainda elevado dos juros e do endividamento afetando o otimismo das famílias em relação aos próximos meses.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou queda de 1,1 ponto em fevereiro, para 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2023 (89,5).

Esse resultado, o segundo consecutivo no vermelho, foi influenciado por baixa de 2,3 pontos no Índice de Expectativas (IE), para 97,9 pontos, com forte redução dos indicadores de situação financeira futura das famílias e situação futura da economia. Isso compensou alta de 1,0 ponto no Índice de Situação Atual (ISA), a 78,6 pontos.

"Apesar da queda gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos permanecem elevados e exercendo fortes limitações na situação financeira das famílias, que é refletida na percepção pessimista dos consumidores", disse Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre.

Após cinco cortes consecutivos de meio ponto percentual pelo Banco Central, a taxa Selic está atualmente em 11,25%, nível ainda elevado e restritivo à economia. O BC tem indicado manutenção do ritmo de afrouxamento monetário para as próximas reuniões, mas ponderando que os juros devem continuar em patamar contracionista.

Fonte: Brasil 247 com Reuters