quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

PM de Tarcísio já matou 43 pessoas desde o fim de janeiro na Baixada Santista

 Levantamento revela aumento da letalidade policial na região após morte de soldado da PM em serviço

PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas (Foto: Polícia Civil de SP/Twitter | ABR)

Desde o fim de janeiro, a atuação da Polícia Militar do governo Tarcisio na Baixada Santista tem sido marcada por uma escalada preocupante de violência, com o registro de pelo menos 43 mortes decorrentes de ações policiais. O levantamento, baseado em dados do Ministério Público de São Paulo, revela um cenário alarmante que tem gerado críticas e levantado questões sobre os métodos empregados pelo governador de São Paulo.

De acordo com reportagem do Metrópoles, a matança teve início após a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, em 26 de janeiro. Desde então, a região testemunhou uma onda de mortes violentas ligadas a intervenções policiais, com destaque para a chamada Operação Verão, lançada logo após o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Samuel Wesley Cosmo, em 2 de fevereiro.

Os dados revelam que, entre 28 e 31 de janeiro, ocorreram 10 casos de mortes, incluindo três envolvendo policiais militares fora de serviço, no Guarujá. Após um breve período sem registros, as mortes cometidas por PMs recomeçaram, totalizando 30 casos durante a Operação Verão, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) até o dia 20 de fevereiro.

De acordo com o levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), entre 3 e 19 de fevereiro, foram registradas 32 mortes por PMs em serviço nas cidades de Santos, Guarujá, São Vicente, Cubatão, Mongaguá e Itanhaém, sendo um dos casos praticado por um policial fora do horário de serviço. Com a inclusão do incidente ocorrido em 20 de fevereiro, em Santos, o número sobe para 33 mortes apenas neste mês na região.

A letalidade das ações policiais na Baixada Santista tem sido objeto de críticas, inclusive com apelações à Organização das Nações Unidas (ONU). A operação, anteriormente conhecida como Operação Escudo, foi renomeada este ano para Operação Verão, mas os resultados têm se mostrado igualmente trágicos, levantando questionamentos sobre os métodos empregados.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF faz operação contra família que movimentou R$ 50 milhões com plantio de maconha na Bahia

 Agentes cumprem sete mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão. Também foi determinado o bloqueio de contas bancárias e imóveis avaliados em cerca de R$ 50 milhões

(Foto: pf)

A Polícia Federal, em conjunto com o GAECO/MP-BA, desencadeou nesta quarta-feira (21) a Operação Kariri, visando desbaratar uma organização criminosa dedicada ao tráfico de entorpecentes e à lavagem de dinheiro. As ações ocorreram nas cidades baianas de Salvador, Feira de Santana, América Dourada, Morpará, Ibititá, Muquém do São Francisco, além de Brasília (DF), Ibimirim (PE) e São Paulo.

No total, sete mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão foram expedidos, incluindo o bloqueio de contas bancárias e imóveis avaliados em aproximadamente R$ 50 milhões. Entre os bens bloqueados, destacam-se seis imóveis de alto padrão e cinco fazendas situadas na Bahia e em Pernambuco

A investigação teve início em 2019 e culminou na identificação de uma família que se reestruturou em Feira de Santana, após deixar Pernambuco, onde inicialmente se envolveu no cultivo ilegal de maconha. Três flagrantes foram realizados ao longo das investigações, resultando na apreensão de mais de uma tonelada da droga, além da erradicação de plantações.

O principal alvo da operação é apontado como o líder da organização, sendo identificado todo o esquema de lavagem de dinheiro por trás das atividades ilícitas. O lucro obtido com o tráfico era direcionado para a aquisição de bens imóveis de alto padrão, beneficiando não apenas o líder, mas toda a família envolvida no esquema.

A estratégia da organização incluía o uso de contas bancárias de parentes próximos para tentar ocultar o rastreio do dinheiro pelas autoridades. Além disso, foram identificadas cinco fazendas registradas em nome de terceiros, relacionadas ao principal alvo da investigação. Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Fonte: Brasil 247

Morre ao 84 anos Affonso Celso Pastore

 Pastore foi presidente do Banco Central de 1983 a 1985, durante o regime militar de João Figueiredo Pastore foi presidente do Banco Central de 1983 a 1985, durante o regime militar de João Figueiredo

Affonso Celso Pastore (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

 Affonso Celso Pastore, economista e ex-presidente do Banco Central, faleceu nesta quarta-feira (21), em São Paulo, aos 84 anos, informa o g1. A confirmação veio da secretária do economista. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein.

Ao longo de sua carreira, Pastore destacou-se como professor e consultor na área econômica. Entre 1979 e 1983, ocupou o cargo de secretário da Fazenda de São Paulo, antes de assumir a presidência do Banco Central do Brasil de 1983 a 1985. 

Sua trajetória na esfera pública teve início em 1966, quando se tornou assessor de Antônio Delfim Neto, então secretário da Fazenda do Estado de São Paulo. No ano seguinte, com a ascensão de Delfim ao cargo de ministro da Fazenda, Pastore passou a integrar o corpo ministerial.

Entre 1983 e 1985, ocupou a presidência do Banco Central durante o regime militar de João Figueiredo, o último mandatário da Ditadura Militar brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1





Com liderança de Lula fortalecida no mundo, Brasil realiza nesta quarta-feira primeira reunião ministerial do G20

 O encontro marca as atividades antes da cúpula que reunirá os chefes de Estado e de Governo em novembro, também no Rio de Janeiro

Lula se pronuncia na União Africana (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)


 A cidade do Rio de Janeiro acolhe nesta quarta (21) e quinta-feira, sob a presidência do Brasil, a primeira reunião ministerial do G20, grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana.  

O encontro marca as atividades antes da cúpula que reunirá os chefes de Estado e de Governo em novembro, também no Rio de Janeiro.

Entre os confirmados para o encontro estão o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.

Além disso, estarão presentes autoridades dos países convidados e representantes de 12 organizações internacionais.

As reuniões serão fechadas, mas os chefes da diplomacia de cada país decidem se concedem entrevistas à imprensa durante a programação.

Estarão em evidência tópicos importantes da agenda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o combate à desigualdade e a luta pela nova governança global, num contexto internacional complexo.

Da mesma forma, os ministros dos Negócios Estrangeiros debaterão sobre as atuais tensões internacionais e a reforma dos órgãos de governança global, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Da mesma forma, a guerra de Israel contra o povo palestino será um ponto de debate.

Surgirão também questões como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e as tensões políticas entre potências como os Estados Unidos, a China e a Índia.

De acordo com a programação, será oferecido um jantar aos chanceleres no final do primeiro dia de reunião e serão realizadas reuniões bilaterais ou multilaterais entre países ao longo do evento.

Encerrada a reunião de chanceleres, o evento “Os países do G20 e a diplomacia dos biocombustíveis” começa sexta-feira, também no Rio de Janeiro, no Palácio da Cidade, organizado pela Universidade de Columbia (Estados Unidos), em colaboração com o Climate Hub, Columbia Global Center Rio e Prefeitura do Rio.

Fonte: Brasil 247





terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Flávio Dino: atuarei com 'imparcialidade' no STF

Em discurso de despedida no Senado, o parlamentar prometeu "fiel cumprimento à Constituição e à lei" quando for ministro do Supremo

Senador Flávio Dino (Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado)

O senador Flávio Dino (PSB-MA) afirmou que atuará com "coerência", "imparcialidade" e "isenção" no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele vai assumir uma cadeira na Corte na próxima quinta-feira (22). O parlamentar fez um discurso de despedida no Senado. 

"No Supremo Tribunal Federal, terei coerência com essa visão que aqui manifesta. Esperem de mim imparcialidade e isenção, fiel cumprimento à Constituição e à lei. Nunca esperem de mim prevaricação. Nunca esperem de mim não cumprir meus deveres legais", disse. 

"Não sei se Deus me dará a oportunidade de estar novamente na tribuna do Parlamento, no Senado ou na Câmara [...] então, quem sabe, após a aposentadoria, em algum momento, se Deus me der vida e saúde eu possa aqui estar".

Fonte: Brasil 247

Em delação, Cid disse que 'grupo de radicais' defendia uso de 'braço armado' em plano golpista

 Segundo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o "braço armado" contaria com o apoio de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), uma das bases de apoio do bolsonarismo

Mauro Cid (Foto: Reprodução)

 O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em sua delação premiada à Polícia Federal (PF) que um grupo de aliados "radicais" do ex-mandatário defendia a ideia de um "braço armado" para apoiar o plano golpista visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o jornal O Globo, Cid afirmou que o "braço armado" contaria com o apoio de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), uma das bases de apoio do bolsonarismo.

O governo Bolsonaro concedeu, durante seu mandato, uma média de 691 registros de novas armas por dia para CACs, totalizando 904.858 registros ao longo de quatro anos, de acordo com dados do Exército. Ainda segundo Cid, havia pressões para que Bolsonaro assinasse um decreto golpista, baseando-se em uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição Federal, que trata do papel das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem. 

Cid ressaltou que o grupo radical ao redor de Bolsonaro buscava encontrar elementos concretos de fraude nas urnas, especialmente pressionando o general Paulo Sérgio, então comandante do Exército, em relação à Comissão de Transparência das Eleições. “Jair Bolsonaro queria uma atuação mais contundente do general Paulo Sérgio em relação à Comissão de Transparência das Eleições montada pelo Ministério da Defesa”, disse Cid em seu depoimento, de acordo com a reportagem. 

O tenente-coronel também mencionou que o ex-mandatário repassava supostas denúncias sem fundamento sobre fraudes nas urnas eletrônicas para aliados como os generais Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Paulo Sérgio, pedindo que elas “fossem apuradas”. Ainda segundo Cid, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli também apoiavam Bolsonaro na investida contra a higidez do sistema eleitoral.

A assessoria de Pazuello informou que o deputado decidiu não se manifestar sobre as denúncias, enquanto a de Valdemar disse que irá se posicionar nos autos. A defesa de Paulo Sérgio afirmou que o ex-ministro da Defesa "sempre agiu corretamente, é inocente e confia na Justiça".

Jair Bolsonaro deverá prestar depoimento à PF sobre a suposta trama golpista na quinta-feira (22).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lira avisa a deputados: impeachment de Lula por condenar genocídio de palestinos irá ao lixo ou ao arquivo da Câmara

 O presidente do Parlamento brasileiro não dará andamento ao factóide que deputados de extrema-direita e do Centrão tentam criar. Papelório inútil contabiliza 118 assinaturas

Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

 O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), procurou parlamentares de extrema-direita integrantes de sua base de apoio e da oposição que encabeçam a coleta de assinaturas para um esdrúxulo e extemporâneo pedido de impeachment do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A todos eles, Lira deixou claro: mesmo ultrapassando a hipotética conta de 200 assinaturas, a chance de o pedido tramitar é zero.

Lula e Arthur Lira conversaram na manhã desta terça-feira, 21 de fevereiro, sobre a pauta legislativa de interesse do Governo e do Congresso, e deverão se encontrar pessoalmente em dois momentos nesta semana. Um deles, na posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, na quinta-feira (22). O outro, numa provável conversa privada que deverão ter, no Palácio do Planalto, até a manhã de sexta-feira.

Pedidos de impeachment não têm prazo para receber decisões do presidente da Câmara. Se quiser matá-los no nascimento, o chefe da Casa legislativa alega inconsistência formal, inoportunidade, desacordo com a norma ou outro defeito qualquer e os despacha para o arquivo. Caso deseje preservar uma espada sempre apontada para o Poder Executivo como instrumento de negociação, pode mantê-lo na gaveta e sem decisão pelo tempo que lhe aprouver. 

Foi agindo de acordo com essa regra de chantagem parlamentar que o ex-deputado Eduardo Cunha acumulou mais de 30 pedidos de impeachment da então presidente Dilma Rousseff até se decidir por desengavetar um deles, pedir que os redatores o corrigissem e deu curso ao processo de impeachment sem crime de responsabilidade que conduziu o País à tragédia da “Era Bolsonaro”.

Se não deu margem a dúvidas quanto ao que fará com o “impeachment fake news” proposto pela extrema-direita, Arthur Lira manteve o suspense quanto ao preenchimento da vaga de presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O colegiado, por onde passam todos os projetos que tramitam na Casa - inclusive pedidos de impeachment - e é órgão recursal de decisões da Mesa Diretora, foi presidido pelo deputado Rui Falcão (PT-SP) em 2023.

Por acordo informal e verbal celebrado entre as siglas partidárias, caberia ao PL indicar o presidente da CCJ em 2024. A legenda de Valdemar Costa Neto e de Jair Bolsonaro, contudo, apontou internamente que a deputada Carolina de Toni presidirá a Comissão de Constituição e Justiça este ano. De Toni é uma das mais radicais extremistas de direita e aderente a todas as pautas reacionárias que surgem no Parlamento. O nome dela não agrada nem ao Centrão, nem mesmo a Lira. O presidente da Câmara deseja que seja designado um nome alternativo para a CCJ, ou não manterá o acordo firmado com o PL. Nessa hipótese, a CCJ poderia ficar com um nome de consenso do MDB ou do PP.

Fonte: Brasil 247

Dino recebe apoio à PEC que revoga "aposentadoria compulsória" para militares e juízes que cometeram delitos graves

 Dos 81 senadores, 29 votaram a favor. A PEC propõe que militares e juízes que cometerem delitos graves sejam expulsos do serviço público sem direito à aposentadoria compulsória

(Foto: Ricardo Stuckert)

O senador Flávio Dino (PSB-MA) alcançou um marco significativo nesta terça-feira (20), ao garantir o respaldo necessário para apresentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a aposentadoria compulsória para militares e juízes que cometem delitos graves. Com o apoio de 29 dos 81 senadores, Dino, que assume o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22), viu sua iniciativa ganhar força antes de deixar o mandato de senador, para o qual foi eleito em 2022.

A PEC propõe que militares e juízes que cometerem delitos graves sejam expulsos do serviço público sem direito à aposentadoria compulsória, revertendo a atual prática que permite tal benefício mesmo em casos de conduta imprópria. Para Dino, a moralidade e o interesse público devem prevalecer sobre qualquer cargo vitalício, incluindo os ocupados por magistrados, destaca o Metrópoles.

No texto da PEC, Dino argumenta que a “aposentadoria se destina a assegurar dignidade ao trabalhador que, após regular cumprimento de suas obrigações laborais, deve ser transferido para a inatividade. Esse pressuposto torna inadequada a utilização do instituto da aposentadoria (ou pensão por morte ficta ou presumida) para justificar ’aparente quebra’ de vínculo entre o Poder Público e o servidor que tenha cometido conduta grave que acarrete alto grau de desmoralização do serviço público e perda da confiança nas instituições públicas”.

Além disso, a emenda sugere o fim da transferência de militares para a inatividade como sanção por infrações disciplinares, ressaltando a necessidade de revogar um "desvio de finalidade" do benefício previdenciário.

Fonte: Brasil 247

Investigado por tentativa golpe de Estado, Bolsonaro quer escapar do Brasil e ir para Israel

 No entanto, Bolsonaro ainda teria de recuperar seu passaporte, apreendido pela PF

Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nobrega/PR)

Jair Bolsonaro estaria planejando fugir para Israel, à medida que as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado se aproximam do ex-ocupante do Palácio do Planalto. As informações são da jornalista Bela Megale, de O Globo

Mantendo estreitas relações com a extrema direita de Israel, a família Bolsonaro tem, há anos, defendido os interesses sionistas no Brasil. Atualmente, os indícios sugerem uma iminente reciprocidade de favores.

No entanto, Bolsonaro ainda teria de recuperar seu passaporte, apreendido pela Polícia Federal em operação realizada no início deste mês contra a tentativa de golpe de Estado. 

O tour internacional do ex-ocupante do Palácio do Planalto também incluiria reuniões com a extrema direita mundial no Oriente Médio, além de Estados Unidos, Hungria e Espanha, indica Megale. 

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

STF julga nesta semana caso que pode ‘anular’ eleição de 7 deputados federais; entenda

Supremo Tribunal Federal (STF) - Portal CNJ

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai voltar a julgar nesta quarta-feira, 21, três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI’s) que podem “anular” o mandato de sete deputados federais. A mudança pode ocorrer se a Corte rejeitar uma mudança do Código Eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional em 2021, que tornou mais rígida a distribuição das vagas restantes na conta feita pelo sistema proporcional.

O julgamento coloca em risco o mandato de quatro deputados do Amapá. São eles: Dr. Pupio (MDB), Professora Goreth (PDT), Silvia Waiãpi (PL) e Sonize Barbosa (PL). A bancada do Amapá na Câmara dos Deputados é formada por oito parlamentares, ou seja, o STF pode mudar a metade dos representantes do Estado.

As bancadas do Distrito Federal, Rondônia e Tocantins também podem ser afetadas. Foram eleitos por conta da mudança de 2021 os parlamentares Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lázaro Botelho (PP-TO) e Lebrão (União-RO).

Ao Estadão, Gilvan Máximo afirmou que está “confiante” em um resultado que não coloque fim no seu mandado: “Serão respeitados os direitos constitucionais. Confio na Justiça”.

A reportagem também procurou os parlamentares Dr. Pupio, Lázaro Botelho, Lebrão, Professora Goreth, Silvia Waiãpi e Sonize Barbosa, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto a manifestações.

Ministros irão julgar eleitos a partir das ‘sobras’ do sistema proporcional

O julgamento será de três ações que tratam sobre o mesmo tema. Uma é de autoria do Rede Sustentabilidade, a segunda do Podemos e do PSB e a terceira do PP, legenda do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

No Brasil, os deputados são eleitos a partir do sistema proporcional, onde são atribuídos não apenas os votos destinados a cada candidato, mas também aos partidos. A definição das cadeiras no Legislativo se dá com o cálculo, nessa ordem: do quociente eleitoral, do quociente partidário e das “sobras” desta conta.

O quociente eleitoral é a divisão do total de votos válidos pelo número de cadeiras em disputa (na Câmara são 513). Já o quociente partidário é a divisão dos votos válidos atribuídos à legenda e aos candidatos de uma mesma sigla pelo resultado do quociente eleitoral.

Já as sobras são o alvo do julgamento do STF. A mudança de 2021 limitou o direito de disputar as vagas remanescentes a partidos que alcançaram, respectivamente, 80% e 20% do quociente eleitoral. De acordo com o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski – hoje aposentado da Corte e ministro da Justiça e da Segurança Pública – o modelo fere a Constituição por restringir o “pluralismo político”.

“Toda e qualquer norma que tenha por escopo restringir a pluralidade dos partidos políticos, limitando a eleição de seus representantes, notadamente no sistema proporcional, viola os fundamentos de nosso Estado Democrático de Direito”, disse o ministro aposentado do STF.

O julgamento foi iniciado em abril do ano passado, tendo o voto de Lewandowski e dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes favoráveis à derrubada da regra. A sessão foi interrompida após um pedido de vista do ministro André Mendonça.

Lewandowski defendeu que a mudança passasse a valer a partir da decisão da Corte, mas Moraes e Gilmar votaram para que também fosse aplicada nos resultados das eleições de 2022.

Ou seja, se a maioria da Corte seguir Moraes e Gilmar, a mudança nas bancadas seria feita e os sete deputados perderão os seus mandatos.

STF negou pedido da Câmara de se pronunciar no julgamento

No último dia 30, a Advocacia da Câmara dos Deputados enviou um pedido para que o STF permita um pronunciamento na Corte durante o julgamento. A petição foi negada pelo presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, pelo fato de que a apreciação da ação se iniciou no plenário virtual.

No ofício, a Advocacia da Câmara diz que a decisão do STF pode mudar a composição da Casa, provocando “mudanças no funcionamento de seus órgãos”.

“Também a segurança jurídica recomenda que esta Casa possa se manifestar durante o julgamento presencial da causa. Isso porque um dos pontos controvertidos durante o julgamento virtual do feito consiste justamente na modulação de efeitos da eventual decisão, que gerou ressalvas do em. Ministro Alexandre de Moraes em relação ao em. Relator”, disse a Câmara no pedido.

AGU e PGR divergem sobre mudança no Código Eleitoral

Em dezembro de 2022, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um parecer desfavorável à ADI. Segundo a AGU, o modelo de 2021 não interfere nos princípios constitucionais por ter sido alterada um ano antes da realização das eleições de 2021, o que respeitaria a anualidade eleitoral.

“A resolução não viola o princípio da anualidade, porquanto apenas explicita o regramento contido no Código Eleitoral no tocante às regras relativas à distribuição das sobras eleitorais, aperfeiçoando as disposições previstas em lei federal”, afirmou a AGU.

Por outro lado, o ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, emitiu um parecer favorável à derrubada das normas em fevereiro do ano passado. Segundo Aras, o modelo adotado nas últimas eleições reduzem o acesso das legendas pequenas no Legislativo, o que afetaria o “pluripartidarismo e o princípio da igualdade de chances”.

“A exigência de que partidos políticos e federações partidárias alcancem 80% do quociente eleitoral e candidato com votação nominal de 20% desse quociente, para participarem da distribuição de cadeiras remanescentes, não há de ser aplicada na terceira etapa de distribuição de cadeiras da casa legislativa, sob pena de interditar o acesso, em espaço já significativamente reduzido, das pequenas legendas no sistema proporcional, em afronta ao pluripartidarismo e ao princípio da igualdade de chances”, disse o ex-PGR.

Fonte: Bem Paraná com informações do Estadão Conteúdo

Conselho de Ética da Alep aprova punição de advertência por escrito ao deputado do PT Renato Freitas

Renato Freitas (PT): .deputado diz que não cabe advertência para quem falou a verdade. (Valdir Amaral/Alep)

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou a punição de advertência por escrito ao deputado Renato Freitas (PT) por quebra de decoro. A votação foi nesta manhã de terça-feira, 20 de fevereiro. Votaram pela advertência, além do próprio relator do processo, o corregedor da Alep, Artagão de Mattos Leão, e Tercílio Turini. O placar terminou em 3 x 2 a favor da punição.

Durante a votação do mérito do processo contra Freitas, apenas o deputado Paulo Rogério do Camargo acompanhou o voto da parlamentar pela absolvição do petista. Os demais componentes do conselho seguiram o parecer do relator Matheus Vermelho, que pedia uma advertência por escrito.


O caso


O processo contra Renato Freitas foi protocolado pelo presidente da Casa, Ademar Traiano. No ano passado, ambos tiveram embate durante uma sessão. Em meio à discussão, Freitas teve a palavra cassada e respondeu chamando o presidente da Casa de corrupto. Semanas depois, ele trouxe à tona um caso de corrupção no qual Traiano aparece como réu confesso.


No final do ano passado, dentro do Conselho de Ética, a deputada Ana Júlia (PT) formulou voto em separado no qual pediu o arquivamento do processo e a absolvição do deputado. “Entendemos que ele apenas cumpriu o seu dever enquanto deputado e denunciou um caso de corrupção que chegou ao seu conhecimento. Não tem cabimento que ele seja perseguido e retaliado por isso”.


Após os membros do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná aprovarem advertência por escrito contra Renato Freitas (PT) nesta terça-feira, dia 20, a deputada Ana Júlia Ribeiro pediu a prescrição do processo. De acordo com ela, o julgamento excedeu os prazos regimentais.


O questionamento será agora avaliado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). “O caso acabou em 15 de fevereiro e deve ser arquivado, pois está prescrito. Não podemos ferir os princípios da legalidade e continuar com esse processo”, afirmou a deputada.


Para sustentar o argumento pela prescrição, a deputada afirma que a data de início da contagem do prazo se iniciou em 20 de outubro e não no dia 30, como queriam os demais componentes do Conselho.


Fonte: Bem Paraná

 

Lira deverá engavetar pedido de impeachment de Lula, que já tem 113 assinaturas; 32 são de parlamentares da base

 O impeachment de Lula foi desencadeado após o petista fazer uma comparação polêmica entre a guerra em Gaza e o Holocausto, o que resultou em uma crise diplomática com Israel

Na Câmara dos Deputados, 108 assinaturas foram reunidas para um pedido de impeachment do presidente Lula, que deverá ser protocolado nesta terça-feira (20). O destino do pedido é certo: repousar em alguma gaveta do gabinete de Arthur Lira, informa Guilherme Amado, no Metrópoles.

Pelo menos 32 deputados de partidos da base aliada de Lula já assinaram o pedido. Eles são filiados ao PP, MDB, União Brasil, Republicanos e PSD, que indicaram ministros do atual governo, informa Paulo Cappelli.

O presidente da Câmara tem mantido silêncio público sobre suas intenções em relação ao pedido contra o presidente, mas os aliados próximos a ele especulam que Lira não tomará nenhuma ação imediata e simplesmente deixará o documento de lado.

Em outras palavras, aceitar o pedido está fora de cogitação, e o arquivamento também não parece ser uma opção, o que iria contrariara  oposição na Câmara.

O impeachment de Lula foi desencadeado após o petista fazer uma comparação polêmica entre a guerra em Gaza e o Holocausto, o que resultou em uma crise diplomática com Israel. A oposição argumenta que essa atitude expôs o Brasil ao risco de conflito armado, configurando um crime de responsabilidade.

Fonte: Agenda do Poder com informações das colunas dos jornalistas Guilherme Amado e Paulo Cappelli, no Metrópoles

Malafaia se revolta e ameaça Lula após críticas ao genocídio palestino

 Pastor bolsonarista articula a ofensiva evangélica contra o governo do presidente Lula

SIlas Malafaia (Foto: Lula Marques/AgênciaPT)

O pastor evangélico e bolsonarista Silas Malafaia resolveu disparar ameaças contra o presidente Lula. Ele se revoltou com as críticas do chefe de Estado à guerra de Israel contra a Palestina, que já deixou mais de 29 mil mortos. 

Por conta das críticas contundentes do presidente Lula aos ataques promovidos pelo governo israelense de extrema direita em Gaza, Tel Aviv decidiu atacar o chefe de Estado brasileiro, declarando-o persona non grata. Em resposta, o embaixador de Israel no Brasil foi convocado pelo Itamaraty para dar explicações.

Dessa forma, Malafaia foi citado pelo portal IG como dizendo: “Lula, se você não se arrepender dessas asneiras que você falou, o seu fim será trágico. Fica aqui o meu protesto e o meu repúdio a uma palavra idiota como essa”. 

Fonte: Brasil 247 com informações do portal IG