terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Em delação, Cid disse que 'grupo de radicais' defendia uso de 'braço armado' em plano golpista

 Segundo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o "braço armado" contaria com o apoio de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), uma das bases de apoio do bolsonarismo

Mauro Cid (Foto: Reprodução)

 O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em sua delação premiada à Polícia Federal (PF) que um grupo de aliados "radicais" do ex-mandatário defendia a ideia de um "braço armado" para apoiar o plano golpista visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o jornal O Globo, Cid afirmou que o "braço armado" contaria com o apoio de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), uma das bases de apoio do bolsonarismo.

O governo Bolsonaro concedeu, durante seu mandato, uma média de 691 registros de novas armas por dia para CACs, totalizando 904.858 registros ao longo de quatro anos, de acordo com dados do Exército. Ainda segundo Cid, havia pressões para que Bolsonaro assinasse um decreto golpista, baseando-se em uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição Federal, que trata do papel das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem. 

Cid ressaltou que o grupo radical ao redor de Bolsonaro buscava encontrar elementos concretos de fraude nas urnas, especialmente pressionando o general Paulo Sérgio, então comandante do Exército, em relação à Comissão de Transparência das Eleições. “Jair Bolsonaro queria uma atuação mais contundente do general Paulo Sérgio em relação à Comissão de Transparência das Eleições montada pelo Ministério da Defesa”, disse Cid em seu depoimento, de acordo com a reportagem. 

O tenente-coronel também mencionou que o ex-mandatário repassava supostas denúncias sem fundamento sobre fraudes nas urnas eletrônicas para aliados como os generais Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Paulo Sérgio, pedindo que elas “fossem apuradas”. Ainda segundo Cid, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli também apoiavam Bolsonaro na investida contra a higidez do sistema eleitoral.

A assessoria de Pazuello informou que o deputado decidiu não se manifestar sobre as denúncias, enquanto a de Valdemar disse que irá se posicionar nos autos. A defesa de Paulo Sérgio afirmou que o ex-ministro da Defesa "sempre agiu corretamente, é inocente e confia na Justiça".

Jair Bolsonaro deverá prestar depoimento à PF sobre a suposta trama golpista na quinta-feira (22).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lira avisa a deputados: impeachment de Lula por condenar genocídio de palestinos irá ao lixo ou ao arquivo da Câmara

 O presidente do Parlamento brasileiro não dará andamento ao factóide que deputados de extrema-direita e do Centrão tentam criar. Papelório inútil contabiliza 118 assinaturas

Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

 O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), procurou parlamentares de extrema-direita integrantes de sua base de apoio e da oposição que encabeçam a coleta de assinaturas para um esdrúxulo e extemporâneo pedido de impeachment do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A todos eles, Lira deixou claro: mesmo ultrapassando a hipotética conta de 200 assinaturas, a chance de o pedido tramitar é zero.

Lula e Arthur Lira conversaram na manhã desta terça-feira, 21 de fevereiro, sobre a pauta legislativa de interesse do Governo e do Congresso, e deverão se encontrar pessoalmente em dois momentos nesta semana. Um deles, na posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, na quinta-feira (22). O outro, numa provável conversa privada que deverão ter, no Palácio do Planalto, até a manhã de sexta-feira.

Pedidos de impeachment não têm prazo para receber decisões do presidente da Câmara. Se quiser matá-los no nascimento, o chefe da Casa legislativa alega inconsistência formal, inoportunidade, desacordo com a norma ou outro defeito qualquer e os despacha para o arquivo. Caso deseje preservar uma espada sempre apontada para o Poder Executivo como instrumento de negociação, pode mantê-lo na gaveta e sem decisão pelo tempo que lhe aprouver. 

Foi agindo de acordo com essa regra de chantagem parlamentar que o ex-deputado Eduardo Cunha acumulou mais de 30 pedidos de impeachment da então presidente Dilma Rousseff até se decidir por desengavetar um deles, pedir que os redatores o corrigissem e deu curso ao processo de impeachment sem crime de responsabilidade que conduziu o País à tragédia da “Era Bolsonaro”.

Se não deu margem a dúvidas quanto ao que fará com o “impeachment fake news” proposto pela extrema-direita, Arthur Lira manteve o suspense quanto ao preenchimento da vaga de presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O colegiado, por onde passam todos os projetos que tramitam na Casa - inclusive pedidos de impeachment - e é órgão recursal de decisões da Mesa Diretora, foi presidido pelo deputado Rui Falcão (PT-SP) em 2023.

Por acordo informal e verbal celebrado entre as siglas partidárias, caberia ao PL indicar o presidente da CCJ em 2024. A legenda de Valdemar Costa Neto e de Jair Bolsonaro, contudo, apontou internamente que a deputada Carolina de Toni presidirá a Comissão de Constituição e Justiça este ano. De Toni é uma das mais radicais extremistas de direita e aderente a todas as pautas reacionárias que surgem no Parlamento. O nome dela não agrada nem ao Centrão, nem mesmo a Lira. O presidente da Câmara deseja que seja designado um nome alternativo para a CCJ, ou não manterá o acordo firmado com o PL. Nessa hipótese, a CCJ poderia ficar com um nome de consenso do MDB ou do PP.

Fonte: Brasil 247

Dino recebe apoio à PEC que revoga "aposentadoria compulsória" para militares e juízes que cometeram delitos graves

 Dos 81 senadores, 29 votaram a favor. A PEC propõe que militares e juízes que cometerem delitos graves sejam expulsos do serviço público sem direito à aposentadoria compulsória

(Foto: Ricardo Stuckert)

O senador Flávio Dino (PSB-MA) alcançou um marco significativo nesta terça-feira (20), ao garantir o respaldo necessário para apresentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a aposentadoria compulsória para militares e juízes que cometem delitos graves. Com o apoio de 29 dos 81 senadores, Dino, que assume o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22), viu sua iniciativa ganhar força antes de deixar o mandato de senador, para o qual foi eleito em 2022.

A PEC propõe que militares e juízes que cometerem delitos graves sejam expulsos do serviço público sem direito à aposentadoria compulsória, revertendo a atual prática que permite tal benefício mesmo em casos de conduta imprópria. Para Dino, a moralidade e o interesse público devem prevalecer sobre qualquer cargo vitalício, incluindo os ocupados por magistrados, destaca o Metrópoles.

No texto da PEC, Dino argumenta que a “aposentadoria se destina a assegurar dignidade ao trabalhador que, após regular cumprimento de suas obrigações laborais, deve ser transferido para a inatividade. Esse pressuposto torna inadequada a utilização do instituto da aposentadoria (ou pensão por morte ficta ou presumida) para justificar ’aparente quebra’ de vínculo entre o Poder Público e o servidor que tenha cometido conduta grave que acarrete alto grau de desmoralização do serviço público e perda da confiança nas instituições públicas”.

Além disso, a emenda sugere o fim da transferência de militares para a inatividade como sanção por infrações disciplinares, ressaltando a necessidade de revogar um "desvio de finalidade" do benefício previdenciário.

Fonte: Brasil 247

Investigado por tentativa golpe de Estado, Bolsonaro quer escapar do Brasil e ir para Israel

 No entanto, Bolsonaro ainda teria de recuperar seu passaporte, apreendido pela PF

Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nobrega/PR)

Jair Bolsonaro estaria planejando fugir para Israel, à medida que as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado se aproximam do ex-ocupante do Palácio do Planalto. As informações são da jornalista Bela Megale, de O Globo

Mantendo estreitas relações com a extrema direita de Israel, a família Bolsonaro tem, há anos, defendido os interesses sionistas no Brasil. Atualmente, os indícios sugerem uma iminente reciprocidade de favores.

No entanto, Bolsonaro ainda teria de recuperar seu passaporte, apreendido pela Polícia Federal em operação realizada no início deste mês contra a tentativa de golpe de Estado. 

O tour internacional do ex-ocupante do Palácio do Planalto também incluiria reuniões com a extrema direita mundial no Oriente Médio, além de Estados Unidos, Hungria e Espanha, indica Megale. 

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

STF julga nesta semana caso que pode ‘anular’ eleição de 7 deputados federais; entenda

Supremo Tribunal Federal (STF) - Portal CNJ

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai voltar a julgar nesta quarta-feira, 21, três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI’s) que podem “anular” o mandato de sete deputados federais. A mudança pode ocorrer se a Corte rejeitar uma mudança do Código Eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional em 2021, que tornou mais rígida a distribuição das vagas restantes na conta feita pelo sistema proporcional.

O julgamento coloca em risco o mandato de quatro deputados do Amapá. São eles: Dr. Pupio (MDB), Professora Goreth (PDT), Silvia Waiãpi (PL) e Sonize Barbosa (PL). A bancada do Amapá na Câmara dos Deputados é formada por oito parlamentares, ou seja, o STF pode mudar a metade dos representantes do Estado.

As bancadas do Distrito Federal, Rondônia e Tocantins também podem ser afetadas. Foram eleitos por conta da mudança de 2021 os parlamentares Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lázaro Botelho (PP-TO) e Lebrão (União-RO).

Ao Estadão, Gilvan Máximo afirmou que está “confiante” em um resultado que não coloque fim no seu mandado: “Serão respeitados os direitos constitucionais. Confio na Justiça”.

A reportagem também procurou os parlamentares Dr. Pupio, Lázaro Botelho, Lebrão, Professora Goreth, Silvia Waiãpi e Sonize Barbosa, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto a manifestações.

Ministros irão julgar eleitos a partir das ‘sobras’ do sistema proporcional

O julgamento será de três ações que tratam sobre o mesmo tema. Uma é de autoria do Rede Sustentabilidade, a segunda do Podemos e do PSB e a terceira do PP, legenda do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

No Brasil, os deputados são eleitos a partir do sistema proporcional, onde são atribuídos não apenas os votos destinados a cada candidato, mas também aos partidos. A definição das cadeiras no Legislativo se dá com o cálculo, nessa ordem: do quociente eleitoral, do quociente partidário e das “sobras” desta conta.

O quociente eleitoral é a divisão do total de votos válidos pelo número de cadeiras em disputa (na Câmara são 513). Já o quociente partidário é a divisão dos votos válidos atribuídos à legenda e aos candidatos de uma mesma sigla pelo resultado do quociente eleitoral.

Já as sobras são o alvo do julgamento do STF. A mudança de 2021 limitou o direito de disputar as vagas remanescentes a partidos que alcançaram, respectivamente, 80% e 20% do quociente eleitoral. De acordo com o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski – hoje aposentado da Corte e ministro da Justiça e da Segurança Pública – o modelo fere a Constituição por restringir o “pluralismo político”.

“Toda e qualquer norma que tenha por escopo restringir a pluralidade dos partidos políticos, limitando a eleição de seus representantes, notadamente no sistema proporcional, viola os fundamentos de nosso Estado Democrático de Direito”, disse o ministro aposentado do STF.

O julgamento foi iniciado em abril do ano passado, tendo o voto de Lewandowski e dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes favoráveis à derrubada da regra. A sessão foi interrompida após um pedido de vista do ministro André Mendonça.

Lewandowski defendeu que a mudança passasse a valer a partir da decisão da Corte, mas Moraes e Gilmar votaram para que também fosse aplicada nos resultados das eleições de 2022.

Ou seja, se a maioria da Corte seguir Moraes e Gilmar, a mudança nas bancadas seria feita e os sete deputados perderão os seus mandatos.

STF negou pedido da Câmara de se pronunciar no julgamento

No último dia 30, a Advocacia da Câmara dos Deputados enviou um pedido para que o STF permita um pronunciamento na Corte durante o julgamento. A petição foi negada pelo presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, pelo fato de que a apreciação da ação se iniciou no plenário virtual.

No ofício, a Advocacia da Câmara diz que a decisão do STF pode mudar a composição da Casa, provocando “mudanças no funcionamento de seus órgãos”.

“Também a segurança jurídica recomenda que esta Casa possa se manifestar durante o julgamento presencial da causa. Isso porque um dos pontos controvertidos durante o julgamento virtual do feito consiste justamente na modulação de efeitos da eventual decisão, que gerou ressalvas do em. Ministro Alexandre de Moraes em relação ao em. Relator”, disse a Câmara no pedido.

AGU e PGR divergem sobre mudança no Código Eleitoral

Em dezembro de 2022, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um parecer desfavorável à ADI. Segundo a AGU, o modelo de 2021 não interfere nos princípios constitucionais por ter sido alterada um ano antes da realização das eleições de 2021, o que respeitaria a anualidade eleitoral.

“A resolução não viola o princípio da anualidade, porquanto apenas explicita o regramento contido no Código Eleitoral no tocante às regras relativas à distribuição das sobras eleitorais, aperfeiçoando as disposições previstas em lei federal”, afirmou a AGU.

Por outro lado, o ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, emitiu um parecer favorável à derrubada das normas em fevereiro do ano passado. Segundo Aras, o modelo adotado nas últimas eleições reduzem o acesso das legendas pequenas no Legislativo, o que afetaria o “pluripartidarismo e o princípio da igualdade de chances”.

“A exigência de que partidos políticos e federações partidárias alcancem 80% do quociente eleitoral e candidato com votação nominal de 20% desse quociente, para participarem da distribuição de cadeiras remanescentes, não há de ser aplicada na terceira etapa de distribuição de cadeiras da casa legislativa, sob pena de interditar o acesso, em espaço já significativamente reduzido, das pequenas legendas no sistema proporcional, em afronta ao pluripartidarismo e ao princípio da igualdade de chances”, disse o ex-PGR.

Fonte: Bem Paraná com informações do Estadão Conteúdo

Conselho de Ética da Alep aprova punição de advertência por escrito ao deputado do PT Renato Freitas

Renato Freitas (PT): .deputado diz que não cabe advertência para quem falou a verdade. (Valdir Amaral/Alep)

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou a punição de advertência por escrito ao deputado Renato Freitas (PT) por quebra de decoro. A votação foi nesta manhã de terça-feira, 20 de fevereiro. Votaram pela advertência, além do próprio relator do processo, o corregedor da Alep, Artagão de Mattos Leão, e Tercílio Turini. O placar terminou em 3 x 2 a favor da punição.

Durante a votação do mérito do processo contra Freitas, apenas o deputado Paulo Rogério do Camargo acompanhou o voto da parlamentar pela absolvição do petista. Os demais componentes do conselho seguiram o parecer do relator Matheus Vermelho, que pedia uma advertência por escrito.


O caso


O processo contra Renato Freitas foi protocolado pelo presidente da Casa, Ademar Traiano. No ano passado, ambos tiveram embate durante uma sessão. Em meio à discussão, Freitas teve a palavra cassada e respondeu chamando o presidente da Casa de corrupto. Semanas depois, ele trouxe à tona um caso de corrupção no qual Traiano aparece como réu confesso.


No final do ano passado, dentro do Conselho de Ética, a deputada Ana Júlia (PT) formulou voto em separado no qual pediu o arquivamento do processo e a absolvição do deputado. “Entendemos que ele apenas cumpriu o seu dever enquanto deputado e denunciou um caso de corrupção que chegou ao seu conhecimento. Não tem cabimento que ele seja perseguido e retaliado por isso”.


Após os membros do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná aprovarem advertência por escrito contra Renato Freitas (PT) nesta terça-feira, dia 20, a deputada Ana Júlia Ribeiro pediu a prescrição do processo. De acordo com ela, o julgamento excedeu os prazos regimentais.


O questionamento será agora avaliado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). “O caso acabou em 15 de fevereiro e deve ser arquivado, pois está prescrito. Não podemos ferir os princípios da legalidade e continuar com esse processo”, afirmou a deputada.


Para sustentar o argumento pela prescrição, a deputada afirma que a data de início da contagem do prazo se iniciou em 20 de outubro e não no dia 30, como queriam os demais componentes do Conselho.


Fonte: Bem Paraná

 

Lira deverá engavetar pedido de impeachment de Lula, que já tem 113 assinaturas; 32 são de parlamentares da base

 O impeachment de Lula foi desencadeado após o petista fazer uma comparação polêmica entre a guerra em Gaza e o Holocausto, o que resultou em uma crise diplomática com Israel

Na Câmara dos Deputados, 108 assinaturas foram reunidas para um pedido de impeachment do presidente Lula, que deverá ser protocolado nesta terça-feira (20). O destino do pedido é certo: repousar em alguma gaveta do gabinete de Arthur Lira, informa Guilherme Amado, no Metrópoles.

Pelo menos 32 deputados de partidos da base aliada de Lula já assinaram o pedido. Eles são filiados ao PP, MDB, União Brasil, Republicanos e PSD, que indicaram ministros do atual governo, informa Paulo Cappelli.

O presidente da Câmara tem mantido silêncio público sobre suas intenções em relação ao pedido contra o presidente, mas os aliados próximos a ele especulam que Lira não tomará nenhuma ação imediata e simplesmente deixará o documento de lado.

Em outras palavras, aceitar o pedido está fora de cogitação, e o arquivamento também não parece ser uma opção, o que iria contrariara  oposição na Câmara.

O impeachment de Lula foi desencadeado após o petista fazer uma comparação polêmica entre a guerra em Gaza e o Holocausto, o que resultou em uma crise diplomática com Israel. A oposição argumenta que essa atitude expôs o Brasil ao risco de conflito armado, configurando um crime de responsabilidade.

Fonte: Agenda do Poder com informações das colunas dos jornalistas Guilherme Amado e Paulo Cappelli, no Metrópoles

Malafaia se revolta e ameaça Lula após críticas ao genocídio palestino

 Pastor bolsonarista articula a ofensiva evangélica contra o governo do presidente Lula

SIlas Malafaia (Foto: Lula Marques/AgênciaPT)

O pastor evangélico e bolsonarista Silas Malafaia resolveu disparar ameaças contra o presidente Lula. Ele se revoltou com as críticas do chefe de Estado à guerra de Israel contra a Palestina, que já deixou mais de 29 mil mortos. 

Por conta das críticas contundentes do presidente Lula aos ataques promovidos pelo governo israelense de extrema direita em Gaza, Tel Aviv decidiu atacar o chefe de Estado brasileiro, declarando-o persona non grata. Em resposta, o embaixador de Israel no Brasil foi convocado pelo Itamaraty para dar explicações.

Dessa forma, Malafaia foi citado pelo portal IG como dizendo: “Lula, se você não se arrepender dessas asneiras que você falou, o seu fim será trágico. Fica aqui o meu protesto e o meu repúdio a uma palavra idiota como essa”. 

Fonte: Brasil 247 com informações do portal IG

Dino herdará ação sobre descriminalização do aborto no STF

 No entanto, como Rosa Weber já votou favoravelmente, o futuro ministro da Corte poderá votar apenas em eventuais recursos, por exemplo

Flávio Dino (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

 Quando assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro Flávio Dino irá herdar uma série de ações relatadas por sua antecessora, Rosa Weber. A posse está agendada para quinta-feira (22). 

Parte das ações também seriam relatadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF. Contudo, ele decidiu não levar consigo alguns casos quando assumiu a presidência da Corte.

No acervo que Dino assumirá, está a ação sobre a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação, que já teve voto favorável de Weber, em setembro do ano passado. 

Portanto, Dino poderá votar somente em eventuais recursos, assinala a reportagem da CNN Brasil, que também destaca que o futuro ministro do STF terá em suas mãos uma ação contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e um pedido de investigação contra Jair Bolsonaro (PL) pela conduta durante a pandemia de Covid-19. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Defesa de Bolsonaro vai pedir ao STF para que ele retome contato com presidente do PL

 Defesa já havia alegado que Bolsonaro é o principal cabo eleitoral do partido e que as restrições estavam prejudicando a legenda nas eleições municipais

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube)

A defesa de Jair Bolsonaro está preparando uma nova petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de reverter a ordem do ministro Alexandre de Moraes, que impede o ex-mandatário de manter contato com Valdemar Costa Neto, presidente da legenda. A informação é da CNN Brasil.

Na semana passada, a defesa já havia solicitado a suspensão da proibição, alegando que Bolsonaro é o principal cabo eleitoral do partido e que as restrições estavam prejudicando a sigla nas eleições municipais. No entanto, Moraes negou o pedido.

A proibição de comunicação entre Bolsonaro e Costa Neto foi estabelecida no contexto da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (8) com o objetivo de apurar a tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro foi intimado a comparecer à PF na próxima quinta-feira (22) para prestar esclarecimentos sobre a suposta trama golpista.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Nada é mais importante do que interromper a escalada da violência e o ciclo de mortes na Palestina, diz Silvio Almeida

 “Lula usa sua autoridade para que toda a comunidade internacional olhe pelo povo palestino no exato momento em que o governo israelense ameaça invadir Rafah, diz o ministro

Lula e Silvio Almeida (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, defendeu a fala do presidente Lula sobre o genocídio do povo palestino por Israel. Em sua conta no X, antigo Twitter, Almeida destacou o posicionamento do governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula, que “desde o primeiro momento condenou os ataques do Hamas e clamou pela libertação incondicional de todos os reféns”. Almeida relembrou, inclusive, que o Brasil, “no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU, foi o Brasil quem colocou em votação a proposta de um cessar-fogo imediato, infelizmente vetada pelos Estados Unidos”.

“O presidente Lula, portanto, levanta sua voz e usa sua autoridade para que toda a comunidade internacional olhe pelo povo palestino no exato momento em que o governo israelense ameaça invadir a cidade de Rafah por terra, em prenúncio de uma tragédia sem precedentes para a Palestina e que certamente trará terríveis consequências para toda a humanidade”, escreveu.

Ministro Silvio Almeida, em seu X - Nada, absolutamente nada, é mais importante do que interromper a escalada da violência e o ciclo de mortes que têm destroçado a vida, em especial, de pessoas inocentes, mulheres e crianças.

O governo brasileiro, sob a liderança do Presidente Lula, desde o primeiro momento condenou os ataques do Hamas (que sem meias palavras, classificou de "terroristas"), e clamou pela libertação incondicional de todos os reféns. No exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU, foi o Brasil quem colocou em votação a proposta de um cessar-fogo imediato, infelizmente vetada pelos Estados Unidos.

Hoje, em Gaza, há milhares de crianças mortas e famílias desabrigadas, vivendo em condições desumanas e sendo forçadamente deslocadas. São pessoas sem acesso à saúde, à energia elétrica e à água potável e que, mesmo antes da guerra, já viviam há décadas sob a lógica do estado de sítio e do estado de exceção permanentes, característica do que se denominou de necropolítica. Repito: nada pode ser mais urgente do que interromper as manifestas violações ao direito humanitário e nada, absolutamente nada, pode nos indignar mais do que a situação pelas quais passam as pessoas - todas as pessoas, sem exceção - afetadas por esta violência.

Estive honrosamente ao lado do Presidente Lula em sua viagem à África e foi lá, naquele continente, onde as técnicas de vários genocídios passados e atuais foram testadas sobre as populações negras - inclusive os praticados em solo europeu -, que o Presidente Lula reiterou em seu discurso na 37ª Cúpula da União Africana o seu veemente repúdio aos atos terroristas do Hamas e ao morticínio promovido pelas incursões militares do governo de Israel. É importante que se frise o seguinte: é o governo extremista de Israel quem promove o massacre, e não a comunidade judaica, como os oportunistas e semeadores do ódio de dentro e de fora do Brasil tentam fazer parecer. Foi na Etiópia que o Presidente Lula, na esteira da posição histórica do Brasil e em observância ao princípio da autodeterminação dos povos, renovou seu compromisso com a existência de dois Estados e declarou seu apoio à inclusão da Palestina como membro pleno das Nações Unidas.

Estas foram as palavras do Presidente Lula em sua intervenção durante a Cúpula da União Africana:

“Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população. A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino. Um Estado palestino que seja reconhecido como membro pleno das Nações Unidas”.

O presidente Lula, portanto, levanta sua voz e usa sua autoridade para que toda a comunidade internacional olhe pelo povo palestino no exato momento em que o governo israelense ameaça invadir a cidade de Rafah por terra, em prenúncio de uma tragédia sem precedentes para a Palestina e que certamente trará terríveis consequências para toda a humanidade.

Em nenhum momento o Presidente Lula manifestou-se contra o povo de Israel ou contra a comunidade judaica. Pelo contrário: Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional, que se unem ao Brasil na exigência pelo cessar-fogo diante do Conselho de Segurança da ONU.

A partir da próxima semana, o Brasil participará da 55a sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, como membro eleito, e na ocasião irá reiterar suas posições pela solução pacífica dos conflitos e pela reforma das instituições de governança global que, nas palavras do Presidente Lula, tem se mostrado incapazes de fazer valer suas decisões ou de produzir consensos entre os países.


Fonte: Brasil 247

Toffoli determina retirada de diálogos de advogado em inquérito sobre ofensas a Moraes

 Ministro atendeu a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil

Dias Toffoli (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (20) que seja retirado de relatório da Polícia Federal (PF) os diálogos entre um advogado e seu cliente, o empresário investigado por ofensas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, no ano passado, no aeroporto de Roma. 

Toffoli atendeu o pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que, na segunda-feira (19), acionou o Supremo contra o delegado da PF responsável pelo caso, Hiroshi Araújo Sakaki. A entidade alegou a quebra do sigilo nas comunicações entre o advogado e seu cliente, depois do relatório policial ter incluído os diálogos no processo. 

“O episódio contém ofensa grave às prerrogativas dos advogados. Por isso, solicitamos ao STF e à PGR providências para assegurar o sigilo das comunicações profissionais, que é protegido pela Constituição”, argumentou Beto Simonetti, presidente nacional da OAB. 

Por determinação do ministro Dias Toffoli, o inquérito sobre o caso permanecerá sob sigilo até a retirada das conversas. O advogado do empresário, Ralph Tórtima Filho, também havia pedido a retirada dos diálogos. 

O relatório final sobre o caso já foi enviado ao Supremo pelo delegado, que não indiciou ninguém, apesar de ter concluído que o empresário Roberto Mantovani Filho cometeu injúria real, uma ofensa por meio de contato físico, contra Alexandre Barci, filho de Moraes. 

Sakaki escreveu que não poderia indiciar ninguém por causa de uma instrução normativa que veda o indiciamento no caso de crimes de menor potencial ofensivo, como a injúria real. Outra justificativa foi a de que, nesse caso, a lei penal brasileira não poderia se aplicar a fatos ocorridos no exterior. 

O relatório destaca que as imagens do circuito de vigilância do aeroporto italiano mostram “com clareza” o momento em que Mantovani Filho atinge o rosto de Barci com a mão. O delegado frisou, porém, que a gravação não tem áudio, o que “compromete a plena elucidação dos fatos”, já que os depoimentos trouxeram divergência sobre o que foi dito na ocasião. 

As supostas ofensas a Moraes teriam ocorrido em julho de 2023, quando o ministro voltava da Itália com a esposa e o filho. Assim que desembarcou no Brasil, ele acionou a PF, que passou a investigar o caso. Pelos relatos do magistrado, ele teria sido chamado de “bandido” e “fraudador de eleições” pela esposa do empresário. Uma confusão teria ocorrido em seguida, com troca de tapas e empurrões. 

Desde sexta-feira (16), o Supremo julga no plenário virtual se aceita ou não um pedido da defesa do empresário e da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja retirado o sigilo do vídeo sobre o episódio. Toffoli foi o único a votar até o momento, por manter o segredo sobre a gravação. Moraes se declarou impedido. A sessão de julgamentos segue até 23 de fevereiro.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil