segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Defesa diz que Anderson Torres vai depor quinta e não poderá ficar em silêncio

 O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal foi preso por omissão nos atos golpistas

Anderson Torres (Foto: Alan Santos/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi intimado a depor nesta quinta-feira (22) na sede da Polícia Federal, em Brasília (DF). A defesa informou que ele vai comparecer e não ficará calado. O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal foi preso no início do ano passado por suposta omissão nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

"[Ele] responderá a todos os questionamentos da Polícia Federal", escreveu a defesa de Torres. "Eeafirma, assim, sua disposição para cooperar com as investigações e esclarecer toda e qualquer dúvida que houver, pois é o maior interessado na apuração isenta dos fatos", complementou, de acordo com o blog da Camila Bomfim.

A defesa informou também que o ex-ministro cumpre "rigorosamente" as medidas cautelares determinadas pela Justiça.

Em Brasília, 11 investigados vão depor: Almir Garnier, Jair Bolsonaro, Anderson Gustavo Torres, General Augusto Heleno, Marcelo Costa Câmara, Mário Fernandes, Tércio Arnaldo, Valdemar Costa Neto, Paulo Sérgio Nogueira, Cleverson Ney Magalhães e Walter Souza Braga Netto.

Fonte: Brasil 247 com informações do blog da Camila Bomfim, do G1

APUCARANA: Mutirão da dengue atende amanhã os jardins América, Nova América, Montreal, e Vila Salete

 O Mutirão de Combate à Dengue desta terça-feira (20) vai atender os jardins América, Nova América e Montreal, e ainda a Vila Salete. A orientação da prefeitura de Apucarana é para que os moradores limpem seus quintais e coloquem na calçada tudo que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito da dengue.

A cidade vive uma epidemia da doença e o mutirão faz parte de mobilização da administração municipal para eliminar locais de proliferação do Aedes Aegypti. Após comunicar antecipadamente quais os próximos bairros atendidos, os caminhões da prefeitura passam para recolher os materiais inservíveis deixados na calçada pelos moradores, tais como latas, garrafas, peças de plástico e inservíveis como móveis para descarte.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Aplicação de fumacê na zona rural exige cuidado especial com as abelhas


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) informa aos moradores dos distritos de Caixa de São Pedro, Correia de Freitas, São Pedro Taquara, e localidades rurais do Barreiro, Nova Ucrânia e São Domingos que, devido à epidemia de dengue, o carro do fumacê começa a passar nestas regiões a partir de hoje (19) à tarde. Serão cinco ciclos da aplicação do inseticida contra o mosquito Aedes aegypti, com intervalo de três dias uma da outra.

“Recomendamos que os moradores abram suas casas, protejam e troquem às águas dos animais. Pedimos uma atenção especial aos apicultores que devem adotar medidas de proteção com as abelhas durante esse período em que o fumacê vai atender essas localidades rurais”, orienta o  superintendente de vigilância em saúde da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Marcelo Viana.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Conselho dos Direitos da Mulher tem nova composição em Apucarana


 Em ato na Sala das Cerejeiras, localizado no Centro Cultural Fênix, o prefeito Júnior da Femac concedeu posse aos novos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM). Nomeadas através do Decreto Municipal nº 944/2023, integram a nova composição representantes titulares e suplentes do poder público municipal e de organizações da sociedade civil, em um total de 40 pessoas.

A eleição das novas presidente e vice-presidente irá ocorrer na primeira reunião ordinária do conselho, em data a ser confirmada. Ao assinar o decreto de posse, o prefeito Júnior da Femac pontuou que Apucarana conta com 65 mil mulheres e o trabalho exercido pelo conselho é de fundamental importância para o fortalecimento e avanço das ações públicas de proteção e empoderamento feminino.

“Apucarana é hoje uma cidade onde as mulheres têm um protagonismo muito grande. Desenvolvemos várias políticas voltadas para que todas tenham cada vez mais voz e condições de ganhar a vida e, também mais proteção, através de programas do Centro de Atendimento à Mulher (CAM), Patrulha Maria da Penha e outros em parceria com as forças de segurança e Justiça Estadual. Desta forma, precisamos muito do trabalho do conselho municipal para que tudo isso possa ter ainda mais alcance e aprimoramento. Podem contar sempre com a prefeitura, da nossa parte não vai faltar jamais empenho e recursos para as ações propostas”, assinalou o prefeito Júnior da Femac.

Na presidência do CMDM desde agosto de 2018, a secretária Municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, elencou as principais conquistas viabilizadas pelo conselho nos últimos anos e destacou o apoio às políticas para mulheres por parte da gestão do prefeito Júnior da Femac. “Um gestor que tem sensibilidade e um olhar diferenciado para as nossas causas e isso tem feito a diferença nos avanços obtidos por Apucarana na defesa e promoção dos direitos das mulheres. Faço parte da comissão estadual de mulheres gestoras de políticas públicas e por isso posso dizer com propriedade. Ainda há muita resistência em relação ao tema por parte dos prefeitos no Paraná. Apucarana é diferente e por isso é referência”, revelou Denise Canesin.

Entre os legados deixados pelo seu mandato, ela citou a reorganização do conselho municipal e criação do fundo municipal de políticas para mulheres através da Lei Municipal nº 79/2023, sancionada pelo prefeito, bem como a estruturação do Plano Municipal de Políticas Públicas para Mulheres. “Um plano construído com grande participação vários segmentos sociais e que norteia todas as ações realizadas, em realização e a realizar dentro das políticas direcionadas ás mulheres de Apucarana”, disse Denise, pontuando que o documento é fruto de um estudo que também contou com participação de várias secretarias municipais, comunidade, instituições de ensino, entre outras entidades, “trazendo propostas para que as mulheres possam ser atendidas na sua integralidade”, concluiu.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Piloto local fica em terceiro lugar no 30º Rally Transparaná


 O piloto apucaranense Romeu Eurich conquistou nesse final de semana a terceira colocação na classificação geral da categoria Big Trail (moto de estrada), durante a 30ª edição do Transparaná, o maior rally de regularidade do mundo. O campeão da categoria foi o piloto Jefferson Oscar Hecke, de Curitiba, seguido pelo também curitibano Marcos Celestino.

O evento esportivo iniciou no dia 11 de fevereiro em Guaíra, sendo encerrado nesse sábado (17/02) no Litoral do Estado. A etapa final largou da Academia Militar do Guatupê, em Curitiba, e chegou na Praça dos Namorados, em Guaratuba. O rally teve a duração de sete dias, com o comboio percorrendo quase 2 mil quilômetros.

O piloto de Apucarana, que fez a sua estreia na competição, ficou satisfeito com o resultado obtido durante a 30ª edição do rally. Na disputa do Transparaná 2024, Romeu Eurich conseguiu uma primeira posição no trecho Guaíra/Umuarama; dois segundos lugares, dois terceiros e uma quarta colocação. O apucaranense somente não ficou entre os cinco melhores colocados na etapa da última quarta-feira no trajeto entre Apucarana/Guarapuava.

“Estou muito feliz por ter participado desse grande rally, pois foi uma experiência incrível. Foram sete dias com muitas dificuldades encarando poeira, sol, calor, frio, chuva, lama, mas consciente que realizei uma boa competição. Foi bom demais, foi divertido e satisfeito por ter competido juntamente com os principais pilotos do país”, destaca Eurich.

“O Romeu Eurich está de parabéns pelo resultado alcançado em sua categoria no Rally Transparaná. Ele representou muito bem o nosso município se destacando nas várias etapas do evento e chegando em terceiro lugar na classificação geral dessa competição que contou com o incentivo do prefeito Junior da Femac”, disse o professor Tom Barros, secretário municipal de Esportes de Apucarana.

Na categoria Big Trail também participaram pilotos de São José dos Pinhais, Cascavel, Porto União-SC, Cotia-SP e Indaiatuba-SP.

Na disputa dos veículos 4×4 os campeões foram Leandro Rodrigo Riffel e Michael da Silveira Massom (Master), Dirceu Araújo Salla e Diego Araújo Salla (Graduado), Henrique Moraes Leme de Moura e Leonardo Sato (Turismo) e Ricardo Sampaio Lins e Gabriel Cunha Lins (Light).

O Rally Transparaná, que integra os Jogos de Aventura e Natureza, é uma promoção do Jeep Clube de Curitiba, em parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria de Esportes do Estado do Paraná, da Federação Paranaense de Automobilismo, da Federação Paranaense de Motociclismo, do Rally PR e da Tração e Emoção.

A prova também contou com o apoio das prefeituras de Guaíra, Umuarama, Guarapuava, Castro, Apucarana e Guaratuba; da Itaipu Binacional, Copel, Sanepar, Dispauto Autopeças, Ekron Off Road, Yokohama – Tire Shop e GS Performance.

 

Melhores colocados da edição 2024

 

RALLY 4×4

 

Categoria Master

1 – Leandro Rodrigo Riffel e Michael da Silveira Masson

2 – José Andrade Junior e Bernardo Schafer Andrade

3 – Gustavo Schmidt e Tiago Poisl

 

Categoria Graduado

1 – Dirceu Araujo Salla e Diego Araujo Salla

2 – Antonio Miranda Ribeiro Filho e Leonardo Menarim

3 – Giovani Arnaldo de Mello e Marcos Fernando Evangelista

 

Categoria Turismo

1 – Henrique Moares Leme de Moura e Leonardo Sato

2 – Denys Fernando Santos e Carlos Eduardo Santos

3 – Anselmo de Souza e Luiz Scarati Jr.

 

Categoria Light 

1- Ricardo Sampaio Lins e Gabriel Cunha Lins

2 – Bruno Trento de Bairros e Barbara Trento de Bairros

3 – Johanes Kler Felema e Elvis Felema

 

MOTOS

 

Categoria Elite

1 – Emerson Loth Bomba

2- José Américo Fiorillo

3 – Kassiano Burtett

 

Categoria Big Trail

1- Jefferson Oscar Hecke

2- Marcos Celestino

3- Romeu Eurich

 

Categoria Maxi Trail

1- Tomaz Santos

2- Johnson Sade Jr

3- Awilson Viana

 

Trail

1- Alexsander Modolon

2- Marcio Henrique Batista da Silva

3- Ewerson Zeni

 

Feminina

1- Rosa Freitag

2- Thamara de Paula Oliveira

3- Ana Claudia Magosso

 

Garupa

1- Silmar Marcelo Mica Junior e Jaqueline Rosa

2 – Gilberto Rosa e Debora Rosa

3- Fernando Jacuboski e Lais Cezovy

 Fonte: Prefeitura de Apucarana

Governo Lula alcança o melhor resultado histórico na aprovação de projetos na Câmara, aponta Quaest

 De acordo com a pesquisa, o segundo período com mais propostas aprovadas por deputados federais também aconteceu no governo do PT

Presidente Lula e plenário da Câmara (Foto: Agência Brasil | Agência Câmara)

A pesquisa Quaest apontou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu terceiro mandato, conseguiu a melhor taxa de aprovação de propostas na Câmara dos Deputados (36,6%). Em segundo lugar ficou o primeiro mandato (2003-2006) do petista (35,1%).

De acordo com as estatísticas, o terceiro percentual mais alto foi no primeiro mandato (1994-1998) do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB (29,6%). O quarto lugar foi o segundo mandato (2015-2016) da ex-presidente Dilma Rousseff, do PT (18,2%) - vítima de um golpe no último ano do seu governo, ela foi inocentada pelo Ministério Público e por uma perícia do Senado.

A quinta posição foi do segundo mandato (1998-2002) de FHC (14,0%). O segundo mandato (2007-2011) foi de Lula (12,8%). Na sétima colocação ficou o primeiro mandato (2011-2015) de Dilma (12,5%). Depois ficou Jair Bolsonaro (5,9%). Ele governou o país de 2019 a 2023.

Fonte: Brasil 247

Mangabeira Unger emite nota após notícia sobre habeas corpus preventivo em favor de Bolsonaro

 "A condenação e a prisão da maior liderança oposicionista só dificultariam a tarefa de unir o Brasil", argumenta o filósofo e ex-ministro

Mangabeira Unger (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O filósofo e ex-ministro Roberto Mangabeira Unger emitiu uma nota para esclarecer detalhes da notícia de que ele teria cogitado entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em favor de Jair Bolsonaro (PL), por meio de um pedido de habeas corpus preventivo. Leia:

Mangabeira  Unger escreve nota de esclarecimento sobre a notícia falsa publicada a respeito de pedido de habeas corpus preventivo a favor de Jair Bolsonaro

O filósofo e teórico social brasileiro Roberto Mangabeira Unger, professor da Universidade de Harvard (EUA) e estudioso da política brasileira e internacional, que por duas vezes foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil, escreveu uma nota de esclarecimento neste domingo, dia 18 de fevereiro, sobre a notícia falsa publicada a respeito de pedido de habeas corpus preventivo a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Recentemente tomei uma iniciativa que provocou alguma discussão. Escrevo esta nota para explicar a meus amigos e aos concidadãos que se interessarem porque fiz o que fiz. Escrevo também à busca de aliados para iniciativas que considero importantes para o país.

1. Faz várias décadas que o Brasil, país que transborda de vitalidade, parou. Depois de parar, se dividiu.

Lula foi eleito por um triz, contra a vontade de uma quase maioria, que preferiu apoiar a reeleição de Bolsonaro. Ele e Bolsonaro conduzem ou conduziram uma política que privilegia o rentismo financeiro, na suposição equivocada e jamais confirmada pela experiência de qualquer outro país, de que a conquista da confiança financeira resultaria em investimento que nos devolveria ao desenvolvimento. Entretanto, as contas públicas continuam a degenerar inexoravelmente, graças, inclusive, ao prêmio financeiro exigido pela política da confiança financeira.

Lula e Bolsonaro primaram por combinar o rentismo financeiro com políticas destinadas a dourar a pílula do modelo econômico para a massa de brasileiros pobres. Distribuíram o açúcar dos programas sociais sem sequer fingir que vinha junto com ações destinadas a soerguer nossa produção e a nos devolver ao crescimento. Se Lula foi mais cauteloso do que Bolsonaro em respeitar os padrões e as regras do Estado democrático de direito, tem sido também mais escancarado em abusar das práticas de cooptação. Parece acreditar que todos os brasileiros -- ricos e pobres -- estão à venda.

Ele e o antecessor aproveitaram nossa extravagante riqueza em recursos naturais para disfarçar nossa queda. A agricultura, a pecuária e a mineração pagam as contas do consumo urbano. O Brasil regressa ao primarismo produtivo.

Ele e o antecessor ocultaram tudo isso, desviando nossa atenção dos problemas estruturais do país para contrastes de concepções de conduta moral. A política identitária de uns é apenas a imagem invertida das guerras culturais de outros.

2. O mundo está mais perto da guerra. Um Brasil dividido é um Brasil em perigo.  Resistência nacional exige coesão nacional: para construir a defesa e aceitar os sacrifícios que ela impõe, formar grande força de reserva mobilizável e, quando necessário, sustentar o combate.

A divisão do país, porém, coincidiu com o empoderamento de um judiciário que aprendeu a fazer causa comum com a polícia sem levar em conta o efeito de suas investidas investigatórias sobre as instituições que asseguram nossa coesão. Não se hesita em submeter a constrangimento gente que dedicou suas vidas à defesa do Brasil. O próximo alvo será o Congresso Nacional?

3. Como se levanta um país, em condições como estas que descrevi? Nos países mais populosos do mundo, a maioria do povo continua a ser pobre e desorganizada, mas seu horizonte de aspiração é pequeno burguês. Esta pequena burguesia subjetiva -- subjetiva porque ainda luta para virar o que quer ser -- busca, por falta de outras opções, o pequeno empreendimento familiar isolado e arcaico. É anseio que não resulta em produtividade crescente e socialmente inclusiva.

Para que ocorra ''milagre de crescimento", precisa acontecer outro abalo: tem de surgir dentro da elite, composta predominantemente por rentistas, uma contra-elite, de orientação produtivista e nacionalista. E esta contra-elite há de ganhar o poder e oferecer à maioria, composta pela pequena burguesia subjetiva, alternativas condizentes com as realidades da época da economia do conhecimento e instrumentos para qualificar os serviços e a produção primitivos a que ela continua, por falta de alternativas,  reduzida.

Onde está a pequena burguesia subjetiva -- a multidão de emergentes e batalhadores, que hoje forma a vanguarda de nosso povo?

Está predominantemente nos movimentos evangélicos, com sua teologia de superação, e nos movimentos políticos identificados pelo vocabulário político convencional -- vocabulário que nosso povo despreza -- como direita. Toda a taxonomia herdada, de direita e esquerda, ofusca esses fatos. Temos que descartá-la até que a reformemos.

Estava na hora, já que uma esquerda que, sem qualquer projeto de qualificação de nosso aparato produtivo e de nossa gente, se ajoelha diante do altar do financismo fiscalista, distribui aos pobres as sobras de um orçamento dedicado, principalmente, a enriquecer os ricos, importa dos Estados Unidos uma política identitária sem nexo com nossa realidade, e prima por rejeitar qualquer reconstrução de nossas instituições econômicas e políticas, nunca mereceu ser chamada de esquerda.

4. À luz desses conceitos, comecei nos últimos meses a conversar com lideranças políticas e religiosas dos emergentes e dos batalhadores, na esperança de, com elas, ajudar a abrir um caminho que, sem preocupação com os rótulos, possa unir nosso Brasil dividido em torno de um projeto produtivista e nacionalista. Essas conversas acabaram levando a dois diálogos com o ex-Presidente Bolsonaro que coincidiram com o período em que se discutiu seu possível envolvimento no preparo de um golpe de estado. Apenas conheço o que apareceu nos jornais a esse respeito. As provas citadas me parecem frágeis, mas não era, e não é, minha tarefa avaliá-las.

Nessas conversas, o ex-Presidente se disse injustiçado. Eu lhe respondi que não era essa minha preocupação e que o que não quero é que o Brasil vire o Paquistão. A condenação e a prisão da maior liderança oposicionista só dificultariam a tarefa de unir o Brasil.

Como todo jurista brasileiro, admirava a iniciativa de Rui Barbosa em impetrar habeas corpus preventivos a favor de alguns de seus adversários.  Mas colegas e amigos que atuavam nessa área depois me mostraram que há jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que praticamente barra este caminho. Com essa jurisprudência, nossa Suprema Corte impede os vivos de imitar o glorioso exemplo dos mortos, como se quisesse lembrar a nós, brasileiros contemporâneos, que nosso destino é o do apequenamento. Mais uma vez deu razão a meu tio-avô, João Mangabeira, quando ele disse que o poder judiciário foi o que mais faltou à República.

5. Cada um fará o que entender ser correto e factível. Mas eu não tenho nem pretexto para desistir. No Brasil de hoje, até os donos dos bancos sentem medo. Ocupo cadeira vitalícia numa universidade estrangeira e não tenho qualquer interesse material a defender no país. Se eu não puder resistir e lutar, quem pode?

Trabalhemos fortes, firmes e sobretudo juntos pela hora da ressurreição nacional. Ela virá."

Fonte: Brasil 247

Carlos Siqueira, presidente do PSB, ataca Lula após fala sobre genocídio

 Embora o chefe do partido que integra a frente ampla tenha atacado o presidente, rabinos judeus têm apoiado as declarações de Lula

Carlos Siqueira  (Foto: Divulgação)

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ter ficado “chocado” com a declaração em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a morte de civis palestinos em decorrência dos ataques israelenses ao Holocausto. Desde o início da escalada do conflito, em outubro do ano passado, mais de 30 mil palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças. 

“Acho lamentável, primeiro, poque genocídio não é. Há problemas, e os problemas foram provocados por grupos terroristas que usam escudos humanos, em hospitais, e usando crianças”, disse Siqueira ao jornal O Globo. “Apenas quero dizer que fiquei chocado com a comparação, sinceramente”, ressaltou.

Ainda segundo ele, “podem ter opiniões, cada um tem o direito, mas também há as responsabilidades e as consequências (para a relação com) um país importantíssimo como Israel. Agora, o que ele vai fazer ou que deixa de fazer, não me compete fazer sugestões ao presidente da República”.

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Fonte: Brasil 247

"O silêncio dos que se acovardaram diante de Hitler não é o de Lula hoje diante do holocausto palestino", diz a Fepal

 “Lula tem razão e o mundo o apoia em sua denúncia do genocídio palestino", defende a Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL)

Lula e Faixa de Gaza destruída após ataques israelenses (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Forças de Defesa de Israel/Divulgação via REUTERS)

O presidente Lula provocou uma onda de apoio ao comparar o genocídio palestino com os horrores do holocausto euro-judeu e as políticas da Alemanha nazista na Europa. As declarações corajosas do presidente do Brasil encontraram eco na Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), que ressaltou a importância de sua postura em um momento crucial para a causa palestina.

Em nota, a Fepal destacou que a atitude de Lula não apenas traz à tona a tragédia humanitária enfrentada pelos palestinos, mas também ressalta a natureza genocida, colonial e supremacista do sionismo, comparável às práticas nazistas condenadas pela história. O apoio internacional às declarações de Lula evidencia o isolamento de Israel e a pressão sobre o governo de Netanyahu em meio aos recentes acontecimentos em Gaza.

Os números apresentados pela FEPAL são chocantes: em 135 dias de genocídio, mais de 37 mil palestinos foram mortos, representando uma proporção alarmante da população de Gaza. As comparações estatísticas colocam em perspectiva a magnitude do sofrimento, equiparando-o a uma escala de extermínio sem precedentes na história moderna.

Leia a nota na íntegra:

O presidente Lula logrou êxito ao comparar o genocídio palestino com o holocausto euro-judeu e as políticas da Alemanha nazista na Europa. Nós da FEPAL agradecemos o gesto corajoso de Lula, que em sua ação lava a alma dos palestinos e daqueles que ainda tem alguma humanidade e decência de reconhecer a magnitude da tragédia humanitária que vivemos neste momento.

E tem implicações internacionais importantíssimas.

O sionismo é uma ideologia genocida, colonial, supremacista e que impetra um apartheid sobre os palestinos. Suas táticas são tão violentas quanto as práticas nazistas e segue à risca a cartilha das ideologias supremacistas que o mundo conhece e condena. Lula, nesse sentido, ao compreender a magnitude da tragédia que Gaza vive hoje, relaciona ao infeliz acontecimento do holocausto.

Portanto, nos debruçamos à tal comparação para trazer em números uma triste realidade: o genocídio que “israel” faz na Palestina não tem precedente histórico. Basta ver os números.

Em 135 dias de genocídio (18/02/2024) na Palestina:

– Mortos: 29.398 e 8 mil corpos desaparecidos sob escombros. Total: 37.398 palestinos assassinados. Isso representa 1,68% da população de Gaza.

Aplicada porcentagem equivalente:

Em 135 dias, no mundo seriam 136 milhões de mortos em 135 dias; Na Europa, 12,6 milhões; No Brasil, cerca de 3,4 milhões de assassinados.

Nessa escala de extermínio, em 6 anos, duração da Segunda Guerra Mundial, seriam:

– 2,3 bilhões de mortos no mundo. – 214 milhões de mortos na Europa, 3 vezes mais que na Segunda Guerra Mundial.

– 58,5 milhões de mortos no Brasil.

Falando apenas de crianças, “israel” mata, proporcionalmente, no mínimo 236 vezes mais crianças que a Segunda Guerra Mundial.

Se os números não te bastam, puxe na memória os horrores que viu em Gaza. “israel” mata em escala industrial. Uma população miserável, indefesa e composta por 73% de refugiados da Nakba entre 1947 e 1951. Factualmente, não há precedente histórico para tamanho horror. A comparação de Lula é óbvia para quem tem o mínimo de honestidade intelectual. O genocídio palestino é, factualmente, igual ou pior que holocausto euro-judaico.

No entanto, a grandeza de Lula não está só na coragem de dizer o óbvio, mas também no “timining“! “israel” está prestes a invadir Rafah, extremo sul de Gaza e que abriga mais de 1,5 milhões de palestinos em tendas. Ao mesmo tempo, o maior campo de refugiados da história, um campo de concentração gigantesco e em vias de se tornar o maior campo de extermínio já visto. Nesse contexto, Lula joga os holofotes e muita pressão internacional em Netanyahu em um momento-chave da história e do genocídio palestino, o primeiro televisionado, testemunhado por bilhões de pessoas nas telas de TV, computadores e celulares, páginas de jornais e revistas, na locução de rádios, púlpitos e praças públicas.

A falta de condenação internacional, principalmente dos aliados ocidentais de Netanyahu, às declarações de Lula, escancaram o isolamento internacional de “israel” e dão ao presidente brasileiro apoio, no mínimo, tácito.

Em última instância, o gesto de Lula pode ter freado – ou ao menos retardado – a invasão a Rafah. Isso é gigantesco.

A Causa Palestina é hoje o epicentro da luta anticolonial no mundo. Lula reafirma sua posição como liderança do Sul-Global e desafia o Norte-Imperial e cada vez menos global na licença concedida por este ao genocídio que “israel” promove na Palestina.

Lula pode e deve ir além: romper laços diplomáticos, suspender acordos de cooperação e liderar o Sul Global em uma campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções a “israel”. Sob o bastião de Lula, o Brasil e o Sul Global podem fazer cessar o genocídio palestino. Lula e o Brasil têm prestígio, relevância e força internacional para isso.

Podemos imaginar que se houvesse ao menos um Lula nos idos de 1939, talvez a Alemanha nazista tivesse sido parada muito antes e seus crimes, incluindo o holocausto euro-judaico não tivesse acontecido. O silêncio dos que se acovardaram diante de Hitler não é o de Lula hoje diante do holocausto palestino.

Lula tem razão. O genocídio palestino é perfeitamente comparável ao holocausto euro-judaico e deve cessar imediatamente.

Palestina livre do apartheid a partir do Brasil, dia 19 de fevereiro de 2024.

Fonte: Brasil 247


Dezessete detentos fogem de penitenciária no Piauí

 Secretaria da Justiça investiga causas e busca foragidos

Penitenciária Dom Abel Alonso Núñez, localizada na cidade de Bom Jesus, no Piauí (Foto: Reprodução/Sejus)

Dezessete presos fugiram nesta segunda-feira (19) da Penitenciária Dom Abel Alonso Núñez, localizada na cidade de Bom Jesus, no Piauí. O município fica a 610 quilômetros de Teresina, capital do estado. A Secretaria estadual de Justiça informou, em nota, o nome dos detentos e disse que está apurando as causas da fuga.

“As causas do ocorrido estão sendo investigadas através de procedimento administrativo no âmbito da Secretaria da Justiça”, diz a nota. Ainda segundo a secretaria, desde a descoberta da ocorrência, todas as forças de segurança do Estado entraram em ação em diligências para a recaptura dos foragidos.

Caso a população tenha informações dos foragidos poderá contactar a Administração Penitenciária pelo telefone (86) 99488-8133, ou as demais forças de segurança, por meio do 190, informou ainda a Secretaria da Justiça.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Samuel Braun: 'após declarações de Lula, nem mesmo os países que financiam o genocídio em Gaza defenderam Israel'

 De acordo com o professor, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu "está enfurecido e isolado"

Samuel Braun e protestos em defesa dos palestinos (Foto: Reprodução | Reuters )

O professor Samuel Braun destacou nesta segunda-feira (19) na rede social X que o governo de Israel, comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, está "isolado" após a falta de solidariedade por causa das críticas ao genocídio do povo palestino cometido por forças israelenses na Faixa de Gaza.

"Segundo dia desde que Lula comparou o genocídio que Israel realiza ao que os nazistas fizeram. Nenhum país saiu em defesa de Israel. Nem mesmo quem dá armas e bilhões de dólares pro genocídio. Israel está enfurecido e isolado. Israel declarou o Presidente do Brasil persona non grata e 'montou um circo' no museu do holocausto, segundo o Itamaraty. Por conta disso, o Brasil chamou de volta seu embaixador de tel-Aviv e exigiu a presença do embaixador de Israel em audiência com nosso Chanceler. O embaixador de Israel está numa salinha anexa onde o Brasil preside reunião do G-20, no Rio, aguardando para dar explicações", escreveu o estudioso. 

Neste domingo (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou o genocídio em Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. "É importante lembrar que, em 2010, o Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o chefe de Estado a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia.

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Fonte: Brasil 247