segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Após Lula condenar o genocídio promovido por Netanyahu, chanceler israelense diz que ele é persona non grata em Israel

 Em coletiva de imprensa na África, Lula disse que os métodos de Israel são comparáveis aos nazistas e foi apoiado por rabinos judeus

Lula e Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABIR SULTAN POOL/Pool via REUTERS)

Após os ataques dirigidos ao presidente Lula (PT) por sua fala contra o genocídio promovido pelo governo israelense contra o povo palestino na Faixa de Gaza, o ministro das Relações Exteriores do governo de Benjamin Netanyahu,  Israel Katz, declarou o mandatário brasileiro persona non grata.

"Não esqueceremos nem perdoaremos", afirmou o chanceler. "Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informe ao presidente Lula que ele está persona non grata em Israel até que se retrate de suas declarações". 

Em coletiva de imprensa durante viagem à África, Lula comparou a ação de Israel em Gaza ao massacre de Hitler contra judeus. “Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição humanitária aos palestinos, eu fico imagino qual é o nível de consciência humanitária dessa gente, de solidariedade, que não vê que na Faixa de Gaza não ocorre uma guerra, mas sim um genocído. O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus. O Brasil condenou o Hamas, mas não pode deixar de condenar o que o exército de Israel está fazendo”. Lula recebeu prontamente o apoio de um grupo de rabinos ortodoxos do Torah Judaism.

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Fonte: Brasil 247

Alckmin lamenta a morte de Abílio Diniz: "Que seu exemplo continue a inspirar as próximas gerações de empresários"

 "Sua vitalidade, dedicação ao trabalho e fé no Brasil formaram grandes lições de vida.", escreveu o presidente em exercício

Geraldo Alckmin (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, usou as redes sociais para manifestar pesar pela morte do empresário Abílio Diniz.

"Recebi com grande pesar a notícia do falecimento de Abílio Diniz, um dos maiores empresários brasileiros. Sua vitalidade, dedicação ao trabalho e fé no Brasil formaram grandes lições de vida. Que seu exemplo continue a inspirar as próximas gerações de empresários no Brasil. Transmito meus sentimentos a seus familiares e amigos.

Partido Novo aciona PGR contra Lula por ajuda humanitária à Palestina

 Sigla diz a ajuda humanitária ao povo palestino que passa fome e sofre com os bombardeios é "prática de crime de terrorismo”

(Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

 O partido Novo apresentou uma notícia-crime na Procuradoria Geral da República contra o presidente Lula (PT) pelo anúncio de doações do governo para a Agência das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados da Palestina.

Em meio a uma crise humanitária sem precedentes na Palestina, por conta dos bombardeios que iniciaram em outubro do ano passado, a orgazação foi alvo de acusações por parte do governo de Israel e é investigada por suposta colaboração com o Hamas nos ataques a Israel de 7 de outubro de 2023.

“Ao agir dessa forma, o excelentíssimo presidente da República, salvo melhor juízo, incorreu na prática de crime de terrorismo”, diz o Novo na ação.

“Por oferecer, solicitar e investir para a obtenção de recurso financeiro com a finalidade de financiar a entidade que teve como atividade secundária, mesmo em caráter eventual, a condição de partícipe na prática dos crimes de terrorismo praticados pelo grupo terrorista Hamas”. 

Em discurso no Egito, na última quinta-feira (15), Lula anunciou ajuda financeira e estimulou todos os países a manter e reforçar suas contribuições.

“No momento em que o povo palestino mais precisa de apoio, os países ricos decidem cortar ajuda humanitária à agência da ONU para os refugiados palestinos. As recentes denúncias contra funcionários da agência precisam ser devidamente investigadas, mas não podem paralisá-la”, disse o presidente.

Segundo a agência, até o final do ano passado cerca de 1,4 milhão de palestinos deslocadas internamente estavam abrigados em 155 de suas instalações em todas as cinco províncias da Faixa de Gaza.

Fonte: Brasil 247

Wadih Damous diz que Lula acertou ao comparar as ações israelenses aos métodos nazistas

 "A guerra não é de Israel contra o Hamas. A guerra é de Israel contra o povo palestino", afirmou

Wadih Damous (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, se manifestou no X em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A guerra não é de Israel contra o Hamas. A guerra é de Israel contra o povo palestino. Com razão, o presidente Lula comparou os métodos israelenses aos métodos nazistas", afirmou.

Com agenda oficial na Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva  concedeu entrevista coletiva neste domingo (18) e comparou a ação de Israel em Gaza ao massacre de Hitler contra judeus.

“Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição humanitária aos palestinos, eu fico imagino qual é o nível de  consciência humanitária dessa gente, de solidariedade, que não vê que na Faixa de Gaza não ocorre uma guerra, mas sim um genocído”, disse Lula. 

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, acrescentou. 

Lula ainda destacou que o Brasil, em 2010, foi o primeiro país a reconhecer o estado palestino. “O Brasil condenou o Hamas, mas não pode deixar de condenar o que o exército de Israel está fazendo”.

Fonte: Brasil 247

André Mendonça acusa o Brasil de "apoiar terroristas"

 “Acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente”, disse ministro do STF em culto

Ministro do STF André Mendonça (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça disse que o Brasil erra ao tomar posicionamento contrário a Israel, informa o Metrópoles. Acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente”, disse o  ministro.

Ao fazer uma pregação sobre a guerra, durante culto na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, no fim da manhã deste domingo (18), Mendonça disse que “o país tomou sua posição”. O ministro André Mendonça contou que esteve em Israel recentemente. Ele relatou que reuniu-se com o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, e falou a ele sobre a imparcialidade histórica do Brasil em relação a conflitos internacionais.

“Ele me respondeu: no mundo de hoje não há espaço para cinza. Ou é preto ou é branco. O país tomou sua posição. Em resposta, eu tomei minha posição. Eu defendo a devolução de todos os sequestrados. Acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente”, declarou o ministro do STF, que era pastor presbiteriano.

Fonte: Brasil 247 com informação do Metrópoles

Itamaraty aguarda reunião de embaixador com Israel para examinar desdobramentos da crise diplomática

 O Itamaraty espera que o governo israelense não vá além da convocação do embaixador brasileiro

Lula e Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABIR SULTAN POOL/Pool via REUTERS)

 Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter comparado as mortes de palestinos em Gaza à matança de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler, o Itamaraty mantém-se em silêncio até que se realize a conversa solicitada pelo governo israelense com o embaixador brasileiro em Tel Aviv. 

Segundo o jornal O Globo, o Itamaraty não pretende escalar a crise diplomática. Uma manifestação oficial da chancelaria brasileira só deve ocorrer após o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, se apresentar formalmente, nesta segunda-feira (19), na chancelaria de Israel. Ele foi convocado pelo governo israelense a prestar esclarecimentos, num sinal claro de descontentamento.

O governo israelense ameaçou o Brasil de reprimenda. O Itamaraty espera que o governo israelense não vá além da convocação do embaixador brasileiro, e que o assunto se esfrie com o passar dos dias. 

O Palácio do Planalto, por sua vez, emitiu por meio da SECOM uma nota na noite deste domingo, após as repercussões das declarações do presidente. "O presidente Lula condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas. O fez diversas vezes. E se opõe a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza", disse a nota, sem tratar especificamente da crise diplomática nem da convocação do embaixador do Brasil em Israel.​

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Corte Internacional de Justiça examina ocupação israelense de territórios palestinos

 Mais alta instância judicial da ONU deve examinar as raízes do conflito israelo-palestino

Soldados israelenses operam na Faixa de Gaza 18/12/2023 Divulgação via REUTERS (Foto: ISRAEL DEFENSE FORCES/Divulgação via REUTERS)

Stéphanie Maupas, RFI - Esta é uma nova guerra de seis dias, desta vez jurídica, que se inicia perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ). Ministros, diplomatas e advogados de 52 países e três organizações internacionais participam do encontro, de hoje até o dia 26 de fevereiro, no Palácio da Paz, em Haia, onde os 15 juízes do tribunal mundial estão sediados. A mais alta instância judicial da ONU deve examinar as raízes do conflito israelo-palestino.

Embora este processo não esteja relacionado ao caso movido no final de dezembro pela África do Sul, acusando Israel de cometer um genocídio contra os palestinos em Gaza, a ofensiva contra o Hamas, desde 7 de outubro, certamente estará presente nos argumentos. Enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, busca transformar a guerra em uma luta global contra o terrorismo, as audiências realizadas perante o tribunal mundial devem, inevitavelmente, situar este último episódio no contexto mais amplo do conflito.

Israel não irá se defender em Haia - O recurso à CIJ remonta a 30 de dezembro de 2022. Naquele dia, a Assembleia Geral da ONU solicitou à Corte que fornecesse um parecer jurídico sobre a legalidade ou ilegalidade da ocupação israelense e suas consequências. Duas questões foram, então, submetidas aos quinze juízes, que terão que determinar as "consequências jurídicas da violação por Israel do direito dos palestinos à autodeterminação, sua ocupação, sua colonização e sua prolongada anexação do território palestino desde 1967".

Estados voluntários enviaram memorandos escritos à corte em julho de 2023, muito antes dos ataques de 7 de outubro e as represálias que se sucederam. Apenas alguns estados forneceram uma resposta antes do prazo estabelecido pelo tribunal, em 25 de outubro. A CIJ, segue, portanto, a partir desta segunda-feira, para a última rodada de argumentos orais, desta vez presencialmente.

O Estado israelense é contra este procedimento, mas não deve se justificar perante o tribunal no Palácio da Paz. Israel afirma que o processo visa a "demonizá-lo" e que a resolução do conflito não é uma questão para a justiça internacional.

Neste 19 de fevereiro, os palestinos terão três horas para defender sua causa. Em seguida, até 26 de fevereiro, os voluntários, ou seja, os outros 51 estados e as três organizações multilaterais - União Africana, Liga Árabe e Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) - se revezarão no púlpito diante dos juízes, para breves argumentações de 30 minutos.

Uma defesa por procuração - Se o Estado de Israel se recusa a comparecer em Haia, vários países, incluindo seus aliados mais próximos, como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá, ainda assim defenderão suas posições. Os três aliados de Israel garantem que as audiências poderiam prejudicar as negociações sobre o futuro dos territórios ocupados. Eles pedem aos juízes que não forneçam detalhes sobre a situação do território ou suas fronteiras. Por outro lado, os palestinos e seus aliados, que serão mais numerosos do que a parte adversária em Haia, solicitam uma resposta precisa.

Durante seis dias, através dos argumentos da Argélia, da África do Sul, da Jordânia, da Irlanda e de outros, os males decorrentes da ocupação serão verdadeiramente examinados: apartheid, deslocamentos forçados, autodeterminação, recursos naturais, status quo da cidade sagrada, anexação de Jerusalém, impunidade e, é claro, a colonização dos territórios palestinos.

Desde os ataques de 7 de outubro, essa colonização continua em ritmo acelerado com o aval e o estímulo dos ministros de extrema direita do governo Netanyahu, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich. Vários projetos de construção foram recentemente aprovados, especialmente em Jerusalém Oriental.

No seu memorando apresentado em julho, Paris rejeita qualquer anexação, incluindo de Jerusalém, e condena claramente a colonização e as violações dos direitos humanos decorrentes da ocupação. Este documento foi apresentado em 2023, na época em que Catherine Colonna era ministra das Relações Exteriores. Não se sabe se a França vai manter essas posições.

Futuro parecer dependerá dos Estados - Mas será que a resposta dos juízes será capaz de dar impulso às tentativas de saída do impasse em que se encontra este conflito? O resultado destas audiências também depende do alcance que os Estados desejam lhe conferir. Fato é que não se pode afirmar ainda se o parecer vai ser capaz de fornecer uma base para a resolução das disputas, já que os ocidentais retomam a "solução de dois Estados" e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, recentemente rejeitou qualquer possibilidade de um Estado palestino.

Se os juízes responderem plenamente às perguntas feitas pela Assembleia Geral da ONU, o seu parecer terá influência sobre os Estados aliados próximos ou distantes de Israel, mesmo que não seja vinculativo?

Duas questões colaterais, relacionadas ao conflito em curso, também podem ser abordadas durante as audiências: a legítima defesa invocada por Israel para justificar o uso da força e a situação de Gaza, sobre a qual os juristas discordam. O enclave é considerado ocupado, enquanto as forças israelenses se retiraram do território em 2005 e impuseram um bloqueio dois anos depois?

Desde sua fundação em 1946, a Corte Internacional de Justiça emitiu 30 pareceres jurídicos e seus juízes se pronunciaram sobre a ocupação pelo menos duas vezes: no caso entre a República Democrática do Congo (RDC) e Uganda, em 2005, e quando foram consultados sobre a legalidade do "muro" construído por Israel em 2004. Neste caso, os juízes ordenaram a derrubada do muro, considerado ilegal. Foi como um ensaio para o grande debate que se inicia na segunda-feira.

Fonte: Brasil 247 com RFI

Para ministro, prisão de motoboy no RS foi racismo institucionalizado

 Silvio Almeida diz que caso pode dar base para campanha nacional

Silvio Almeida (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência Brasil - O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, criticou, neste domingo (18), a Brigada Militar de Porto Alegre, que foi acionada por um motoboy negro, após ele ser vítima de tentativa de homicídio por parte de um homem branco, ontem. Em sua conta na rede social X, o ministro afirmou que se trata de uma faceta do racismo institucionalizado ainda presente no país.

"O caso do trabalhador negro, no Rio Grande do Sul, que tendo sido vítima de agressão acabou sendo tratado como criminoso pelos policiais que atenderam a ocorrência, demostra, mais uma vez, a forma como o racismo perverte as instituições e, por consequência, seus agentes", escreveu. 

"É preciso que as instituições passem a analisar de forma crítica o seu modo de funcionamento e aceitar que em uma sociedade em que o racismo é estrutural, medidas consistentes e constantes no campo da formação e das práticas de governança antirracista devem ser adotadas. Em outras palavras, é preciso aceitar críticas e passar a adotar medidas sérias de combate ao racismo em nível institucional", acrescentou.

O ministro destacou, ainda, nas postagens, que sua pasta e a comandada por Anielle Franco, da Igualdade Racial, vão entrar em contato com as autoridades locais para acompanhar o caso e "ajudar na construção de políticas de maior alcance", indicando que podem buscar promover uma campanha de abrangência nacional, com esse propósito. A ministra Anielle Franco também se pronunciou sobre o caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais. 

Alguns dos usuários da rede X recuperaram um meme que relaciona a cor da pele da pessoa abordada pela polícia com o tratamento dispensado pelos agentes da corporação. A ferramenta digital já se tornou uma referência no contexto de denúncias de arbitrariedades e truculência praticadas contra pessoas racializadas, pois ilustra o fato de que, quanto mais escura é a pele, maior o grau de violência dos policiais.

"Recebemos com indignação as imagens da abordagem policial no Rio Grande do Sul, onde um motoboy denunciou uma tentativa de homicídio e foi ele, o denunciante, quem saiu algemado, enquanto o homem que teria cometido a agressão dialogava com os agentes, sorrindo. As imagens causaram revolta, com razão, pelos indícios de racismo institucional", escreveu a ministra. 

Diante do ocorrido, o Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul convocou uma manifestação para a tarde de hoje. A concentração está marcada para ocorrer às 15h, na Rua Oswaldo Aranha, na capital gaúcha. No material de divulgação, os organizadores do ato reafirmam o caráter pacífico do protesto e pedem a igualdade de todos os cidadãos.

Em 2023, pesquisa do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) demonstrou que nove em cada dez brasileiros (96%) identificam as pessoas pretas como as que mais sofrem racismo no país . Em segundo e terceiro lugares, foram citados os indígenas e os imigrantes africanos, respectivamente, com 57% e 38%. Ao todo, 88% dos entrevistados pelo levantamento, elaborado sob encomenda do Instituto de Referência Negra Peregum e do Projeto Seta (Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista), afirmaram concordar que essa parcela da população é mais criminalizada do que os brancos.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

"O que ocorre em Gaza, de fato, não tem paralelo desde a 2ª Guerra Mundial", diz Carol Proner

 "Mais de 28 mil mortes em Gaza dão direito a Lula – e mesmo o dever – de se pronunciar contra a barbárie", defende a jurista e professora

Carol Proner (Foto: Reprodução/Facebook)

A jurista e professora Carol Proner concordou pelo X, antigo Twitter, com o presidente Lula (PT) que, neste domingo (18), afirmou que os métodos do genocídio promovido contra o povo palestino pelo governo israelense são comparáveis aos métodos nazistas

Nesta segunda-feira (19), ela considerou que o presidente acertou ao "se pronunciar contra a barbárie" e disse que as ações de Israel contra os palestinos da Faixa de Gaza configuram "absoluta violação ao direito internacional", 'sem paralelo desde a 2ª Guerra Mundial'.

"Mais de 28 mil mortes em Gaza dão direito a Lula – e mesmo o dever – de se pronunciar contra a barbárie. No lugar de cálculo diplomáticos, vale mais perceber que algumas entidades, sentindo-se ofendidas, reafirmam exatamente o bárbaro 'direito de resposta' em absoluta violação ao direito internacional, assumindo a eliminação indistinta por bombardeamento, soterramento, asfixia indiscriminada em túneis com o uso de água e gás, morte por falta de comida e de água, e todos os cruéis tipos de ataques indiscriminados que, assumidamente, atingem crianças, mulheres e civis em geral. Não há quem hoje queira parar Netanyahu, e o que ocorre em Gaza, de fato, não tem paralelo desde a 2ª Guerra Mundial", afirmou a jurista.

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Fonte: Brasil 247

Após viagem à África, Lula faz rodada de reuniões com líderes do Congresso

 Objetivo do presidente é dissipar ruídos recentes, especialmente em relação ao veto a uma parte das emendas de comissão

Da esq. para a dir.: Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Reuters)

Após retornar de uma viagem oficial à África, o presidente Lula (PT) vai concentrar seus esforços para reforçar os laços com o Congresso Nacional. Em uma série de encontros planejados para esta semana, Lula pretende convidar líderes da Câmara dos Deputados, do Senado e dirigentes de partidos, visando melhorar a relação com o Legislativo em meio a recentes divergências, informa o jornal O Globo.

O principal objetivo desses encontros é dissipar os ruídos que surgiram, especialmente em relação ao veto presidencial a uma parte das emendas de comissão. Lula também planeja apresentar uma lista de propostas de interesse do governo, incluindo a regulamentação da reforma tributária, programas para facilitar o acesso ao crédito, projetos relacionados à transição ecológica e medidas para aumentar a arrecadação. No entanto, é justamente a última proposta que enfrenta mais resistência, especialmente após o governo editar uma Medida Provisória no final do ano passado para suspender a desoneração da folha de pagamentos e benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), autor do projeto que prorrogou a desoneração, planeja sugerir a Lula que envie as medidas por meio de projeto de lei, em vez de Medida Provisória, para permitir mais tempo de discussão e buscar um consenso com o Congresso.

Em um café da manhã realizado na sexta-feira de carnaval, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), argumentou com Lula sobre a importância de retomar os diálogos com políticos e parlamentares, sugerindo que começasse chamando os líderes partidários. Há uma avaliação por parte de aliados de Lira de que o governo ainda enfrenta dificuldades na articulação política. Além disso, há um desentendimento entre Lira e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação com o Congresso. Lira acusa o auxiliar de Lula de não cumprir acordos.

No entanto, o entorno do presidente afirma que o planejamento para as reuniões já estava em curso antes mesmo da conversa de Lula com Lira. Parlamentares, por sua vez, alertam que o governo deve agir com cautela ao se aproximar dos líderes, para não transmitir a imagem de que está desconsiderando a presidência do Senado e da Câmara, que têm o controle da pauta de votações.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Com o fim do Carnaval, Congresso debate vetos ao Orçamento, "saidinha" de presos e candidatura de militares

 O presidente Lula deverá se reunir com líderes do Congresso nesta semana para dissipar ruídos e destravar pautas de interesse do governo

Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 Encerrado o Carnaval, o Congresso Nacional volta sua atenção para uma agenda legislativa movimentada, marcada por debates que abrangem desde o Orçamento 2024 até questões de segurança pública. Na terça-feira (20), deputados e senadores se reunirão na Comissão Mista do Orçamento (CMO), onde a pauta oficial inclui a discussão de uma medida provisória que prevê a abertura de crédito extraordinário de R$ 360,9 milhões para três ministérios. No entanto, o foco principal estará nos vetos presidenciais ao Orçamento 2024, relata o jornal O Globo.

O relator da Lei Orçamentária Anual (LOA), deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), expressou sua determinação em abordar este assunto durante o encontro. Motta afirmou: "haverá uma reunião de líderes com assento na CMO, ocasião em que o tema será rediscutido. Reitero minha disposição de diálogo e de conciliação. Mas, infelizmente, na ausência de uma saída negociada, a expectativa do Congresso Nacional é derrubar o veto do Executivo em plenário". 

No Senado, a discussão se concentrará no projeto de lei que visa o fim da prática da "saidinha" de presos. A urgência dessa proposta foi aprovada antes do recesso, em uma votação rápida e simbólica. O projeto, que está em tramitação desde 2013, foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2022 e agora aguarda deliberação no Senado.

Além disso, o Senado poderá iniciar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita a candidatura de militares da ativa nas eleições. Esse tema, em debate desde a semana passada, está aguardando completar um total de cinco sessões para ir à votação.

Enquanto isso, o Congresso aguarda o envio de um projeto de lei pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para substituir a medida provisória da reoneração da folha de pagamentos, que foi editada no final do ano passado. Essa medida, que revertia a prorrogação até 2027 da desoneração dos setores mais intensivos em mão de obra do país, havia sido promulgada pelo Congresso após a derrubada de um veto do presidente Lula (PT) à proposta.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Morre Abilio Diniz, aos 87 anos

 

Abilio Diniz na sede do Grupo Pão de Açúcar — Foto: Gustavo Lourenção/ Valor

Abilio Diniz, 87 anos, morreu agora há pouco em São Paulo. Um dos empresários mais importantes e influentes do Brasil nas últimas quatro décadas, Abilio estava internado há cerca de um mês no Hospital Albert Einstein com pneumonia. Esteve na UTI do hospital em todo este período.

Abilio estava de férias em janeiro em Aspen (EUA), se recuperando de duas cirurgias no joelho. Lá, começou a passar mal e retornou ao Brasil.

Foi durante quase seis décadas presidente e controlador do grupo Pão de Açúcar, fundado por seu pai. Depois de uma feroz disputa judiciária com seu sócio francês, o Casino, vendeu em 2012 sua participação na empresa, mas não deixou o varejo de supermercado.

Tornou-se sócio do Carrefour (hoje ocupa a vice-presidência do conselho de administração do Carrefour Brasil e integra o board do Carrefour mundial, onde é um dos maiores acionistas).

A Península, a empresa de participações da família Diniz, é atualmente o segundo maior acionista do Carrefour. Detém 8,4% de participação e 13,73% do capital votante — à sua frente somente a família Moulin. Abilio era o presidente do conselho da Península.

Em 11 de dezembro de 1989, Diniz foi vítima de um sequestro em São Paulo que durou seis dias. Seus sequestradores, procedentes de vários países sul-americanos, foram presos.

Com informações do blog do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo
 (Matéria em atualização)


Tabata Amaral ataca Lula e leva reprimenda de Rogério Correia

 Depois que o presidente Lula ergueu sua voz em defesa da paz, a deputada disse que Lula "alimenta ódio"

Tabata Amaral (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

 A deputada Tabata Amaral (PSB-SP), da frente ampla que deveria dar suporte ao governo do presidente Lula, atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, neste domingo, ergueu sua voz em defesa da paz mundial e criticou o genocídio promovido por Israel contra o povo palestino. "Lamento profundamente o comentário feito hoje pelo presidente Lula. Comparar a guerra atual ao Holocausto, no qual 6 milhões de judeus foram sistematicamente assassinados pelo regime nazista, é errado e irresponsável. Precisamos sim de um cessar-fogo urgente na Palestina e da liberação dos reféns israelenses. O número de vítimas é inaceitável. Mas falas como essas só alimentam com mais ódio essa tragédia e nos afastam de seu fim", disse a deputada.

Imediatamente, ela foi repreendida pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). "Me permita polarizar com você, Tabata. O assassinato diário de crianças e mulheres desarmadas, cercadas como em um campo de concentração, é imperdoável, principalmente ao povo judeu que tanto sofreu nas mãos de Hitler, um populista de ultra direita. Netanyahu, populista de ultra direita, não tinha o direito de expor Israel desta forma", afirmou o deputado de Minas Gerais. Confira:

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Fonte: Brasil 247