sábado, 17 de fevereiro de 2024

"Brasil e África vão atuar juntos por uma nova ordem internacional", diz Lula

 Presidente discursou na Cúpula da União Africana e defende uma aproximação maior entre o continente e o Brasil, tanto econômica, como cultural

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Cúpula da União Africana, neste sábado, e defendeu uma maior aproximação entre o Brasil e o continente, tanto econômica como cultural, assim como a criação do estado palestino. Confira, abaixo, a íntegra do discurso:

É com grande alegria que volto pela vigésima primeira vez à África, agora novamente como presidente do Brasil, para me dirigir aos líderes da União Africana. Venho para reafirmar a parceria e o vínculo do nosso país e do nosso povo com este continente irmão.

A luta africana tem muito em comum com os desafios do Brasil. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos próprios caminhos na ordem internacional que surge.

Precisamos criar uma nova governança global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo.

Já não vigoram as teses do Estado mínimo. Planejar o desenvolvimento agrícola e industrial voltou a ser parte das políticas públicas em todos os quadrantes.

As transições energética e digital demandam o incentivo e a orientação dos governos.

Tentativas de restituir um sistema internacional baseado em blocos ideológicos não possuem lastro na realidade. A multipolaridade é um componente inexorável e bem-vindo do século XXI. A consolidação do BRICS como principal espaço de articulação dos países emergentes é um avanço inegável.

Sem os países em desenvolvimento não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial, que combine crescimento, redução das desigualdades e preservação ambiental, com ampliação das liberdades.

O Sul Global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta.

Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas, e que atingem sobretudo os mais pobres – e entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba. O desenvolvimento não pode ser privilégio de poucos.

Só um projeto social inclusivo nos permitirá erigir sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade nem democracia com fome e desemprego.

O momento é propício para resgatar as melhores tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana.

Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população.

A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino. Um Estado palestino que seja reconhecido como membro pleno das Nações Unidas.

De uma ONU fortalecida e que tenha um Conselho de Segurança mais representativo, sem países com poder de veto, e com membros permanentes da África e da América Latina. Há dois anos a guerra na Ucrânia escancara a paralisia do Conselho. Além da trágica perda de vidas, suas consequências são sentidas em todo o mundo, no preço dos alimentos e fertilizantes.

Não haverá solução militar para esse conflito. É chegada a hora da política e da diplomacia.

Senhoras e senhores, com seus 1 bilhão e 500 milhões de habitantes, e seu imenso e rico território, a África tem enormes possibilidades para o futuro. O Brasil quer crescer junto com a África, mas sem ditar caminhos a ninguém.

O povo brasileiro está recuperando sua soberania política e econômica. Estamos adotando um projeto de transformação ecológica, que nos permitirá dar um salto histórico. Estamos resgatando nossa democracia, tornando-a cada vez mais participativa.

Com o Bolsa Família e outras políticas públicas bem-sucedidas voltaremos a sair do mapa da fome, retirando milhões de brasileiros da pobreza. Falar de “Educação Inclusiva”, tema desta Cúpula, é falar de futuro. No mundo, quase 250 milhões de crianças estão fora da escola. No Brasil, estamos implantando escolas em tempo integral, além do pagamento de uma poupança para os alunos mais pobres do ensino médio, como forma de reduzir a evasão escolar.

Tenho o orgulho de dizer que milhares de africanos concluíram seus estudos no Brasil. Mas vamos fazer ainda mais. Vamos ampliar o número de bolsas ofertadas para receber estudantes africanos em nossas instituições públicas de ensino superior.

Estamos dispostos a desenvolver programas educacionais na África e a promover intenso intercâmbio de professores e pesquisadores. Vamos colaborar para que a África possa se tornar independente na produção de alimentos e energia limpa.

São 400 milhões de hectares espalhados por mais de 25 países, com potencial de fazer deste continente um grande celeiro para o mundo, viabilizando políticas de combate à fome e produção de biocombustíveis.

Quero igualmente estender nossa parceria para a área da saúde. Há muito a aprender com as estratégias sanitárias de ambos os lados, e a possibilidade de estruturar sistemas públicos robustos e de alcance amplo.

Vamos trabalhar com o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças para enfrentar doenças tropicais negligenciadas. Teremos como meta a ampliação do acesso a medicamentos, evitando a repetição do “apartheid” de vacinas que vimos na COVID-19.

Cuidar também da saúde do planeta é nossa prioridade. O imperativo de proteger as duas maiores florestas tropicais do mundo, a Amazônica e a do Congo, nos torna protagonistas na agenda climática.

Os instrumentos internacionais hoje existentes são insuficientes para recompensar de forma eficaz a proteção das florestas, sua biodiversidade e os povos que vivem, cuidam e dependem desses biomas.

Com a recuperação de áreas degradadas, podemos criar um verdadeiro cinturão verde de proteção das florestas do Sul Global. Em conjunto com parceiros africanos, o Brasil quer desenvolver e construir uma família de satélites para monitorar o desmatamento.

Para levar adiante todas essas iniciativas vamos criar um posto avançado de cooperação junto à União Africana em setores como pesquisa agrícola, saúde, educação, meio ambiente e ciência e tecnologia.

Nossa representação diplomática em Adis Abeba contará em breve com funcionários de órgãos governamentais como a Agência Brasileira de Cooperação, a EMBRAPA e a FIOCRUZ, nossos órgãos de pesquisa e desenvolvimento em agropecuária e saúde.

Senhores e senhoras, nossos caminhos vão se reencontrar no G20, no Rio de Janeiro, e na COP 30, em Belém. A presença da União Africana como membro pleno do G20 será de grande valia. Mas ainda é necessário a inclusão de mais países do continente como membros plenos. Temos agendas comuns a defender.

É inadmissível que um mundo capaz de gerar riquezas da ordem de US$ 100 trilhões de dólares por ano conviva com a fome de mais de 735 milhões de pessoas. Estamos criando no G20 a Aliança Global contra a Fome, para impulsionar um conjunto de políticas públicas e mobilizar recursos para o financiamento dessas políticas.

Cerca de 60 países, muitos deles na África, estão próximos da insolvência e destinam mais recursos para o pagamento da dívida externa do que para a educação ou a saúde. Isso reflete o caráter obsoleto das instituições financeiras, como o FMI e o Banco Mundial, que muitas vezes agravam crises que deveriam resolver.

É preciso buscar soluções para transformar dívidas injustas e impagáveis em ativos concretos, como rodovias, ferrovias, hidroelétricas, parques de energia eólica e solar, produção de hidrogênio verde e redes de transmissão de energia. Precisamos acompanhar passo a passo a evolução das novas tecnologias.

A Inteligência Artificial não pode tornar-se monopólio de poucos países e empresas. Mas podem também constituir-se em terreno fértil para discursos de ódio e desinformação, além de causar desemprego e reforçar vieses de raça e gênero, que acentuam injustiças e discriminação.

O Brasil vai promover a interação do G20 com o Painel de Alto Nível criado pelo Secretário-Geral da ONU para apoiar as discussões sobre o Pacto Digital Global.

Esperamos, com isso, contribuir para uma governança efetiva e multilateral em Inteligência Artificial e que incorpore plenamente os interesses do Sul Global.

Minhas amigas e meus amigos, quero terminar dizendo que não há Sul Global sem a África.

Retomar a aproximação do Brasil com a África é recuperar laços históricos e contribuir para a construção de uma nova ordem mundial, mais justa e solidária. Permite-nos, sobretudo, somar esforços na superação dos desafios que temos à frente.

Fonte: Brasil 247

Malafaia diz que não será "Silinhas paz e amor" no ato contra o STF na Avenida Paulista

 Empresário da fé organizou o protesto contra as investigações que atingem Jair Bolsonaro e a extrema direita; Michelle promete "orações"

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

O empresário da fé alheia Silas Malafaia, que ataca o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que adotará uma abordagem menos agressiva em seu discurso durante a manifestação convocada por ele e Jair Bolsonaro, agendada para o dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, Malafaia reitera que não adotará uma postura de "Silinhas paz e amor".

Embora afirme que sua fala será mais branda em comparação com suas intervenções anteriores, o empresário da fé alheia ressalta que seu discurso será incisivo, porém diferenciado do tom usual de seus vídeos pessoais. Ao lado de Bolsonaro, outros nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Magno Malta (PL-ES), além dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) também estão programados para discursar durante o evento, que tem a finalidade de intimidar o Poder Judiciário.

Michelle Bolsonaro conduzirá uma oração coletiva durante a manifestação, que foi convocada em meio às investigações que atingem o ex-presidente Bolsonaro e a extrema direita. Caso Bolsonaro seja condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

PF vincula assessor de Zambelli a trama golpista com ataques às urnas

 As informações fazem parte da Operação Tempus Veritatis, deflagrada no último dia 8 para apurar as articulações de um golpe de Estado por parte do ex-presidente e seus aliados

Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/EBC)

 A Polícia Federal identificou a participação de um assessor da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na disseminação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas após a derrota de Jair Bolsonaro, com o objetivo de fomentar o ambiente para um golpe. As informações são do jornalista Aguirre Talento, no  portal UOL.

Segundo a PF, um dos eixos para criar condições para o golpe seria a disseminação de informações falsas para desacreditar as urnas eletrônicas e o processo eleitoral, criando o terreno para a contestação do resultado. Neste contexto, entra a participação do assessor de Zambelli. As informações fazem parte da Operação Tempus Veritatis, deflagrada no último dia 8 para apurar as articulações de um golpe de Estado por parte do ex-presidente e seus aliados.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal UOL

Na Etiópia, Lula condena genocídio de Israel e ressalta que "mazelas não serão resolvidas por extrema direita racista"

 O chefe do executivo ainda pediu apoio das nações africanas para a reforma do sistema de governança global

(Foto: Ricardo Stuckert)

Durante sessão de abertura da cúpula anual da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia, como líder convidado de fora do continente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar o genocídio cometido por Isarel contra os palestinos e classificou como "desproporcional" aos ataques do Hamas. O chefe do executivo ainda pediu apoio das nações africanas para a reforma do sistema de governança global, afirmando que a resposta para as “mazelas atuais não virá da extrema direita racista e xenófoba".

"O momento é propício para resgatar as melhores tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana. Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses e demandar a liberação imediata de todos os reféns", afirmou o presidente.

Lula ainda afirmou que a política e a diplomacia são as únicas formas de encerrar o outro conflito que mobiliza a comunidade internacional, a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Confira a íntegra do discurso:

É com grande alegria que volto pela vigésima primeira vez à África, agora novamente como presidente do Brasil, para me dirigir aos líderes da União Africana. Venho para reafirmar a parceria e o vínculo do nosso país e do nosso povo com este continente irmão.

A luta africana tem muito em comum com os desafios do Brasil. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos próprios caminhos na ordem internacional que surge.

Precisamos criar uma nova governança global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo.

Já não vigoram as teses do Estado mínimo. Planejar o desenvolvimento agrícola e industrial voltou a ser parte das políticas públicas em todos os quadrantes.

As transições energética e digital demandam o incentivo e a orientação dos governos.

Tentativas de restituir um sistema internacional baseado em blocos ideológicos não possuem lastro na realidade. A multipolaridade é um componente inexorável e bem-vindo do século XXI. A consolidação do BRICS como principal espaço de articulação dos países emergentes é um avanço inegável.

Sem os países em desenvolvimento não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial, que combine crescimento, redução das desigualdades e preservação ambiental, com ampliação das liberdades.

O Sul Global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta.

Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas, e que atingem sobretudo os mais pobres – e entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba. O desenvolvimento não pode ser privilégio de poucos.

Só um projeto social inclusivo nos permitirá erigir sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade nem democracia com fome e desemprego.

O momento é propício para resgatar as melhores tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana.

Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população.

A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino. Um Estado palestino que seja reconhecido como membro pleno das Nações Unidas.

De uma ONU fortalecida e que tenha um Conselho de Segurança mais representativo, sem países com poder de veto, e com membros permanentes da África e da América Latina. Há dois anos a guerra na Ucrânia escancara a paralisia do Conselho. Além da trágica perda de vidas, suas consequências são sentidas em todo o mundo, no preço dos alimentos e fertilizantes.

Não haverá solução militar para esse conflito. É chegada a hora da política e da diplomacia.

Senhoras e senhores, com seus 1 bilhão e 500 milhões de habitantes, e seu imenso e rico território, a África tem enormes possibilidades para o futuro. O Brasil quer crescer junto com a África, mas sem ditar caminhos a ninguém.

O povo brasileiro está recuperando sua soberania política e econômica. Estamos adotando um projeto de transformação ecológica, que nos permitirá dar um salto histórico. Estamos resgatando nossa democracia, tornando-a cada vez mais participativa.

Com o Bolsa Família e outras políticas públicas bem-sucedidas voltaremos a sair do mapa da fome, retirando milhões de brasileiros da pobreza. Falar de “Educação Inclusiva”, tema desta Cúpula, é falar de futuro. No mundo, quase 250 milhões de crianças estão fora da escola. No Brasil, estamos implantando escolas em tempo integral, além do pagamento de uma poupança para os alunos mais pobres do ensino médio, como forma de reduzir a evasão escolar.

Tenho o orgulho de dizer que milhares de africanos concluíram seus estudos no Brasil. Mas vamos fazer ainda mais. Vamos ampliar o número de bolsas ofertadas para receber estudantes africanos em nossas instituições públicas de ensino superior.

Estamos dispostos a desenvolver programas educacionais na África e a promover intenso intercâmbio de professores e pesquisadores. Vamos colaborar para que a África possa se tornar independente na produção de alimentos e energia limpa.

São 400 milhões de hectares espalhados por mais de 25 países, com potencial de fazer deste continente um grande celeiro para o mundo, viabilizando políticas de combate à fome e produção de biocombustíveis.

Quero igualmente estender nossa parceria para a área da saúde. Há muito a aprender com as estratégias sanitárias de ambos os lados, e a possibilidade de estruturar sistemas públicos robustos e de alcance amplo.

Vamos trabalhar com o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças para enfrentar doenças tropicais negligenciadas. Teremos como meta a ampliação do acesso a medicamentos, evitando a repetição do “apartheid” de vacinas que vimos na COVID-19.

Cuidar também da saúde do planeta é nossa prioridade. O imperativo de proteger as duas maiores florestas tropicais do mundo, a Amazônica e a do Congo, nos torna protagonistas na agenda climática.

Os instrumentos internacionais hoje existentes são insuficientes para recompensar de forma eficaz a proteção das florestas, sua biodiversidade e os povos que vivem, cuidam e dependem desses biomas.

Com a recuperação de áreas degradadas, podemos criar um verdadeiro cinturão verde de proteção das florestas do Sul Global. Em conjunto com parceiros africanos, o Brasil quer desenvolver e construir uma família de satélites para monitorar o desmatamento.

Para levar adiante todas essas iniciativas vamos criar um posto avançado de cooperação junto à União Africana em setores como pesquisa agrícola, saúde, educação, meio ambiente e ciência e tecnologia.

Nossa representação diplomática em Adis Abeba contará em breve com funcionários de órgãos governamentais como a Agência Brasileira de Cooperação, a EMBRAPA e a FIOCRUZ, nossos órgãos de pesquisa e desenvolvimento em agropecuária e saúde.

Senhores e senhoras, nossos caminhos vão se reencontrar no G20, no Rio de Janeiro, e na COP 30, em Belém. A presença da União Africana como membro pleno do G20 será de grande valia. Mas ainda é necessário a inclusão de mais países do continente como membros plenos. Temos agendas comuns a defender.

É inadmissível que um mundo capaz de gerar riquezas da ordem de US$ 100 trilhões de dólares por ano conviva com a fome de mais de 735 milhões de pessoas. Estamos criando no G20 a Aliança Global contra a Fome, para impulsionar um conjunto de políticas públicas e mobilizar recursos para o financiamento dessas políticas.

Cerca de 60 países, muitos deles na África, estão próximos da insolvência e destinam mais recursos para o pagamento da dívida externa do que para a educação ou a saúde. Isso reflete o caráter obsoleto das instituições financeiras, como o FMI e o Banco Mundial, que muitas vezes agravam crises que deveriam resolver.

É preciso buscar soluções para transformar dívidas injustas e impagáveis em ativos concretos, como rodovias, ferrovias, hidroelétricas, parques de energia eólica e solar, produção de hidrogênio verde e redes de transmissão de energia. Precisamos acompanhar passo a passo a evolução das novas tecnologias.

A Inteligência Artificial não pode tornar-se monopólio de poucos países e empresas. Mas podem também constituir-se em terreno fértil para discursos de ódio e desinformação, além de causar desemprego e reforçar vieses de raça e gênero, que acentuam injustiças e discriminação.

O Brasil vai promover a interação do G20 com o Painel de Alto Nível criado pelo Secretário-Geral da ONU para apoiar as discussões sobre o Pacto Digital Global.

Esperamos, com isso, contribuir para uma governança efetiva e multilateral em Inteligência Artificial e que incorpore plenamente os interesses do Sul Global.

Minhas amigas e meus amigos, quero terminar dizendo que não há Sul Global sem a África.

Retomar a aproximação do Brasil com a África é recuperar laços históricos e contribuir para a construção de uma nova ordem mundial, mais justa e solidária. Permite-nos, sobretudo, somar esforços na superação dos desafios que temos à frente.

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Fonte: Brasil 247

Renato Cariani se torna réu por tráfico de drogas e mais dois crimes

 Além de Cariani, outras quatro pessoas também responderão à Justiça pelos mesmos crimes

Renato Cariani (Foto: Reprodução/Flow Podcast)

 A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual e agora Renato Cariani, de 47 anos é réu em um processo em que é acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), além de Cariani, outras quatro pessoas também responderão à Justiça pelos mesmos crimes. As informações são da CNN Brasil.

A ação é decorrente da Operação Heinsberg, desencadeada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado, que revelou que a empresa Anidrol Produtos para Laboratórios, que tem Cariani e a empresária Roseli Dorth como sócios, teria fornecido insumos químicos para o tráfico de drogas e dissimulado as vendas em notas fiscais. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Jovem que matou amiga quando era adolescente é expulsa de faculdade

 Ela estudava na unidade de Campinas (SP) da instituição de ensino.

À esquerda, a universitária expulsa do curso de Medicina, que já venceu competições de tiro; à direita, Isabele Guimarães Rosa (ambas tinham 14 anos à época do crime)

Uma jovem que matou a amiga Isabele Guimarães Rosa, em 2020, com um tiro no rosto foi expulsa agora do curso de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic. A informação foi divulgada pela coluna True Crime, do jornal O Globo. Ela estudava na unidade de Campinas (SP) da instituição de ensino.

A decisão de expulsar a jovem foi tomada depois que a unidade de ensino recebeu uma denúncia feita ao Comitê de Compliance. Segundo a São Leopoldo Mandic, foi realizada uma investigação que constatou que a presença da aluna “gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico”. A jovem expulsa ainda poderá recorrer da decisão.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Na África, Lula irá se reunir com primeiro-ministro da Palestina

 Esse é o segundo giro de Lula por países da África desde que tomou posse como presidente da República

(Foto: Ricardo Stuckert)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra neste sábado (17) com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, e participa da Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia. De acordo com informações do G1, o presidente brasileiro se encontraria com António Guterres, mas o secretário-geral das Nações Unidas cancelou a viagem.

De acordo ainda com a reportagem, nesta sexta-feira (16), o presidente visitou o museu, participou de solenidade, de reuniões com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmede, e de um evento sobre financiamento climático para agricultura e segurança alimentar. Lula desembarcou na Etiópia na tarde desta quinta-feira (15).

Esse é o segundo giro de Lula por países da África desde que tomou posse como presidente da República. Ele teve atividades no Egito na quarta-feira (14) e quinta-feira (15). No ano passado, Lula passou por África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

Saiba mais - Durante sessão de abertura da cúpula anual da União Africanaem Adis Abeba, na Etiópia, como líder convidado de fora do continente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar o genocídio cometido por Isarel contra os palestinos e classificou como "desproporcional" aos ataques do Hamas. O chefe do executivo ainda pediu apoio das nações africanas para a reforma do sistema de governança global, afirmando que a resposta para as “mazelas atuais não virá da extrema direita racista e xenófoba".

"O momento é propício para resgatar as melhores tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana. Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses e demandar a liberação imediata de todos os reféns", afirmou o presidente.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Moraes mantém veto a contato entre investigados por meio de advogados

 Na determinação, o ministro manteve também a ressalva de que ela não poderá ocorrer “inclusive através de advogados

Alexandre de Moraes 05/10/23 (Foto: www.tse.jus.br)

 Após a petição apresentada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que viu ameaça de restrição ao exercício da profissão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a decisão que proíbe a comunicação entre os investigados da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 8. Na determinação que veda a comunicação entre os suspeitos de tentar um golpe de Estado, o ministro manteve também a ressalva de que ela não poderá ocorrer “inclusive através de advogados”. As informações são do portal Época.

Em resposta ao pedido protocolado pela entidade, o ministro do STF afirmou que “diversamente do alegado pelo Conselho Federal da OAB, em momento algum houve proibição de comunicação entre advogados ou qualquer restrição ao exercício da essencial e imprescindível atividade da advocacia para a consecução efetiva do devido processo legal e da ampla defesa”.

Fonte: Brasil 247

Detentos de Mossoró invadiram casa, fizeram família refém, pediram para acessar redes e roubaram celulares

 Relatório mostra depoimento da vítima, que identificou os foragidos, e ficou sob o poder dos criminosos até este sábado de madrugada

(Foto: Divulgação)

Os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró invadiram uma casa na zona rural na noite desta sexta (16), fizeram uma família refém e roubaram dois celulares. De acordo com apuração do G1, o morador relata que eles chegaram na casa por volta das 20h, simulando estarem armados. Os dois pediram para acessar as redes sociais, comida e ficaram no local até meia-noite. Na casa estavam o proprietário e a esposa dele. O morador contou que eles se identificaram dizendo que eram os fugitivos da penitenciária e usavam calças de uniforme de detento. Eles foram embora levando dois celulares e comida. “Estavam fedendo muito e com aparência suja”, contou a vítima.

Nesta sexta-feira (16) os nomes e fotos de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento - fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) - passaram a constar na lista vermelha da Interpol. Logo após a fuga, o Brasil pediu a inclusão na lista da Interpol - normalmente utilizado para cooperação entre as polícias de diferentes países quando criminosos perigosos conseguem fugir das nações onde são procurados.

Os investigadores acreditam que a recaptura de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento está próxima. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Mercadante festeja o iBest do 247: “voz fundamental contra o autoritarismo”

 Presidente do BNDES destacou o combate às narrativas hegemônicas como uma das principais qualidades do jornalismo do Brasil 247

(Foto: Reprodução | ABR)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, celebrou a conquista do prêmio iBest pelo Brasil 247 como o melhor canal de política do País no voto popular. 

Fundado em 2011 pelo jornalista Leonardo Attuch, o Brasil 247 se destaca por contar com uma equipe formada pelos jornalistas mais renomados do país e um conselho editorial composto pelos principais intelectuais brasileiros. Este veículo de comunicação foi o grande laureado com o prêmio iBest 2023. 

Mercadante enfatizou o papel central do Brasil 247 no cenário midiático nacional, ao combater as narrativas hegemônicas e o autoritarismo que cresceu nos últimos anos. 

"Tal conquista representa a vitória de um portal de notícias que teve a coragem de enfrentar narrativas hegemônicas, em um dos momentos mais difíceis da nossa democracia. Foi uma voz fundamental, nos tempos de retrocessos, de autoritarismo e de negacionismo", disse Mercadante. 

Ele ainda afirmou que, no atual momento de reconstrução atravessado pelo País, o Brasil 247 "continua na vanguarda do jornalismo independentemente e segue sendo essencial para assegurar a pluralidade do pensamento no debate público. Trata-se de um veículo compromissado com a democracia, com os direitos humanos e com a verdade dos fatos". 

"Deixo, na pessoa do jornalista Leonardo Attuch, que teve coragem, ousadia e profissionalismo para tornar realidade o projeto do 247, meus parabéns para toda a equipe".

No cenário da imprensa brasileira, o Brasil 247 é reconhecido por sua interação contínua com destacadas lideranças e pensadores do país, bem como pelo seu comprometimento com princípios como democracia integral, identidade nacional, soberania, progresso do país e o cultivo do respeito como elemento chave na linguagem e na comunicação. Destacam-se também a apreciação pela experiência acumulada de seus colaboradores, o engajamento contra o etarismo e todas as formas de discriminação baseadas em gênero e etnia.

Fonte: Brasil 247

Moro cita Veja, ataca o governo Lula e apanha nas redes (vídeo)

 Internautas cobraram a cassação e a prisão do senador

Sergio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 Ex-juiz declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) apanhou nas redes sociais após atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela fuga de detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).

Usuários da internet cobraram a cassação de Moro, que será julgado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) por abuso de poder. A data ainda não foi marcada, mas o julgamento acontecerá este ano, provavelmente.

"Você ainda não foi cassado? E quando vai ser preso? O Deltan Dallagnol ainda não foi preso mas já está apodrecendo", escreveu um perfil. "Sergio Moro na cadeia", acrescentou outra pessoa. "Marreco vai na Paulista dia 25 praquele abraço de afogado no Inelegível", complementou um internauta.

Veja a postagem de Moro que gerou polêmica: "em entrevista à VEJA, destaquei que, em 2020, nos antecipamos a um suposto plano de resgate de preso no presídio federal de Brasília. Usamos GLO, tanque e cavamos uma trincheira em torno do presídio. O Governo tem que se antecipar aos problemas e não remediá-los. A vulnerabilidade das luminárias, caminho utilizado para recente fuga, já era conhecido no ano passado e o Governo não tomou providências abrangentes".

Fonte: Brasil 247