terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Bolsonaro é "um irresponsável doentio", diz Roberto Bertholdo

 Advogado acusa Bolsonaro de irresponsabilidade por convocação de ato na Paulista: "vai à rua mesmo que existam riscos de gestos violentos. Bolsonaro é doentiamente irresponsável"

Roberto Bertholdo (Foto: Reprodução Youtube)

O advogado Roberto Bertholdo criticou a convocação e Jair Bolsonaro aos seus seguidores para encontro na Avenida Paulista no próximo dia 25 de fevereiro. Segundo Bertholdo, Bolsonaro só convocou o ato para daqui a 15 dias não por conta de agenda, mas porque "quer e precisa ter a rua cheia e para isso precisa de tempo para organizar caravanas, alimentação", escreveu o advogado em sua rede social. 

Por Roberto Bertholdo, no X (antigo Twitter) -  Bolsonaro convocou seus seguidores brancos para um ato na Paulista no final de fevereiro. O fez para daqui 15 dias, não porque ele tenha a agenda comprometida(aliás não tem e nunca teve nada para fazer). Acontece que o irresponsável quer e precisa ter a rua cheia e para isso precisa de tempo para organizar caravanas, alimentação, etc. Percebedor que o evento de 08/1 (promovido por ele e sua turma)não lhe caiu bem, virá agora com um movimento que parecerá pacífico, apesar de seus seguidores serem justamente aqueles que possuem um riquíssimo arsenal de armamentos que invejam até a polícia”.

Ele armou esses imbecis com seus fake discursos anunciando que para “proteger a pátria e o patrimônio” só as armas dariam conta. Seus seguidores, que amam os privilégios, os cabides de emprego, que não querem direitos trabalhistas para os seus empregados, que moram no Jardins, no Itaim Bibi, na Vila Nova Conceição, estarão lá em peso, pois não entenderam que tirando eles próprios, poucas são as pessoas no #Brasil que podem sonhar com uma vida digna, com salários que cabem durante os 30 dias do mês, que podem se aposentar com segurança. #Bolsonaro  teve boas chances oferecidas por sua família, mas optou por não estudar e, com sua mente conturbada por todas as espécies de complexos e desvios, enveredou todos os seus esforços para ser um aproveitador, um oportunista. E é justamente com este oportunismo(seu único talento) que ele agora chama seu gado de raça branca para ir à Paulista(vc não vê nenhum indivíduo negro nessas manifestações, salvo o fake símbolo - Hélio Negão - usado para falsamente  dar a impressão de que ele não é racista). Tudo isso somente para dar suporte a mais uma farsa: ele estaria sendo vítima dos “comunistas” e da arbitrariedade do “Xandão.

É possível antever que neste evento de mauricinhos e patricinhas #bolsonaristas, um Bolsonaro mais cuidadoso com suas palavras, pois para ele o que vai valer não serão as palavras, mas a fotografia de uma rua cheia. E potencialmente a rua estará cheia, pois ainda existem 25 a 28% de brasileiros que são #Bolsonaro. Por várias razões, nenhuma delas louvável. Mas ninguém deve se iludir, o amor dedicado a Bolsonaro é gêmeo siamês do ódio que essa gente tem de #lula. Ele não é um amor consciente, genuíno. É ódio à #Lula, ao #pobre, ao #negro, ao #nordestino, ao #gay, à #lesbica. É ódio a tudo aquilo que possa representar riscos à manutenção do “status” conquistado majoritariamente pelos privilégios.

Essa gente, os #bolsonaristas, tem um pensamento binário: tudo ser resume a ser bom ou ruim para si próprio. Só para si próprio. Assim sendo, cotas raciais, vias exclusivas para ônibus, passagens de avião a preços populares, são ruins para eles, portanto quem defende essas conquistas é inimigo deles. Filhos de prestadores de serviços na universidade? É Ruim para eles porque com mais estudo eles sairão do mercado de trabalho doméstico. Os jardins do Jardim Europa serão cortados por quem? Todo se resume a ser bom ou ruim para eles. Eles não foram ensinados a pensar no conjunto, no coletivo. Por isso essa gente binária é #bolsonarista. Não se fazem necessários grandes estudos, tudo se resume ao interesse de manter privilégios. Aproveitando-se e sabendo deste medíocre desejo binário, #bolsonaro, com a sua irresponsabilidade doentia, vai às ruas em busca da tal fotografia. Vai à rua mesmo que para este mesquinho registro fotográfico o país pague mais ainda, mesmo que existam riscos de gestos violento. Bolsonaro é doentiamente irresponsável. Um #sociopata clássico. 

Fonte: Brasil 247

Judeus dizem que Netanyahu é um nazista que precisa ser parado para evitar um genocídio

 Judeus ortodoxos do grupo Torah Judaism afirmam que o mundo inteiro deve agir contra as práticas nazistas de Benjamin Netanyahu

Netanyahu (Foto: Reuters)

Torah Judaism, no X (antigo Twitter) - Netanyahu é um líder nazista sionista assassino e genocida. Os sionistas são os nazistas de hoje. Israel não é o estado dos judeus. O mundo inteiro deveria conhecer bem estes sionistas genocidas e mentirosos.

O mundo deve agora intervir a nível nacional contra Israel, caso contrário o genocídio continuará. Os israelenses sofrem uma lavagem cerebral e vivem em mentiras, longe da verdade.

whatsapp sharing button
facebook sharing button
twitter sharing button
sharethis sharing button

Fonte: Brasil 247

Ascensão da extrema direita na França e Alemanha pode redefinir forças na União Europeia

 Previsões indicam que movimento ultraconservador poderá se tornar a terceira maior força política no Parlamento Europeu nas próximas eleições

(Foto: REUTERS/Yves Herman)

 A ascensão da extrema direita na França e na Alemanha está provocando intensos debates sobre o futuro político da União Europeia, especialmente à luz das próximas eleições para o Parlamento Europeu, previstas para junho deste ano. De acordo com o jornalista Jamil Chade, do Uol, pesquisas recentes indicam que, pela primeira vez, os partidos ultraconservadores lideram as intenções de voto ou apresentam resultados expressivos em duas das maiores economias do bloco, o que poderá alterar significativamente o equilíbrio de poder no cenário europeu.

Segundo levantamentos da Portland Communications, na França, os dois partidos de extrema direita podem conquistar até 39% dos votos, enquanto o grupo do presidente Emmanuel Macron, de centro, enfrenta uma projeção de apenas 14%. Essa mudança reflete um contexto de crescente descontentamento social, exemplificado pela recente mobilização de agricultores que ameaçaram paralisar grandes cidades do país.

Na Alemanha, a extrema direita também desponta com resultados expressivos, com projeções que indicam um aumento significativo em relação às eleições anteriores. O partido Alternativa para Alemanha (AfD), que obteve 11% dos votos em 2019, agora é estimado em 17%. Esses números colocam o AfD acima do partido de esquerda SPD, que atualmente está no poder, indicando uma possível reconfiguração do cenário político alemão.

A pesquisa também revela que o movimento ultraconservador tem ganhado terreno em outras partes da Europa. Na Itália, o partido Irmãos da Itália lidera as intenções de voto para o Parlamento Europeu, enquanto na Espanha o Vox figura em terceiro lugar nas pesquisas. Na Holanda, um grupo de extrema direita também lidera as pesquisas de opinião.

Essa tendência de crescimento da extrema direita não se limita apenas ao cenário eleitoral europeu. Movimentos ultranacionalistas e ultraconservadores têm registrado avanços em pesquisas de opinião por mais de dez meses consecutivos, indicando uma possível mudança no panorama político do continente.

Se confirmadas as projeções, os partidos ultraconservadores poderão se tornar a terceira maior força política no Parlamento Europeu, ocupando entre 98 e 100 assentos. Esse cenário pode resultar em mudanças significativas no processo legislativo da UE e no posicionamento do órgão em debates sobre questões como gênero, religião e organismos internacionais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, no UOL

Prefeitura de Salvador e Commbne lançam cartilha antirracista com dicas para foliões

 Publicação inédita oferece orientações para combater o racismo e promover a inclusão durante a folia na capital baiana

(Foto: Daniela Passos/Semur)

A Prefeitura de Salvador lançou uma cartilha de combate ao racismo destinada aos foliões que participam do Carnaval 2024 na capital baiana. Elaborado em parceria com o Instituto Commbne, o material educativo tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de evitar palavras e expressões que perpetuam o racismo, visando construir um ambiente festivo mais inclusivo e respeitoso.

Intitulada "Não deixe o racismo estragar nossa folia", a cartilha apresenta orientações didáticas para os foliões, buscando sensibilizá-los sobre a importância de eliminar práticas discriminatórias e promover a igualdade racial. Segundo Renata Vidal, secretária municipal de Comunicação, a publicação é um instrumento eficaz para abordar temas fundamentais durante o período carnavalesco, uma vez que a cidade recebe visitantes de todo o mundo.

A cartilha enfatiza a promoção da igualdade racial e o enfrentamento ao racismo como prioridades da gestão municipal. Através de políticas públicas consolidadas e intersetoriais, incluindo campanhas e ações educativas, a Prefeitura busca sensibilizar e conscientizar os cidadãos sobre a importância do respeito à diversidade. A comunicação antirracista é apontada como uma ferramenta essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

O Instituto Commbne, sediado em Salvador, destaca a importância de contribuir para o enfrentamento ao racismo durante o maior carnaval do mundo. A diretora geral da organização, Midiã Noelle, ressalta o compromisso ético com a ancestralidade e memória da população negra.

“Para o Instituto Commbne, que conecta pautas sobre comunicação, inovação, raça e etnia, contribuir para o enfrentamento ao racismo no maior carnaval do mundo, o de Salvador, é uma honra! Temos um compromisso ético com a nossa ancestralidade e memória. Por isso, precisamos cuidar dos direitos da população negra de todas as formas, sobretudo através da nossa fala e formas de expressão. Racismo é crime e comunicação é um direito humano fundamental”, destacou Noelle.

A cartilha oferece alternativas para substituir expressões racistas comuns, como incentivo para que os foliões adotem uma linguagem mais inclusiva e respeitosa durante a festa. A cartilha traz uma lista de alternativas para substituir expressões racistas, como: em vez de falar “a coisa tá preta”, usar “a coisa está complicada”, ou em bom baianês “é laranjada”. Outro exemplo é usar “difamar” ou “caluniar” em vez de “denegrir”. O encarte ainda recomenda não falar “cabelo ruim”, mas “cabelo crespo, cacheado”. E alerta: “Lembre-se: ruim é o racismo”!

Fonte: Brasil 247

Dilma critica ordem financeira global 'injusta' e destaca ascensão do BRICS como motor de transformação (vídeo)

 Presidente do Banco do BRICS afirma que a tendência é de crescimento do peso do bloco de países emergentes na economia global

(Foto: Reprodução/X)

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do BRICS, Dilma Rousseff, fez críticas à atual ordem financeira global e destacou a ascensão do bloco de países emergentes como um fator que pode reverter o que chamou de 'injustiças'. 

"O poder dos países BRICS de fato cresceu rapidamente, o que é uma boa base para entender a força que apoia o multilateralismo. Medindo com base em paridade de poder de compra, os países BRICS já representam 31,5% do PIB global, ultrapassando os países do G7, que representam 30,8%", disse Dilma ao discursar no World Government Summit, em Dubai, EAU, onde foi uma das convidadas de destaque. 

Ela afirma que a tendência é de crescimento do peso do BRICS na economia global. "Mesmo com dificuldades relacionadas à ordem financeira internacional injusta e a grande dívida dos países em desenvolvimento, as figuras do FMI são uma boa ilustração dessa nova tendência", disse. 

Em 1º de janeiro, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita tornaram-se oficialmente membros plenos dos BRICS. Antes disso, o bloco era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Fonte: Brasil 247

Protesto agrário europeu frustra o acordo com o Mercosul

 O acordo Mercosul-União Europeia tem mais detratores do que simpatias dos dois lados do Atlântico

Protesto de agricultores na França (Foto: Reuters)

Por Sergio Ferrari, de Berna, Suíça - O protesto camponês generalizado nas últimas semanas na Europa já conseguiu, entre outras exigências, a suspensão quase certa do Acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que tem mais detratores do que simpatias dos dois lados do Atlântico.

Na quarta-feira, 7 de fevereiro, as posições críticas que vinham circulando sobre esse acordo de livre comércio ficaram claras nas declarações de Maros Sefcovic, vice-presidente executivo da Comissão Europeia (CE) para o Pacto Ecológico Europeu e as Relações Interinstitucionais. No momento, segundo Sefcovic, esse acordo entre a União Europeia e o Mercosul, bloco regional formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, não pode ser finalizado. A Venezuela faz parte, mas está suspensa; enquanto o Chile, a Colômbia, o Equador, a Guiana, o Peru e o Suriname são Estados associados; a Bolívia solicitou admissão (https://www.swissinfo.ch/spa/ue-agricultura_bruselas-reitera-que-no-se-cumplen-condiciones-para-concluir-pacto-comercial-con-mercosur/49194446).

"Gostaria de confirmar que, na opinião da Comissão Europeia, as condições para a conclusão do acordo com o Mercosul não estão reunidas", disse o alto funcionário no âmbito de uma sessão plenária do Parlamento Europeu para analisar o impacto dos crescentes protestos do setor rural em muitos dos países do continente. Por sua vez, Hadja Lahbib, ministra belga dos Negócios Estrangeiros e Comércio Externo (a Bélgica preside atualmente o Conselho da UE), disse que os acordos comerciais devem permitir que os agricultores dos 27 Estados que compõem esse bloco regional "exportem para novos mercados e se diversifiquem, mas não em seu próprio prejuízo".

O Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia está em negociação desde a década de 1990. Embora um acordo anunciado por Mauricio Macri, Jair Bolsonaro, Emmanuel Macron e Angela Merkel tenha sido alcançado em 28 de junho de 2019, sua versão final não foi concluída, adotada ou ratificada pelos Estados envolvidos e, portanto, não entrou em vigor. Setores progressistas da América Latina denunciaram, então, o "sigilo" do processo de discussão do Acordo e a total falta de transparência em sua elaboração. Mesmo os parlamentos dos Estados-Membros não tinham sido informados do seu conteúdo.

Periodicamente, têm surgido propostas, principalmente da União Europeia, para acelerar a sua ratificação; no entanto, a recente mobilização camponesa em todo o continente decretou sua "morte temporária". Caso entrasse em vigor, esse acordo seria um dos mais importantes do mundo: 780 milhões de pessoas envolvidas e volumes comerciais entre 40 e 45 bilhões de euros em importações e exportações.

Vários países europeus que não fazem parte da União Europeia, como a Suíça, a Noruega, a Islândia e Liechtenstein, mas que compõem a Associação Europeia de Livre Comércio ((AECL / European Free Trade Association, EFTA), vêm negociando um acordo paralelo com o Mercosul. Também não entraria em vigor se o principal tratado dos países sul-americanos com a UE não avançasse.

‘Stop’ aos tratados de livre comércio

Uma das exigências promovidas pelas recentes manifestações agrícolas é a eliminação dos acordos de livre comércio, porque poderiam abrir a porta a produtos agroalimentares que não cumprem as normas acordadas na UE. Segundo os camponeses do Velho Mundo, trata-se de uma concorrência desleal porque os padrões latino-americanos são menos exigentes e, portanto, de menor custo de produção.

Em 29 de janeiro, a Confederação Camponesa Francesa apresentou publicamente as 20 principais reivindicações que sustentam sua participação nos protestos. As duas primeiras consistem, na verdade, em "A suspensão imediata de todas as negociações de acordos de livre comércio, incluindo a negociação com o Mercosul", bem como "A ruptura com a concorrência desleal, uma consequência direta do livre comércio, através do estabelecimento de instrumentos de proteção econômica e social para os agricultores: a regulação dos mercados agrícolas para estabilizar e garantir os preços agrícolas" (https://www.confederationpaysanne.fr/actu.php?id=14129).

Para a poderosa Confederação Francesa, a principal preocupação de seus agricultores em suas próprias terras cotidianas é ganhar uma vida decente de sua profissão e, por isso, aponta que "as políticas destinadas a produzir mais não correspondem aos problemas atuais". E insiste que é fundamental ter "políticas coerentes para assegurar a continuidade do emprego de muitos agricultores, garantir a renovação geracional e construir a nossa soberania alimentar no contexto da crise climática e ambiental". Além disso, lembra que a causa da profunda crise resultante da agitação agrícola é a remuneração do trabalho camponês e insiste que "devem ser encontradas soluções concretas para todos os agricultores, não acentuar as desigualdades no mundo agrícola".

Para a Confederação, algumas responsabilidades são nacionais; outras são europeias e outras estão ligadas ao possível impacto negativo dos tratados de liberalização assinados com outras regiões do mundo.

No mesmo dia de janeiro, a Coordenação Europeia da Via Campesina havia exigido enfaticamente a suspensão das negociações do Acordo UE-Mercosul. Ao convocar a grande mobilização do setor rural para 1º de fevereiro, em frente à sede das instituições da EU, em Bruxelas, a Via Campesina, principal plataforma internacional do campesinato, exigiu o fim imediato das negociações sobre acordos de livre comércio e a suspensão daqueles ligados à agricultura. Para essa organização, isso significa cessar as negociações com o Mercosul, não ratificar o acordo UE-Nova Zelândia e interromper as negociações em andamento com o Chile, o Quênia, o México, a Índia e a Austrália (https://www.eurovia.org/fr/%C3%A9v%C3%A8nements/appelle-a-l-action-1-feb-1100-place-de-luxembourg-des-revenus-equitables-pour-tous-les-agriculteurrices-stop-aux-accords-de-libre-echange/).

A sociedade civil levanta a sua voz

"A suspensão por parte da UE das negociações sobre um acordo de livre comércio com o Mercosul é uma coisa boa, e a Suíça e a Associação Europeia de Livre Comércio deveriam seguir o exemplo", disse Isolda Agazzi, especialista em relações comerciais da Alliance Sud (Aliança do Sul), a esse correspondente. Essa plataforma reúne as principais Organizações Não-Governamentais da cooperação suíça para o desenvolvimento.

Segundo Agazzi, "a liberalização dos produtos agrícolas levaria a uma aberração ecológica contrária aos esforços para proteger o clima. Esse Acordo é anacrônico e obsoleto. Não tem razão de ser nem de existir".

Durante anos, a Alliance Sud, que faz parte da Coalizão Suíça sobre o Mercosul, tem se oposto a esses acordos. Em 2021, já os definia como "disparates climáticos" e avaliado que "levarão a um aumento de 15% nas emissões de gases com efeito de estufa provenientes do comércio agrícola" (https://www.alliancesud.ch/fr/libre-echange-avec-mercosur-non-sens-climatique).

A Coalizão disse na época que o acordo "terá um impacto negativo tanto na situação ambiental e de direitos humanos nos países latino-americanos quanto na agricultura na Suíça". Além disso, contribuirá para a destruição progressiva das florestas tropicais e para a utilização de pesticidas perigosos, alguns dos quais são proibidos nos próprios Estados da Associação Europeia de Livre Comércio. E que também levará a um aumento das importações de carne "cuja produção não atende aos padrões suíços de bem-estar animal e contradiz as expectativas legítimas dos consumidores".

Por seu lado, a Greenpeace, que também se opõe radicalmente ao Acordo Mercosul-União Europeia, lembra que "esse acordo é muitas vezes apresentado como um acordo de 'carros por vacas' porque visa promover as exportações europeias de automóveis, embora também vise promover as de têxteis e alimentos (queijo, leite em pó, etc.). O que a Europa importa dos países do Mercosul será, fundamentalmente, carne (bovina, de frango, etc.) e etanol. Segundo a Greenpeace, "este acordo é fortemente criticado pelos agricultores europeus, que denunciam a concorrência desleal com diferentes normas ambientais, sociais ou sanitárias, bem como por associações ambientalistas, que apontam para um impacto negativo nas florestas e um fortalecimento da agroindústria".

Questionamentos das duas margens

Não faltam vozes latino-americanas que consideram que a resistência europeia ao Tratado representa uma nova virada neocolonial por parte da Europa e que antecipam que essa posição busca vampirizar as relações entre o Velho Mundo e a América Latina (https://nuso.org/articulo/mercosur-union-europea/)Em meados de 2022, a Fundação Rosa Luxemburgo, da Espanha, publicou uma "Abordagem Crítica ao Acordo UE-Mercosul", na qual argumenta que "o tratado significa insistir nas mesmas matrizes [que as atuais]: o Mercosul acentuaria seu papel de exportador de matérias-primas agrícolas e a Europa venderia carros e outros produtos industriais, desmantelando assim o tecido industrial interno da região [latino-americana]". E conclui que, "em termos gerais, saem a ganhar as multinacionais de ambos os lados, que podem produzir de forma deslocalizada, em larga escala e a um preço baixo, mas a um alto custo humano e ambiental" (https://www.rosalux.eu/es/article/2124.una-aproximaci%C3%B3n-cr%C3%ADtica-al-acuerdo-ue-mercosur.html).

O turbilhão agrário que nas últimas semanas tomou conta das estradas e ruas da maioria das capitais da Europa Ocidental se tornou um dos protestos continentais mais "globais" dos últimos anos. Com reivindicações amplas e diversas – às vezes até contraditórias--, com sotaque de esquerda ou direita, dependendo do caso e do país ou região, mas, em qualquer caso, com inegável impacto político. A liderança europeia deveria ter ouvido o protesto e feito concessões. O Tratado com o Mercosul é um dos primeiros bastiões a cair, acuado pela mobilização popular, questionado dos dois lados do Atlântico por sua falta de transparência e enfraquecido por receios de ambos os setores agropecuários, temerosos de sofrerem perdas não previstas.

Tradução: Rose Lima

Fonte: Brasil 247



Itamaraty: Ataques de Israel em Rafah terão 'graves consequências'

 Israel vem bombardeando Rafah com ataques aéreos há vários dias. A cidade é o último refúgio para mais de um milhão de palestinos que foram forçados a se deslocar para o sul

Mauro Vieira | Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel 09/10/2023 (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil | REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

O Ministério das Relações Exteriores expressou grande preocupação com o recente anúncio, por parte de autoridades israelenses, de preparação de nova operação militar terrestre em Gaza, desta vez no Sul, na região de Rafah, na fronteira com o Egito.

Tal operação, se levada a cabo, "terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito", disse a pasta em nota.

"O início dos deslocamentos forçados, primeiramente do Norte para o Sul de Gaza, a partir de 8 de outubro, é elemento indissociável da dramática crise humanitária vivida há quatro meses pela população de Gaza, e mereceu a condenação do Brasil e de boa parte dos países, à luz do direito internacional e do direito internacional humanitário. Estima-se que 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, e a maioria deles na direção de Rafah, indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses", diz o Itamaraty.

A pasta também reiterou o pedido em favor da cessação das hostilidades e da libertação dos reféns em poder do Hamas como passos para a superação da crise humanitária em Gaza. "E reafirma seu compromisso com uma solução de dois Estados, com um Estado da Palestina viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental como sua capital".

Fonte: Brasil 247

Ministros de Lula refletem lutas sociais no Carnaval

 Silvio Almeida brilhou como um dos destaques no carro abre-alas da Portela

Ministro Silvio Almeida em desfile da Portela (Foto: Reprodução/X)

 Os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) destacaram-se neste Carnaval, com o primeiro participando de desfiles com fortes mensagens políticas.

O ministro dos Direitos Humanos, que é de uma família de sambistas, marcou presença na área de concentração da escola de samba Vai-Vai, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no sábado (10), desacompanhado de assessores ou seguranças. O titular da pasta atravessou a avenida à frente do carro alegórico que exibia uma enorme réplica da estátua do bandeirante Borba Gato, completamente coberta de pichações.

Ele igualmente brilhou como um dos destaques no carro abre-alas da Portela, no Rio de Janeiro, encarnando Luiz Gama, o advogado e patrono da abolição da escravidão no Brasil.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, usou as redes sociais para falar sobre o desfile da Salgueiro na Marquês da Sapucaí, também no Rio de Janeiro. Ela ressaltou que a escola "levou a beleza e a luta do povo Ianomâmi para a avenida".

No domingo (11) a Acadêmicos do Salgueiro levou para a Sapucaí o enredo Hutukara, destacando a admiração e valorização do povo Ianomâmi.

Fonte: Brasil 247

Deputados bolsonaristas exigem punição à Vai-Vai com bloqueio de verbas públicas

 Polêmica envolve desfile da escola de samba que representou os policiais do batalhão de choque como 'demônios'

No carro da discórdia, Vai-Vai representa os policiais do batalhão de choque como demônios. (Foto: Reprodução/Instagram )

 Políticos ligados à Polícia Militar lançaram uma demanda contundente contra a tradicional escola de samba Vai-Vai, após o polêmico desfile do último sábado (10). Os deputados federais Capitão Augusto (PL-SP) e Dani Alonso, do mesmo partido, enviaram ofícios direcionados ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, clamando por medidas punitivas contra a agremiação. Em pauta, a proposta de bloqueio de recursos públicos para a Vai-Vai no próximo ano.

“Proponho que a escola de samba Vai-Vai seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada. Tal medida não apenas servirá de punição apropriada, mas também como um claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso estado”, diz ofício para Tarcísio de Freitas. O mesmo pedido foi enviado a Nunes.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito afirmou não ter recebido o ofício, porém se comprometeu a analisar a solicitação dos parlamentares.

O desfile da Vai-Vai, que abriu os trabalhos no sambódromo do Anhembi, em São Paulo, gerou controvérsias pela representação de uma ala fantasiada de policiais do batalhão de choque, utilizando chifres e asas vermelho-alaranjadas, numa alusão a demônios. Essa associação com a PM provocou indignação entre policiais e políticos, que se pronunciaram veementemente contra a escola de samba.

Em nota, a Vai-Vai esclareceu que seu enredo "Capítulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop – Um manifesto paulistano" tinha como propósito realizar uma crítica à concepção de cultura em São Paulo, que exclui manifestações como o hip hop e seus quatro elementos: breaking, graffiti, MCs e DJs. A escola ainda ressaltou que buscou homenagear e dar voz aos artistas marginalizados, destacando o histórico de repressão e marginalização sofrido pelos precursores do movimento hip hop no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo

Lula destaca relação com a África antes da viagem para o Egito e a Etiópia

 Presidente destacou a importância histórica e cultural da relação entre Brasil e África dias antes de reuniões estratégicas com novos integrantes do BRICS

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante encontro de cúpula do Brics em Johanesburgo, na África do Sul 23/08/2023 (Foto: GIANLUIGI GUERCIA/Pool via REUTERS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, através das redes sociais, sua partida rumo ao continente africano em uma missão diplomática que visa fortalecer os laços históricos e culturais entre o Brasil e as nações africanas. Lula inicia sua jornada com destino ao Egito, seguido pela Etiópia, onde participará da reunião da União Africana.

Através de seu perfil no X, (antigo Twitter), o presidente expressou seu compromisso em revitalizar a parceria estratégica entre o Brasil e o continente africano, destacando a importância dessa relação para ambos os lados.

A visita do presidente Lula ao Egito e à Etiópia ganha relevância não apenas pela sua agenda bilateral, mas também pelo contexto geopolítico em que se insere. Ambos os países recentemente se tornaram membros plenos do BRICS, o grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e agora Egito e Etiópia. A integração dessas nações africanas ao bloco econômico reforça a importância estratégica do continente para o equilíbrio global.

“Embarco para o Egito nesta terça-feira de carnaval. Na sequência visito a Etiópia para a reunião da União Africana. Sempre trabalhando junto com o Dr. Geraldo. O Brasil tem fortes relações históricas e culturais com o continente africano e devemos retomar o potencial dessa parceria”, destacou o presidente.

Fonte: Brasil 247

Manifestação de Bolsonaro contra o STF na Avenida Paulista será paga por Silas Malafaia

 Empresário da fé está pagando pelo trio elétrico que será utilizado no dia 25 de fevereiro

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

 O empresário da fé Silas Malafaia alugou um trio elétrico para um ato contra o STF. que ocorrerá no dia 25 fevereiro, na Avenida Paulista. De acordo com apuração da CNN Brasil, além de Malafaia e Bolsonaro, devem estar presentes e discursar o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). 

No entanto, o objetivo real parece ser o de promover um teste de popularidade, no momento em que ele vem sendo acossado pelo Poder Judiciário. Vestindo a camisa da CBF, que se tornou uniforme da extrema-direita, ele pediu que seus seguidores vistam a mesma camisa. Na semana passada, a operação Hora da Verdade, apreendeu seu passaporte e apresentou várias provas de sua tentativa de promover um golpe de estado para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Com Bolsonaro à beira da cadeia, Michelle desiste de viajar aos Estados Unidos com Damares

Jair Bolsonaro está sujeito a medidas restritivas, como a proibição de deixar o país e a entrega do passaporte

Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 Michelle Bolsonaro decidiu não participar de um evento nos Estados Unidos ao lado da senadora Damares Alves. Essa escolha ocorreu após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser alvo de uma operação da Polícia Federal na semana passada. A operação investiga uma suposta organização criminosa envolvida em planos contra o Estado Democrático de Direito. As autoridades identificaram a participação de Jair Bolsonaro em atividades contrárias ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e na elaboração de propostas que incluíam a prisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Como resultado, Jair Bolsonaro está sujeito a medidas restritivas, como a proibição de deixar o país e a entrega do passaporte.

De acordo com reportagem do Globo, Michelle Bolsonaro e Damares Alves planejavam uma turnê pelos Estados Unidos, incluindo palestras em diversas igrejas evangélicas americanas. Os eventos estavam marcados para acontecer entre os dias 12 e 16 deste mês em várias cidades, como Orlando, Pompano Beach, Atlanta e Boston. Os ingressos para assistir às palestras das brasileiras variavam de US$ 45 a US$ 95, com opções que incluíam até um encontro pessoal com as palestrantes.

A decisão de Michelle Bolsonaro de cancelar sua participação ocorreu em meio ao contexto político tumultuado no Brasil, com a investigação da PF envolvendo o ex-presidente e suas supostas atividades antidemocráticas. Damares Alves, por sua vez, expressou sua determinação em participar dos eventos, destacando a importância de fortalecer o movimento conservador no Brasil e no exterior.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo