terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Em reunião com Bolsonaro, ex-ministro da CGU chamou de “merda” relatório que apontava urna eletrônica como confiável

 Rosário apontou obstáculos técnicos, incluindo a complexidade do sistema de segurança das urnas. No entanto, o relatório finalizado em dezembro de 2022 não apontou nenhum problema

Em uma reunião gravada em vídeo, o ex-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) no governo Bolsonaro, Wagner Rosário, expressou sua insatisfação com um relatório em andamento na instituição que comandava. O documento, que atestava a confiabilidade das urnas eletrônicas, foi descrito por Rosário como “horrível”, “merda” e que “não falava nada com nada”, informa Camila Bomfim, no g1.

“Presidente, um ponto importante. Vou concordar com o que general falou. Eu recebi o relatório da última fiscalização da CGU, e eu não tive coragem de olhar […] Estava horrível, uma merda, não falava nada com nada. […] . Por que que esse relatório não fala nada com nada? Não entendi nada”, disse Rosário no encontro.

Rosário apontou obstáculos técnicos, incluindo a complexidade do sistema de segurança das urnas. No entanto, o relatório finalizado em dezembro de 2022 não apontou nenhum problema.

O parecer conclui que não há nenhum problema com as urnas: “No âmbito de atuação da CGU como entidade fiscalizadora, considerando o escopo de ação definido pela Controladoria e os instrumentos de fiscalização disponíveis na Resolução TSE nº 23.673/2021, não foram verificadas inconsistências no sistema eletrônico de votação entre as situações previstas e as verificadas pelas equipes”.

A reunião entre Rosário, o então presidente Jair Bolsonaro e ministros se tornou peça-chave na investigação da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Segundo a atual gestão da CGU, o relatório não foi publicado e não teve transparência sob o comando de Rosário. A existência desse parecer só foi descoberta em 2023, na administração do ministro Vinicius de Carvalho, quando houve pedido de acesso ao documento via Lei de Acesso à Informação.

Fonte: Agenda do Poder com informação da jornalista Camila Bomfim, do G1

Investigados pela PF, Ramagem e Jordy anunciam adesão a ato convocado por Bolsonaro

 

Bolsonaro viu o cerco se fechar após a operação deflagrada na última quinta-feira (8), que resultou em mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele

Deputados que estão sob investigação da Polícia Federal têm utilizado as redes sociais para aderir a uma manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o próximo dia 25 em São Paulo.

Entre os aliados políticos de Bolsonaro que declararam apoio ao evento, destacam-se o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ).

Ramagem é suspeito de envolvimento em um esquema de monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão que ele comandou durante o governo Bolsonaro. O objetivo desse monitoramento era vigiar autoridades públicas, cidadãos comuns e adversários políticos do ex-presidente.

Já Carlos Jordy foi alvo de buscas na Operação Lesa Pátria, que visa identificar pessoas envolvidas no planejamento, financiamento e incitação dos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.

Enquanto isso, Bolsonaro viu o cerco se fechar após a operação deflagrada na última quinta-feira (8), que resultou em mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele. Cinco pessoas foram presas, incluindo o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que mantinha uma arma ilegal em casa — ele foi solto no sábado (10).

Em um vídeo divulgado para promover o ato, Bolsonaro, vestindo a camisa da seleção brasileira, enfatiza que a manifestação é pacífica e visa defender o “estado democrático de direito”. Ele também pede que as pessoas vistam verde e amarelo e evitem levar faixas ou cartazes “contra quem quer que seja”.

Fonte: Agenda do Poder

Cúmplice do genocídio: Senado dos EUA aprova US$ 14 bilhões em ajuda a Israel

 A "ajuda" totaliza US$ 95,34 bilhões para a Ucrânia, Israel e Taiwan

Homem beija o cadáver de criança palestina morta por ataque israelense em no hospital Abu Yousef al-Najjar, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza (Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters)

Reuters - O Senado dos Estados Unidos, liderado pelos democratas, aprovou nesta terça-feira (13) um pacote de ajuda de US$ 95,34 bilhões para a Ucrânia, Israel e Taiwan. A tramitação enfrenta um caminho incerto na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos.

Os legisladores aprovaram a medida com 70 votos favoráveis e 29 contrários. O resultado excedeu o total de 60 votos da Casa necessários para a aprovação. O texto foi enviado para a Câmara.

Vinte e dois republicanos se juntaram à maioria dos democratas para apoiar o projeto de lei no Senado.

"Certamente faz anos, talvez décadas, que o Senado não aprova um projeto de lei que tenha um impacto tão grande, não apenas em nossa segurança nacional, não apenas na segurança de nossos aliados, mas na segurança da democracia ocidental", disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer.

A liderança da Ucrânia considera o financiamento crucial, uma vez que continua a combater os ataques russos e tenta manter sua economia, à medida que a guerra se aproxima de seu terceiro ano.

O presidente dos EUA, Joe Biden, tem pressionado pela aprovação do pacote há meses, mas tem enfrentado a oposição da linha dura republicana, especialmente na Câmara.

A votação no Senado ocorreu antes do amanhecer, depois que oito oponentes republicanos da linha dura da ajuda à Ucrânia realizaram uma maratona de discursos durante a noite que dominou o plenário da Câmara por mais de seis horas.

O pacote também inclui fundos para Israel, ajuda humanitária para os palestinos em Gaza e defesa de Taiwan.

As autoridades ucranianas alertaram sobre a escassez de armas em um momento em que a Rússia está avançando com novos ataques.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, saudou rapidamente a aprovação do projeto de lei.

"A assistência americana aproxima a paz justa na Ucrânia e restaura a estabilidade global, resultando em maior segurança e prosperidade para todos os americanos e para todo o mundo livre", disse Zelenskiy na plataforma social X.

Ambas as casas do Congresso devem aprovar a legislação antes que Biden possa assiná-la como lei.

Não está claro se o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, levará o projeto de lei à votação, já que o criticou por não ter disposições conservadoras para conter o fluxo recorde de migrantes pela fronteira entre os EUA e o México.

Os republicanos do Senado bloquearam, na semana passada, um projeto de lei que teria associado a ajuda à Ucrânia e a outros aliados com as mudanças mais abrangentes na política de fronteiras em décadas, depois que Donald Trump, o principal candidato à indicação presidencial republicana, criticou veementemente o acordo.

A legislação inclui US$ 61 bilhões para a Ucrânia, US$ 14 bilhões para Israel em sua guerra contra o Hamas e US$ 4,83 bilhões para apoiar parceiros no Indo-Pacífico, incluindo Taiwan, e impedir a agressão da China.

Também forneceria US$ 9,15 bilhões em assistência humanitária aos civis em Gaza e na Cisjordânia, na Ucrânia e em outras zonas de conflito em todo o mundo.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Fenaj repudia transmissão da Globo dos desfiles de carnaval

 Emissora foi criticada por utilizar influenciadores ao invés de jornalistas para ancoragem da transmissão: "deixou os espectadores sem informações cruciais sobre a festa"

(Foto: Charles Nisz)

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiu um comunicado de repúdio à cobertura dos desfiles de Carnaval pela Globo em 2024. A falta de informações relevantes e o despreparo dos apresentadores têm gerado insatisfação também entre os espectadores, que recorreram às redes sociais para expressar seu descontentamento, destaca o jornal Folha de S. Paulo.

Os internautas têm condenado a falta de profundidade nas informações transmitidas pela televisão, incluindo o histórico das escolas de samba e problemas que ocorreram ao longo do percurso. Para este ano, a transmissão do Carnaval do Rio de Janeiro pela emissora foi uma parceria entre as áreas de entretenimento e esporte, setores que têm mais flexibilidade com publicidade, algo não permitido na esfera jornalística.

No estúdio, a comunicação com os participantes na avenida foi coordenada por Karine Alves e Alex Escobar, mas este ano, influenciadores foram os encarregados desse papel. A Fenaj criticou essa escolha, apontando que os apresentadores estavam despreparados e desinformados, resultando em erros durante a transmissão.

"Ao abrir mão de repórteres, a emissora detentora do direito comercial de transmissão deixou os espectadores sem informações cruciais sobre a festa. A entidade enfatiza a importância essencial do trabalho jornalístico na cobertura deste evento tão importante para a cultura nacional. Por meio de reportagens, os repórteres oferecem uma visão abrangente das tradições, dos desafios e das transformações do Carnaval, proporcionando uma reflexão crítica sobre seu impacto na sociedade e enriquecendo a compreensão pública do evento", destacou a nota da Fenaj.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Bolsonaro posta foto de infância para denunciar traidores

 A foto com subtextos ameaçadores é dirigida a potenciais traidores, enquanto a PF investiga Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

(Foto: X/@jairbolsonaro)

Jair Bolsonaro foi às redes sociais postar uma foto com subtextos ameaçadores dirigidos a possíveis traidores, à medida que o cerco se fecha sobre o ex-ocupante do Palácio do Planalto. Ele é alvo de investigação da Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, quando seus apoiadores invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

A fotografia em questão, publicada na conta de Bolsonaro no X (anteriormente conhecido como Twitter), retrata ele e seu pai, Geraldo Bolsonaro, em 1960, na cidade de Ribeira (SP), em um momento de lazer onde aparecem segurando uma traíra significativamente grande, estimada em cerca de 12 kg.

A mensagem velada reflete a tensão enfrentada por Bolsonaro diante das adversidades atuais, não parecendo ser aleatória. As traíras, peixes notórios por sua agressividade e propensão a atacar inesperadamente, bem como por sua notável capacidade de se adaptar a variados ambientes, podem ser vistas como um simbolismo astuto. Essa característica do peixe é frequentemente usada como metáfora para descrever pessoas consideradas traidoras.

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Fonte: Brasil 247

Bolsonaro é "um irresponsável doentio", diz Roberto Bertholdo

 Advogado acusa Bolsonaro de irresponsabilidade por convocação de ato na Paulista: "vai à rua mesmo que existam riscos de gestos violentos. Bolsonaro é doentiamente irresponsável"

Roberto Bertholdo (Foto: Reprodução Youtube)

O advogado Roberto Bertholdo criticou a convocação e Jair Bolsonaro aos seus seguidores para encontro na Avenida Paulista no próximo dia 25 de fevereiro. Segundo Bertholdo, Bolsonaro só convocou o ato para daqui a 15 dias não por conta de agenda, mas porque "quer e precisa ter a rua cheia e para isso precisa de tempo para organizar caravanas, alimentação", escreveu o advogado em sua rede social. 

Por Roberto Bertholdo, no X (antigo Twitter) -  Bolsonaro convocou seus seguidores brancos para um ato na Paulista no final de fevereiro. O fez para daqui 15 dias, não porque ele tenha a agenda comprometida(aliás não tem e nunca teve nada para fazer). Acontece que o irresponsável quer e precisa ter a rua cheia e para isso precisa de tempo para organizar caravanas, alimentação, etc. Percebedor que o evento de 08/1 (promovido por ele e sua turma)não lhe caiu bem, virá agora com um movimento que parecerá pacífico, apesar de seus seguidores serem justamente aqueles que possuem um riquíssimo arsenal de armamentos que invejam até a polícia”.

Ele armou esses imbecis com seus fake discursos anunciando que para “proteger a pátria e o patrimônio” só as armas dariam conta. Seus seguidores, que amam os privilégios, os cabides de emprego, que não querem direitos trabalhistas para os seus empregados, que moram no Jardins, no Itaim Bibi, na Vila Nova Conceição, estarão lá em peso, pois não entenderam que tirando eles próprios, poucas são as pessoas no #Brasil que podem sonhar com uma vida digna, com salários que cabem durante os 30 dias do mês, que podem se aposentar com segurança. #Bolsonaro  teve boas chances oferecidas por sua família, mas optou por não estudar e, com sua mente conturbada por todas as espécies de complexos e desvios, enveredou todos os seus esforços para ser um aproveitador, um oportunista. E é justamente com este oportunismo(seu único talento) que ele agora chama seu gado de raça branca para ir à Paulista(vc não vê nenhum indivíduo negro nessas manifestações, salvo o fake símbolo - Hélio Negão - usado para falsamente  dar a impressão de que ele não é racista). Tudo isso somente para dar suporte a mais uma farsa: ele estaria sendo vítima dos “comunistas” e da arbitrariedade do “Xandão.

É possível antever que neste evento de mauricinhos e patricinhas #bolsonaristas, um Bolsonaro mais cuidadoso com suas palavras, pois para ele o que vai valer não serão as palavras, mas a fotografia de uma rua cheia. E potencialmente a rua estará cheia, pois ainda existem 25 a 28% de brasileiros que são #Bolsonaro. Por várias razões, nenhuma delas louvável. Mas ninguém deve se iludir, o amor dedicado a Bolsonaro é gêmeo siamês do ódio que essa gente tem de #lula. Ele não é um amor consciente, genuíno. É ódio à #Lula, ao #pobre, ao #negro, ao #nordestino, ao #gay, à #lesbica. É ódio a tudo aquilo que possa representar riscos à manutenção do “status” conquistado majoritariamente pelos privilégios.

Essa gente, os #bolsonaristas, tem um pensamento binário: tudo ser resume a ser bom ou ruim para si próprio. Só para si próprio. Assim sendo, cotas raciais, vias exclusivas para ônibus, passagens de avião a preços populares, são ruins para eles, portanto quem defende essas conquistas é inimigo deles. Filhos de prestadores de serviços na universidade? É Ruim para eles porque com mais estudo eles sairão do mercado de trabalho doméstico. Os jardins do Jardim Europa serão cortados por quem? Todo se resume a ser bom ou ruim para eles. Eles não foram ensinados a pensar no conjunto, no coletivo. Por isso essa gente binária é #bolsonarista. Não se fazem necessários grandes estudos, tudo se resume ao interesse de manter privilégios. Aproveitando-se e sabendo deste medíocre desejo binário, #bolsonaro, com a sua irresponsabilidade doentia, vai às ruas em busca da tal fotografia. Vai à rua mesmo que para este mesquinho registro fotográfico o país pague mais ainda, mesmo que existam riscos de gestos violento. Bolsonaro é doentiamente irresponsável. Um #sociopata clássico. 

Fonte: Brasil 247

Judeus dizem que Netanyahu é um nazista que precisa ser parado para evitar um genocídio

 Judeus ortodoxos do grupo Torah Judaism afirmam que o mundo inteiro deve agir contra as práticas nazistas de Benjamin Netanyahu

Netanyahu (Foto: Reuters)

Torah Judaism, no X (antigo Twitter) - Netanyahu é um líder nazista sionista assassino e genocida. Os sionistas são os nazistas de hoje. Israel não é o estado dos judeus. O mundo inteiro deveria conhecer bem estes sionistas genocidas e mentirosos.

O mundo deve agora intervir a nível nacional contra Israel, caso contrário o genocídio continuará. Os israelenses sofrem uma lavagem cerebral e vivem em mentiras, longe da verdade.

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Fonte: Brasil 247

Ascensão da extrema direita na França e Alemanha pode redefinir forças na União Europeia

 Previsões indicam que movimento ultraconservador poderá se tornar a terceira maior força política no Parlamento Europeu nas próximas eleições

(Foto: REUTERS/Yves Herman)

 A ascensão da extrema direita na França e na Alemanha está provocando intensos debates sobre o futuro político da União Europeia, especialmente à luz das próximas eleições para o Parlamento Europeu, previstas para junho deste ano. De acordo com o jornalista Jamil Chade, do Uol, pesquisas recentes indicam que, pela primeira vez, os partidos ultraconservadores lideram as intenções de voto ou apresentam resultados expressivos em duas das maiores economias do bloco, o que poderá alterar significativamente o equilíbrio de poder no cenário europeu.

Segundo levantamentos da Portland Communications, na França, os dois partidos de extrema direita podem conquistar até 39% dos votos, enquanto o grupo do presidente Emmanuel Macron, de centro, enfrenta uma projeção de apenas 14%. Essa mudança reflete um contexto de crescente descontentamento social, exemplificado pela recente mobilização de agricultores que ameaçaram paralisar grandes cidades do país.

Na Alemanha, a extrema direita também desponta com resultados expressivos, com projeções que indicam um aumento significativo em relação às eleições anteriores. O partido Alternativa para Alemanha (AfD), que obteve 11% dos votos em 2019, agora é estimado em 17%. Esses números colocam o AfD acima do partido de esquerda SPD, que atualmente está no poder, indicando uma possível reconfiguração do cenário político alemão.

A pesquisa também revela que o movimento ultraconservador tem ganhado terreno em outras partes da Europa. Na Itália, o partido Irmãos da Itália lidera as intenções de voto para o Parlamento Europeu, enquanto na Espanha o Vox figura em terceiro lugar nas pesquisas. Na Holanda, um grupo de extrema direita também lidera as pesquisas de opinião.

Essa tendência de crescimento da extrema direita não se limita apenas ao cenário eleitoral europeu. Movimentos ultranacionalistas e ultraconservadores têm registrado avanços em pesquisas de opinião por mais de dez meses consecutivos, indicando uma possível mudança no panorama político do continente.

Se confirmadas as projeções, os partidos ultraconservadores poderão se tornar a terceira maior força política no Parlamento Europeu, ocupando entre 98 e 100 assentos. Esse cenário pode resultar em mudanças significativas no processo legislativo da UE e no posicionamento do órgão em debates sobre questões como gênero, religião e organismos internacionais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, no UOL

Prefeitura de Salvador e Commbne lançam cartilha antirracista com dicas para foliões

 Publicação inédita oferece orientações para combater o racismo e promover a inclusão durante a folia na capital baiana

(Foto: Daniela Passos/Semur)

A Prefeitura de Salvador lançou uma cartilha de combate ao racismo destinada aos foliões que participam do Carnaval 2024 na capital baiana. Elaborado em parceria com o Instituto Commbne, o material educativo tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de evitar palavras e expressões que perpetuam o racismo, visando construir um ambiente festivo mais inclusivo e respeitoso.

Intitulada "Não deixe o racismo estragar nossa folia", a cartilha apresenta orientações didáticas para os foliões, buscando sensibilizá-los sobre a importância de eliminar práticas discriminatórias e promover a igualdade racial. Segundo Renata Vidal, secretária municipal de Comunicação, a publicação é um instrumento eficaz para abordar temas fundamentais durante o período carnavalesco, uma vez que a cidade recebe visitantes de todo o mundo.

A cartilha enfatiza a promoção da igualdade racial e o enfrentamento ao racismo como prioridades da gestão municipal. Através de políticas públicas consolidadas e intersetoriais, incluindo campanhas e ações educativas, a Prefeitura busca sensibilizar e conscientizar os cidadãos sobre a importância do respeito à diversidade. A comunicação antirracista é apontada como uma ferramenta essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

O Instituto Commbne, sediado em Salvador, destaca a importância de contribuir para o enfrentamento ao racismo durante o maior carnaval do mundo. A diretora geral da organização, Midiã Noelle, ressalta o compromisso ético com a ancestralidade e memória da população negra.

“Para o Instituto Commbne, que conecta pautas sobre comunicação, inovação, raça e etnia, contribuir para o enfrentamento ao racismo no maior carnaval do mundo, o de Salvador, é uma honra! Temos um compromisso ético com a nossa ancestralidade e memória. Por isso, precisamos cuidar dos direitos da população negra de todas as formas, sobretudo através da nossa fala e formas de expressão. Racismo é crime e comunicação é um direito humano fundamental”, destacou Noelle.

A cartilha oferece alternativas para substituir expressões racistas comuns, como incentivo para que os foliões adotem uma linguagem mais inclusiva e respeitosa durante a festa. A cartilha traz uma lista de alternativas para substituir expressões racistas, como: em vez de falar “a coisa tá preta”, usar “a coisa está complicada”, ou em bom baianês “é laranjada”. Outro exemplo é usar “difamar” ou “caluniar” em vez de “denegrir”. O encarte ainda recomenda não falar “cabelo ruim”, mas “cabelo crespo, cacheado”. E alerta: “Lembre-se: ruim é o racismo”!

Fonte: Brasil 247

Dilma critica ordem financeira global 'injusta' e destaca ascensão do BRICS como motor de transformação (vídeo)

 Presidente do Banco do BRICS afirma que a tendência é de crescimento do peso do bloco de países emergentes na economia global

(Foto: Reprodução/X)

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do BRICS, Dilma Rousseff, fez críticas à atual ordem financeira global e destacou a ascensão do bloco de países emergentes como um fator que pode reverter o que chamou de 'injustiças'. 

"O poder dos países BRICS de fato cresceu rapidamente, o que é uma boa base para entender a força que apoia o multilateralismo. Medindo com base em paridade de poder de compra, os países BRICS já representam 31,5% do PIB global, ultrapassando os países do G7, que representam 30,8%", disse Dilma ao discursar no World Government Summit, em Dubai, EAU, onde foi uma das convidadas de destaque. 

Ela afirma que a tendência é de crescimento do peso do BRICS na economia global. "Mesmo com dificuldades relacionadas à ordem financeira internacional injusta e a grande dívida dos países em desenvolvimento, as figuras do FMI são uma boa ilustração dessa nova tendência", disse. 

Em 1º de janeiro, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita tornaram-se oficialmente membros plenos dos BRICS. Antes disso, o bloco era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Fonte: Brasil 247

Protesto agrário europeu frustra o acordo com o Mercosul

 O acordo Mercosul-União Europeia tem mais detratores do que simpatias dos dois lados do Atlântico

Protesto de agricultores na França (Foto: Reuters)

Por Sergio Ferrari, de Berna, Suíça - O protesto camponês generalizado nas últimas semanas na Europa já conseguiu, entre outras exigências, a suspensão quase certa do Acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que tem mais detratores do que simpatias dos dois lados do Atlântico.

Na quarta-feira, 7 de fevereiro, as posições críticas que vinham circulando sobre esse acordo de livre comércio ficaram claras nas declarações de Maros Sefcovic, vice-presidente executivo da Comissão Europeia (CE) para o Pacto Ecológico Europeu e as Relações Interinstitucionais. No momento, segundo Sefcovic, esse acordo entre a União Europeia e o Mercosul, bloco regional formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, não pode ser finalizado. A Venezuela faz parte, mas está suspensa; enquanto o Chile, a Colômbia, o Equador, a Guiana, o Peru e o Suriname são Estados associados; a Bolívia solicitou admissão (https://www.swissinfo.ch/spa/ue-agricultura_bruselas-reitera-que-no-se-cumplen-condiciones-para-concluir-pacto-comercial-con-mercosur/49194446).

"Gostaria de confirmar que, na opinião da Comissão Europeia, as condições para a conclusão do acordo com o Mercosul não estão reunidas", disse o alto funcionário no âmbito de uma sessão plenária do Parlamento Europeu para analisar o impacto dos crescentes protestos do setor rural em muitos dos países do continente. Por sua vez, Hadja Lahbib, ministra belga dos Negócios Estrangeiros e Comércio Externo (a Bélgica preside atualmente o Conselho da UE), disse que os acordos comerciais devem permitir que os agricultores dos 27 Estados que compõem esse bloco regional "exportem para novos mercados e se diversifiquem, mas não em seu próprio prejuízo".

O Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia está em negociação desde a década de 1990. Embora um acordo anunciado por Mauricio Macri, Jair Bolsonaro, Emmanuel Macron e Angela Merkel tenha sido alcançado em 28 de junho de 2019, sua versão final não foi concluída, adotada ou ratificada pelos Estados envolvidos e, portanto, não entrou em vigor. Setores progressistas da América Latina denunciaram, então, o "sigilo" do processo de discussão do Acordo e a total falta de transparência em sua elaboração. Mesmo os parlamentos dos Estados-Membros não tinham sido informados do seu conteúdo.

Periodicamente, têm surgido propostas, principalmente da União Europeia, para acelerar a sua ratificação; no entanto, a recente mobilização camponesa em todo o continente decretou sua "morte temporária". Caso entrasse em vigor, esse acordo seria um dos mais importantes do mundo: 780 milhões de pessoas envolvidas e volumes comerciais entre 40 e 45 bilhões de euros em importações e exportações.

Vários países europeus que não fazem parte da União Europeia, como a Suíça, a Noruega, a Islândia e Liechtenstein, mas que compõem a Associação Europeia de Livre Comércio ((AECL / European Free Trade Association, EFTA), vêm negociando um acordo paralelo com o Mercosul. Também não entraria em vigor se o principal tratado dos países sul-americanos com a UE não avançasse.

‘Stop’ aos tratados de livre comércio

Uma das exigências promovidas pelas recentes manifestações agrícolas é a eliminação dos acordos de livre comércio, porque poderiam abrir a porta a produtos agroalimentares que não cumprem as normas acordadas na UE. Segundo os camponeses do Velho Mundo, trata-se de uma concorrência desleal porque os padrões latino-americanos são menos exigentes e, portanto, de menor custo de produção.

Em 29 de janeiro, a Confederação Camponesa Francesa apresentou publicamente as 20 principais reivindicações que sustentam sua participação nos protestos. As duas primeiras consistem, na verdade, em "A suspensão imediata de todas as negociações de acordos de livre comércio, incluindo a negociação com o Mercosul", bem como "A ruptura com a concorrência desleal, uma consequência direta do livre comércio, através do estabelecimento de instrumentos de proteção econômica e social para os agricultores: a regulação dos mercados agrícolas para estabilizar e garantir os preços agrícolas" (https://www.confederationpaysanne.fr/actu.php?id=14129).

Para a poderosa Confederação Francesa, a principal preocupação de seus agricultores em suas próprias terras cotidianas é ganhar uma vida decente de sua profissão e, por isso, aponta que "as políticas destinadas a produzir mais não correspondem aos problemas atuais". E insiste que é fundamental ter "políticas coerentes para assegurar a continuidade do emprego de muitos agricultores, garantir a renovação geracional e construir a nossa soberania alimentar no contexto da crise climática e ambiental". Além disso, lembra que a causa da profunda crise resultante da agitação agrícola é a remuneração do trabalho camponês e insiste que "devem ser encontradas soluções concretas para todos os agricultores, não acentuar as desigualdades no mundo agrícola".

Para a Confederação, algumas responsabilidades são nacionais; outras são europeias e outras estão ligadas ao possível impacto negativo dos tratados de liberalização assinados com outras regiões do mundo.

No mesmo dia de janeiro, a Coordenação Europeia da Via Campesina havia exigido enfaticamente a suspensão das negociações do Acordo UE-Mercosul. Ao convocar a grande mobilização do setor rural para 1º de fevereiro, em frente à sede das instituições da EU, em Bruxelas, a Via Campesina, principal plataforma internacional do campesinato, exigiu o fim imediato das negociações sobre acordos de livre comércio e a suspensão daqueles ligados à agricultura. Para essa organização, isso significa cessar as negociações com o Mercosul, não ratificar o acordo UE-Nova Zelândia e interromper as negociações em andamento com o Chile, o Quênia, o México, a Índia e a Austrália (https://www.eurovia.org/fr/%C3%A9v%C3%A8nements/appelle-a-l-action-1-feb-1100-place-de-luxembourg-des-revenus-equitables-pour-tous-les-agriculteurrices-stop-aux-accords-de-libre-echange/).

A sociedade civil levanta a sua voz

"A suspensão por parte da UE das negociações sobre um acordo de livre comércio com o Mercosul é uma coisa boa, e a Suíça e a Associação Europeia de Livre Comércio deveriam seguir o exemplo", disse Isolda Agazzi, especialista em relações comerciais da Alliance Sud (Aliança do Sul), a esse correspondente. Essa plataforma reúne as principais Organizações Não-Governamentais da cooperação suíça para o desenvolvimento.

Segundo Agazzi, "a liberalização dos produtos agrícolas levaria a uma aberração ecológica contrária aos esforços para proteger o clima. Esse Acordo é anacrônico e obsoleto. Não tem razão de ser nem de existir".

Durante anos, a Alliance Sud, que faz parte da Coalizão Suíça sobre o Mercosul, tem se oposto a esses acordos. Em 2021, já os definia como "disparates climáticos" e avaliado que "levarão a um aumento de 15% nas emissões de gases com efeito de estufa provenientes do comércio agrícola" (https://www.alliancesud.ch/fr/libre-echange-avec-mercosur-non-sens-climatique).

A Coalizão disse na época que o acordo "terá um impacto negativo tanto na situação ambiental e de direitos humanos nos países latino-americanos quanto na agricultura na Suíça". Além disso, contribuirá para a destruição progressiva das florestas tropicais e para a utilização de pesticidas perigosos, alguns dos quais são proibidos nos próprios Estados da Associação Europeia de Livre Comércio. E que também levará a um aumento das importações de carne "cuja produção não atende aos padrões suíços de bem-estar animal e contradiz as expectativas legítimas dos consumidores".

Por seu lado, a Greenpeace, que também se opõe radicalmente ao Acordo Mercosul-União Europeia, lembra que "esse acordo é muitas vezes apresentado como um acordo de 'carros por vacas' porque visa promover as exportações europeias de automóveis, embora também vise promover as de têxteis e alimentos (queijo, leite em pó, etc.). O que a Europa importa dos países do Mercosul será, fundamentalmente, carne (bovina, de frango, etc.) e etanol. Segundo a Greenpeace, "este acordo é fortemente criticado pelos agricultores europeus, que denunciam a concorrência desleal com diferentes normas ambientais, sociais ou sanitárias, bem como por associações ambientalistas, que apontam para um impacto negativo nas florestas e um fortalecimento da agroindústria".

Questionamentos das duas margens

Não faltam vozes latino-americanas que consideram que a resistência europeia ao Tratado representa uma nova virada neocolonial por parte da Europa e que antecipam que essa posição busca vampirizar as relações entre o Velho Mundo e a América Latina (https://nuso.org/articulo/mercosur-union-europea/)Em meados de 2022, a Fundação Rosa Luxemburgo, da Espanha, publicou uma "Abordagem Crítica ao Acordo UE-Mercosul", na qual argumenta que "o tratado significa insistir nas mesmas matrizes [que as atuais]: o Mercosul acentuaria seu papel de exportador de matérias-primas agrícolas e a Europa venderia carros e outros produtos industriais, desmantelando assim o tecido industrial interno da região [latino-americana]". E conclui que, "em termos gerais, saem a ganhar as multinacionais de ambos os lados, que podem produzir de forma deslocalizada, em larga escala e a um preço baixo, mas a um alto custo humano e ambiental" (https://www.rosalux.eu/es/article/2124.una-aproximaci%C3%B3n-cr%C3%ADtica-al-acuerdo-ue-mercosur.html).

O turbilhão agrário que nas últimas semanas tomou conta das estradas e ruas da maioria das capitais da Europa Ocidental se tornou um dos protestos continentais mais "globais" dos últimos anos. Com reivindicações amplas e diversas – às vezes até contraditórias--, com sotaque de esquerda ou direita, dependendo do caso e do país ou região, mas, em qualquer caso, com inegável impacto político. A liderança europeia deveria ter ouvido o protesto e feito concessões. O Tratado com o Mercosul é um dos primeiros bastiões a cair, acuado pela mobilização popular, questionado dos dois lados do Atlântico por sua falta de transparência e enfraquecido por receios de ambos os setores agropecuários, temerosos de sofrerem perdas não previstas.

Tradução: Rose Lima

Fonte: Brasil 247



Itamaraty: Ataques de Israel em Rafah terão 'graves consequências'

 Israel vem bombardeando Rafah com ataques aéreos há vários dias. A cidade é o último refúgio para mais de um milhão de palestinos que foram forçados a se deslocar para o sul

Mauro Vieira | Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel 09/10/2023 (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil | REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

O Ministério das Relações Exteriores expressou grande preocupação com o recente anúncio, por parte de autoridades israelenses, de preparação de nova operação militar terrestre em Gaza, desta vez no Sul, na região de Rafah, na fronteira com o Egito.

Tal operação, se levada a cabo, "terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito", disse a pasta em nota.

"O início dos deslocamentos forçados, primeiramente do Norte para o Sul de Gaza, a partir de 8 de outubro, é elemento indissociável da dramática crise humanitária vivida há quatro meses pela população de Gaza, e mereceu a condenação do Brasil e de boa parte dos países, à luz do direito internacional e do direito internacional humanitário. Estima-se que 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, e a maioria deles na direção de Rafah, indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses", diz o Itamaraty.

A pasta também reiterou o pedido em favor da cessação das hostilidades e da libertação dos reféns em poder do Hamas como passos para a superação da crise humanitária em Gaza. "E reafirma seu compromisso com uma solução de dois Estados, com um Estado da Palestina viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental como sua capital".

Fonte: Brasil 247