segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

STF não proibiu comunicação entre advogados

 Ordens da Operação Tempus Veritatis, dadas pelo ministro Alexandre de Moraes, foram questionadas por juristas e advogados

Por Fernando Augusto Fernandes, Guilherme Lobo Marchioni e Rodrigo Siqueira Jr., no Conjur - No último dia 8 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal, através do ministro Alexandre de Moraes, proferiu decisão na Pet 12.100 e determinou diversas medidas de busca e apreensão em uma investigação de participação e comando do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe de Estado (artigo 359 M do CP). Entre as medidas contra aliados de Bolsonaro estão prisões preventivas, proibição de ausentar-se do Brasil, suspensão do exercício de função pública e proibição de manter contato com os demais investigados.

A ordem do ministro Alexandre de Moraes, ao decretar tais medidas, ressaltou a impossibilidade de comunicação entre os investigados, incluindo a advertência de que a proibição de comunicação entre investigados estendia-se àquela realizada “inclusive através de advogados”. A passagem serviu de base a fake news de que o ministro teria proibido os advogados dos investigados de se falarem. Versão que foi repercutida pela imprensa. Diversas entidades de criminalistas protestaram, e a OAB Federal chegou a ingressar com uma petição pedindo ao ministro a reconsideração do despacho.

Tudo não passa, todavia, de uma falsa notícia, proliferada em meio a uma onda que visa imputar arbitrariedades às decisões do ministro Alexandre de Moraes e abusos ao STF. Não há, na ordem do ministro Alexandre, qualquer incomunicabilidade direcionada aos advogados das partes!

O que diz a decisão?

A interpretação do enunciado deve ser restritiva, pois os advogados não são investigados e jamais poderia ser imposta ordem judicial que impeça sua comunicação. A passagem, que transcrita em sua literalidade diz: “proibição de manter contato com os demais investigados, inclusive através de advogados”, parece, a toda prova, significar que um investigado não poderá tratar sobre assuntos referentes aos delitos investigados com outro investigado e, portanto, está impedido de conversar por qualquer modo com o outro investigado, aí incluída a possibilidade de trocar recados por meio de seus advogados.

Há sigilo absoluto entre a comunicação do advogado e seu cliente, garantido pelo Estatuto da Ordem dos Advogados ao definir como direito do advogado a comunicação com seus clientes de forma pessoal e reservadamente (artigo 7º, inciso III, da Lei 8.906/94), além do artigo 25 do Código de Ética e Disciplina da OAB, ao esclarecer que o sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito.

A decisão como dito, não ingressa no sigilo dessa comunicação e muito menos veda aos advogados se comunicarem. Mais ainda, não impede nem poderia impedir, a escolha de investigados pelo mesmo advogado. Isso é papel exclusivo da defesa vedado somente na hipótese de interesses conflitivos.

A reação da OAB

A questão levanta uma série de ponderações, não só sobre prerrogativas, mas sobre independência, dever ético e limites na atuação da advocacia. Isso no mesmo dia em que a própria OAB foi, de certa forma, achincalhada por Bolsonaro em vídeo objeto de investigação em que, ainda como presidente, Bolsonaro, ao planejar o golpe de Estado, diz que a OAB apoiaria o intento.

De forma acertada, e imediatamente, o presidente da OAB Federal, Beto Simonetti, se manifestou dizendo que:

“Essa fala é um acinte a todo trabalho e empenho da OAB durante as eleições presidenciais. Fomos a primeira entidade a afirmar a lisura do pleito, atestando a inviolabilidade das urnas eletrônicas”, ainda que: “A OAB não toma lado nas disputas político-partidárias e mantém posição técnico-jurídica. A atual gestão da Ordem tem como prioridade atuar em temas do dia a dia da advocacia, como as prerrogativas da profissão. Por não assumir lado na disputa ideológica e partidária, a OAB recebe críticas de setores das diversas linhas ideológicas que tentam obter apoio da entidade para seus diferentes pleitos” [1]. Na mesma data, o presidente da Ordem, se referindo à decisão do ministro Alexandre, afirma que “advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes”.

Defesa do Estado Democrático de Direito

O momento exige esclarecimento histórico, e mais aprofundado. A OAB chegou a pedir ao ministro a revogação da decisão. Data vênia, não há o que se revogar a decisão. Na realidade, nela não se encontra qualquer ataque à advocacia. O presidente Simonetti tem razão ao dizer que as falas de Bolsonaro contra a democracia, e que arrastam a Ordem para a tentativa de golpe de Estado, são um acinte à advocacia, absolutamente.

Seu pronto esclarecimento enquanto Bâtonnier da advocacia brasileira é, nesse sentido, fundamental. Mas estamos num momento histórico que não permite à Ordem ater-se no “dia a dia da advocacia”, mantendo-se isenta em “disputa ideológica e partidária”. Não se trata de disputa “político-partidária” que obrigasse a OAB ter uma “posição técnico-jurídica”, mas sim um risco à democracia que impõe, por sua história, papel e obrigação estatutária, defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito. (Art. 44, I da Lei 8.906/94).

É de se recordar o ato em defesa do Estado de Direito, intitulado “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!” [2] realizado na USP, em que estavam os autores presentes, acompanhados de Roberto Batochio e do presidente do IAB, Sidney Sanches. A carta foi um movimento em defesa da democracia, em momento em que esta se encontrava atacada. Nela não se viu a participação da OAB Federal. A defesa da democracia foi além de mera defesa formal da regularidade da urna eletrônica. A presidente da OAB de São Paulo, Patrícia Vanzolini, não titubeou, ou o presidente do IAB, Sidney Sanches, em demonstrar firmeza na defesa das instituições.Não se pode olvidar que a decisão de Alexandre de Moraes indica a existência de um “núcleo jurídico”; “Forma de atuação: assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado; Integrantes: FILIPE GARCIA MARTINS PEREIRA, ANDERSON GUSTAVO TORRES, AMAURI FERES SAAD, JOSE EDUARDO DE OLIVEIRA E SILVA e MAURO CESAR BARBOSA CID”. No centro disso também se encontra Ives Gandra Martins, que nessa oportunidade se tornou o Olavo de Carvalho do Direito e teria sido, inclusive, consultado sobre a minuta de golpe [3].Registre-se aqui que a OAB Federal emitiu parecer contra a deturpação jurídica de que o artigo 142 da Constituição Federal permitiria um poder moderador dos militares [4].É importante investigar a participação de advogados nos projetos golpistas. Vimos a vergonha desqualificada de ataques à Suprema Corte na tribuna da Casa, com o despreparo de confundir-se Pequeno Príncipe com Maquiavel. E não é de se esquecer que o governador Ibaneis Rocha, que exerceu a presidência da OAB do DF entre 2013 e 2015, foi no mínimo omisso no ataque à sede dos Poderes, em 8 de janeiro — quando estava de férias, tendo sido afastado cautelarmente do cargo em 8 de janeiro deste ano por causa dos atos que ocorreram em Brasília, pelo ministro Alexandre de Moraes.

O verdadeiro ataque às prerrogativas

Nem se pode esquecer dos ataques realizados por Bolsonaro à advocacia, durante a série de rompantes feitos contra o então presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, em razão da resistência de seu pai brutalmente assassinado na ditadura, e sua resistência mesma, na defesa do Estado Democrático de Direito. Seu governo autoritário, sim, fora quem atacou as prerrogativas da advocacia. Registre-se que a Lei 14.365/22, promulgada por seu governo, possui erro legislativo grosseiro que alterou o § 2º do artigo 7º da Lei 8.906/94, revogando instituto que prevê a imunidade do advogado! A advocacia aguarda o julgamento da ADI 7.231, proposta pela OAB em 22/8/2022, contra tal equívoco.

Recentemente, sob o comando de Jorge Messias, a AGU mudou o parecer requerendo a procedência da ação, uma vez que o advogado-geral da União anterior foi indiferente a esse retrocesso grave, em clara demonstração de insensibilidade para com a classe em meio ao governo com aspirações golpistas. O autoritarismo sempre encontrou, no Brasil, a brava resistência da advocacia.

Mera “balbúrdia”?

Parte dos itinerários golpistas consiste em um persistente ataque à Suprema Corte. Por óbvio que, como uma instituição humana, esta não deve estar imune a críticas. No entanto, é preciso separar a crítica jurídica e política de ataque que visam extinguir a democracia a partir do fortalecimento da ideia de que nunca houve tentativa de golpe, que os ataques do dia 8 de janeiro seriam mera “balbúrdia”, sem potencialidade de derrubada do poder e que, ao fim, o Supremo é que estaria a extrapolar de suas funções e abusando do poder.

A interpretação dissociada da decisão, de que os advogados estariam impedidos de se comunicarem, enquadra-se nessa estratégia e, portanto, infelizmente, nesse ponto a OAB Federal acabou sendo por ela instrumentalizada. Melhor seria opor mero embargos de declaração a fim de deixar claro o que já parece estar, i.e, a ordem não se destina ao exercício da advocacia. Nem por isso nenhum advogado estará imune a extrapolar a legalidade em nome de suposto exercício advocacia. Esta deve ser defendida e tem direito, prerrogativas, imunidade, e nem um centímetro pode ceder.

Aprender com o passado

A Ordem apoiou, 60 anos atrás, em termos históricos, o golpe de 1964. O próprio site da entidade relata este momento nefasto: “Dessa forma, a Ordem recebeu com satisfação a notícia do golpe, ratificando as declarações do presidente Povina Cavalcanti, que louvaram a derrocada das forças subversivas” [5]. Reconhecer os erros nos engrandece enquanto instituição, permitindo que aprendamos com passado. Rememorar a carta-bomba na sede da OAB, que vitimou Lygia Monteiro, e a luta de Eduardo Seabra Fagundes, de Raymundo Faoro e de tantos outros, contra os abusos da ditadura, dão norte às nossas ações. E o episódio em que a OAB pediu o impeachment de Dilma Rousseff, na gestão Claúdio Lamachia, é algo que jamais devemos repetir.

O artigo 133 da Constituição Federal dispõe que o advogado é indispensável à administração da justiça e exerce sua profissão nos limites da lei. A imunidade do advogado é absoluta no exercício da profissão. Mas se alguém estava ligado ao presidente Bolsonaro “vendendo” o apoio para atos golpistas, isso precisa ser investigado a fundo, pois extrapola a legalidade e avilta a OAB, em seu papel de defesa do Estado de Direito.

Em entrevista concedida ao projeto Voz Humana, pelo advogado Belisário dos Santos Junior, ele nos contou que em determinada ocasião se recusara a diretamente esvaziar um “aparelho” (como se chamava os imóveis para atividades de resistência à ditadura militar). O defensor dos presos políticos, durante dura fase da ditadura de 64, entendeu que não deveria confundir a atuação na defesa de seu cliente com práticas alheias ao estritamente jurídico [6]. O advogado não deve se identificar com a causa, mas manter distanciamento profissional e ético.A Ordem dos Advogados tem papel muito maior que a defesa corporativa, igualmente, ainda que não se questione sua importância. A OAB é uma entidade sui generis política profissional. E construiu sua legitimidade ao longo gas décadas de existência a partir da defesa das liberdades democráticas. Esta reside acima das questões partidárias, a democracia, em nosso Olimpo. Quando alguém se opõe à democracia, opõe-se à OAB, à Constituição e às razões da existência da Ordem dos Advogados.

A decisão do ministro Alexandre de Morais, contudo, não está direcionada a advogados. Estamos vivendo um momento histórico e decisivo para o futuro da democracia, a história não permite vacilo. Desde 27 de fevereiro de 2023, no Inquérito 4.923, o ministro deferiu à Polícia Federal a atribuição e à justiça civil a competência para julgar militares envolvidos nos atos contra a democracia. Entendendo que a Justiça Militar deve julgar exclusivamente os bens juridicamente protegidos pelo mundo castrense.

Competência da Justiça Militar

Algo que merece atenção na ADI 5.032, ainda não concluída quanto à alteração da Lei Complementar 97/1999, é a atração, para competência da Justiça Militar, de crimes de homicídio de militar contra civil. A ampliação de competência da Justiça Militar é inconstitucional.

É a primeira vez na história do país que a Justiça comum julga crimes contra o Estado Democrático de Direito cometidos por militares. É importante salientar que a Constituição prevê a existência de três Poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário (artigo 2º CF). E todos os seus poderes emanam pela Carta Magna do Povo (artigo 1º da CF). Não sendo, assim, as Forças Armadas um Poder, pois que servem aos Poderes civis na forma do artigo 142 da CF. Por isso o artigo 124 da CF prevê a Justiça Militar para julgar crimes militares definidos em lei. Já os crimes de ataque à democracia foram estabelecidos no projeto 14.197/21, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Assim fogem ao âmbito da Justiça Militar à medida que são inseridos no rol de crimes comuns.

Conclusão

O Supremo não abusa ou extrapola de sua competência, como assistiu-se na famigerada operação “lava jato”, que completa dez anos, desde seu início, no próximo mês. Sobre a competência, há decisões sobre sua permanência no STF, por atração a outras ações. As instituições democráticas devem sempre aperfeiçoar-se, por óbvio, e o Supremo deveria revisitar o tema do artigo 84 julgado inconstitucional pela Adin 2.797, que previu o foro de prerrogativa mesmo após a cessação do mandato. O fato é que os crimes cometidos com abuso de poder, em especial do presidente da República, devem permanecer no foro correspondente ao cargo; não tendo a corte ainda enfrentado esse tema.

É preciso enfrentar esta e outras matérias, da reconstrução democrática de nosso país, como se fez com a presunção de inocência: com a coragem tradicional da advocacia, que sempre impôs óbice aos golpismos e os autoritarismos. De ontem, hoje e sempre.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Manifestantes vão às ruas durante a Mudança do Garcia no carnaval de Salvador

 Bloco tradicional que combina samba e ativismo social em desfile pelo Circuito Osmar, no Campo Grande, teve como principais protestos Jair Bolsonaro dentro de uma cela

(Foto: Reprodução/Instagram )

 Na manhã desta segunda-feira de Carnaval, o Circuito Osmar, no Campo Grande, em Salvador, foi palco de uma das manifestações mais tradicionais e emblemáticas da festa momesca: a Mudança do Garcia. Com quase 100 anos de história, o bloco não apenas celebra o samba e a alegria carnavalesca, mas também se destaca por ser um espaço de protesto e resistência social.

Fundado em 1926, a Mudança do Garcia tem sido ao longo dos anos um importante veículo de expressão popular, marcando presença nas ruas da capital baiana com sua música e suas demandas por justiça social. Para o ano de 2024, o tema escolhido, "Patrimônio Imaterial da Bahia", ressaltou a relevância cultural e histórica do bloco para a identidade do estado.

Entre os diversos protestos que ecoaram durante o desfile, um dos mais notáveis foi a representação do ex-presidente Jair Bolsonaro dentro de uma cela, acompanhada por uma placa com os dizeres "Comitê Poético Contra o Golpe", destaca o site Bnews.

Além disso, a presença da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no evento trouxe à tona pautas importantes relacionadas aos direitos trabalhistas e à valorização do povo negro. A luta por políticas públicas que promovam a inserção e o reconhecimento da comunidade afrodescendente no mercado de trabalho foi destacada como uma demanda urgente e necessária.

Outro grupo que marcou presença foi o "Bloco Filhos e Filhas de Marx", fundado em 2017, cujo nome faz referência ao pensador Karl Marx, um dos principais teóricos do comunismo.

Fonte: Brasil 247 com site Bnews

Juristas apontam parcialidade da ONG Transparência Internacional e “ranking corrupção"

 Marco Aurélio de Carvalho e Mauro de Azevedo Menezes assinam em conjunto artigo apontando contradições da ONG

Marco Aurélio de Carvalho (Foto: Divulgação)

Os juristas Marco Aurélio de Carvalho e Mauro de Azevedo Menezes assinam em conjunto no jornal Estado de S.Paulo um artigo contestando a ONG Transparência Internacional no ranking que supostamente mede a corrupção dos países. De acordo com ambos, existem "indícios de parcialidade na atuação da instituição no Brasil".

“A divulgação do Índice de Percepção da Corrupção (IPC) 2023 pela Transparência Internacional (TI), associada à investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre recebimento e gestão de recursos públicos pela filial brasileira da ONG, oriundos de multas previstas em acordos de leniência decorrentes da Operação Lava Jato, suscitam indícios de parcialidade na atuação da instituição no Brasil”, iniciam.

“Embora recentemente a TI haja intentado distanciar-se da Lava Jato, admitindo erros em sua relação com a força-tarefa, a Retrospectiva Brasil 2023 segue usando a terminologia consagrada pelos “lavajatistas”, ao designar uma investigação repleta de ilegalidades, em conluio escandaloso entre MPF e magistrado, como “o maior caso de corrupção transnacional da História”. Essa ligação umbilical entre TI e Lava Jato não está desfeita e influencia esta teratológica avaliação do Índice de Percepção de Corrupção 2023, divulgado pela ONG. Em breve, pode estar sendo desvendada a causa desta incompreensível atitude de uma entidade que se propõe a defender a transparência”, completam.

Fonte: Brasil 247

Toffoli suspende julgamento de recurso que pode determinar prisão de Collor

 O recurso foi apresentado pela defesa de Collor contra a decisão que o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão

Fernando Collor (Foto: Pedro França)

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu o julgamento que pode levar o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor à prisão. O magistrado pediu vista e agora tem até 90 dias para devolver o caso. Collor foi condenado por participar de um esquema com a BR Distribuidora, investigada pela operação Lava Jato. As informações são do jornal O Globo.

O relator, ministro Alexandre de Moraes, rejeitou o recurso apresentado pela defesa e destacou, no voto dado em plenário virtual, que a defesa busca rediscutir pontos já tratados pela Suprema Corte por mero inconformismo com a conclusão adotada. O voto foi acompanhado pelo ministro Edson Fachin, mas Dias Toffoli pediu vista e agora tem até 90 dias para devolver a ação para julgamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Pai de maratonista mundial pede investigação após morte trágica do filho

 Família exige esclarecimentos sobre o acidente que tirou a vida de Kelvin Kiptum, estrela do atletismo queniano

(Foto: Reuters)

A tragédia que tirou a vida do atleta queniano Kelvin Kiptum, recordista mundial de maratona, neste domingo (11), em um acidente de carro, deixou seu pai, Samson Cheruiyot, em busca de respostas. Nesta segunda-feira (12), Cheruiyot fez um apelo às autoridades quenianas para que investigassem minuciosamente as circunstâncias que envolveram a morte de seu filho.

Segundo Cheruiyot, nos dias que antecederam o acidente, algumas pessoas haviam procurado por Kiptum, mas se recusaram a se identificar. Ele relatou que solicitou que essas pessoas apresentassem alguma forma de identificação, mas elas optaram por partir sem revelar suas identidades. A notícia do falecimento de seu filho chegou a Cheruiyot através do noticiário televisivo, diz o Metrópoles.

Kiptum estava ao volante do veículo no momento do acidente, acompanhado pelo treinador Gervais Hakizimana, que também perdeu a vida devido aos ferimentos. As autoridades informaram que havia um terceiro ocupante no carro, que sobreviveu ao acidente e foi levado ao hospital para receber tratamento.

O acidente ocorreu na rodovia entre as cidades de Eldoret e Kaptgat, uma região do Quênia conhecida por ser um local de treinamento para maratonistas devido à sua altitude favorável. Kiptum havia alcançado o recorde mundial na Maratona de Chicago, em outubro do ano anterior, surpreendendo o mundo ao completar a corrida em impressionantes 2 horas, 35 segundos e 35 centésimos, superando o recorde anterior de Eliud Kipchoge.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Jogador indonésio morre em campo após ser atingido por um raio

 Está é a segunda vez em apenas 12 meses que um jogador de futebol na Indonésia é atingido por um raio.

(Foto: Reprodução)

 Um jogo amistoso entre 2 FLO FC Bandung e FBI Subang, realizado no Siliwangi Stadium, em Bandung, na Indonésia, tornou-se palco de uma tragédia inesperada no último sábado (10). Um jogador de futebol, de 34 anos, perdeu a vida após ser atingido por um raio durante a partida.

Imagens chocantes capturaram o momento exato em que o jogador foi atingido, caindo imediatamente no gramado. Apesar dos esforços de socorro e de ter sido levado às pressas para o hospital, ele não conseguiu sobreviver aos ferimentos. Surpreendentemente, o raio também atingiu outro jogador, que felizmente escapou ileso, deixando todos atônitos com a tragédia.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, está é a segunda vez em apenas 12 meses que um jogador de futebol na Indonésia é atingido por um raio. No ano anterior, durante a Copa Soeratin Sub-13, um jovem jogador de Bojonegoro também foi atingido, resultando em uma parada cardíaca. Embora tenha sido resgatado rapidamente e levado ao hospital, o jogador só recuperou a consciência após 20 minutos de tratamento médico intensivo.

Em 2023, o jogador brasileiro Caio Henrique de Lima Gonçalves, de 21 anos, foi atingido por um raio durante uma partida da Copa do Sul do Paraná, enquanto jogava pela União Jaiirense. Infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Quem oferece o outro lado a Bolsonaro está depredando a democracia", diz Reinaldo Azevedo

 Jornalista critica veículos de comunicação que minimizam os crimes de Jair Bolsonaro

Jornalista Reinaldo Azevedo e ato pelo impeachment de Jair Bolsonaro 
(Foto: Reprodução / Reuters)

 O jornalista Reinaldo Azevedo, renomado comentarista político, expressou forte crítica contra veículos de comunicação que, em sua opinião, minimizam os crimes atribuídos ao presidente Jair Bolsonaro, contribuindo para a depredação da democracia brasileira. É o que faz, por exemplo, a Folha de S. Paulo.

"Ainda vou escrever mais longa e detidamente a respeito. Sugerir que as tentativas de Bolsonaro de abolir o estado de direito e de dar golpe se resumem a minutas disso ou daquilo corresponde atuar como auxiliar da defesa. Por óbvio, não se vai encontrar 'a prova' de que ele encomendou os textos. Isso é besteira", destacou Azevedo.

O jornalista argumenta que ao longo de quatro anos, as provas de que Bolsonaro incidiu nos Artigo 359-L e 359-M do Código Penal foram sendo produzidas. Ele ressalta momentos emblemáticos, como a reunião que veio a público, onde Bolsonaro, segundo Azevedo, explicita os crimes e revela o dolo, a intenção.

"Aquela reunião serviu para confirmar que tudo o que veio antes era intencional", pontua Azevedo. Ele acrescenta que afirmar que as imputações são polêmicas é trabalho da defesa ou de "spin doctors", questionando se estes atuam por ideologia ou pela conta bancária.

Azevedo destaca que a reunião em questão serviu para provar o dolo da convocação dos embaixadores, anunciada por Bolsonaro como um dos atos preparatórios do golpe.

O jornalista compara o "outroladismo" atual com a situação na Alemanha pré-nazista, sugerindo que dar espaço a golpistas para explicar seu ponto de vista não é isenção, mas sim depredação das instituições democráticas.

"Essa gente perdeu a mão. Oferece gostosamente 'o outro lado' para golpistas. Não é isenção. É depredação das instituições", concluiu Reinaldo Azevedo em suas declarações. Confira:

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro pode ficar inelegível por mais de 30 anos se condenado por tentativa de golpe

 Com 68 anos de idade atualmente, uma condenação em definitivo o deixaria impossibilitado de concorrer a cargos políticos até seus 100 anos, caso o veredicto ocorresse em 2025

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

Jair Bolsonaro encara uma possível inelegibilidade por mais de 30 anos caso seja condenado por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro. As acusações pairam sobre ele em meio a uma série de investigações, incluindo uma operação recente da Polícia Federal que mirou seus aliados.Embora Bolsonaro ainda não tenha sido formalmente indiciado por esses delitos, a suspeita de envolvimento em ações contra a democracia tem gerado preocupações legais. 

Se condenado por crimes como tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente enfrentaria graves consequências, conforme previsto na Constituição Federal e na Lei da Ficha Limpa, destaca o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo especialistas jurídicos, a aplicação das penas máximas para esses crimes poderia resultar em mais de duas décadas de prisão para Bolsonaro, tornando-o inelegível durante esse período. Com 68 anos de idade atualmente, uma condenação em definitivo o deixaria impossibilitado de concorrer a cargos políticos até seus 100 anos, caso o veredicto ocorresse em 2025, por exemplo.

A reportagem destaca ainda que além das punições previstas na Constituição, a Lei da Ficha Limpa também pode incidir sobre o caso. Embora os crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito não estejam explicitamente mencionados nessa legislação, uma interpretação jurídica pode estendê-la a esses casos.

Entre as acusações mais graves está a suposta elaboração de um decreto para formalizar ações golpistas e impedir a posse de Lula. . A minuta golpista, segundo decisão judicial, incluía medidas excepcionais que envolviam interferência no Poder Judiciário e a prisão de autoridades.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Camarote na Sapucaí: comida preparada em banheiro leva à prisão de responsáveis (assista ao vídeo)

 A operação conjunta envolveu o Ministério Público Estadual, agentes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) e policiais civis da 6ª Delegacia de Polícia (Cidade Nova), que atuaram após receberem denúncias

Na noite deste domingo (11), duas pessoas ligadas a um camarote na Sapucaí foram presas por um motivo inusitado: a comida servida para o público e convidados estava sendo armazenada e preparada em um banheiro. 


A dona do buffet e uma pessoa responsável pelo espaço foram detidas em flagrante.

A operação conjunta envolveu o Ministério Público Estadual, agentes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) e policiais civis da 6ª Delegacia de Polícia (Cidade Nova), que atuaram após receberem denúncias. Cerca de 500 quilos de alimentos foram descartados.

A promotora Rosemary Duarte, presente na operação, expressou sua indignação:

“Deu nojo. Mas a atuação do MP foi fundamental para zelar pela saúde dos frequentadores da Sapucaí.”

O espaço, localizado no setor 13, não possuía autorização para instalar uma cozinha e utilizava o banheiro de maneira irregular, segundo a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).

Fonte: agenda do Poder com informações de O Globo

R$17 bilhões que deveriam ter sido usados durante a pandemia serão realocados para a Saúde


Sede do Ministério da Saúde. Foto: Reprodução


 Na última sexta (9), o Ministério da Saúde publicou em uma edição extra do Diário Oficial da União a regulamentação que destina cerca de R$17 bilhões não utilizados durante a pandemia de Covid-19 para a área da saúde.

Os recursos, que podiam ter sido utilizados entre 2020 e 2022, agora têm a possibilidade de serem investidos em outras iniciativas de saúde nos estados e municípios brasileiros.

A pasta afirma que os recursos ficaram inativos nos últimos anos e agora serão realocados.

O ministério espera que os valores sejam utilizados para ampliar a assistência e fortalecer o acesso da população ao Sistema Único de Saúde (SUS) em todo território nacional.

Fonte: DCM

O Partido dos Trabalhadores em Londrina e no Paraná



Difícil para os democratas e progressistas continuarmos a residir num Estado e num Município que deram apoio a um impostor destrambelhado, antidemocrata

PT - Partido dos Trabalhadores  (Foto: Aldo Fornazieri)

Na semana que passou, em 10 de fevereiro,  comemoramos no Brasil os 44 anos de existência do Partido dos Trabalhadores. Na condição de médico, professor universitário e ativista político de esquerda, participei, em 1981, da fundação do Diretório Municipal de Londrina do PT.

Nas eleições de 1982, fui candidato pelo PT a Vice-governador do Estado do Paraná, ao lado do candidato a Governador Edésio Passos, querido e saudoso companheiro, advogado que residia em Curitiba. No decorrer da campanha, viajamos juntos pelo Paraná, fizemos encontros, comícios e filiações de candidatos a prefeito, e tornamo-nos grandes amigos. Foram meses inesquecíveis da minha vida, durante os quais, como cidadão brasileiro, envolvera-me garbosamente na criação de um grande partido popular e participava das eleições como candidato. 

Eu, o mesmo jovem que lutara destemidamente, desde 1964, contra a ditadura militar. A participação, como candidato, nas eleições de 1982 constituiu-se num esforço, ao mesmo tempo audaz e prazeroso, para a consolidação do nosso Partido no Estado do Paraná. Nas décadas de 1980 e 1990 e, mesmo depois, recebemos pessoalmente Lula em suas numerosas vindas a Londrina. Tive a honra, em 1982, de levar Lula em meu carro (junto com o Osvaldo Lima, candidato na época a prefeito de Londrina) a Cornélio Procópio, onde Lula realizou uma palestra (como se falasse para uma multidão) para vinte sindicalistas daquela cidade. Nesse dia conheci o grande Estadista que era o jovem Luiz Inácio Lula da Silva e nunca mais deixei de admirá-lo e de dar-lhe apoio político. 

Conseguimos, em Londrina, ao longo dessas mais de quatro décadas, eleger dois candidatos a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores. Contribuímos com nossa militância a tentar eleger Luiz Inácio Lula da Silva em todas as suas seis campanhas à  Presidência da República, das quais saiu vitorioso em três delas. Sob a poderosa influência de forças conservadoras e reacionárias da sociedade, da maior parte da mídia local e de líderes políticos que emergiram e se alinharam à propaganda antipetista, com base em denúncias e acusações falsas e caluniosas (“fake news”) alimentadas particularmente pelo juiz Sergio Moro, por Deltan Dallagnol e pelas dezenas de procuradores da “justiça” que os cercavam – criadores da Lava Jato, partido político que implantaram no âmago do judiciário brasileiro –, Londrina, com o decorrer dos anos, sofreu  modificação radical em suas preferência ideológicas, a ponto de,  na eleição para Presidente da República de 2018, o inominável  (do recém-criado PSLter conseguido 80,42% dos votos no Município de Londrina e  68,43% dos votos no Estado do Paraná, contra 19,58% dos votos no Município de Londrina e 31,57% no Paraná obtidos por  Fernando Haddad, do PT. Um vexame do qual Londrina e o Estado do Paraná nunca terão a oportunidade de redimir-se. Felizmente, com a emergência da Verdade – depois da estapafúrdia deposição da Presidente Dilma Roussef e da prisão de Lula, ilegal e sem nenhum fundamento jurídico –, a História fez a Justiça ser recuperada, com a declaração da inocência de Lula e, pouco tempo depois, com sua terceira eleição para Presidente da República.Enquanto isso, ocorria a desmoralização da Lava Jato e do seu ex-juiz declarado parcial pelo STF, Sergio Moro, junto com seu bando de procuradores e apoiadores, e  agora – na última semana –  com a demonstração clara, cabal e irrecorrível do frustrado golpe de estado  que o inominável e seus inescrupulosos e incompetentes ministros e correligionários (militares e civis) planejaram desfechar, traiçoeira e afoitamente, contra as instituições democráticas do nosso País, pretendendo, sub-repticiamente e à margem da lei, impor uma nova ditadura militar-civil  ao povo brasileiro.

Difícil para os democratas e progressistas como nós continuarmos a residir num Estado e num Município que deram (e continuam, em grande parte, a dar) apoio a um impostor destrambelhado, antidemocrata, genocida, mentiroso, autorreferente, falso religioso, corrupto, “mito” das falcatruas e líder do golpismo e das tramoias para extinção do Estado de Direito. Consola-nos saber que a Resistência, num ambiente teimosamente hostil, também faz parte da Luta Política em favor da Justiça Social, do Estado de Direito e do rigoroso respeito aos princípios constitucionais.  

Fonte: Brasil 247


Recordista mundial da maratona morre aos 24 anos

 O recordista mundial da maratona e seu treinador, Gervais Hakizimana, faleceram neste domingo

(Foto: Reuters)

 Morreu neste domingo (11), com apenas 24 anos, o queniano Kelvin Kiptum, em um acidente de carro em Kaptagat, no Quênia. Seu técnico, o ruandês Gervais Hakizimana, também estava no carro e foi mais uma vítima fatal.

Kiptum bateu o recorde mundial da maratona em outubro de 2023, em Chicago, com o tempo de 2h00min35s. Ele baixou em mais de 30 segundos a marca anterior, registrada pelo compatriota Eliud Kipchoge.

Sua estreia ocorreu em 2022, na Maratona de Valência, na Espanha, onde completou a corrida em 2h01min53, o terceiro melhor tempo já registrado na história da modalidade.

A Comunidade Internacional de Atletismo declarou luto e prestou homenagens ao atleta.

Fonte: Brasil 247

Começa em Cuba Encontro Internacional de revistas de esquerda

 Participam intelectuais, personalidades, pensadores e acadêmicos cubanos e uma centena de seus colegas de 32 países

Cartaz do encontro de revistas de esquerda (Foto: Prensa Latina )

Prensa Latina - A partir desta segunda-feira (12), realiza-se no Palácio de Convenções da capital cubana, Havana, o 2º Encontro Internacional de Publicações Teóricas de Partidos e Movimentos de Esquerda. 

Intelectuais, personalidades, pensadores e acadêmicos cubanos e uma centena de seus colegas de 32 países debatem sobre a importância da unidade e a posição da juventude frente ao fascismo e ao neofascismo, com o propósito de articular uma agenda comum de enfrentamento a esses desafios.

Este encontro é de grande importância para os partidos, movimentos e forças populares, de esquerda e progressistas, diante da situação internacional e da crise sistêmica que afeta o mundo, da ascensão do fascismo em diversas partes, da morte progressiva do velho mundo e a emergência de uma nova ordem mundial, ressaltou a convocação.

No primeiro destes encontros, em fevereiro de 2023, os participantes debateram, entre outros temas, sobre a nova configuração geopolítica mundial e a explosão da direita, a crise sistêmica e multidimensional na escala mundial.

Também foi abordado o perigo de uma conflagração nuclear mundial, a colonização cultural, os desafios das forças progressistas no mundo atual e a vigência do legado do líder histórico da Revolução cubana Fidel Castro.

O encontro foi convocado pela revista Cuba Socialista, órgão teórico e político do Partido Comunista de Cuba (PCC), e conta com o apoio da Escola do partido, da Casa das Américas, o capítulo cubano da Rede em Defesa da Humanidade e os jornais cubanos Granma e Juventud Rebelde.

Fonte: Brasil 247 com Prensa Latina

Presidente da CBF balança no cargo com eliminação de seleção de futebol masculino dos Jogos Olímpicos

 Com a eliminação, o atual presidente da CBF perde um de seus principais argumentos para permanecer no posto

Ednaldo Rodrigues (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

A eliminação da seleção brasileira de futebol masculino dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 fragiliza a situação de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Ednaldo foi reconduzido à presidência da instituição em janeiro, por meio de decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O caso ainda será julgado no plenário da Corte.

Na ocasião, Gilmar destacou que a inscrição para o torneio classificatório da competição olímpica se encerraria no dia seguinte, 5 de janeiro, e que a inclusão do Brasil na disputa poderia ser inviabilizada se a matrícula fosse assinada por um dirigente não acreditado pelas instituições internacionais competentes, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e a Fifa (Federação Internacional de Futebol). Com a eliminação, o atual presidente da CBF perde um de seus principais argumentos para permanecer no posto.

Fonte: Brasil 247

General do Alto Comando que aderiu à trama golpista era visitante assíduo de Mauro Cid na prisão

 Investigações apontam que o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira acionaria tropa para prender o ministro Alexandre de Moraes

General Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira (Foto: Divulgação/Exército)

 O general de quatro estrelas Theophilo Gaspar de Oliveira foi uma das visitas mais assíduas de Mauro Cid no batalhão do Exército em Goiânia, de acordo com a colunista do Globo Malu Gaspar, após a prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Um dos 16 militares alvos de busca e apreensão na última quinta-feira, o general de quatro estrelas Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira fazia parte do Alto Comando do Exército até novembro do ano passado. Ele era comandante de Operações Terrestres (Coter) e, segundo a Polícia Federal, caberia a ele acionar uma tropa de elite para prender o ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a PF cabia ao general o “emprego do Comando de Operações Especiais (Copesp)”, os chamados “kids pretos”. O efetivo desse grupo é treinado em operações de contrainteligência, insurreição e guerrilha e seria acionado para prender autoridades durante a tentativa de golpe de Estado, segundo a PF. O plano seria executado no fim de 2022 antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Brasil 247 com informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo

Chefe da Organização Mundial de Saúde faz novo apelo por um cessar-fogo

 Tedros Adhanom expressou profunda preocupação com os ataques israelenses em Rafah

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, se emociona ao falar sobre as condições infernais provocadas pelo genocídio israelense em Gaza (Foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS)

Reuters – O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reiterou na segunda-feira o apelo por um cessar-fogo na região de Gaza, expressando profunda preocupação com os ataques israelenses em Rafah, onde a maioria dos residentes fugiu do enclave. Autoridades de saúde locais informaram que os ataques aéreos israelenses durante a noite resultaram na morte de 48 pessoas em Rafah. Ghebreyesus destacou a deterioração da infraestrutura de saúde em Gaza, com apenas 15 dos 36 hospitais funcionando parcialmente.

O chefe da OMS falou durante o World Government Summit em Dubai, pedindo acesso seguro para equipes e suprimentos humanitários, a libertação de reféns pelo grupo Hamas e um cessar-fogo imediato. Desde o início da guerra em outubro, milhares de vidas foram perdidas e a crise humanitária aprofundou-se, com a ONU alertando para uma situação de fome em Gaza, onde uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição aguda. Israel planeja atacar Rafah, último reduto de relativa segurança no enclave, onde mais de um milhão de pessoas deslocadas se refugiaram nas ruas, lotes vazios e praias.

Ghebreyesus enfatizou os desafios enfrentados pelas equipes de ajuda humanitária diante das crescentes necessidades. Ele destacou que, embora tenham sido entregues 447 toneladas métricas de suprimentos médicos em Gaza, isso representa apenas uma fração das necessidades em constante expansão. 

Fonte: Brasil 247 com Reuters