domingo, 11 de fevereiro de 2024

Salgueiro focará na essência ianomâmi e não na tragédia, diz enredista

 Bruno Pereira e Dom Phillips também serão homenageados no desfile

Indígenas em Roraima (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

Agência Brasil - Há um ano, uma série de ações governamentais foi anunciada para fazer frente a uma tragédia humanitária que se arrastava há alguns anos na Terra Indígena Yanomani, no extremo norte do Brasil. A crise, relacionada com o avanço do garimpo ilegal na região, se traduzia em fome, contaminação e alarmante aumento de diferentes doenças, sobretudo a malária. Segundo dados do Ministério dos Povos Indígenas, apenas em 2022, morreram 99 crianças da etnia com menos de cinco anos, na maioria dos casos por desnutrição, pneumonia e diarreia.

A repercussão da tragédia gerou comoção nacional e sensibilizou lideranças do Salgueiro. A escola de samba do Rio de Janeiro levará para o desfile do carnaval deste ano o enredo Hutukara. Será a terceira agremiação a atravessar a Marquês de Sapucaí no domingo, 11 de fevereiro. Mas Igor Ricardo, enredista do Salgueiro, adverte: o foco não será a crise humanitária.

"Nós até vamos abordar a tragédia em um momento específico do desfile, mas o desfile não é sobre a tragédia. O desfile é sobre a essência do povo Yanomami. Quem é verdadeiramente o povo Yanomani? Na televisão, os yanomamis só aparecem quando veiculam notícias sobre a malária ou sobre os impactos do garimpo nas suas terras. Aquilo não é o indígena. É o resultado que a ação de garimpeiros e forasteiros gera nos indígenas. Mas o que esse povo faz? Do que se alimenta? Como trabalham?".

A Terra Yanomani ocupa mais de 9 milhões de hectares e se estende pelos estados de Roraima e do Amazonas. É a maior reserva indígena do país. Os resultados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que mais de 27 mil indígenas vivem nessa área.

A principal referência para o desenvolvimento do enredo foi o livro A Queda do Céu, assinado pelo xamã yanomani Davi Kopenawa e pelo antropólogo francês Bruce Albert. A obra foi lançada na França em 2010 e teve sua primeira edição traduzida para o português em 2015.

"O yanomami é um povo desconhecido pra gente. Quem lê o livro vai descobrir um universo fantástico. Traduzir isso para o desfile é difícil, foi complexo. O carnaval já tem muita tradição de falar sobre o povo negro, os povos de raiz africana. E com o tempo, fomos nos familiarizando. A gente tem maior conhecimento, por exemplo, sobre Oxum, sobre Ogum. Mas ainda somos muito carentes de conhecimento sobre os povos indígenas. Desenvolvendo esse enredo do Salgueiro, percebi na verdade que a gente não conhece quase nada da cultura indígena", observa Igor.

O enredista afirma que, no Dia do Índio, celebrado anualmente em 19 de Abril, as escolas costumam organizar apresentações das crianças vestidas com cocares ou sainhas com penas. Segundo ele, essas representações ocorrem muitas vezes a partir de estereótipos. Também tem ocorrido nos últimos anos, sobretudo nas redes sociais, discussões acaloradas em torno da tradição de se usar fantasias com adereços indígenas durante o carnaval. Críticos veem desrespeito à cultura desses povos, enquanto outros consideram se tratar de uma homenagem.

Para o enredista, umas das missões do Salgueiro é mostrar que há uma diversidade entre os indígenas, destacando as especificidades. Para isso, há uma esforço em ser o mais fidedigno possível à representação yanomami. O próprio Davi Kopenawa esteve no barracão para dar o seu parecer sobre as fantasias.

"A gente está tentando ao máximo respeitar os yanomamis como eles são. É a pintura corporal específica deles, é o cocar deles, são os adereços que eles usam no braço. O Salgueiro está se preocupando muito com relação a isso. A gente está muito seguro porque a gente buscou o tempo inteiro se guiar pelo olhar do próprio yanomami. Esculturas que estarão no carro do Salgueiro foram referenciadas em imagens feitas na própria aldeia", conta Igor.

O desfile também irá apresentar a mitologia yanomami, as práticas culturais, as atividades cotidianas. "O Davi Kopenawa fala que para você respeitar um povo, é preciso conhecê-lo verdadeiramente. Então é um convite ao mundo para conhecer verdadeiramente o povo yanomami, que tanto tem sofrido pela ação do homem branco".

No final do desfile, esse convite será estendido para que o público procure conhecer também as populações de outras etnias. "São povos que lutam para preservar a língua, lutam contra o desmatamento, contra o tráfico de drogas, contra o risco de despejo. Mas a gente busca mostrar cada esses povos pelas particularidades de cada um deles. Não pela tragédia, mas pela beleza única e exclusiva que eles têm".

Igor dá um exemplo. "Os Xoklengs têm aparecido muito na mídia por conta do seu protagonismo na resistência contra a tese do Marco Temporal. Mas as notícias não destacam quem são os Xoklengs? Então, por exemplo, eles têm a tradição de fazer um manto de urtiga. Como eles estão em Santa Catarina, eles precisam no inverno de muita proteção contra o frio. E eles produzem um manto bem característico. E nós vamos representá-los no desfile com esse manto".

A palavra Hutukara, título do enredo, é traduzido por Igor como terra-floresta. Ele alerta, porém, para a complexidade do significado do termo. Em 2013, durante uma conferência realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e documentada em uma publicação da instituição, Davi Kopenawa ofereceu um explicação mais aprofundada.

"Nós, povo Yanomami, conhecemos há muitos anos, mais de quinhentos anos, o que nosso pai colocou como Hutukara. Hutukara é uma terra, o branco chama de 'mundo', outros falam a palavra 'universo'. É assim que o branco fala, branco fala que o mundo é redondo. Para nós, povo indígena aqui do Brasil, outros povos indígenas, cada um chama diferente: alguns chamam Hutukara, outros chamam Tupã, outros chamam diferente, mas é uma só. É uma Hutukara só. E nós estamos aqui sentados na barriga da nossa terra mãe. A Hutukara fica junto com a pedra, terra, com a areia, o rio, o mar, o sol, a chuva e o vento. Hutukara é um corpo, um corpo que é unido, ela não pode ficar separada", disse o xamã.

Para retratar o mundo yanomami de forma mais fidedigna, a linguagem tem sido uma aposta do Salgueiro. A sinopse do enredo faz uso de diversas palavras do idioma yanomami, muitas das quais foram levadas também para o samba-enredo Ya temi xoa! Aê, êa! Ya temi xoa! Aê, êa!.

A música é assinada por oito compositores. "Tem gente que tem mais facilidade para mexer com melodia, outros mais facilidade para poesia. Mas todo mundo faz um pouquinho de cada coisa. Nossa parceria, graças a Deus, é bem servida de tanto poetas quanto de músicos", explica um deles, Marcelo Motta.

Em sua visão, a composição soa como um manifesto. "Não podemos mais aceitar que seres humanos sejam vítimas da exploração em suas terras, ocasionando danos à sua vida e às suas famílias. A mensagem é um verdadeiro manifesto a favor dos povos originários e contra a ganância do homem branco, contra a mineração destrutiva, contra a exploração das terras que pertencem àquele povo", diz.

De acordo com Marcelo Motta, o processo de produção do samba-enredo envolveu uma imersão no mundo yanomani. "Cada um dos compositores foi se aprofundando mais individualmente também. Eu assisti documentários, entrevistas do Davi Kopenawa nas redes sociais. E depois fizemos reuniões onde cada um trazia suas ideias."

O resultado agradou o enredista Igor. "O yanomami não fala português na aldeia. O yanomami tem a própria língua. E o samba-enredo foi muito feliz em trazer expressões yanomamis que pouquíssimas pessoas conhecem. E pela visibilidade que o carnaval possui, vai gerar interesse nessa língua", avalia.

Desfile

Igor destaca que esse trabalho de pesquisa foi encampado com entusiasmo por todos envolvidos na construção do desfile deste ano. Embora o livro A Queda do Céu tenha sido seu principal guia, outros conteúdos também se tornaram referência para a elaboração da sinopse do enredo.

Ele afirma já ter lido 15 obras e cinco artigos, além de ter assistido diversos vídeos. Igor precisa entregar ao corpo de jurados com a defesa do enredo e, por isso, continua lendo outros materiais para fundamentar seus argumentos.

"Hoje eu considero que consigo entender, que consigo dialogar com as pessoas sobre a cultura yanomami. Foi um processo intenso de pesquisa e de estudo porque foi tudo muito novo. E nós vamos mostrar isso. Será um passeio pelo universo yanomami, que tem uma mitologia riquíssima. O desfile começa mostrando o Omama, que é o Deus da criação", conta.

O Salgueiro também destacará a importância da pesca e da caça como práticas cotidianas, bem como o trabalho das mulheres na roça e na colheita de frutos e principalmente da pupunha, que é característica da Amazônia. "Vamos retratar a Festa da Pupunha. Mas é importante destacar que iremos mostrar o dia a dia de uma aldeia, a maior de Terra Yanomani. Porque são mais de 200 aldeias espalhadas por todo o território", ressalta Igor Ricardo.

A chegada do garimpo e a cobiça pelo metais preciosos serão representadas em um setor específico. A forma como os yanomamis veem essa situação, a partir da sua mitologia, também será apresentada. "Se tem o Deus da criação que é o Omama, eles acreditam no Deus da destruição que é o Yoasi", explica o enredista.

Fatos relevantes relacionados com a história e a cultura destes povos também serão apresentados ao público. Será feita referência a artistas plásticos yanomamis que estão expondo fora do Brasil, em diferentes países da Europa e também na China e nos Estados Unidos. Haverá também menção ao livro Ana Mopö: Cogumelos Yanomanis, resultado de um trabalho de pesquisadores indígenas e não indígenas. A obra foi premiada em 2017 na 59ª edição do Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Gastronomia. "Isso deu muito orgulho a eles. Mas recebeu pouco destaque. Foi notícia? Foi. Mas não com tanta repercussão quanto a tragédia humanitária", destascA Igor.

O desfile reservará ainda espaço para homenagear o indigenista Bruno Pereira e o repórter britânico Dom Phillips, mortos no ano de 2022 em uma emboscada no Vale do Javari, no Amazonas. "Como diz o Davi Kopenawa, não é que os brancos não possam conhecer verdadeiramente os indígenas. É que a gente realmente não conhece. Mas existem alguns brancos que entenderam quem são verdadeiramente os indígenas. E o Bruno e o Dom foram dois deles. Eles conheceram profundamente os povos Matis que vivem no Vale do Javari. E o Salgueiro está fazendo agora esse movimento: é uma escola de samba não-indígena que está tentando entender quem são os indígenas".

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Apagão em Salvador: foliões ficam no escuro no terceiro dia oficial de carnaval

 Além de um apagão que deixou o bairro da Barra sem luz por mais de uma hora, foliões ainda enfrentaram atrasos de até 2h no desfile dos trios elétricos

(Foto: Reprodução/Instagram Prefeitura do Salvador )

O sábado de Carnaval (10) em Salvador foi marcado por uma série de incidentes que geraram caos e preocupação entre os foliões. O terceiro dia oficial da festa mais emblemática do Brasil começou com um carrinho de cachorro-quente em chamas, sem causar feridos, seguido por atrasos significativos no desfile dos trios elétricos devido a equipamentos quebrados no circuito Barra-Ondina, destaca o G1. 

À medida que o dia avançava, mais problemas surgiam. O cantor Léo Santana teve que chamar a atenção do motorista de seu trio, e, no ápice da noite, um apagão mergulhou parte do circuito na escuridão. O apagão ocorreu por volta das 22h50, entre o Camarote Expresso 2222, da família Gil, e o Morro do Cristo. Durante aproximadamente uma hora e vinte minutos, todos os postes da região ficaram sem luz. 

A Prefeitura de Salvador informou, em nota, que o problema foi causado por uma explosão nas imediações da Rua Francisco Otaviano, afetando o fornecimento de energia em parte do bairro da Barra.

A Coelba,  concessionária responsável pelo fornecimento de energia, acrescentou que duas ocorrências relacionadas a serpentinas lançadas sobre as redes elétricas provocaram a interrupção do abastecimento de energia. O fornecimento foi restabelecido às 0h10 de domingo (11).

Além do apagão, outro incidente ocorreu na Barra, onde parte da área externa do Camarote 409 afundou. Felizmente, não houve feridos, mas o trecho foi evacuado e isolado por órgãos municipais.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Operação policial fecha loja no Rio Sul por produção de credenciais falsas do Sambódromo

 Investigação revela esquema sofisticado de falsificação de acessos ao carnaval carioca. Esquema ilícito era feito na loja Ki Cópias, situada no 4º piso do shopping

(Foto: Reprodução)

 Uma operação da Polícia Civil (PC) do Rio de Janeiro deflagrada neste sábado (10) resultou no fechamento de uma loja de cópias localizada no Shopping Rio Sul, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, por sua participação na produção e distribuição de credenciais falsas para acesso ao Sambódromo.

Agentes da base avançada da Sapucaí, munidos de informações da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e dados de inteligência, desmantelaram o esquema ilícito na Ki Cópias, situada no 4º piso do shopping.

De acordo com reportagem do G1, foram encontradas dezenas de crachás falsos da Liesa, concedendo acesso irrestrito à área de desfiles, incluindo credenciais destinadas a profissionais da imprensa. O delegado destacou que um único passe falso chegava a ser comercializado por até R$ 3 mil.

As investigações revelaram que proprietários de credenciais legítimas forneciam ou vendiam os QR-Codes que as validavam para os falsificadores. Na loja, esses códigos eram replicados múltiplas vezes, e as credenciais falsas eram confeccionadas utilizando as fotos dos "credenciados".

A PC afirmou que a investigação continuará para identificar a gráfica responsável pela produção dos materiais, os fornecedores dos QR-Codes para falsificação e os compradores envolvidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Na França, ativistas climáticos jogam sopa em pintura de Monet (vídeo)

 As duas ativistas foram presas e o Museu de Belas Artes de Lyon afirmou que vai registrar uma queixa por vandalismo

(Foto: Reprodução)

 Manifestantes tentaram vandalizar, neste sábado (10), uma obra de arte do pintor francês Claude Monet, que está exposta em um museu em Lyon, na França. O caso ocorre um mês depois de um grupo de ativistas climáticos atirar sopa contra o famoso quadro de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa, no Museu do Louvre.

De acordo com Metrópoles, as duas ativistas foram presas e o Museu de Belas Artes de Lyon afirmou que vai registrar uma queixa por vandalismo contra as mulheres. No vídeo, a dupla que faz parte do grupo "Riposte Alimentaire" diz que "esta será a última primavera se não agirmos contra a crise climática mundial".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Padre bolsonarista alvo de operação da PF já sugeriu 'calmante em forma de supositório

 Oliveira e Silva conseguiu projeção nas redes sociais ao criticar a "ideologia de gênero"

(Foto: Reprodução / Instagram)

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva é um dos bolsonaristas que estão na mira da operação que investiga o grupo que tentou dar golpe após as eleições, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira. O homem é padre católico e atua na diocese de Osasco, na Grande São Paulo.

De acordo com apuração do UOL, com um perfil que reúne mais de 300 mil seguidores, em 2017 Oliveira e Silva conseguiu projeção nas redes sociais ao criticar a "ideologia de gênero", uma das bandeiras de Bolsonaro. Ele chegou a sugerir que a indústria farmacêutica deveria criar "um calmante em forma de supositório". Também escreveu que tinha saudades "dos tempos em que o banheiro servia só para necessidades fisiológicas e não para exibicionismos de autoafirmação sexual".

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Após ser solto por Moraes, Valdemar deixa Brasília

 Presidente do PL foi detido em flagrante em Brasília por posse irregular de arma de fogo.

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, viajou para São Paulo para reencontrar a família logo após deixar a prisão em Brasília, neste sábado (10).

Segundo aliados relataram ao portal MetrópolesValdemar voou para São Paulo, onde mora sua família, ainda na noite de sábado, horas após deixar a sede da superintendência da Polícia Federal.

Na quinta-feira (8), durante operação da Polícia Federal que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro em que Valdemar Costa Neto era um dos alvos de busca e apreensão, ele foi detido em flagrante em Brasília por posse irregular de arma de fogo. Por volta das 11h10 o político já estava na sede da Polícia Federal para os procedimentos relacionados ao flagrante.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Militar suspeito de participar de tentativa de golpe do 8 de janeiro é preso ao retornar dos EUA

 Coronel Bernardo Romão Correa Neto foi detido pela PF após desembarcar em Brasília; militar teve três passaportes e um celular apreendidos

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O coronel Bernardo Romão Correa Neto, alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (8), foi detido na madrugada deste domingo (11) ao desembarcar em Brasília, vindo dos Estados Unidos, destaca o G1. Correa Neto é investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento em articulações para um golpe de Estado e a abolição do Estado democrático de direito.

A chegada de Correa Neto ao aeroporto foi acompanhada pela Polícia Federal, que conduziu os procedimentos para o cumprimento da prisão e realizou uma busca pessoal, resultando na apreensão de três passaportes, um deles diplomático, e um celular. Após os procedimentos iniciais, o militar foi entregue à Polícia do Exército, ficando sob a custódia da instituição.

Na última quinta, o coronel e outros três investigados na Operação Tempus Veritatis tiveram suas prisões preventivas decretadas, porém, Correa Neto não foi preso na ocasião devido a estar a trabalho nos EUA.

O pedido de prisão, formulado pela PF e com concordância da Procuradoria-Geral da República (PGR), fundamenta-se em diálogos entre Mauro Cid e Correa Neto, indicando que o coronel teria intermediado convites para reuniões estratégicas.

Segundo apurações, Correa Neto selecionou oficiais formados em cursos de forças especiais para participarem dessas reuniões, consideradas essenciais para a consumação do golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PT redireciona sua estratégia para a disputa deste ano e prioriza eleição de vereadores

 A motivação por trás dessa mudança é baseada em pesquisas e estudos que indicam que vereadores eleitos desempenham um papel crucial como cabos eleitorais nas disputas para deputados federais em 2026

O Partido dos Trabalhadores (PT), tradicionalmente focado em campanhas para eleger prefeitos em todo o país, está mudando sua abordagem este ano. A nova estratégia visa fortalecer a presença de vereadores nas eleições, informa Lauro Jardim, em O Globo.

A motivação por trás dessa mudança é baseada em pesquisas e estudos que indicam que vereadores eleitos desempenham um papel crucial como cabos eleitorais nas disputas para deputados federais em 2026. O PT, com um projeto político de alcance nacional, busca construir uma base sólida na Câmara dos Deputados para governar de forma mais independente — especialmente se o ex-presidente Lula for reeleito.

Essa estratégia visa reduzir a dependência do PT em relação ao Centrão, uma coalizão de partidos que historicamente exerce influência significativa no cenário político brasileiro. Ao investir na eleição de vereadores, o partido busca fortalecer sua posição e garantir uma base sólida para futuras decisões legislativas.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Relembrando Marisa, Lula comemora 44º aniversário do PT: “Nunca se rendeu”

Marisa Letícia e Lula na época da criação do PT. Foto: Acervo Pessoal

 Neste sábado (10), o presidente Lula fez uma postagem no X (antigo Twitter) relembrando o aniversário da criação do PT. O partido foi fundado em 10 de fevereiro de 1980 em São Paulo em prol da união dos sindicatos para a organização dos trabalhadores. Confira:

No começo era só um retalho de pano vermelho que a Marisa pegou e costurou uma estrela branca por cima. Mas por trás daquela bandeira improvisada havia uma determinação muito sólida: mudar a história deste país. E nós mudamos. O PT nasceu enfrentando a ditadura. E ajudou o Brasil a vencer a ditadura. O PT cresceu num momento em que o povo não tinha direitos.

E com apenas oito anos de existência ajudou a gravar na Constituição os direitos do povo brasileiro. O PT enfrentou o neoliberalismo. A ditadura do pensamento único. O fim da história. O fim do Estado. A crise financeira mundial de 2008. O golpe e as mentiras. A injustiça e o ódio das elites. E nunca se rendeu. Levamos 22 anos para chegar ao governo. E em apenas 13 anos no governo conseguimos o que nenhum outro partido, em qualquer momento da história, jamais foi capaz de realizar.

Fizemos o país crescer com inclusão social. Tiramos o Brasil do Mapa da Fome. Colocamos o povo pobre no orçamento, na universidade e na vida digna.   Aos 44 anos, temos que avançar ainda mais, mas sem esquecer de onde viemos. Retornar às nossas raízes, ao mesmo tempo em que nos renovamos para vencer novos desafios da era digital. É preciso percorrer de novo o Brasil, ocupar as ruas, conversar com as pessoas nos bairros, igrejas, locais de trabalho, movimentos sociais, universidades.

Jamais perder de vista a sabedoria do povo brasileiro. Mas é preciso também promover o debate nas redes sociais. Combater o ódio, a desinformação e as fake news.   E assim mostrar àqueles que de tempos em tempos anunciam a morte do PT, que nós estamos mais vivos do que nunca. E cada vez mais jovens.   Viva o PT. E viva a extraordinária militância do PT.”

Fonte: DCM

8/1: ocultação de documentos gera suspeitas que a PM do DF esteja atrapalhando Moraes

 

Ataque terrorista de 8 de janeiro em Brasília. Foto: Ton Molina/AFP

O processo envolvendo os policiais militares do Distrito Federal presos pelo episódio dos ataques de 8 de Janeiro de 2023 apresenta uma série de movimentações suspeitas nos bastidores. O ministro Alexandre de Moraes votou para tornar réus sete policiais da corporação, acusados de omissão imprópria nos atos antidemocráticos. Esses agentes, incluindo ex-comandantes, enfrentam acusações relacionadas à preparação para um golpe de Estado.

No âmbito das investigações, surgiram indícios de possível ocultação de documentos solicitados pelo STF. Um ofício enviado por Moraes ao então comandante-geral da PMDF, Klepter Rosa, requeria uma série de informações, incluindo procedimentos e ordens de serviço relacionados aos acontecimentos de 8 de Janeiro de 2023.

De acordo com o jornal Metrópoles, enquanto o 2º CPR forneceu diversos documentos em resposta, o 1º CPR afirmou não ter produzido nenhum, embora a reportagem tenha tido acesso a relatórios indicando o contrário.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Carlos Moura/SCO STF

Durante os depoimentos à CPI da Câmara Legislativa, surgiram narrativas divergentes entre os policiais presos, incluindo trocas de acusações. O coronel Marcelo Casimiro, por exemplo, e o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra apresentaram versões distintas sobre as responsabilidades no planejamento e na execução dos eventos de 8 de Janeiro.

Uma suspeita de interferência foi lançada quando Paulo José, que assumiu interinamente o Departamento de Operações (DOP), contratou advogados que anteriormente auxiliavam na defesa de Casimiro. Essa conexão levantou questões sobre conflito de interesse e possível compartilhamento indevido de informações entre as defesas.

No contexto das combinações de versões, há relatos de estratégias alinhadas entre alguns policiais para desviar a culpa sobre determinados indivíduos.

Fonte: DCM

Mudanças na PGR e na PF aceleraram investigações contra Bolsonaro

 

Reunião ministerial na qual Jair Bolsonaro convoca ministros a agir antes da eleição. Foto: reprodução

O inquérito das milícias digitais, desencadeado após os ataques ao Capitólio nos Estados Unidos, foi concebido como uma medida preventiva diante das investidas antidemocráticas de Jair Bolsonaro no Brasil. O ex-presidente é agora apontado como líder de uma organização criminosa que planejou um golpe para se manter no poder.

No Brasil, a investigação começou como o inquérito dos atos antidemocráticos, mas enfrentou dificuldades devido à inação do procurador-geral da República, indicado por Bolsonaro.

Três anos após os ataques ao Capitólio, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a apreensão do passaporte de Bolsonaro e buscas contra figuras proeminentes das Forças Armadas, expondo os bastidores da escalada golpista. Apesar de enfrentar percalços e críticas, o inquérito é considerado o mais robusto entre os vários que miram Bolsonaro e seus aliados, com a Polícia Federal encampando os pedidos da Procuradoria-Geral da República.

O inquérito, originalmente dos atos antidemocráticos, evoluiu para investigar as milícias digitais associadas ao entorno de Bolsonaro. A delegada Denisse Ribeiro organizou a investigação, identificando um padrão semelhante ao dos Estados Unidos: inflamação das bases políticas, disseminação de desinformação e disposição para qualquer meio para se manter no poder.

Após a saída de Ribeiro, o delegado Fabio Shor continuou as investigações, avançando especialmente após a quebra do sigilo telemático de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O relatório parcial entregue por Ribeiro a Moraes apontava para Bolsonaro e a atuação do governo contra as urnas eletrônicas.

O general Augusto Heleno ao lado de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O inquérito das milícias digitais inclui diversas linhas de apuração, como ataques virtuais, tentativa de golpe, uso de estruturas do Estado para obtenção de vantagens indevidas, entre outros. Com a recente operação da PF, a investigação sobre a tentativa de golpe avança, aguardando o encerramento do caso sobre as transações suspeitas no gabinete da Presidência e a participação de Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro.

Fonte: DCM

“O modelo tradicional das imobiliárias nunca vai deixar de existir”, diz diretor da Quinto Andar

 Bruno Rossini falou sobre as transformações do mercado imobiliário no programa Sociedade do Amanhã

(Foto: Divulgação)

Um dos diretores da Quinto Andar, Bruno Rossini, concedeu entrevista exclusiva para a TV 247 falando sobre o cenário imobiliário brasileiro e toda transformação digital do segmento. O Grupo QuintoAndar é o ecossistema imobiliário líder na América Latina, com presença no Brasil (SEDE), Argentina, Equador, México, Panamá e Peru. Com 10 anos de atuação, possui R$ 145 bilhões em ativos sob gestão e mais de 3.500 funcionários. 

As proptechs são startups voltadas para o mercado imobiliário que trazem mais agilidade por meio da tecnologia e soluções inovadoras.  O episódio “Jeitos de Morar do Brasileiro” do Programa “Sociedade do Amanhã”, na TV 247, debate as novas configurações de compra, venda e aluguel de imóveis, com o aumento na preferência pela busca online desde a pandemia. O episódio também traz uma pesquisa nacional com as novas configurações familiares, o perfil de regiões e imóveis mais buscados pelos brasileiros.

Em determinado momento, a apresentadora Beatriz Bevilaqua questionou o empresário sobre o futuro das imobiliárias tradicionais. O executivo então afirmou que as imobiliárias são o grande motor deste mercado. “Apesar da gente oferecer a plataforma de aluguel direta, trabalhamos muito próximos do mercado e habilitamos as imobiliárias a se digitalizarem, porque na realidade, ninguém melhor que um corretor capacitado para auxiliar uma pessoa a encontrar o imóvel dos sonhos”. 

Ele explica que a tecnologia que a Quinto Andar desenvolve potencializa o trabalho dos corretores, permitindo que eles façam o seu melhor – que é conhecer o detalhe daquela determinada rua e empreendimento. “Não queremos acabar com as imobiliárias, tiramos a pressão dos corretores para que eles possam focar no que sabem fazer - e nós intermediamos toda parte burocrática. Todas as visitas agendadas em nosso site, são realizadas por um corretor”, explicou. Assista:

Fonte: Brasil 247

Mais da metade das cidades brasileiras já registram casos de dengue

 Até o dia 5 de fevereiro, 3.048 cidades, representando 54% do total, notificaram casos prováveis da enfermidade

(Foto: Paulo Whitaker - Reuters)

 O avanço da dengue no Brasil em 2024 preocupa, com mais de metade dos municípios brasileiros já apresentando casos da doença, conforme relatório do Datasus, vinculado ao Ministério da Saúde. Até o dia 5 de fevereiro, 3.048 cidades, representando 54% do total, notificaram casos prováveis da enfermidade, marcando um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. A análise, reportada pelo Valor, revela que quanto maior a população, maior é a probabilidade de incidência da dengue neste ano, sendo que apenas um dos 40 municípios com mais de 500 mil habitantes não registrou casos até o momento. Na faixa seguinte, de 200 mil a 500 mil habitantes, a proporção chega a 93%, enquanto nos municípios com até 10 mil moradores, a fatia é de 44%.

Os números mais recentes do Ministério da Saúde, até 9 de fevereiro, apontam um total de 408,4 mil casos prováveis de dengue em todo o país, com 62 mortes confirmadas. Estima-se que até o final de 2024, o Brasil possa enfrentar até 4,2 milhões de casos da doença, com uma projeção mais realista de 1,96 milhão de registros. O médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marcelo Daher, ressalta que a urbanização desordenada é um dos fatores que contribuem para a disseminação do mosquito transmissor da dengue. Segundo ele, locais com falta de planejamento urbano acabam se tornando propícios para a proliferação do vetor, especialmente lotes vagos destinados à especulação imobiliária, que se transformam em depósitos de lixo e criadouros de mosquitos.

Além disso, Daher destaca a relação entre renda e a probabilidade de contágio, apontando que comunidades com menor poder aquisitivo tendem a conviver mais com acúmulos de água e objetos que favorecem a reprodução do mosquito. Esse cenário reforça a importância de políticas públicas que promovam a ocupação adequada desses espaços e o estímulo à prevenção da dengue. Os dados revelam a urgência de ações coordenadas e eficazes para conter a propagação da doença em todas as regiões do país.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal Valor

PT prepara Janja para subir em palanques e buscar votos nas eleições municipais deste ano

 O Partido dos Trabalhadores planeja uma série de ações para colocar em evidência Janja na campanha

(Foto: Reprodução/YT)

 O Partido dos Trabalhadores planeja uma série de ações para colocar em evidência a primeira-dama, Janja da Silva, na campanha deste ano. Considerada um ativo eleitoral, ela deve gravar vídeos para candidatos e reforçar palanques durante o pleito municipal de outubro.

De acordo com reportagem de Jeniffer Gularte, no jornal O Globo, a ideia é ajudar a catapultar candidaturas femininas e auxiliar a legenda a conquistar votos. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também já alinha a participação de Janja em palestras de formação de pré-candidatas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Filiação de Anielle Franco aquece disputa interna no PT do Rio

 A integrante do governo Lula é cotada para assumir o posto de vice na chapa de Eduardo Paes

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (Foto: Divulgação)

 Marcada para o próximo dia 23, a filiação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao PT promete acirrar as disputas internas na sigla e já vem enfrentando críticas de seus futuros correligionários. A integrante do governo Lula é cotada para assumir o posto de vice na chapa de Eduardo Paes (PSD) em sua tentativa de reeleição este ano, mas seus articuladores apontam que o desejo pessoal é de concorrer ao Senado em 2026 — disputa em que já há ao menos três petistas “na fila”.

De acordo com reportagem de Luisa Marzullo no jornal O Globo, Marcelo Freixo e Lindbergh Farias teriam o mesmo interesse. Já o deputado federal Washington Quaquá tentará se eleger novamente prefeito de Maricá esse ano. Em 2026, vai trabalhar para emplacar Fabiano Horta, atual chefe do Executivo local, na corrida ao Senado.

Fonte: Brasil 247 

Homenagens a Maria Bethânia e Marielle Franco; confira a agenda dos blocos deste domingo em SP

 O domingo de Carnaval em São Paulo contará com nomes do pop brasileiro e também por homenagens

Carnaval (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

 O domingo de Carnaval em São Paulo contará com nomes do pop brasileiro e também por homenagens. O “Afro Ilú Obá de Min” vai homenagear o legado de Marielle Franco. Já o bloco e o Explode Coração irá tocar o repertório da icônica Maria Bethânia.

Confira a programação:

Bloco Afro Ilú Obá De Min

Itinerário: R. Conselheiro Brotero 195, R. Capistrano de Abreu, R. Conselheiro Nébias, Al. Eduardo Prado 460

Concentração: 13h

Desfile: 14h

Dispersão: 19h

Explode Coração

Itinerário: Praça da República 292, Av. Ipiranga, Av. São Luis, R. Cel Xavier de Toledo, Shopping Light, Praça Ramos, R. Conselheiro Crispiniano, Largo do Paissandú, Av. São João 677

Concentração: 13h

Desfile: 14h

Dispersão: 19h

Bloquinho Gente Miúda

Itinerário: Av. Prof. Alfonso Bovero 522, R. Apinajes, R. Capital Federal, R. Bruxelas, Av. Prof. Alfonso Bovero 522

Concentração: 10h

Desfile: 11h

Dispersão: 15h

Bloco da Pabllo (Pabllo Vittar)

Itinerário: Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, entre Obelisco e Monumento às Bandeiras

Concentração: 13h

Desfile: 14h

Dispersão: 19h

Bonde Pesadão (IZA)

Itinerário: R. Laguna, entre R. Bragança Paulista e R. Castro Verde

Concentração: 12h

Desfile: 13h

Dispersão: 18h

Bloco Bem Sertanejo (Michel Teló)

Itinerário: Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, entre Obelisco e Monumento às Bandeiras

Concentração: 10h30

Desfile: 12h

Dispersão: 17h

Fonte: Brasil 247