domingo, 11 de fevereiro de 2024

Confira os blocos de carnaval do Rio de Janeiro neste domingo

 A previsão da Riotur é de que 5 milhões de pessoas aproveitem o carnaval de 2024 na capital fluminense

Desfile do bloco Céu na Terra pelas ruas do bairro de Santa Teresa (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Agência Brasil - O domingo de carnaval do Rio de Janeiro vai continuar a reunir milhares de foliões em blocos que desfilam pelas ruas do centro e nas zonas sul, norte e oeste da cidade. A previsão da Riotur é de que 5 milhões de pessoas aproveitem o carnaval de 2024 na capital fluminense.

Entre os destaques estão o Cordão do Boitatá, que inicia a folia às 11h, no Centro, e o Simpatia é Quase Amor, marcado para às 14h, em Ipanema. 

Confira a lista de blocos oficiais do carnaval de rua do Rio de Janeiro neste domingo:

Bloco Areia - 7h  (Leblon) 

Charanga Talismã - 7h (Vila Kosmos)

Laranjada Samba Clube - 7h (Laranjeiras)

Divinas Tretas - 8h (Flamengo)

Bangalafumenga - 9h (Glória)

Bloco Buda Da Barra - 9h (Barra Da Tijuca)

Fanfinha - Fanfarani Infantil - 9h (Botafogo)

G.R.B.C.Vermelho & Branco Da Z-10 - 9h (Zumbi)

Bloco 10 + Malandros - 10h (Bangu)

É Tudo Ou Nada - 10h (Humaitá)

Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Arrastão Da Barra De Guaratiba - 10h (Barra De Guaratiba)

Que Merda É Essa? - 10h (Ipanema)

Cordão Do Boitatá - 11h - (Centro)

Quer Swingar Vem Pra Cá 11h - (Vila Isabel)

Bloco Da Tartaruga - 12h (Paquetá)

Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Vem Que Eu Te Abraço - 12h (Padre Miguel)

Marcha Nerd - 12h (São Cristóvão)

Banda Do Choppinho Da Paula Freitas - 13h (Copacabana)

Bloco Carnavalesco Cabrito Mamador - 13 (Tauá)

Bloco Toca Rauuul - 13h (Centro)

Vou Te Pescar - 13h (Padre Miguel)

Bloco 442 - 14h (Saúde)

Bloco Abraço Do Urso 14h - (Santíssimo)

Bloco Carnavalesco Xodó Da Piedade - 14h (Piedade)

Bloco Cultural Ai Que Vergonha - 14h (São Conrado)

Bloco Gargalhada - 14h (Vila Isabel)

Bohemios Da Pracinha E Vital - 14h (Curicica)

Bola Club - 14h (Quintino)

Coroinha - 14h (Pedra De Guaratiba)

Grbc Alegria Do São Bento - 14h (Padre Miguel)

G.R.B.C.Peru Do Méier - 14h (Méier)

Grêmio Recreativo Bloco Asa Temperada - 14h (Vargem Grande)

Simpatia É Quase Amor - 14h (Ipanema)

Associação Bloco Carnavalesco E Cultural Canetas De Ouro - 15h (Vila Isabel)

Banda Raizes Da Vila Da Penha - 15h (Vila Da Penha)

Bloco Do Limão Do Picareta - 15h (Honório Gurgel)

Bloco Pela Saco - 15h (Botafogo)

G.R.B.C. Arrasta Sepetiba - 15h (Sepetiba)

Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Badalo De Santa Teresa - 15h (Santa Teresa)

Hora Certa - 15h (Relaengo)

Agytoê - 16h (Centro)

A.R.B.C. Império Da Folia - Catete - 16h (Catete)

Arteiros Da Gloria - 16h (Glória)

Banda Do Lidinho Copacabana - 16h (Copacabana)

Birita Mas Não Cai - 16h (Madureira)

Bloco Bonecas Deslumbradas De Olaria - 16h (Olaria)

Bloco Carnavalesco Bambas Do Curuzu - 16h (São Cristóvão)

Bloco Carnavalesco Perereca Do Grajaú - 16h (Grajaú)

Bloco Da Praia - 16h (Pedra De Guaratiba)

Bloco Tchetcheca - 16h (Engenho De Dentro)

Fanfarani - 16h (Botafogo)

Grbc Virilha De Minhoca 16h - (Bangu)

Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Piranhas Da Senador Nabuco De Vila Isabel - 16h (Vila Isabel)

Lama O Bloco - 16h (Sepetiba)

Os 300 - 16h (Padre Miguel)

Pragradar Da Rocinha - 16h (Gávea)

Queima De Bangu - 16h (Bangu)

Bloco Das Tigresas - 17h (Pedra De Guaratiba)

Caldeirão Do Coqueiro - 17h (Santíssimo)

G.R Banda Da Conceição - 17h (Saúde)

Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Mau Mau De Bangu - 17h (Bangu)

Bloco Da Treta - 18h (Centro)

Grilo De Bangu - 18h (Bangu)

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Centrais Sindicais debatem saúde dos trabalhadores em fórum nacional

 Criado em 2010, o fórum é um espaço de articulação composto pelos secretários e secretarias de saúde das centrais sindicais

(Foto: Reprodução)

 O Fórum Nacional das Centrais Sindicais em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora debateu sobre a saúde dos trabalhadors em fótum nacional realizado dias 4 e 6 de fevereiro, informa a CUT

Durante a reunião foi feita uma análise de conjuntura para avaliar a luta do movimento sindical pela saúde. Na sequência, as transformações no mundo do trabalho, seja pelas formas de cotratação, pela precarização e até mesmo pela influência da tecnologia deram a linha de um debate sobre o papel do fórum no fortalecimento das condições dignas de trabalho.

O debate buscou soluções e estratégias para pomoção e proteção da saúde da classe trabalhadora diante dessa transformações. 

Fonte: Brasil 247 com informação da CUT

Comandante da Marinha diz que toda e qualquer indisciplina militar deve ser punida

 Sobre a relação com o presidente Lula, o comandante destacou a preocupação do chefe de Estado com o reaparelhamento das Forças Armadas

Lula, ministro da Defesa, José Múcio, comandantes do Exército, Tomás Ribeiro Paiva; da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno; e da Marinha, Marcos Sampaio Olsen (Foto: Ricardo Stuckert)

 O Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Aeronáutica, afirmou que qualquer violação à disciplina será punida, em resposta às investigações da Polícia Federal sobre a possível participação de militares em uma tentativa de golpe no país. Em entrevista ao jornal O Globo, o oficial destacou a necessidade de uma "investigação completa" e reforçou o compromisso da Força Aérea Brasileira (FAB) com os princípios institucionais e constitucionais.

Damasceno afirmou que a Força Aérea preza pela ampla defesa e pelo contraditório, seguindo o devido processo legal estabelecido pela legislação em vigor. Ele negou ter conhecimento de reuniões anteriores do governo para discutir atos antidemocráticos e ressaltou que a postura da FAB tem sido de neutralidade política.

Sobre a relação com o presidente Lula, o comandante destacou a preocupação do chefe de Estado com o reaparelhamento das Forças Armadas e o desenvolvimento tecnológico, evidenciando o interesse do presidente na área de Defesa.

Damasceno enfatizou a confiança mútua entre os membros do Alto Comando da Aeronáutica e reiterou o compromisso da instituição com os interesses do país, independentemente do governo vigente.

Fonte: Brasil 247 com entrevista no jornal O Globo

Trump anuncia que, se eleito, fará deportação em massa de imigrantes

 O ex-presidente, novamente candidato pelo Partido Republicano, comemora o fracasso do projeto de lei sobre a crise migratória

Trump (Foto: REUTERS/Jim Bourg)

 O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump comemorou, no sábado (10), o fracasso do projeto de lei que buscava abordar a crise migratória na fronteira com o México e disse que, se eleito, realizará uma “operação massiva de deportação” em seu primeiro dia no cargo, informa a AFP.

O abandono do projeto bipartidário nesta semana pelo Senado dos Estados Unidos escancarou o controle de Trump sobre o Partido Republicano, ao negar ao presidente Joe Biden uma vitória no controverso tema da imigração. 

“Não esqueçamos que nesta semana tivemos outra grande vitória que deve ser celebrada por todos os conservadores. Esmagamos o desastroso projeto de lei de fronteira aberta do corrupto Joe Biden”, declarou Trump em um comício na Carolina do Sul. 

Sob pressão de Trump, que deseja explorar na campanha eleitoral a imigração como uma fraqueza de Biden, os legisladores republicanos parecem determinados a bloquear qualquer reforma na fronteira até as eleições de novembro.

Trump declarou no sábado que deportar imigrantes seria uma de suas primeiras tarefas.

“No primeiro dia, acabarei com todas as políticas de fronteira aberta da administração Biden e iniciarei a maior operação de deportação nacional na história dos Estados Unidos. Não temos escolha”, prometeu.

Fonte: Brasil 247 com informação da AFP

General Heleno pode ser condenado a 12 anos de prisão por espionagem de candidatos

 Quatro crimes teriam sido cometidos pelo general Heleno, segundo a jurista Jacqueline Valles

General Augusto Heleno depõe na CPI dos Atos Golpistas (Foto: Reprodução/TV Câmara Distrital)

A reunião ministerial convocada por Bolsonaro, em julho de 2022, na qual Augusto Heleno fala em infiltrar agentes da Abin na campanha de adversários, tem potencial de levar o ex-chefe do GSI e integrantes do antigo governo à cadeia por mais de uma década, comenta o jornalista Paulo Cappelli no Metrópoles. 

Referindo-se à análise da jurista Jacqueline Valles, conselheira do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, a coluna informa que quatro crimes teriam sido cometidos pelo general Heleno,  com penas que, somadas, chegam a 12 anos de prisão. “O crime mais grave em investigação é o de organização criminosa para fins de espionagem, que prevê de 3 a 8 anos”, comenta ela, que é mestre em Direito Penal.

Outro crime apontado é o de interceptação ambiental sem autorização da Justiça [artigo 10 da lei 9296/96], cuja pena varia de 2 a 4 anos de prisão. O terceiro crime é o de interceptação telemática, caso a espionagem tenha utilizado equipamentos de escuta, e prevê pena de 2 a 4 anos.

Jacqueline Valles aponta, ainda, que Heleno pode ser enquadrado em crime eleitoral de abuso do poder político e econômico. A jurista afirma ainda que, caso o esquema de infiltração tenha de fato sido efetivado, as penas podem ser aumentadas por se tratar de um crime continuado, ou seja, que teria ocorrido repetidamente. 

Segundo Jacqueline Valles, as condutas de Heleno sugeridas no vídeo também podem se caracterizar como improbidade administrativa. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Paulo Cappelli, no Metrópoles

Neto do general Figueiredo, último presidente da ditadura militar, está entre investigados por golpismo

 PF diz que Paulo Figueiredo Filho atuou na propagação de desinformação

Paulo Figueiredo Filho (Foto: Reprodução)

Agência Brasil - O empresário e blogueiro Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do general João Batista Figueiredo, último presidente militar após o golpe de 1964, está entre os alvos da operação Hora da Verdade, deflagrada ontem (8) pela Polícia Federal (PF). De acordo com a PF, Figueiredo Filho atuou em suposta operação de “propagação de desinformação golpista e antidemocrática”.

Juntamente com o general Braga Netto e os militares Ailton Gonçalves Moraes Barros, paraquedista do Exército, o coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto, e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho integrava o núcleo responsável por incitar militares à aderirem ao golpe de Estado, de acordo com relatório do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações apontam que a organização se dividiu em seis núcleos de atuação na tentativa de golpe.

Os diálogos entre Mauro Cid e Figueiredo Neto, obtidos pela PF, revelaram que Correa Neto sabia horas antes o nome exato dos comandantes militares que seriam expostos pelo empresário e então comentarista em programas de rádio e televisão. O que demonstra, ainda segundo a PF, a existência de ação coordenada para expor e pressionar os militares que não aceitassem aderir aos planos golpistas.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, detalhou no relatório que o grupo de incitação de militares escolhia “alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investigadas golpistas. Os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais e através de influenciadores em posição de autoridade perante a ‘audiência’ militar”.

“Segundo a autoridade policial, Walter Souza Braga Netto, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Ailton Gonçalves Moraes Barros, Bernardo Romão Correa Neto e Mauro Cesar Barbosa Cid teriam se concentrado na escolha de alvos para a amplificação de ataques pessoais direcionados a militares em posição de comando, que resistiam às investidas golpistas, em coordenação de condutas que identificam o núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado. Para tanto, os elementos coligidos apontam que os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais e por meio de influenciadores em posição de destaque perante a audiência militar”, revela relatório do ministro do STF.

Figueiredo Neto, de acordo com a PF e o STF, “economista e então integrante de programas de rádio e TV pela emissora Jovem Pan atuou nesse contexto de propagação de desinformação golpista e antidemocrática”.

Importante lembrar que o general e ex-presidente João Batista Figueiredo, antes de se tornar presidente da República agia nos bastidores da ditadura e chegou a comandar o sistema de espionagem da repressão, o Serviço Nacional de Informações (SNI). Entre as várias atribuições do SNI estava o monitoramento de atividades de cidadãos dentro e fora do território nacional.

Reunião

De acordo com as investigações, o coronel do Exército Bernardo Romão Correia Neto, - à época assistente do Comandante Militar do Sul - teve participação ativa na organização de uma reunião às 19h em 29 de novembro de 2022 em Brasília com a presença dos oficiais, com formação em forças especiais, assistentes dos generais supostamente aliados na execução do golpe. Os diálogos encontrados no celular de Mauro Cid demonstram que Correa Neto intermediou o convite para reunião e selecionou apenas os militares formados no curso de Forças Especiais (Kids Pretos), "o que demonstra planejamento minucioso para utilizar, contra o próprio Estado brasileiro, as técnicas militares para consumação do golpe de Estado".

No mesmo dia, às 20h02m, segundo a PF, Correa Neto envia a Mauro Cid uma minuta intitulada ‘Carta ao comandante do Exército de oficiais superiores da ativa do Exército brasileiro’, documento provavelmente discutido mais cedo na reunião utilizado como instrumento de pressão ao então comandante do Exército general Freira Gomes. "Logo após a reunião, o blogueiro Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho divulgou no programa Pingo nos Is, às 21 h30, os nomes dos comandantes regionais do Exército que ainda estariam indecisos em aderir ao plano golpista. Os diálogos com Mauro Cida revelaram também que Correa Neto sabia hora antes o nome exato dos comandantes que seriam expostos pelo blogueiro, o que demonstra uma ação coordenada dos investigados em expor e pressionar os militares que não topassem aderir aos planos golpistas", diz o relatório.

Após o envio da carta, Mauro Cid pede a Correa Neto que mande as observações, ao que o mesmo responde: ‘porra irmão. Apaguei essa parada’; ‘Não combinamos de apagar? Os diálogos sugerem, portanto, segundo a PF, que os investigados tinham consciência da ilicitude das condutas praticadas e buscavam suprimir provas que pudessem incriminá-los, "em ação típica de organização criminosa’”.

Manifesto

A decisão de Alexandre de Moraes destaca ainda a existência de um documento que serviria como suposto manifesto de oficiais superiores do Exército com “clara ameaça de atuação armada”. Tal documento fora “disponibilizado a Paulo Renato de Oliveira Figueiredo, na dinâmica de coordenação de atividades que norteava a atuação do grupo, o qual o publicizou em post no Twitter de 29/11/2022 e no programa Pânico da emissora Jovem Pan”.

A PF solicitou a prisão preventiva de Figueiredo Filho, mas determinação do ministro Alexandre de Moraes de ontem apenas o proíbe de manter contato com os demais 32 investigados pela PF no esquema de preparação do golpe de estado.

Histórico

Não é a primeira vez que Figueiredo Neto se vê envolvido em problemas com a Policia Federal. Em agosto 2019, ele foi preso pela polícia dos Estados Unidos, suspeito de integrar um suposto esquema de pagamento de propinas a dirigentes do BRB, banco controlado pelo governo do Distrito Federal, em troca de recursos para a construção do então Trump Hotel, no Rio de Janeiro. O projeto depois foi renomeado para LSH Lifestyle. O empresário foi considerado foragido pela Interpol, e terminou atrás das grades por alguns dias.

Seu nome também consta em pelo menos 18 processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e em outros tribunais.

Em 2021, o neto do ex-presidente general Figueiredo foi afastado da programação da rádio Jovem Pan. E em janeiro do ano passado acabou demitido, quando já era investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposta disseminação de desinformação na emissora.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil



Bolsonaristas apostam que Nunes Marques poderá reverter a inelegibilidade antes de 2026

 Ex-presidente sinalizou que não pretende transferir seu capital político a terceiros

Kassio Nunes Marques (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

 Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro mantêm a esperança de que ele consiga reverter sua inelegibilidade na Justiça. A estratégia consiste em uma possível decisão do ministro Nunes Marques. A expectativa persiste desde o julgamento da ação que questionava a inelegibilidade de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral, em junho do ano passado, segundo nota publicada na coluna Radar da revista Veja neste domingo.

Investigado pela tentativa de promover um golpe de estado no Brasil, ele afirmou, também em entrevista à revista Veja, que está sendo perseguido e que o objetivo é retirá-lo de combate. Nesta entrevista, pela primeira vez, ele afirmou que seu objetivo é recuperar seus direitos políticos para disputar as eleições de 2026, sinalizando que não tem a intenção de transferir seu capital político. "Pretendo ser candidato", disse ele. Bolsonaro também disse que "a direita acordou" e que poderá eleger 140 deputados e até vinte senadores. Entretanto, seu plano pode esbarrar na própria possibilidade de prisão. Saiba mais sobre o caso:

BRASÍLIA (Reuters) – O então presidente Jair Bolsonaro cobrou, em reunião ministerial em julho de 2022, que seus auxiliares diretos agissem antes das eleições de outubro, propôs a elaboração de uma nota conjunta com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em uma tentativa para angariar credibilidade a questionamentos infundados sobre fraude nas urnas eletrônicas e chegou a dizer que, se tudo não desse certo, iria descer a rampa do Palácio do Planalto "preso por atos antidemocráticos".

Em uma alegação de que haveria uma espécie de complô, Bolsonaro ainda atacou duramente uma suposta orquestração da cúpula do Judiciário para eleger o adversário Luiz Inácio Lula da Silva.

É o que consta da íntegra de um vídeo de uma hora e 30 minutos de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto do dia 5 de julho recheada de discussões de planos, ideias e ordens relacionadas à eleição presidencial daquele ano e à preocupação em garantir que Bolsonaro continuasse no poder. O vídeo foi apreendido com o delator e ex-ajudante de ordens do então presidente, Mauro Cid, e divulgado nesta sexta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A liberação da íntegra do vídeo ocorreu após trechos editados em momentos das falas mais contundentes de Bolsonaro e de auxiliares terem sido divulgados nas redes sociais. Ela se dá também um dia após a maior operação da PF sobre a tentativa de golpe de Estado que envolveu Bolsonaro, ex-quatro ministros do governo dele, e o presidente do PL, seu partido, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro aproveitou a reunião para cobrar de seus ministros que amplificassem a história de fraude nas urnas. Em vários momentos, ele -- e também auxiliares como o chefe do GSI, Augusto Heleno, os ministros da Defesa, Paulo Nogueira, da Justiça, Anderson Torres, e da CGU, Wagner Rosário -- defenderam uma atuação mais enérgica, inclusive alguns deles apelando para um suposto pânico e até reação com uma eventual vitória de Lula.

"Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições", disse Bolsonaro, sem apresentar qualquer elemento de prova das alegações.

O ex-presidente repetiu, durante todo o encontro, alegações de fraude nas urnas. Chegou a dizer, ironicamente, que as pesquisas de intenção de voto estavam certas ao dar a vitória a Lula. Não porque essa era a vontade da população, mas porque aqueles eram "números que estão dentro dos computadores do TSE" (Tribunal Superior Eleitoral).

O encontro foi uma das reuniões ministeriais convocadas com regularidade por Bolsonaro -- normalmente sem relação com as eleições -- e dela fizeram parte a maioria dos seus ministros, inclusive Paulo Guedes, da Economia, e Fábio Faria, das Comunicações. A reunião, no Palácio do Planalto, durou cerca de três horas, de acordo com a agenda de Bolsonaro no dia, mas apenas a metade foi gravada.

O ex-presidente usou sua fala para cobrar com ênfase a repetição, pelos ministros, das alegações de fraudes nas urnas.

"Daqui para frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui e vou mostrar. Se não quiser, ele vai ter que me dizer porque não quer falar. Se mostrar onde está errado eu topo. Se não tiver argumentos para me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro, está em lugar errado", afirmou.

O que Bolsonaro mostrou foi depois apresentado publicamente em uma reunião de embaixadores em que ele levantou dúvidas de fraudes nas urnas.

O então presidente propôs a divulgação de uma nota conjunta com a OAB questionando a credibilidade das urnas eletrônicas -- o que não aconteceu. Outras propostas que apareceram também foram a do chefe da CGU, que defendeu uma força-tarefa sobre o assunto, e o titular da Defesa, que defendeu reforçar as contestações sobre o processo eleitoral.

Desde a época de deputado federal, Bolsonaro e familiares dele foram eleitos diversas vezes por meio das urnas eletrônicas e nunca questionaram o sistema, somente passando a fazer isso -- sem provas -- desde a primeira eleição presidencial dele em 2018.

Mais próximo do final da parte da reunião gravada, Augusto Heleno chega a falar que não haverá revisão das eleições e se tiver que "virar a mesa" tem de ser antes do pleito.

"Não tem VAR na eleição, não vai ter segunda chamada, revisão do VAR, então o que tiver que ser feito, tem que ser feito antes das eleições, se tiver que dar soco na mesa tem que ser antes das eleições, tiver que virar a mesa, antes das eleições, depois das eleições será muito difícil que tenhamos uma nova perspectiva", disse ele.

O chefe do GSI chegou a comentar também a possibilidade de infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas de 2022, em comentário que foi interrompido por Bolsonaro, que pediu para falar sobre esse assunto depois em particular. A Abin, então no GSI, é suspeita de ter tido uma atuação paralela para monitorar adversários de Bolsonaro, questão investigada em outro inquérito no STF.

Em outro momento, o então presidente disse que poderia até ser preso por "atos antidemocráticos" se não vencesse o pleito.

"Eu tenho que me virar acreditando que vai dar tudo certo ano que vem? Eu vou descer daqui da rampa preso por atos antidemocráticos", disse.

Os advogados de Bolsonaro Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fabio Wajngarten minimizaram o conteúdo do vídeo.

"O vídeo divulgado oficialmente hoje pela autoridade judiciária responsável pelo inquérito mostra a realização de uma reunião ministerial rotineira em que todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura

daquele momento... O encontro trata, fundamentalmente, da

cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada", afirmam os advogados em comunicado à imprensa.

"Bem ao seu estilo veemente, o ex-mandatário reafirma seu compromisso de agir sempre dentro das quatros linhas da Constituição", acrescentam.

IMPLICAÇÕES

Segundo uma fonte da PF envolvida diretamente nas investigações, o vídeo é uma confissão de crime que implica ainda mais o ex-presidente.

Para essa fonte, Bolsonaro e demais integrantes do governo sabiam que não havia qualquer fraude nas urnas, mas, mesmo assim, insistiram no discurso para manter apoiadores em frente aos quartéis e justificar que as Forças Armadas agissem, de olho em uma ação futura para anular o pleito por meio de um golpe de Estado.

A fonte afirmou que a reunião mostra até um certo desespero de Bolsonaro e do seu entorno.

"As diversas provas se interconectam. Temos as minutas apreendidas e a colaboração do Cid e outros materiais apreendidos em computadores e telefones que comprovam bem essa forma de agir. Uso das redes sociais, por meio de influenciadores, para propagar mentiras e manipular parte da população", destacou a fonte.

Na operação da PF na véspera, minutas foram apreendidas, como a que mostra que Bolsonaro recebeu de assessores um texto de decreto com instruções para que houvesse um golpe de Estado com determinação de novas eleições e que levasse à prisão ministros do STF.

A fonte da PF disse ainda que a equipe trabalha para tentar concluir essa investigação até junho. Ela não quis dar detalhes dos novos passos da apuração.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar da Veja


"Viva Lula", diz Reinaldo Azevedo, que explica os motivos de sua conversão política

 "O Lula que está aí não é o de 2003, não é o de 2007", disse o jornalista. "É o da reconstrução do espaço democrático, numa aliança ampla", acrescentou

Reinaldo Azevedo e Lula (Foto: Reprodução/Youtube | Ricardo Stuckert)

O jornalista Reinaldo Azevedo, que, no passado, foi um dos mais ferrenhos antipetistas, publicou posts em suas redes sociais, explicando os motivos de sua conversão política. Segundo ele, "o Lula que está aí não é o de 2003, não é o de 2007", disse o jornalista. "É o da reconstrução do espaço democrático, numa aliança ampla (...) Apoio incondicionalmente a democracia. Enquanto Lula estiver nesse caminho, apesar de discordâncias, viva Lula!", disse ele. Leia a íntegra das postagens:


Fonte: Brasil 247

"Ainda tem muita coisa a ser contada", afirma Dino sobre a intentona golpista de 8/1

 "Tenho certas intuições que eu ainda não pude confirmar. Mas acho que o tempo vai demonstrar", afirmou o futuro ministro do STF à TV 247

Flávio Dino e atos terroristas de bolsonaristas em Brasília (Foto: Agência Brasil)

Ex-ministro da Justiça, hoje senador e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir do próximo dia 22, Flávio Dino afirmou à TV 247 que “muita coisa” ainda será revelada sobre a intentona golpista que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Na última quinta-feira (8), a Polícia Federal desencadeou a mais ampla operação para apurar a tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, atingindo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados mais próximos.

Questionado na TV 247 sobre sentimentos e fatos ainda não revelados por ele sobre o 8 de janeiro, Dino afirmou que há ainda “impressões pessoais” que não pôde manifestar em razão da falta de provas, que poderão no futuro surgir. “Eu tenho certas intuições que eu ainda não pude, como cidadão, confirmar. Mas acho que o tempo vai demonstrar. Eu comparo sempre com a história do golpe militar de 64, em que a abertura de arquivos, por exemplo, dos Estados Unidos mostraram muita coisa que muita gente imaginava mas não tinha prova, e depois isso se comprovou”.

“Então acho que ainda tem muita coisa a ser contada, pelos historiadores, pelos jornalistas. Acho que é uma história que ainda não acabou, até porque haverá ainda julgamentos. Então os julgamentos também vão concluir muita coisa. Uma coisa é a visão do historiador, do jornalista, do político e do juiz. O juiz não pode julgar com base em intuição, em impressão, e nem com base em visões genéricas. O juiz deve julgar exclusivamente com base na existência, ou não, de provas, independente do nome ou sobrenome de quem estiver sendo julgado. Mas olhando esses quatro personagens, o historiador, o jornalista, o político e o juiz, eu acho que ao longo do tempo todos os quatro vão ter uma visão mais clara sobre aqueles acontecimentos tão agudos. Isso faz parte da história, aconteceu também em outros países. A invasão ao Capitólio nos Estados Unidos ainda é uma história em curso, inclusive do ponto de vista judicial. Todos nós vamos ainda saber muita coisa”, acrescentou.

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Fonte: Brasil 247

Bolsonaro diz que pretende retomar seus direitos políticos e ser candidato em 2026

 Em entrevista, ele afirmou que é perseguido e disse que querem "retirá-lo de combate"

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução Youtube)

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo investigado pela tentativa de promover um golpe de estado no Brasil, afirmou, em entrevista à revista Veja, que está sendo perseguido e que o objetivo é retirá-lo de combate. Nesta entrevista, pela primeira vez, ele afirmou que seu objetivo é recuperar seus direitos políticos, assim como ocorreu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para disputar as eleições de 2026, sinalizando que não tem a intenção de transferir seu capital político. "Pretendo ser candidato", disse ele. Bolsonaro também disse que "a direita acordou" e que poderá eleger 140 deputados e até vinte senadores. Entretanto, seu plano pode esbarrar na própria possibilidade de prisão. Saiba mais sobre o caso:

BRASÍLIA (Reuters) – O então presidente Jair Bolsonaro cobrou, em reunião ministerial em julho de 2022, que seus auxiliares diretos agissem antes das eleições de outubro, propôs a elaboração de uma nota conjunta com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em uma tentativa para angariar credibilidade a questionamentos infundados sobre fraude nas urnas eletrônicas e chegou a dizer que, se tudo não desse certo, iria descer a rampa do Palácio do Planalto "preso por atos antidemocráticos".

Em uma alegação de que haveria uma espécie de complô, Bolsonaro ainda atacou duramente uma suposta orquestração da cúpula do Judiciário para eleger o adversário Luiz Inácio Lula da Silva.

É o que consta da íntegra de um vídeo de uma hora e 30 minutos de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto do dia 5 de julho recheada de discussões de planos, ideias e ordens relacionadas à eleição presidencial daquele ano e à preocupação em garantir que Bolsonaro continuasse no poder. O vídeo foi apreendido com o delator e ex-ajudante de ordens do então presidente, Mauro Cid, e divulgado nesta sexta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A liberação da íntegra do vídeo ocorreu após trechos editados em momentos das falas mais contundentes de Bolsonaro e de auxiliares terem sido divulgados nas redes sociais. Ela se dá também um dia após a maior operação da PF sobre a tentativa de golpe de Estado que envolveu Bolsonaro, ex-quatro ministros do governo dele, e o presidente do PL, seu partido, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro aproveitou a reunião para cobrar de seus ministros que amplificassem a história de fraude nas urnas. Em vários momentos, ele -- e também auxiliares como o chefe do GSI, Augusto Heleno, os ministros da Defesa, Paulo Nogueira, da Justiça, Anderson Torres, e da CGU, Wagner Rosário -- defenderam uma atuação mais enérgica, inclusive alguns deles apelando para um suposto pânico e até reação com uma eventual vitória de Lula.

"Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições", disse Bolsonaro, sem apresentar qualquer elemento de prova das alegações.

O ex-presidente repetiu, durante todo o encontro, alegações de fraude nas urnas. Chegou a dizer, ironicamente, que as pesquisas de intenção de voto estavam certas ao dar a vitória a Lula. Não porque essa era a vontade da população, mas porque aqueles eram "números que estão dentro dos computadores do TSE" (Tribunal Superior Eleitoral).

O encontro foi uma das reuniões ministeriais convocadas com regularidade por Bolsonaro -- normalmente sem relação com as eleições -- e dela fizeram parte a maioria dos seus ministros, inclusive Paulo Guedes, da Economia, e Fábio Faria, das Comunicações. A reunião, no Palácio do Planalto, durou cerca de três horas, de acordo com a agenda de Bolsonaro no dia, mas apenas a metade foi gravada.

O ex-presidente usou sua fala para cobrar com ênfase a repetição, pelos ministros, das alegações de fraudes nas urnas.

"Daqui para frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui e vou mostrar. Se não quiser, ele vai ter que me dizer porque não quer falar. Se mostrar onde está errado eu topo. Se não tiver argumentos para me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro, está em lugar errado", afirmou.

O que Bolsonaro mostrou foi depois apresentado publicamente em uma reunião de embaixadores em que ele levantou dúvidas de fraudes nas urnas.

O então presidente propôs a divulgação de uma nota conjunta com a OAB questionando a credibilidade das urnas eletrônicas -- o que não aconteceu. Outras propostas que apareceram também foram a do chefe da CGU, que defendeu uma força-tarefa sobre o assunto, e o titular da Defesa, que defendeu reforçar as contestações sobre o processo eleitoral.

Desde a época de deputado federal, Bolsonaro e familiares dele foram eleitos diversas vezes por meio das urnas eletrônicas e nunca questionaram o sistema, somente passando a fazer isso -- sem provas -- desde a primeira eleição presidencial dele em 2018.

Mais próximo do final da parte da reunião gravada, Augusto Heleno chega a falar que não haverá revisão das eleições e se tiver que "virar a mesa" tem de ser antes do pleito.

"Não tem VAR na eleição, não vai ter segunda chamada, revisão do VAR, então o que tiver que ser feito, tem que ser feito antes das eleições, se tiver que dar soco na mesa tem que ser antes das eleições, tiver que virar a mesa, antes das eleições, depois das eleições será muito difícil que tenhamos uma nova perspectiva", disse ele.

O chefe do GSI chegou a comentar também a possibilidade de infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas de 2022, em comentário que foi interrompido por Bolsonaro, que pediu para falar sobre esse assunto depois em particular. A Abin, então no GSI, é suspeita de ter tido uma atuação paralela para monitorar adversários de Bolsonaro, questão investigada em outro inquérito no STF.

Em outro momento, o então presidente disse que poderia até ser preso por "atos antidemocráticos" se não vencesse o pleito.

"Eu tenho que me virar acreditando que vai dar tudo certo ano que vem? Eu vou descer daqui da rampa preso por atos antidemocráticos", disse.

Os advogados de Bolsonaro Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fabio Wajngarten minimizaram o conteúdo do vídeo.

"O vídeo divulgado oficialmente hoje pela autoridade judiciária responsável pelo inquérito mostra a realização de uma reunião ministerial rotineira em que todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura

daquele momento... O encontro trata, fundamentalmente, da

cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada", afirmam os advogados em comunicado à imprensa.

"Bem ao seu estilo veemente, o ex-mandatário reafirma seu compromisso de agir sempre dentro das quatros linhas da Constituição", acrescentam.

IMPLICAÇÕES

Segundo uma fonte da PF envolvida diretamente nas investigações, o vídeo é uma confissão de crime que implica ainda mais o ex-presidente.

Para essa fonte, Bolsonaro e demais integrantes do governo sabiam que não havia qualquer fraude nas urnas, mas, mesmo assim, insistiram no discurso para manter apoiadores em frente aos quartéis e justificar que as Forças Armadas agissem, de olho em uma ação futura para anular o pleito por meio de um golpe de Estado.

A fonte afirmou que a reunião mostra até um certo desespero de Bolsonaro e do seu entorno.

"As diversas provas se interconectam. Temos as minutas apreendidas e a colaboração do Cid e outros materiais apreendidos em computadores e telefones que comprovam bem essa forma de agir. Uso das redes sociais, por meio de influenciadores, para propagar mentiras e manipular parte da população", destacou a fonte.

Na operação da PF na véspera, minutas foram apreendidas, como a que mostra que Bolsonaro recebeu de assessores um texto de decreto com instruções para que houvesse um golpe de Estado com determinação de novas eleições e que levasse à prisão ministros do STF.

A fonte da PF disse ainda que a equipe trabalha para tentar concluir essa investigação até junho. Ela não quis dar detalhes dos novos passos da apuração.

Fonte: Brasil 247

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Ministros do STF avaliam que Gonet já tem elementos para denunciar Bolsonaro, Heleno e Braga Netto

 Núcleo mais próximo de Bolsonaro teria cometido crimes de tentativa de de golpe de Estado e associação criminosa

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

Após a Operação Tempus Veritatis, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) analisam que Paulo Gonet, procurador-geral da República, já possui elementos suficientes para denunciar Jair Bolsonaro, além dos ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno. Os ministros enfatizam que a decisão final recai sobre Gonet, mas acreditam que a operação realizada na quinta-feira (8/2) representa um ponto de inflexão inegável, segundo aponta a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

De acordo com a avaliação do STF, as evidências obtidas pela Polícia Federal antes da operação, como o registro da reunião ministerial em que foram discutidas questões golpistas, juntamente com as provas coletadas durante as buscas e apreensões contra ex-ministros, convergem para os atos golpistas ocorridos em Brasília.

As investigações sugerem a inclusão de outros elementos, como a suposta interferência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no processo eleitoral de 2022 e a propagação de notícias falsas para desacreditar o sistema de urnas eletrônicas. Segundo a apuração, o núcleo mais próximo de Bolsonaro teria cometido crimes de tentativa de subversão do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa nesses contextos.

Os ministros destacam que o próximo passo está nas mãos de Paulo Gonet, que deverá decidir sobre a denúncia diante dos elementos levantados até o momento pela investigação.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles